Cuidados respiratórios no verão: Como proteger a saúde em tempos de calor

As doenças respiratórias, como asma, rinite, gripes e resfriados, são comuns no inverno, mas também podem afetar o organismo durante o verão. Por isso, é fundamental redobrar os cuidados, especialmente para quem já sofre dessas condições. A umidade elevada, o uso constante de ar-condicionado e a exposição a poluentes podem agravar esses problemas, tornando a estação mais quente um período desafiador para quem tem doenças respiratórias.

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) estima que cerca de 20 milhões de brasileiros convivem com a asma, e aproximadamente 30% da população sofre de rinite, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). O calor intenso e a poluição atmosférica têm impacto direto na saúde respiratória, podendo piorar os sintomas dessas condições.

O pneumologista Arthur Marinho, da Casa de Saúde São José, alerta que a exposição a mudanças bruscas de temperatura, como ir de um ambiente quente para um local com ar-condicionado, pode desencadear crises de asma e bronquite. Além disso, o aumento de ozônio devido à reação química entre poluentes e raios solares agrava ainda mais o quadro respiratório. Essa situação exige cuidados especiais para evitar complicações respiratórias durante o verão.

As doenças respiratórias se dividem em duas categorias: agudas e crônicas. As doenças agudas, como resfriado, gripe e pneumonia, têm início rápido e duração curta. Já as crônicas, como asma, rinite e bronquite, podem acompanhar o indivíduo ao longo da vida. Embora as viroses respiratórias sejam associadas ao inverno, elas também podem agravar-se no verão devido ao aumento da exposição ao calor e à poluição, comprometendo ainda mais a saúde respiratória.

Exercícios físicos em altas temperaturas também exigem cuidados redobrados, pois o calor pode levar à desidratação e ao agravamento dos sintomas respiratórios. O pneumologista André Nathan Costa recomenda que, ao praticar atividades físicas ao ar livre, é importante manter-se bem hidratado e evitar treinos durante os horários de pico de calor. A baixa umidade também pode causar ressecamento das vias aéreas, o que pode resultar em broncoespasmo e inflamação.

Além disso, ambientes internos com ar-condicionado e ventiladores podem contribuir para o agravamento das alergias respiratórias, caso esses aparelhos não sejam devidamente limpos. Fungos e ácaros acumulados em filtros de ar-condicionado e ventiladores podem ser liberados no ambiente, piorando os quadros alérgicos e respiratórios. Para evitar complicações, o pneumologista Arthur Marinho sugere manter o ar-condicionado entre 22ºC e 24ºC, evitar direcionar o fluxo de ar diretamente para o rosto e beber bastante água.

Pesquisa aponta proteína que pode reduzir o risco de doenças cardíacas

Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que consumir proteína vegetal pode diminuir em até 27% o risco de doenças cardíacas. A pesquisa, que acompanhou mais de 200 mil pessoas ao longo de 30 anos, mostrou os benefícios dessa mudança alimentar para a saúde do coração, especialmente no combate às doenças arteriais coronarianas (DAC) e cardiovasculares (DCV).

Resultados do estudo
A pesquisa analisou indivíduos sem histórico de doenças cardíacas ou câncer, com dados alimentares coletados por meio de questionários a cada dois ou quatro anos. Os resultados indicaram que aqueles que incluíam uma maior quantidade de proteínas vegetais em suas dietas apresentaram:

  • Redução de 27% no risco de doenças arteriais coronarianas
  • Diminuição de 19% no risco de doenças cardiovasculares

Embora o estudo também tenha considerado as proteínas de origem animal, os pesquisadores destacaram que as fontes vegetais foram mais eficazes na proteção do coração. No entanto, a pesquisa não encontrou benefícios significativos no que diz respeito à prevenção de derrames.

Durante o estudo, foram registrados 16.118 casos de doenças cardiovasculares, 10.187 de doenças coronarianas e 6.137 de derrames.

Por que as proteínas vegetais são benéficas?

As proteínas vegetais são ricas em nutrientes como fibras, vitaminas e antioxidantes, e contêm menos gorduras saturadas e colesterol do que as proteínas animais. Esses fatores ajudam a manter os vasos sanguíneos saudáveis, prevenindo o acúmulo de placas nas artérias e favorecendo uma boa circulação sanguínea.

Alimentos como leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), oleaginosas (castanhas, nozes) e cereais integrais são ótimas fontes de proteínas vegetais que podem ser facilmente incluídas na dieta.

