Ribeirão Preto é a 5ª mais segura do País entre as cidades com 500 mil a 1 milhão de habitantes

A segurança é uma das prioridades da prefeitura de Ribeirão Preto, e os investimentos empenhados nos últimos anos rendem frutos para toda a população. A cidade é a 5ª mais segura do Brasil entre os municípios com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes. A informação é apontada pelo anuário 2023 Cidades Mais Seguras do Brasil, elaborado a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde.

“Temos investido sistematicamente na estruturação e valorização da Guarda Civil Metropolitana, bem como em parcerias com as polícias Civil e Militar, para favorecer ações preventivas e de combate à criminalidade no município”, explica o prefeito Duarte Nogueira.

O indicador principal utilizado para classificar as cidades foi a quantidade de assassinatos por 100 mil habitantes. Para calcular o índice, foram analisados os dados dos 1,5 milhões de óbitos ocorridos em 2022 consolidados no Painel de Monitoramento da Mortalidade da SVSA.

Na comparação com os demais municípios de mesmo porte, Ribeirão Preto está atrás apenas de Uberlândia (MG), São José dos Campos (SP), Osasco (SP) e Florianópolis (SC) e à frente de Sorocaba (SP), Joinville (SC), Santo André (SP), São Bernado do Campo (SP) e Cuiabá (MT).

Entre os estados brasileiros, São Paulo ocupa a segunda colocação, a mesma ocupada pela cidade de São Paulo entre as capitais brasileiras. A região Sudeste lidera o ranking como a mais segura do país.

Principais investimentos da Prefeitura de Ribeirão Preto em segurança:

– Renovação de 100% da frota de viaturas da GCM

– Criação da Patrulha Maria da Penha

– Patrulhamento rural com viaturas específicas para segurança no campo (caminhonetes 4×4 a diesel turbo e cabine dupla, com identidade visual do programa e adaptadas com giroflex e tecnologias como GPS e rádio comunicador.

– Canil especializado em buscas de tráfico de drogas e localização de pessoas desaparecidas

– Renovação do armamento, inclusive com uso de tecnologia menos letal

– Contratação de efetivo

– 40 câmeras de segurança “speed dome” (faz giro 360 graus) em pontos estratégicos do quadrilátero central e 62 câmeras Bullet (fixas) em 21 pontos periféricos para o monitoramento do Sistema Detecta. Na próxima semana, outras 24 câmeras para o Detecta começam a ser instaladas na cidade.

Foto PMRP

Banco BRB entra na Fórmula 1

Na última semana o Banco BRB entrou oficialmente na principal modalidade do automobilismo, a Fórmula Um. O Banco agora passa a ser parceiro exclusivo de serviços financeiros da BWT Alpine F1 Team na América do Sul. 

Com a parceria, o BRB pretende criar uma academia de pilotos em Brasília, cidade de origem do Banco. A iniciativa tem o objetivo de transformar a capital em um polo de automobilismo, oferecendo assim, oportunidades para pilotos brasileiros terem acesso a categorias no exterior. 

O projeto ainda vai contribuir com a exposição da marca no GP do Brasil de Fórmula Um. 

A proposta sugere que a academia de pilotos faça uma seletiva anual em Brasília, com pilotos e pilotas, para abrir as portas para oportunidades. 

A BRB também anunciou que agora patrocina o piloto Gabriel Bortoletto, destaque na Fórmula 3, e que apoiará o atleta nas últimas etapas da competição. A primeira foi em Spa-Francorchamps, na Bélgica, e a última etapa da competição, no dia 2 de setembro, em Monza (Itália).

Gabriel tem apenas 18 anos e já é o grande destaque da F3 nessa temporada, conquistando a liderança da categoria. Bortoletto possui 38 pontos de vantagem sobre o segundo lugar no campeonato e é virtualmente o campeão, bastando marcar um ponto em Monza.

