Ribeirão-pretana é eleita uma das 25 mulheres mais influentes do mundo

A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, foi destacada pelo jornal britânico Financial Times como uma das 25 mulheres mais influentes do mundo em 2024. Natural de Ribeirão Preto, ela tem 42 anos e se junta a grandes nomes internacionais, como a cantora Taylor Swift, a vice-presidente dos Estados Unidos Kamala Harris, a ginasta Simone Biles e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.

A lista foi elaborada por jornalistas do Financial Times, leitores e líderes empresariais. A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho do Magazine Luiza, escreveu o perfil de Cristina Junqueira, destacando sua “inquietação transformadora” e sua trajetória, que começou com a formação em engenharia de produção pela USP e sua atuação no Itaú Unibanco.

Em agosto de 2024, Cristina foi também classificada como a quarta mulher mais rica do Brasil pela Forbes. Mestre em administração pela Universidade Northwestern, nos EUA, ela fundou o Nubank em 2013, junto com o colombiano David Vélez e o norte-americano Edward Wible. Desde então, a fintech se tornou um dos maiores bancos digitais do Brasil e expandiu suas operações para o México e a Colômbia, atingindo 100 milhões de clientes no primeiro semestre de 2024.

A Financial Times destacou o impacto de Cristina ao revolucionar o sistema financeiro brasileiro, promovendo a inclusão financeira, e sua capacidade de liderar mudanças. Atualmente, ela detém cerca de 3% das ações do Nubank.

Confira a lista completa das 25 mulheres mais influentes de 2024, segundo o Financial Times:

  • Taylor Swift | escrito por Sheryl Sandberg
  • Chemena Kamali | escrito por Sienna Miller
  • Sally Rooney | escrito por Lena Dunham
  • Emma Stone | escrito por Kathryn Hunter
  • Elyanna | escrito por Arwa Haider
  • Charli XCX | escrito por Gillian Anderson
  • Adejoké Bakare | escrito por Maria Balshaw
  • Margrethe Vestager | escrito por Lina Khan
  • Rachel Reeves | escrito por Mariana Mazzucato
  • Lisa Su | escrito por Tsai Ing-wen
  • Úrsula von der Leyen | escrito por Kristalina Georgieva
  • Kamala Harris | escrito por Rana Foroohar
  • Cristina Junqueira | escrito por Luiza Trajano
  • Fei-Fei Li | escrito por Melinda French Gates
  • Claudia Sheinbaum | escrito por Gillian Tett
  • Christine Lagarde | escrito por Minouche Shafik
  • Julia Hoggett | escrito por Sharon White
  • Ruth Porat | escrito por Jane Fraser
  • Arundhati Roy | escrito por Naomi Klein
  • Bisan Owda | escrito por Heba Saleh
  • Gisèle Pelicot | escrito por Leila Slimani
  • Yulia Navalnaya | escrito por Zhanna Nemtsova
  • Simone Biles | escrito por Anna Wintour
  • Jasmim Paris | escrito por Eilish McColgan
  • Anne Hidalgo | escrito por Leila Abboud

Clientes do Nubank relatam instabilidade do aplicativo

Usuários do Nubank enfrentam dificuldades nesta quarta-feira, 6, devido a uma instabilidade que deixou o aplicativo fora do ar. Muitos clientes relataram dificuldades para acessar o serviço, enquanto aqueles que conseguiram acesso foram impedidos de realizar transferências via Pix.

Os problemas, que começaram por volta das 13h30 (horário de Brasília), foram identificados pelo site de monitoramento Down Detector. As cidades mais afetadas pela instabilidade foram Porto Alegre, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.

*Matéria pode ser atualizada a qualquer hora.

Primeira fase do Desenrola pode limpar até 2,5 milhões de nomes

O total de brasileiros com dívidas de até R$ 100 que terão o nome limpo pode chegar a 2,5 milhões se o banco Nubank aderir ao Desenrola, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo ele, a instituição financeira ainda está decidindo se vai entrar no programa porque tem direito a pouco crédito presumido, incentivo dado pelo governo aos bancos.

