Saiba como observar o ‘Cometa do Século’; fenômeno será visível em todo o Brasil

O cometa C/2023 A3, conhecido como “Cometa do Século”, está se tornando cada vez mais visível no céu noturno desde meados de setembro, proporcionando uma ótima oportunidade para os amantes da astronomia. A partir desta sexta-feira (27), o cometa poderá ser observado a olho nu, especialmente para aqueles que acordarem cedo e olharem para o leste antes do nascer do sol.

Hoje marca o “periélio” do cometa, quando ele se aproxima do Sol, resultando em um brilho mais intenso. No entanto, o Observatório Nacional alerta que não é garantido que ele seja visível sem ajuda, já que a luminosidade dos cometas pode variar consideravelmente. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de telescópios ou binóculos para uma melhor visualização.

Outro fator a ser considerado é a possibilidade de fragmentação do cometa durante sua passagem perto do Sol. Composto de gelo e rochas, ele pode se desintegrar devido ao calor intenso. Embora alguns astrônomos discutam essa possibilidade, a expectativa é que o cometa sobreviva e continue visível até outubro.

Para observar o Cometa do Século, os interessados devem estar cientes de que as condições de visualização mudarão à medida que o cometa se movimenta. Ele será visível em todo o Brasil, dependendo, claro, das condições climáticas. Aplicativos de observação de estrelas, como Star Walk 2 ou Sky Tonight, podem ajudar na identificação do cometa, permitindo que os usuários localizem facilmente o C/2023 A3 apontando o celular para o céu.

Aqui estão algumas dicas para a observação do cometa:

  • Até 7 de outubro, o cometa aparecerá nas primeiras horas da manhã no leste, pouco antes do nascer do sol.
  • Entre 7 e 11 de outubro, a proximidade do cometa com o Sol dificultará sua visualização devido ao brilho solar.
  • Após 12 de outubro, o cometa começará a se afastar, tornando-se visível logo após o pôr do sol no oeste, perto do horizonte.

Além disso, espera-se que, por conta de sua maior aproximação à Terra, o cometa alcance seu brilho máximo por volta do dia 13 de outubro, podendo atingir uma magnitude de 3,0 ou 2,0, onde números menores indicam maior brilho.

Cometa do Século poderá ser observado no Brasil ainda em setembro

A partir do dia 22 de setembro, os interessados em astronomia poderão observar, aqui no Hemisfério Sul, a passagem pela Terra do cometa C2023 A3 (Tsuchinshan-Atlas), que está sendo chamado de Cometa do Século, por causa da chance de ter a maior luminosidade desde o Hale-Bopp, que brilhou no céu em 1997.

O cometa – fenômeno formado por poeira, pedras, gelo e gases – foi descoberto no início de 2023 pelo Observatório Astronômico Zijinshan, também conhecido como Observatório da Montanha Púrpura, e pelo telescópio do Sistema de Alerta Último de Impacto Terrestre de Asteroide (Atlas, na sigla em inglês), na África do Sul.

O astrônomo Filipe Monteiro, do Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, explica que, desde agosto até a última semana de setembro, o cometa está “muito aparentemente próximo do Sol”, o que o deixará ofuscado pelo brilho da estrela central do Sistema Solar, dificultando a sua observação.

“A partir da última semana de setembro, dia 22, o cometa poderá ser visto ao amanhecer, mas tornando a ficar novamente muito próximo do Sol entre os dias 7 e 11 de outubro, mas voltando a se afastar em seguida. A partir de então, o cometa poderá ser visto logo após o pôr do sol”, explica o astrônomo.

OBSERVAÇÃO

“Não é possível atestar se o cometa poderá ser visto a olho nu, dado que a intensidade do brilho desses objetos pode ser imprevisível e, por isso, é possível que haja a necessidade de fazer uso de outros instrumentos, tais como binóculos e telescópios”, detalha o especialista do Observatório Nacional.

“Os observadores deverão olhar para o horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol. O cometa estará visível um pouco antes do amanhecer no final de setembro e logo após o pôr do Sol, quando transitará pelas constelações de Virgem (em setembro), Serpente e Ofiúco (outubro)”, orienta Monteiro.

“A maior dificuldade será encontrar um lugar com o horizonte oeste livre, visto que o cometa está muito baixo no céu, em uma altura de até 30 graus”, adianta.

De acordo com o aplicativo de astronomia Star Walk, o C2023 A3 pode alcançar até – 3 de magnitude – quanto menor a magnitude, maior a luminosidade. Para efeito de comparação, em 1997, o cometa Hale-Bopp, um dos mais observados do século 20, teve magnitude de pico de -1,8.

A observação do Cometa do Século está registrada no guia de principais fenômenos astronômicos, elaborado pelo Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além de explicar sobre astronomia e os acontecimentos, a publicação permite acompanhar, por exemplo, a agenda de eclipses, aproximação de planetas e chuvas de meteoros.

“Cometa do Século” se aproxima da Terra; saiba quando será a maior aproximação

O cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, conhecido como o “Cometa do Século”, deve alcançar seu ponto mais próximo da Terra no dia 12 de outubro deste ano. Astrônomos esperam que ele seja visível a olho nu. Descoberto no início de 2023, o cometa está gerando grande expectativa entre os cientistas e entusiastas da astronomia.

De acordo com a NASA, este cometa é classificado como um cometa periódico, semelhante ao Halley. O site Earth Sky informa que ele completa uma órbita ao redor do Sol aproximadamente a cada oitenta anos.

Recentemente, observadores notaram que o cometa não apresentou um aumento significativo de brilho à medida que se aproximava do sistema solar interno, o que é um pouco incomum. No entanto, como cometas são notoriamente imprevisíveis, ainda é cedo para afirmar com certeza como ele se comportará.

A maior aproximação do cometa em relação ao Sol está prevista para o dia 27 de setembro. Se o cometa continuar brilhante, a expectativa é que ele seja visível da Terra como previsto. Os cientistas acompanharão o cometa com instrumentos como o Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma espaçonave da Agência Espacial Europeia e da NASA.

Os cometas são formados por poeira, gases congelados, gelo e rochas, que se unem desde a formação do sistema solar. À medida que se aproximam do Sol, o gelo se aquece e se transforma em gás, criando a característica cauda do cometa.