Mulheres idosas têm menos acesso ao diagnóstico de câncer de mama

Estudo inédito, realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em conjunto com a Universidade Federal de Goiás (UFG), revela que a redução do rastreamento para câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) entre mulheres com 70 anos de idade ou mais vem contribuindo para elevar o número de casos graves da doença no País. De acordo com o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM, a situação torna-se ainda mais preocupante, diante da perspectiva de envelhecimento da população. Entre 2010 e 2020, o grupo de brasileiras com 70 anos ou mais aumentou 44%. Para as próximas duas décadas, o IBGE projeta crescimento de 113% neste segmento da população. “É um panorama que, sem dúvida, merece discussões e revisões das políticas públicas que vigoram no Brasil”, afirma o especialista.

O artigo “Rastreamento e diagnóstico do câncer de mama em mulheres idosas no Brasil: por que é hora de reconsiderar as recomendações”, publicado no dia 2 de agosto, na revista Frontiers, aborda um tema controverso e de pouca visibilidade. O estudo, que abrange todas as regiões do País, foi realizado entre 2013 e 2019 e contrapõe brasileiras com 70 anos ou mais e mulheres entre 50 e 69 anos. No levantamento, foram consideradas informações do SUS e uma base secundária de dados obtidos no DataSUS, no Painel Brasil de Oncologia, na Agência Nacional de Saúde Suplementar, no Atlas On-line de Mortalidade e no IBGE.

Autor do estudo, juntamente com Aline Ferreira Bandeira Melo Rocha, Leonardo Ribeiro Soares e Glaber Luiz Rocha Ferreira, Ruffo Freitas-Junior destaca no período avaliado pela pesquisa uma diminuição na cobertura estimada de rastreamento de câncer de mama para mulheres com 70 anos ou mais. “A queda foi de 13,3% para 10,8%”, indica. O especialista ressalta que os anos 2020 e 2021, os mais críticos da pandemia de Covid-19, foram excluídos da pesquisa por representarem estatísticas específicas.

“Com menor rastreamento, constatamos que os casos de câncer de mama nos estágios III e IV, os mais graves da doença, aumentaram 44,3% no grupo com 70 anos ou mais em relação às mulheres entre 50 e 69 anos (40,8%)”, pontua o mastologista.

De acordo com o IBGE, em 2013, a população do Brasil com 70 anos ou mais era formada por 5.978.034 mulheres e aumentou para 7.515.477 em 2019. O número de mamografias aprovadas para pagamento em 2013 e 2019 foi de 296.116 e 274.957, respectivamente, com custo anual total de R$ 12.452.213,50 e R$ 11.390.947,23. “Isso representa uma redução de 7,14% nos exames custeados pelo SUS”, afirma Freitas-Junior.

Os reflexos da diminuição de investimentos são perceptíveis. No período analisado pelo estudo, houve 35.099 mortes por câncer de mama na faixa etária acima de 70 anos. Desse total, 4.179 ocorreram em 2013 e 5.857, em 2019, um aumento de 40,15%. Na faixa de 50 a 69 anos, foram 51.654 óbitos, com 6.565 mortes em 2013 e 8.291, em 2019, crescimento de 26,29%. Proporcionalmente, destaca o especialista da SBM, o número de mortes para o grupo acima de 70 anos foi maior em relação às mulheres entre 50 e 69 anos.

A maioria dos programas de rastreamento em todo o mundo oferece exames de mamografia para mulheres de 40 a 50 anos até 69-74 anos de idade, independentemente do estado físico das pacientes. “No Canadá, na Alemanha e Noruega, os estágios I e II são mais comuns que os estágios avançados III e IV observados no Brasil.” Clinicamente, mulheres mais velhas tendem a apresentar tumores maiores e envolvimento de linfonodos, “provavelmente pelo diagnóstico tardio”, pontua Freitas-Junior.

As diretrizes do Ministério da Saúde para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil desencorajam a mamografia de rotina para mulheres com 70 anos ou mais. “Por outro lado, a SBM, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia recomendam a mamografia anual para mulheres de 40 a 74 anos”, ressalta. O rastreamento, completa o especialista, também é indicado para pacientes com 75 anos ou mais com expectativa de vida de pelo menos 7 anos restantes.

Embora o estudo tenha sido realizado no contexto de uma faixa etária, Freitas-Junior avalia que a idade por si só não deve nortear o diagnóstico e o tratamento de mulheres idosas com câncer de mama. “Todas as decisões devem levar em consideração a idade fisiológica, a expectativa de vida estimada, os riscos e benefícios e a tolerância ao tratamento”, pontua.

