Matías Rojas move ação milionária na Fifa contra o Corinthians

O meio-campista Matías Rojas tomou uma decisão ousada ao mover uma ação contra o Corinthians na Fifa, demandando o pagamento de 8 milhões de dólares, aproximadamente R$ 40 milhões na cotação atual. Esse valor corresponde a todos os salários, direitos de imagem e outras verbas previstas em seu contrato, válido até junho de 2027.

O processo, que deve se estender por alguns meses até um veredicto, representa uma reviravolta na relação entre Rojas e o Corinthians. Após o jogador solicitar a rescisão unilateral do contrato, a diretoria do clube iniciou negociações em busca de um acordo amigável, porém sem sucesso. Rojas argumenta que o Corinthians falhou em cumprir com suas obrigações contratuais, especificamente no pagamento dos direitos de imagem referentes a 2023, e utiliza isso como base para sua demanda. A iniciativa surpreendeu o clube e gerou irritação entre seus dirigentes, que consideram que a pendência poderia ter sido resolvida de maneira diferente.

Caso a Fifa decida em favor de Rojas, o Corinthians não só terá que pagar a indenização, mas também poderá enfrentar sanções disciplinares, uma vez que o jogador está dentro do chamado “período protegido” da entidade. Essas medidas, que podem incluir a proibição de registrar novos jogadores, representam uma preocupação adicional para o clube paulista. No entanto, o fato de ser réu primário em casos desse tipo pode atenuar as possíveis punições. Enquanto aguarda o desenrolar do processo, Rojas já está em negociações para uma possível transferência para o Inter Miami, dos Estados Unidos.

Bares e restaurantes de Ribeirão pedem indenização por conta da pandemia

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) iniciou uma Ação Civil Pública exigindo compensações do Governo de São Paulo e da Prefeitura de Ribeirão Preto, devido aos impactos do fechamento dos estabelecimentos nos períodos mais críticos da pandemia entre 2020 e 2021. O caso, agora em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), inicialmente foi rejeitado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Vinicius Iozzi, diretor executivo da Abrasel Alta Mogiana, abrangendo Ribeirão Preto e outras localidades, esclareceu que o objetivo não é contestar as medidas sanitárias, mas apontar a ausência de apoio para os estabelecimentos afetados pelos fechamentos. Segundo ele, o setor não recebeu os incentivos concedidos a outras indústrias, resultando em demissões e sem alívio fiscal.

Apesar da diminuição da alíquota do ICMS para bares e restaurantes de 3,69% para 3,2% em 2022 pelo Governo de São Paulo, a ação não estipula um valor para a indenização, deixando os empresários responsáveis por calcular os prejuízos ao longo da pandemia. Vinicius alerta para a dificuldade do processo, considerando a persistência dos impactos e prevê um período de até cinco anos para a total recuperação do setor.

Lesão de Neymar pode gerar indenização milionária para Al-Hilal

A lesão de Neymar, que resultou na ruptura do ligamento cruzado anterior de seu joelho esquerdo, pode ter implicações financeiras significativas para o Al-Hilal, seu clube na Arábia Saudita. Segundo especialistas em direito desportivo internacional, o Al-Hilal pode considerar acionar o Programa de Proteção de Clubes da FIFA, que prevê compensações financeiras quando um jogador se lesiona durante um compromisso pela seleção nacional em uma competição da FIFA e fica impossibilitado de jogar por mais de 28 dias consecutivos.

De acordo com Eduardo Carlezzo, advogado especializado em direito desportivo internacional, a FIFA oferece uma indenização máxima de 7,5 milhões de euros (equivalente a cerca de R$ 40 milhões) para lesões que afetam os jogadores. No entanto, essa quantia está muito aquém do salário de Neymar no Al-Hilal. Relatórios recentes da Forbes indicam que o jogador brasileiro tem ganhos anuais na casa dos US$ 112 milhões (equivalente a R$ 566 milhões) enquanto atua pelo clube saudita. O valor máximo concedido pela FIFA não cobriria nem mesmo um mês dos vencimentos do talentoso camisa 10.

Neymar, que se transferiu do PSG para o Al-Hilal durante a última janela de transferências europeia, havia disputado apenas cinco partidas e marcado um gol pelo clube saudita antes de sua lesão no jogo contra o Uruguai pelas Eliminatórias. Segundo Carlezzo, o montante total disponibilizado anualmente pelo programa de proteção da FIFA para lesões em jogadores é de 80 milhões de euros (cerca de R$ 400 milhões), destinado a todos os clubes elegíveis em situações semelhantes.