OpenAI lança modelo de IA generativa que analisa vídeos em tempo real

A OpenAI anunciou nesta segunda-feira, 13, o lançamento do mais recente modelo de linguagem, o GPT-4o, que promete revolucionar a interação entre humanos e inteligência artificial. Essa nova versão do sistema, que alimenta o ChatGPT, traz avanços significativos em termos de compreensão de texto, imagens e voz.

Uma das principais inovações do GPT-4o é sua capacidade de analisar vídeos em tempo real, permitindo aos usuários apresentar problemas matemáticos ou até mesmo desafiar a IA em um jogo de jokenpô. Além disso, a interação por voz foi aprimorada, tornando o ChatGPT uma alternativa ainda mais sofisticada à assistente virtual Alexa da Amazon.

Com tempos de resposta tão rápidos quanto os de uma conversa humana real, o GPT-4o se posiciona como um assistente virtual versátil, capaz de realizar uma variedade de tarefas, desde explicar conceitos até contar histórias, e tudo isso com diferentes tons de voz para melhor se adequar ao contexto da interação.

Outros avanços trazidos pelo GPT-4o incluem melhorias na análise de imagens e a capacidade de tradução em tempo real, promovendo uma experiência mais integrada e fluida para os usuários. Embora algumas dessas funcionalidades estejam disponíveis apenas para usuários Plus no momento, a OpenAI planeja disponibilizar o GPT-4o em breve como uma API para desenvolvedores, oferecendo maior rapidez, eficiência e flexibilidade em comparação com modelos anteriores.

Entidades brasileiras lançam carta conjunta sobre regulamentação da IA

Representantes de diversas organizações culturais do Brasil enviaram uma carta ao Senado Federal manifestando preocupações sobre um novo projeto de lei que está em discussão. O projeto em questão trata da regulamentação da inteligência artificial (IA) no Brasil e levanta questionamentos importantes sobre direitos autorais.

O documento, assinado por uma comissão de direitos autorais da OAB, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Pró-Música Brasil, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e a Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA), entre outras entidades, destaca a necessidade de considerar os direitos de artistas e empresas no contexto da regulamentação da IA.

Em linhas gerais, a carta solicita a proteção das propriedades intelectuais e dos direitos autorais no país, especialmente diante do uso de materiais como livros, filmes, músicas e vídeos para alimentar bases de dados e modelos de linguagem de IA. Essa questão tem sido objeto de debates frequentes, envolvendo empresas como Google e OpenAI, responsável pelo ChatGPT.

O documento também apresenta diretrizes importantes, como a transparência nas bases de dados de IA em relação aos materiais utilizados, a necessidade de obter autorização dos detentores de conteúdo para seu uso no processo de treinamento e a aplicação de possíveis penalidades para práticas irregulares.

O Senado Federal está prestes a debater o Projeto de Lei 2338/2023, de autoria do senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), que trata da regulamentação da IA. Atualmente, a proposta está sendo analisada por uma comissão interna sobre IA no Legislativo.

A carta das organizações brasileiras foi influenciada pela recente aprovação de uma lei europeia sobre o tema, que inclui orientações específicas para a proteção de direitos autorais contra plataformas de IA. Esse exemplo serve como inspiração para as preocupações levantadas pelas entidades culturais do Brasil.