No âmbito das políticas públicas, segundo o especialista, é fundamental buscar a equidade entre as diferentes regiões do País para que todas as mulheres idosas tenham a oportunidade de realizar o rastreamento e o tratamento para o câncer de mama. “Basear a decisão de interromper o rastreamento da doença pela idade cronológica é insuficiente para lidar com a multimensionalidade do envelhecimento em um país tão plural quanto o Brasil”, finaliza Ruffo Freitas-Junior.

Estudo mostra redução do “deserto de notícias” no Brasil

Na sertaneja cidade de Upanema (RN), de 13,5 mil habitantes, a professora Simone Bezerra, de 59 anos, queria que as crianças e adolescentes tivessem mais acesso a notícias da cidade, particularmente com mais informações sobre educação e saúde. Mas as novidades vêm somente de longe. Para saber sobre a região, ela se informa pelo site da prefeitura, ouve rádio de Mossoró (a 55 km de distância) e lê jornais na internet de Natal (a 280 km). 

A professora lamenta que os jovens ficam muito expostos a informações de fora. “Só querem as redes sociais”, afirmou, em entrevista à Agência Brasil.

Upanema é uma das 2.712 cidades brasileiras (com ao menos 26,7 milhões de habitantes) consideradas como “desertos de notícias” (quando não há presença de noticiário de imprensa local), segundo a sexta edição do estudo Atlas da Notícia, do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor).

Este ano, o censo que mapeia a presença do jornalismo no Brasil detectou redução de 8,6% de “desertos de notícias”. O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (9), mostrou que 271 cidades passaram a contar com pelo menos um veículo de comunicação local e outros 15 voltaram a ser considerados desertos. O Projor avalia que é a primeira vez, desde 2017, que o número de cidades com jornalismo local (2.858) é maior do que o de municípios sem veículos de comunicação.

Isso ocorreu, segundo o presidente do Projor, Sérgio Ludtke, em vista do avanço dos meios nativos digitais e pelo crescimento da produção de notícias por rádios comunitárias.

“Um total de 95 municípios da Região Norte deixou de ser deserto de notícias. Muitos deles estão embalados pela cobertura ambiental. Isso foi possível devido à expansão dos meios digitais”, afirmou.

Ele lembrou que os dados são relevantes também porque a informação de qualidade potencializa a democracia. 

Cidades nordestinas são mais vítimas da falta de veículos locais. “Há estados como o Piauí e o Rio Grande do Norte que têm quase oito em cada 10 municípios com desertos de notícias”.

O presidente do Projor defende políticas públicas que possam incentivar o crescimento do jornalismo a fim de combater inclusive a desinformação. A pesquisa foi realizada com o apoio de 303 colaboradores voluntários e estudantes de 80 organizações e universidades. Os dados foram coletados entre outubro do ano passado e julho de 2023.

Os coordenadores do estudo vão fazer uma conferência online na próxima terça-feira (dia 15), às 19h, na página do Observatório de Imprensa no YouTube.

Segundo Sérgio Ludtke, as informações do estudo vão possibilitar, por exemplo, que pesquisadores verifiquem os efeitos da falta de um jornalismo local e possam relacionar com os dados sociais das cidades. 

Por Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil – Brasília

Presentes para o Dia dos Pais sobem mais que a média da inflação

Quem for presentear o pai no próximo domingo (13) vai sentir no bolso um peso, em média, maior que a inflação geral. Levantamento do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela que a chamada “Inflação do Dia dos Pais” ficou acima do índice geral de aumento de preços. A cesta de presentes e serviços relacionados à data está 4,1% mais cara em relação ao ano passado. Essa alta fica acima do acumulado de 12 meses da inflação média, 2,8%. 

Entre os itens mais caros neste Dia dos Pais estão perfumes (8,3%), livros (8,3%), cinema (5,6%), roupas (5,5%), restaurante (5,3%) e relógios (4,2%). Os computadores (-4,3%) e celulares (-2,6%) ficaram mais baratos.