Dica para cuidar do coração
Substituir uma refeição com carne por opções vegetais algumas vezes por semana pode ser um passo inicial para melhorar a saúde cardiovascular. Embora o estudo tenha demonstrado os benefícios das proteínas vegetais, ele não estabeleceu uma proporção exata entre proteínas vegetais e animais para obter a proteção ideal. Por isso, a orientação é buscar equilíbrio, dando preferência a alimentos de origem vegetal sempre que possível.

Fonte: catracalivre

InfoGripe indica aumento de síndromes respiratórias por covid-19

Em seis estados e no Distrito Federal, o cenário de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 tem se mantido, segundo o Boletim InfoGripe divulgado na última quinta-feira (26) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O crescimento do número de casos foi registrado em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

A análise aponta que, nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, já se observa a desaceleração do crescimento dos casos graves de SRAG por Sars-CoV-2. Já as ocorrências de SRAG por rinovírus, que atingem principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos, mantêm a desaceleração ou queda em grande parte dos estados da região Centro-Sul e Nordeste, exceto no Ceará e Pernambuco, que ainda apresentam aumento do vírus.

Segundo a Fiocruz, dez das 27 unidades federativas apresentam indícios de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Acre, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Tocantins.

Apesar da diminuição do crescimento dos casos graves, o estudo mostra que a covid-19 ainda é a principal causa de mortalidade por síndrome respiratória entre os idosos, seguida pela influenza A.

“É muito importante que todos os idosos e pessoas dos grupos de risco  busquem o posto de saúde e se vacinem contra a covid-19”, ressaltou a pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe Tatiana Portella.

“Em relação às recomendações, é importante sempre usar máscaras em locais fechados com maior aglomeração de pessoas e dentro dos postos de saúde. Para as pessoas que moram em estados da Região Norte com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, é também importante lembrar que já começou a campanha de vacinação contra a influenza A. Então todas as pessoas elegíveis a tomarem essa vacina devem buscar vacinar contra o vírus”, orienta a pesquisadora.

Fonte: Agência Brasil

Doenças respiratórias se potencializam no inverno; Veja como se prevenir

Com a chegada da estação mais fria do ano, é possível observar um aumento considerável no número de doenças no trato respiratório. Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, apontam que cerca de 20% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doença respiratória agravada devido à queda das temperaturas juntamente com o clima seco e a baixa umidade característicos do inverno, a exemplo das rinites, sinusites, gripe e asma.

Geralmente, a transmissão dessas doenças acontece principalmente pelo contato com secreções ou por meio de gotículas expelidas ao tossir e espirrar, e os espaços fechados facilitam a contaminação, ocasionada pela alta infectividade desses vírus.

SINTOMAS MAIS COMUNS

Dentre os sintomas mais comuns de resfriados e gripes estão a coriza, tosse, dor de garganta, febre, dor de cabeça e mal-estar geral. Contudo, no início da infecção, é difícil para o paciente saber diferenciar um resfriado comum de uma gripe, COVID-19 ou pneumonia.

Ricardo Figueiredo, pneumologista e Coordenador do Centro de Excelência em Asma da Rede Mater Dei, ressalta que é fundamental estar atento a sinais de perigo, como: dificuldade para respirar, dor no peito, confusão mental e febre persistente, que podem indicar complicações mais graves como pneumonia ou COVID-19. Na persistência dos sintomas ou presença de sinais de perigo, deve-se procurar imediatamente um serviço de saúde para avaliação mais completa.

TRATAMENTOS E PREVENÇÃO DA DOENÇA

O tratamento dessas doenças envolve, principalmente, medidas de suporte e alívio dos sintomas. Em casos de gripe ou COVID-19, antivirais específicos podem ser prescritos por um médico, dependendo da gravidade e do tempo de evolução dos sintomas.

Durante o tratamento das doenças respiratórias, recomenda-se higiene das mãos frequente, evitar contato próximo com pessoas sintomáticas, além de manter uma boa saúde respiratória. Cuidados como hidratação adequada, alimentação saudável e repouso também são fundamentais.

Segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados em 2022, menos de 70% da população brasileira havia se vacinado contra o vírus da influenza, o maior causador da gripe e de outras doenças respiratórias, o número mais baixo desde o ano de 2019. Portanto, manter o calendário vacinal atualizado contribui efetivamente para uma melhor saúde respiratória.

Ricardo também destaca uma série de comportamentos preventivos cruciais para evitar as doenças respiratórias, são eles:

  • Uso de máscaras em ambientes fechados de alto risco;
  • Ventilação adequada dos espaços;
  • Higienização frequente das mãos são medidas eficazes;
  • Manter-se fisicamente ativo e adotar hábitos alimentares saudáveis, fortalecendo o sistema imunológico e ajudando a prevenir essas doenças.

