Aumento alarmante nos atendimentos por ansiedade no SUS entre jovens

Entre adolescentes de 15 a 19 anos, o crescimento foi ainda mais expressivo, superando os 3.300%.

Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde revelou que, entre 2014 e 2024, os atendimentos relacionados a transtornos de ansiedade no SUS aumentaram de forma alarmante, com um crescimento de quase 2.500% entre as crianças de 10 a 14 anos. Enquanto em 2014 foram registrados 1.850 atendimentos, em 2023 esse número saltou para 24,3 mil, considerando os dados até outubro.

Entre os adolescentes de 15 a 19 anos, o aumento foi ainda mais expressivo: houve um crescimento superior a 3.300%, com os atendimentos subindo de 1.534, em 2014, para 53.514 no ano passado.

Especialistas apontam que a exposição prolongada a dispositivos eletrônicos pode estar desempenhando um papel crucial no agravamento da saúde mental dessa geração. A constante interação com as telas pode comprometer o desenvolvimento de habilidades sociais e físicas, além de expor crianças e jovens a conteúdos prejudiciais.

O pediatra e sanitarista Daniel Becker destaca que o uso excessivo de aparelhos tem duas principais origens de danos: a perda de atividades fundamentais, como brincadeiras, esportes e interação social, e o consumo de conteúdo negativo nas plataformas digitais. “O algoritmo tende a mostrar o pior conteúdo possível, e as crianças, sem orientação, acabam consumindo informações prejudiciais, como violência, bullying, misoginia e até pornografia”, explicou Becker.

Além disso, Becker observa um impacto particular nas meninas, que são expostas à pressão estética nas redes sociais, com imagens de mulheres que muitas vezes são editadas com filtros ou modificadas com procedimentos estéticos, criando padrões de beleza irreais e gerando problemas como depressão. O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria, Clóvis Francisco Constantino, também alerta sobre os efeitos do uso excessivo de telas no sono das crianças e adolescentes, ressaltando a importância de equilibrar o tempo de tela com atividades ao ar livre e maior acompanhamento por parte dos pais.

Inscrições abertas para curso gratuito de empregabilidade para jovens em Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto, estão abertas as inscrições para um curso gratuito voltado para jovens de 15 a 24 anos, que estejam cursando ou já tenham concluído o ensino médio. O curso, que começa em 16 de janeiro, faz parte do Programa Emprego e Futuro e tem como objetivo preparar os participantes para o mercado de trabalho, oferecendo uma formação prática e teórica sobre o ambiente corporativo.

Serão disponibilizadas 30 vagas, e as aulas ocorrerão presencialmente no Dabi Business Park, localizado na rua General Augusto Soares dos Santos, 100, no Parque Industrial Lagoinha, zona Leste da cidade. As aulas serão realizadas uma vez por semana, às quintas-feiras, das 14h30 às 16h30, com duração total de três meses (30 horas).

O curso contará com facilitadores voluntários experientes, proporcionando uma abordagem prática por meio de simulações de situações reais de trabalho, como entrevistas e visitas a empresas. Além disso, empresas parceiras do programa poderão oferecer oportunidades de emprego aos participantes.

O conteúdo programático abrange temas como elaboração de currículos, postura em entrevistas, marketing pessoal, uso do LinkedIn, trabalho híbrido, liderança, novas tecnologias, e as tendências para o futuro do trabalho, além de desenvolvimento pessoal e profissional.

Para obter o certificado de conclusão, o aluno deve comparecer a pelo menos 75% das aulas, o que equivale a 11 encontros. A entrega dos certificados será realizada em uma cerimônia de encerramento, programada para o dia 24 de abril.

Para se inscrever, clique aqui.

Estudo identifica sinal comum de AVC em pessoas jovens

Uma nova pesquisa revelou um sinal recorrente em jovens adultos com maior propensão a sofrer um AVC (acidente vascular cerebral). O estudo destacou que enxaquecas estão “significativamente associadas” ao aumento do risco de AVC em pessoas com menos de 45 anos.

Os resultados foram publicados na revista Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes. Além das enxaquecas, distúrbios de coagulação sanguínea, insuficiência renal e doenças autoimunes também foram identificados como fatores de risco.

ENXAQUECAS COMO FATOR DE RISCO

A equipe de pesquisa analisou dados de mais de 2.600 pessoas que sofreram AVC e comparou com 7.800 pessoas que não tiveram a condição. Entre os adultos com menos de 35 anos, a associação entre AVC e fatores de risco não tradicionais foi mais alta (31% nos homens e cerca de 43% nas mulheres) em comparação com os fatores de risco tradicionais (cerca de 25% nos homens e mais de 33% nas mulheres).

A enxaqueca emergiu como o fator de risco não tradicional mais significativo, responsável por 20% dos AVCs em homens e quase 35% em mulheres nessa faixa etária. A Dra. Michelle Leppert, autora principal do estudo, destacou: “Há muitos estudos que demonstram a associação entre enxaquecas e AVC, mas, até onde sabemos, este estudo pode ser o primeiro a demonstrar quanto risco de AVC pode ser atribuído às enxaquecas.”