A desvalorização do dólar, cerca de 5% nos últimos 12 meses, é um dos fatores que explicam a queda no preço desses produtos eletrônicos. “A valorização cambial, se considerada a partir de agosto do ano passado, ajuda sim, mas juros elevados também diminuem a demanda por bens duráveis, o que ajuda a baixar os preços. O preço desse grupo de produtos foi diretamente afetado pela taxa de juros”, explica o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz. 

Vendas 

O Dia dos Pais deve ter volume de vendas de R$ 7,67 bilhões, com crescimento de 2,2% em relação ao ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Levantamento do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) mostra que a intenção de compra é de cerca de R$ 140 por presente. 

A data é a quarta mais importante para o comércio, depois do Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças, na ordem. Essa importância nas vendas é refletida na geração de empregos temporários. A CNC estima que 10.380 mil pessoas sejam contratadas para atender à demanda de vendas. 

Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Sexteto Colibri alegra população no “Chorinho na 7”

No último dia 4, a população lotou a Praça Sete de Setembro em uma noite alegre para assistir à apresentação do “Chorinho na 7”, que contou com a participação do grupo de cesteiros Sexteto Colibri.

As famílias levaram suas cadeiras e acompanharam as músicas do repertório em frente ao coreto, que teve obras de Altamiro Carrilho, Ernesto Nazareth, Jacob Bandolim, Pixinguinha, Paulo Moura, entre outras.

O grupo Sexteto Colibri foi fundado em 1999, como resultado dos encontros de um grupo de amigos que tocavam para pacientes do Sanatório Espírita Vicente de Paulo. O grupo comandou por 16 anos o projeto Ribeirão das Serestas, da Secretaria Municipal da Cultura, que resgatava a antiga tradição da velha-guarda dos seresteiros.

O projeto “Chorinho na 7”, considerado como patrimônio cultural histórico imaterial de Ribeirão Preto, é gratuito e terá grupos de seresteiros e grupos de choro em apresentações às sextas-feiras, sempre às 19h, na Praça Sete de Setembro, por uma iniciativa da Secretaria da Cultura e Turismo.

Câncer de colo de útero: 21,4% fazem rastreamento fora da idade

O estudo Um Olhar sobre o Diagnóstico do Câncer do Colo do Útero no Brasil, feito pela Fundação do Câncer, verificou que 21,4% das mulheres que fazem o exame citopatológico (Papanicolau), usado no Brasil para rastrear o câncer do colo do útero, estão fora da faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é entre 25 e 64 anos de idade.

O exame deve ser realizado de três em três anos por mulheres que já tenham iniciado a atividade sexual, homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer. O levantamento foi feito com base em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), do Ministério da Saúde, divulgada no ano passado. O estudo completo pode ser acessado no site.

Em entrevista à Agência Brasil, a consultora médica da Fundação do Câncer e colaboradora do estudo, Flávia Corrêa, explicou que a maioria dessas mulheres faz o exame Papanicolau antes dos 25 anos, “o que é muito problemático, porque antes dos 25 anos o que a gente tem é pico de prevalência de infecção por HPV”. Doutora em saúde coletiva da criança e da mulher, a médica esclareceu que ao fazer Papanicolau antes dos 25 anos, há grande possibilidade de se detectar uma infecção por HPV que, nessa faixa de idade, regride espontaneamente, na maioria das vezes. “Mas, se for diagnosticado, vai obrigar a uma investigação adicional e, se a pessoa conduzir mal o caso, pode até fazer um tratamento desnecessário”, advertiu Flávia Corrêa.

A pesquisa revela que entre as mulheres brasileiras que nunca realizaram o rastreamento da doença, 45,7% estão na faixa de 25 a 34 anos. Esse padrão se repete em todas as regiões do país. No Norte e Centro-Oeste, contudo, os índices alcançaram 51,5% e 52,9%, respectivamente. “Isso está refletido nos números de mortalidade, que são muito maiores lá do que aqui”. As mulheres que estão em dia com o preventivo (menos de 3 anos) encontram-se na faixa de 35 a 49 anos em todo o Brasil, com taxa de 43,7%. O índice para as mulheres que nunca fizeram o Papanicolau na faixa de 35 a 49 anos atingiu 29,8%, ficando em 24,5% para a faixa de 20 a 64 anos.