Sobre a Rede Mater Dei de Saúde 

Somos uma rede de saúde completa, com 43 anos de vida, da qual o Hospital Mater Dei Emec faz parte, cuidando da saúde dos moradores de Feira de Santana e região, tendo o paciente no centro de tudo e ancorada em três princípios: inteligência e humanização como pilares do atendimento; tecnologia como apoio da excelência; e solidez das governanças clínica e corporativa. Nossos serviços médico-hospitalares estão disponíveis para toda a família, em todas as fases da vida, com qualidade assistencial e profissionais altamente capacitados e especializados. Estamos em expansão, levando para mais pessoas o Jeito Mater Dei de Cuidar e de Acolher. Nossa premissa é valorizar a vida dos nossos pacientes em cada atendimento, disponibilizando o melhor que a medicina pode oferecer.

Casos de doenças respiratórias aumentam com queda nas temperaturas

Os casos de problemas respiratórios aumentam com a chegada do período de baixas temperaturas, tempo seco e maior amplitude térmica. Doenças como gripe, Covid-19, rinite e sinusite podem ser confundidas por causa da similaridade de alguns dos sintomas.

“As principais doenças que aumentam com o clima frio são as doenças respiratórias. E outras manifestações também que surgem como complicação dessas doenças, como as infecções, as pneumonias, as bronquiolites. Isso se deve ao frio e ao clima seco, que dificulta a dispersão de poluentes e faz com que as pessoas, principalmente alérgicas, sofram nesta época do ano”, afirma a médica alergista Fátima Rodrigues Fernandes, diretora do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).

Todas essas doenças têm em comum sintomas respiratórios como tosse, coriza e nariz entupido. “É fundamental procurar ajuda profissional principalmente quando houver piora de sintomas, como febre, fadiga e a secreção mudar de cor para amarela ou verde, pois podem ser sinais de complicações e até de hipóxia, que é a baixa concentração de oxigênio no sangue”, explica a especialista do HSPE.

É importante saber diferenciar as doenças para que a administração correto do tratamento. O uso de remédios não deve ser feito sem orientação médica.

Entenda as principais características e diferenças entre as doenças

Gripe: A gripe, ou influenza, é causada pelo vírus da gripe, que possui centenas de mutações e é uma doença respiratória sazonal. Os sintomas incluem febre, dores musculares, dor de garganta, dor de cabeça, nariz escorrendo e fadiga, muitas vezes acompanhada de tosse inicialmente seca e depois com secreção. Alguns pacientes podem apresentar quadros de vômitos e diarréia, mas esses sintomas costumam ser mais comuns em crianças. A gripe pode ser tratada com antivirais, analgésicos e pode ser prevenida principalmente por meio de vacinação anual.

Covid-19: A Covid-19 é uma doença infecciosa altamente contagiosa, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que pode variar de leve a grave e que pode levar à morte. Os sintomas mais comuns incluem dor de garganta, febre, dor de cabeça e dor no corpo. Outros sinais são fadiga, coriza, perda do paladar, do olfato e dificuldade para respirar. O diagnóstico pode ser feito por exame clínico e por testes de laboratório e farmácia com amostras colhidas no nariz ou boca.
O tratamento varia de acordo com a gravidade e pode incluir repouso, hidratação, analgésicos e cuidados intensivos e hospitalares, assim como o uso de medicamentos antivirais em casos mais graves. A melhor maneira de prevenir a doença é por meio do esquema de vacinação, uso de máscara e distanciamento social.

Rinite: A rinite é uma condição inflamatória nasal que pode ser causada por alergias ou infecções virais. Os sintomas incluem nariz entupido, coceira nasal, coriza e espirros. A rinite alérgica pode ser tratada com anti-histamínicos e lavagem nasal com soro fisiológico, além de controle ambiental dos alérgenos. A rinite viral geralmente desaparece por conta própria em alguns dias.

Sinusite: Já a sinusite é uma inflamação dos seios nasais que pode ser causada por infecções bacterianas ou virais. Os sintomas incluem dor de cabeça, dor facial, nariz entupido, coriza e febre. A sinusite bacteriana pode ser tratada com antibióticos, enquanto a sinusite viral geralmente desaparece por conta própria. Medicamentos podem ser utilizados para aliviar os sintomas e a drenagem das secreções.

VIA GOVERNO DE SÃO PAULO