Mercado de trabalho mantém estabilidade e atinge recorde de trabalhadores com carteira assinada
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo IBGE. Esse é o menor índice para o período desde o início da série histórica, em 2012. O número representa estabilidade frente ao trimestre anterior (6,5%) e indica uma melhora em relação ao mesmo período de 2024, quando a taxa estava em 7,4%. Atualmente, 7,3 milhões de brasileiros estão sem trabalho.
O mercado de trabalho formal segue em alta. O total de empregados com carteira assinada no setor privado atingiu 39,6 milhões, o maior número já registrado, com crescimento de 0,8% em relação ao trimestre anterior e 3,8% frente ao mesmo período do ano passado. A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 15,4%, indicando estabilidade, mas com queda de 2 pontos percentuais na comparação anual. Para o IBGE, a boa absorção dos empregos temporários e a queda da informalidade são sinais de fortalecimento da economia.
Principais dados do trimestre (fevereiro a abril/2025):
- Taxa de desocupação: 6,6%
- Pessoas desocupadas: 7,3 milhões
- Empregados com carteira assinada: 39,6 milhões (recorde histórico)
- Empregados sem carteira assinada: 13,7 milhões
- Trabalhadores por conta própria: 26 milhões
- População ocupada: 103,3 milhões
- População fora da força de trabalho: 66,8 milhões
- População desalentada: 3 milhões
- Taxa de informalidade: 37,9% (queda frente ao último trimestre)
- Rendimento médio real: R$ 3.426 (estável no trimestre, +3,2% no ano)
- Massa de rendimentos: R$ 349,4 bilhões (recorde, +5,9% no ano)
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou em R$ 3.426, mantendo-se estável no trimestre, mas com avanço de 3,2% na comparação anual. Já a massa de rendimentos chegou a um recorde de R$ 349,4 bilhões, o que representa um aumento de quase R$ 20 bilhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o IBGE, esses dados apontam para um mercado de trabalho mais sólido e com menor subutilização da mão de obra.