Organização

Flávia esclareceu que como o rastreamento pelo Papanicolau não é uma emergência, o resultado não costuma sair em cinco dias ou uma semana. “O que ocorre é que a organização da rede pública de saúde não funciona muito bem e o pessoal da atenção básica de saúde pede para a mulher retornar em 30 ou 60 dias”. Muitas vezes, essa mulher retorna nesse prazo e o exame não chegou ainda. Uma das causas para isso é que nem todas as unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) são informatizadas. “Isso facilitaria muito o encaminhamento do laudo pela internet.

Em decorrência disso, muitas mulheres, que já têm dificuldade de ir até uma unidade de saúde por questão financeira, não conseguem sair do trabalho ou não têm com quem deixar os filhos, por exemplo, acabam frustradas e insatisfeitas quando vão buscar o resultado e este não está pronto. “Isso compromete toda a linha de cuidado daí para a frente porque, se tiver uma alteração no preventivo, a mulher não buscou o resultado, a unidade de saúde não fez uma busca ativa dessa mulher e não adiantou nada ela ter feito o exame. Porque ela não fez a confirmação do diagnóstico e um eventual tratamento, se fosse o caso”, argumentou a consultora médica da Fundação do Câncer.

De acordo com a pesquisa, apenas 40% das mulheres que realizaram o exame pelo SUS receberam o resultado em até 30 dias. Na rede privada esse percentual supera 90%. Cerca de 10% das mulheres que realizaram o Papanicolau via SUS nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Norte nunca tiveram acesso aos resultados dos exames. Na rede privada de todo o país, esse número cai para 2%.

Fatores

O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, chamou atenção que a baixa escolaridade é uma das características entre as mulheres que não estão em dia ou que nunca fizeram o exame. Entre essas últimas, além da baixa escolaridade (56,9%), elas apresentam baixa renda (70,7%), estão no grupo das que se definem como não casadas (73,9%) e têm cor negra ou parda (62,5%). “Tem toda uma conjuntura aí: quem mais precisa é quem menos recebe”, analisou Flávia Corrêa.

As mulheres que realizaram o preventivo há mais de 3 anos possuem baixa escolaridade em todas as regiões do Brasil. Os destaques são o Norte (62,5%) e o Nordeste (68,8%), cujos percentuais superam a média brasileira (60,8%). Já entre as mulheres que nunca fizeram preventivo, a baixa escolaridade lidera em todo o país, com média de 56,9%, à exceção do Centro-Oeste, que mostra distribuição próxima entre as mulheres com ensino fundamental completo (48,4%) e ensino médio completo (43,3%).

Teste molecular

Enquanto não houver mudança de método para o rastreamento do câncer de colo de útero no Brasil, a Fundação do Câncer orienta que a população feminina brasileira atenda à recomendação da OMS e do Ministério da Saúde em relação à população-alvo e à periodicidade para realização do Papanicolau. Flávia Corrêa disse que esse modelo de rastreamento adotado no Brasil não é o mais indicado, porque é do tipo oportunístico, ou seja, quando a mulher procura um serviço de saúde de forma voluntária para realizar o exame ou quando o profissional de saúde oferece o teste ao recebê-la por outro motivo. “Por isso, muitas mulheres são rastreadas em excesso e outras sequer fizeram o exame”.

Nas últimas recomendações da OMS, publicadas em 2021 e voltadas para países de baixa e média renda, é indicado, como método preferencial, o teste molecular para detecção do HPV, conhecido como teste de DNA-HPV. A consultora médica da Fundação do Câncer afirmou que esse teste é muito mais sensível e mais objetivo, porque é feito por máquina, enquanto o exame citopatológico depende do ser humano.