CAUSAS E TIPOS

A enxaqueca é um distúrbio neurológico frequentemente caracterizado por dores de cabeça intensas. Ela pode ser desencadeada por uma combinação de fatores genéticos, neuroquímicos e ambientais, incluindo predisposição genética. Estresse, flutuações hormonais e hábitos de vida, como falta de sono e dieta irregular, também podem contribuir para o problema.

Os principais tipos de enxaqueca incluem:

  • Enxaqueca com Aura: Caracterizada por sintomas neurológicos, conhecidos como aura, que ocorrem antes da dor de cabeça. Esses sintomas podem incluir distúrbios visuais, alterações na sensação tátil, dificuldades na fala e fraqueza muscular temporária.
  • Enxaqueca sem Aura: A forma mais comum de enxaqueca, não acompanhada por aura, com sintomas típicos como dor de cabeça pulsátil, geralmente em um lado da cabeça, sensibilidade à luz, ao som e ao movimento, além de náuseas e vômitos.
  • Enxaqueca Crônica: Definida por dores de cabeça enxaquecas em pelo menos 15 dias por mês, com pelo menos oito desses dias apresentando sintomas típicos de enxaqueca, durante pelo menos três meses consecutivos.

Número de jovens que não estudam nem trabalham cresce para 5,4 milhões

O número de jovens entre 14 e 24 anos que não trabalham, não estudam e não procuram emprego aumentou significativamente no Brasil. De acordo com um estudo do Centro de Liderança Pública (CLP), essa população, conhecida como “nem-nem”, cresceu de 4 milhões para 5,4 milhões no primeiro trimestre deste ano. Os dados foram divulgados durante o evento Empregabilidade Jovem, promovido pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, explicou à Agência Brasil que diversos fatores contribuem para esse aumento, afetando principalmente as mulheres, que representam 60% desse grupo. Montagner destacou que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho, combinada com expectativas sociais como a maternidade precoce, faz com que as jovens mulheres ingressem mais tarde no mercado e com menos qualificação. Para enfrentar esse desafio, o governo federal lançou o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivos financeiros para jovens de baixa renda concluírem o ensino médio, mas os efeitos só serão percebidos nos próximos anos.

Além disso, o estudo revelou que cerca de 17% da população brasileira é composta por jovens dessa faixa etária, dos quais 14 milhões estavam ocupados no primeiro trimestre de 2024, com 45% deles em situação de informalidade. Apesar do aumento no número de aprendizes e estagiários, o cenário da empregabilidade jovem no Brasil ainda enfrenta muitos desafios. Rodrigo Dib, do CIEE, enfatizou a necessidade urgente de incluir esses jovens no mercado de trabalho de maneira segura e sustentável para o desenvolvimento a médio e longo prazo. Montagner reforçou que a elevação da escolaridade e a ampliação da formação técnica e tecnológica são essenciais para melhorar a inserção produtiva dos jovens.

*Com informações de Agência Brasil

Programa oferece 230 bolsas de estudo integrais para jovens em situação de vulnerabilidade

Jovens de escolas públicas com dificuldades financeiras têm a oportunidade de ingressar no Programa Somos Futuro, uma iniciativa do Instituto Somos, vinculado à Somos Educação, que disponibiliza bolsas de estudo integrais. A Cogna, o maior grupo educacional do Brasil e um dos maiores do mundo, está à frente dessa ação que visa apoiar o desenvolvimento dos jovens e oferecer acesso à educação de qualidade. Desde 2017, o programa já beneficiou 689 estudantes.

O programa Somos Futuro contemplará um total de 230 bolsas de estudo em 74 cidades distribuídas por 18 estados brasileiros. As inscrições para a edição de 2024 do programa foram estendidas até o dia 24 de setembro. Para se inscrever, os candidatos devem estar cursando o 9º ano do ensino fundamental II em escola pública em 2023, ter no máximo 15 anos completos neste ano, apresentar bom desempenho acadêmico nos últimos três anos e possuir renda bruta familiar de até 2 salários mínimos por pessoa.

Guilherme Mélega, presidente do Instituto Somos, enfatiza que a iniciativa busca transformar vidas por meio da educação, oferecendo oportunidades para jovens que desejam ser protagonistas do próprio futuro.

O processo seletivo envolve quatro etapas eliminatórias: análise socioeconômica, avaliação acadêmica online, entrevistas com voluntários do Instituto e com alunos e responsáveis da escola selecionada. Aqueles que forem selecionados receberão 100% de isenção nas mensalidades das escolas parceiras do programa, começando o ano letivo de 2024 em uma nova jornada educacional.

Além das mensalidades, os alunos aprovados também serão beneficiados com material didático e paradidático da Somos Educação, suporte de reforço escolar online, mentoria oferecida por voluntários do Instituto Somos, acompanhamento psicológico e uma rede de apoio.

Detalhes do Programa Somos Futuro 2024:

  • Inscrições: Até 24 de setembro
  • Requisitos: Estudantes do 9º ano de escolas públicas, com até 15 anos de idade, bom desempenho acadêmico e renda familiar de até 2 salários mínimos por pessoa.

Para mais informações e inscrições, acesse o link.