“Tem um banco só que está em dúvida de adere ou não, porque ele tem pouca vantagem no crédito presumido e tem 1 milhão de pessoas negativadas: o Nubank. Estamos aguardando. Se eles aderirem, serão 2,5 milhões de CPFs [com o nome limpo]”, disse Haddad. O Ministério da Fazenda fornecerá um balanço das adesões apenas nos próximos dias.

Na primeira fase do Desenrola, que entrou em vigor nesta segunda-feira, as instituições financeiras limpam o nome das pessoas com débitos de até R$ 100 vencidos até 31 de dezembro do ano passado. A dívida não é perdoada. Apenas o devedor deixa de ficar com o nome sujo e pode contrair novos empréstimos e fazer operações como fechar contratos de aluguel.

Sem a participação do Nubank, o número de pessoas físicas que poderão ter o nome limpo até o fim do mês chegaria a 1,5 milhão, informou o assessor especial da Secretaria de Reformas Econômicas Alexandre Ferreira. Ele lembrou que a retirada das dívidas de até R$ 100 do cadastro negativo é condição obrigatória para as instituições financeiras que aderirem ao Desenrola.

“Essa dívida [de até R$ 100] não poderá voltar a ser negativada. O efeito da negativação na vida do devedor cai naquele momento, como restrições para fazer contrato de aluguel e comprar com carnê. A dívida continua [crescendo] em termos contábeis, mas tem a negativação definitivamente suspensa naquele momento”, explicou Ferreira.

Crédito presumido

Além da limpeza do nome de quem tem dívidas de até R$ 100, a primeira fase do Desenrola prevê a renegociação de débitos com bancos por devedores com renda de até R$ 20 mil. O Desenrola só abrange dívidas contraídas até 31 de dezembro do ano passado.

Nesta etapa, o devedor não precisa recorrer ao Portal Gov.br, devendo procurar os canais de negociação do banco, por atendimento presencial, aplicativo ou site, e pedir o refinanciamento. A retirada do cadastro negativo de quem deve até R$ 100 é automática e não precisa ser pedida.

O incentivo para que as instituições financeiras participem da primeira fase se dá por meio de da antecipação de créditos presumidos. Para cada R$ 1 de desconto concedido aos devedores, a instituição financeira lança R$ 1 de crédito presumido no balanço.

Segundo Haddad, o governo está oferecendo até R$ 50 bilhões em antecipação de crédito tributário aos bancos. “Liberamos R$ 50 bilhões [em crédito presumido] para que o setor bancário faça as renegociações no sistema de balanço financeiro. O estímulo para o banco é ter o valor da renegociação como crédito presumido com o governo. Se o desconto para a pessoa for de R$ 7 mil, o crédito para o banco será de R$ 7 mil”, explicou o ministro.

Arte: Agência Brasil

Faixas

O Desenrola tem duas faixas de devedores. A faixa 2, que entrou em vigor nesta segunda-feira, abrange as renegociações de débitos com bancos para quem tem renda de até R$ 20 mil sem limite de valor de dívidas, o que permite o refinanciamento de imóveis e de veículos, por exemplo.

Prevista para ser lançada em setembro, a faixa 1 abrange devedores inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou de renda mensal até dois salários mínimos com débitos de até R$ 5 mil com empresas de fora do sistema financeiro. A categoria abrange concessionárias de água, energia e gás e crediário em comércio.

As renegociações para a faixa 1 só poderão começar após o lançamento da plataforma de negociação, que só poderá ser acessada por quem tiver conta no Portal Gov.br nível prata ou ouro. Nessa etapa, haverá uma espécie de leilão na plataforma. As empresas que oferecerem maiores descontos receberão recursos do Fundo Garantidor de Operações (FGO), do Tesouro Nacional.

Segundo Haddad, para limpar o nome dos devedores da faixa 1, com renda o Tesouro Nacional gastará R$ 7,5 bilhões do FGO. Esse valor, ressaltou o ministro, permitirá a renegociação de até R$ 30 bilhões em dívidas na segunda etapa do programa.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil – Brasília