O epidemiologista Alfredo Scaff, coordenador do estudo, comentou que o novo método antecipa em quase dez anos o acompanhamento e o tratamento dos casos de câncer. Entre as vantagens do teste molecular DNA-HPV, Scaff cita o aumento da idade de início de realização do exame para 30 anos, estendendo-se até 49 anos, maior periodicidade (de cinco em cinco anos), maior detecção de lesões precursoras e câncer em estágio inicial e, principalmente, menor custo do tratamento. Flávia acrescentou que vários países desenvolvidos já mudaram de método para rastreamento do câncer de colo de útero, cuja adoção ainda está em estudos pelo Ministério da Saúde.

A doutora em saúde pública comentou, por outro lado, que não adianta só mudar o método. “Enquanto a gente não garantir adesão às recomendações, tem que atualizar as diretrizes e divulgá-las nas universidades, para os profissionais de saúde, e promover a capacitação das equipes da atenção primária, que é quem colhe o material para exame”. Segundo indicou, é preciso ter um mecanismo de gestão que só aceite a priorização do teste nessas condições de periodicidade e população-alvo recomendadas. A realização fora dessas especificidades tem que ter uma justificativa. “E tem que ter um sistema que comporte tudo isso”.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Agricultura e Defesa Civil de SP fazem parceria para combate de incêndios florestais

O tempo seco durante o inverno, em grande parte do Brasil, causa uma série de dificuldades para o agronegócio. A baixa umidade do solo, por exemplo, é uma das maiores causas de atraso no plantio. Mas a estiagem aumenta ainda mais o risco de incêndios em áreas florestais.

Atentas ao problema, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e a Defesa Civil estão trabalhando em parceria na Operação São Paulo Sem Fogo, com a finalidade de combater e prevenir incêndios em regiões estratégicas do interior paulista.

Uma das ações é enviar boletins informativos, impressos e via redes sociais, por meio da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), aos pequenos e médios produtores rurais de São Paulo.

Além disso, a Secretaria de Agricultura, por meio do programa estadual Agro SP+ Seguro, pretende equipar os municípios com viaturas de combate a incêndios. Além do fornecimento destes veículos, a Pasta já disponibilizou mais de 200 caminhões pipas para diversas prefeituras do interior paulista.

Operação São Paulo Sem Fogo

A Operação SP Sem Fogo visa, dentre outras ações, diminuir os focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, que vai de junho a outubro. Neste ano, o Governo de SP está investindo mais de R$ 97 milhões na aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.

A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), DER (Departamento de Estradas de Rodagem), Fundação Florestal (FF) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento

Do Portal do Governo

Governo de SP lança ‘Gabinete 3D’ durante Oficina Macrorregional em Ribeirão Preto

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Saúde (SES), lançou nesta terça-feira (8) o “Gabinete 3D – Saúde”, que concentra diversas ações para promover a aproximação das lideranças, gestores públicos e servidores das redes de saúde dos municípios e das entidades ligadas à saúde. O anúncio foi feito durante a Oficina de Regionalização da Saúde da Macrorregional de Ribeirão Preto. Na ocasião, foi divulgado ainda o investimento de mais de R$ 58 milhões ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP.

Gabinete 3D

Para o Governo do Estado de SP, o diálogo é essencial para entender e solucionar problemas, melhorar serviços e ter o senso de urgência necessário para cuidar das pessoas. A iniciativa do “Gabinete 3D” promoverá encontros do secretário da Saúde, Eleuses Paiva, com lideranças políticas locais, administradores dos hospitais e visitas às unidades de saúde da região.

“Oferecer saúde pública de qualidade é um compromisso com o cidadão paulista. O Gabinete 3D tem um viés análogo ao da Regionalização, promovendo visitas a todas as regiões para ver de perto o que está acontecendo, escutar de quem está na ponta quais são os principais problemas e estar junto na construção de uma nova saúde, fazendo a diferença para todos. Queremos estar próximos para definir planos de ação para entregar de forma personalizada o que cada município precisa”, afirmou Eleuses.

A SES foi escolhida como a pasta para inaugurar a iniciativa, dada a preocupação da população com o setor e a proximidade dos objetivos do Gabinete 3D com o projeto de Regionalização da Saúde, já em curso desde o começo do ano. A Regionalização busca reorganizar as unidades de saúde e investimentos de acordo com as necessidades e demandas de cada região.

De acordo com levantamento feito pela SES, enquanto a taxa de ocupação dos hospitais de grande porte da rede estadual beira 100%, hospitais de pequeno porte trabalham com uma ocupação de cerca de 20%. Estes hospitais estão aptos a realizar procedimentos de média complexidade, que representam entre 35% e 40% da demanda de pacientes internados nos hospitais de grande porte.

“Se nós pudermos voltar a discutir com cada município, com cada prestador, a reativação da força desses hospitais de pequeno porte, nós estaremos colocando nas nossas regiões mais de 500 leitos para funcionar, que são leitos que já estão prontos, onde não precisamos colocar nem mais um tijolo e nem mais um equipamento”, apontou Paiva, como uma das metas da Regionalização.

O objetivo do programa é a diminuição das desigualdades entre as regiões para aumentar a eficiência do gasto público, ampliar a oferta de serviços, fazer as filas andarem e reduzir a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento. Atualmente, os municípios aplicam até 40% do seu orçamento na saúde, mas, devido à falta de integração das unidades, muitas vezes o cidadão ainda não tem suas necessidades atendidas. O projeto prevê a adequação dos ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais às necessidades regionais, efetivamente descentralizando o sistema de saúde.

O Programa de Regionalização da Saúde do Estado de São Paulo conta com a parceria do Cosems-SP e o apoio da OPAS, com a qual foi assinada a Carta de Cooperação Mútua para a qualificação e fortalecimento da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado de São Paulo. A parceria propõe buscar formas de entrosamento entre as instituições, para criar, manter e dinamizar redes permanentes entre os quadros funcionais e assegurar a cooperação entre eles.

As Macrorregiões que sediaram oficinas até o momento foram as de Bauru, Taubaté, Marília, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Araçatuba. A previsão é que a próxima, da Macrorregião da Baixada Santista, ocorra ainda em agosto.

A Oficina da Regionalização da Saúde – Macrorregional de Ribeirão Preto, que contou com a presença do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS) e secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, Geraldo Reple Sobrinho, e do consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e coordenador do Projeto de Regionalização da Saúde, Renilson Rehem, é um evento realizado em três dias.

Na segunda-feira (7), houve painéis sobre o Projeto de Regionalização, reuniões de diagnóstico da Assistência Primária à Saúde (APS) e apresentação da proposta para regulação do acesso e dos objetivos do projeto de Regionalização no Estado de São Paulo. Na terça-feira (08), os grupos de trabalho elaboraram propostas e relatórios sobre o panorama da saúde na região. Na quarta-feira (09), os grupos apresentarão o resultado dos trabalhos e discussões do dia anterior. O encerramento ocorre após a reapresentação do cronograma de atividades do projeto.

Hospital das Clínicas

Na ocasião, o secretário Eleuses Paiva também anunciou um investimento de mais de R$58 milhões no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP. Com o anúncio do novo convênio, a Secretaria de Estado da Saúde vai repassar recursos para ativar duas salas cirúrgicas e 101 leitos, sendo 47 para a especialidade de Oncologia e para Centro de Terapia Intensivo (CTI) e 54 para atendimentos clínicos, cirúrgicos e pediátricos. A expansão também representa um aumento de 30% da capacidade da Central de Quimioterapia.

Partida do Comercial é alterada novamente

A partida entre Comercial e Grêmio Prudente foi novamente alterada. O jogo, que estava marcado para sábado (12), às 10:00, foi transferido para o domingo novamente por motivos de segurança. 

Na última sexta-feira (4) a Federação Paulista de Futebol (FPF) havia mudado a data do confronto para o sábado após um pedido do clube devido ao dia dos pais.  

Mas por determinação do Ministério Público Estadual em consonância com a Polícia Militar, que por sua vez expediu o Ofício n, 51BPMI-190/03/23 do Cmt do 51º BPM/1 direcionado ao Sr. Reinaldo Carneiro Bastos, Presidente da Federação Paulista de Futebol, a partida foi alterada. 

A decisão foi tomada pois no mesmo dia, Botafogo e Ponte Preta se enfrentam no Estádio Santa Cruz, às 17:00, e a torcida da Macaca é uma aliada da torcida comercialina.