Hospital Veterinário de Ribeirão Preto está pronto mas inauguração ainda não possui data

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo anunciou a conclusão do prédio do hospital público veterinário em Ribeirão Preto, parte do programa Meu Pet. Apesar disso, a data de inauguração ainda não foi revelada pelo governo estadual.

Inicialmente, a previsão era que a clínica fosse inaugurada no segundo semestre deste ano, conforme informado pela secretaria em março. Com um investimento de R$ 7,5 milhões na construção do prédio, a pasta agora está em fase de aquisição dos equipamentos necessários para o hospital veterinário. A gestão da clínica ficará a cargo da Prefeitura de Ribeirão Preto, que assumirá a responsabilidade de contratar profissionais qualificados e providenciar os insumos essenciais para os atendimentos.

Procurada para comentar sobre a situação, a Prefeitura de Ribeirão Preto afirmou que ainda não assumiu oficialmente o prédio, optando por não se manifestar no momento. Localizado no cruzamento das avenidas Luiz Galvão César e Vereador José Bompani, no Jardim José Sampaio, a clínica, quando inaugurada, terá a capacidade de realizar até 50 atendimentos por dia, promovendo cuidados essenciais para a saúde dos animais na zona Norte de Ribeirão Preto.

Mais de 90% dos incêndios florestais em São Paulo são ocasionados por ações humanas

Incêndios criminosos provenientes da queda de balão, uso irregular do fogo em atividades agropecuárias, bitucas de cigarro e vandalismo estão entre os motivos que mais causam incêndios florestais em São Paulo, segundo dados do Painel Geoestatístico dos Incêndios Florestais em Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, publicado pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). As queimadas, além de provocarem danos ambientais, também reduzem a segurança, uma vez que a fumaça prejudica a visibilidade dos motoristas, aumentando o risco de colisões traseiras.

No último ano, mais de 90% dos focos de incêndio foram causados por ações humanas evitáveis, resultando na queima de mais de 7 mil hectares de vegetação. Dentre esses, 738 hectares foram afetados dentro das Unidades de Conservação (UCs), representando uma redução de 79% em comparação a 2021, quando mais de 15 mil hectares de áreas protegidas foram atingidos. Os outros 6.422 hectares foram afetados nas zonas de amortecimento.

O incêndio florestal prejudica a vegetação e causa a morte de animais silvestres, além de aumentar a poluição do ar, diminuir a fertilidade do solo, oferecer risco de queimaduras, acidentes com vítimas e causarem problemas de saúde na população.

O Estado de São Paulo tem atuado para fortalecer, cada vez mais, as ações para prevenção e combate aos incêndios florestais. Neste ano, com a Operação SP Sem Fogo, estão sendo investidos R$ 97 milhões. “Apenas por meio de uma rede de informações e iniciativas integradas, podemos fazer frente a essa ameaça e mitigar os efeitos devastadores do fogo para as matas nativas e áreas protegidas”, destacou o Coordenador de Fiscalização e Biodiversidade da Semil, Rafael Frigerio.

Como prevenir incêndios?

A participação direta da população é fundamental para impedir e mitigar a propagação descontrolada de incêndios em áreas verdes durante a estiagem. Para isso, o Governo de São Paulo está intensificando alertas em áreas com grande circulação de pessoas, como terminais de transporte público, rodovias e unidades do Poupatempo, relógios de rua e pontos de ônibus, além de campanhas em veículos de comunicação e internet.

É recomendado que as pessoas evitem o descarte inadequado de bitucas de cigarro, especialmente em rodovias e áreas vegetadas. Essa prática, além de causar poluição, pode resultar em incêndios de grande proporção e acidentes de trânsito. É importante conscientizar a população sobre os riscos envolvidos e incentivar o uso adequado de cinzeiros ou recipientes apropriados para a disposição das bitucas.

Também é aconselhável evitar a realização de fogueiras e a queima de lixo. As fagulhas provenientes dessas atividades podem ser facilmente levadas pelo vento, aumentando o risco de propagação das chamas. É essencial que as pessoas adotem métodos seguros para a eliminação do lixo e busquem alternativas adequadas para o aquecimento e o entretenimento.

É importante destacar que soltar balões é crime e representam riscos significativos. Além de causar incêndios em residências, indústrias e florestas, podem colocar em perigo a segurança dos aviões com passageiros.

Para aqueles que residem em áreas rurais, recomenda-se manter o terreno limpo e livre de materiais inflamáveis. Essa medida preventiva contribui para reduzir o risco de incêndios nas proximidades, protegendo tanto o próprio terreno quanto a comunidade local.

Denuncie 

A denúncia desempenha um papel crucial no controle e preservação ambiental, ao auxiliar os órgãos e autoridades responsáveis na redução, combate e prevenção de infrações contra o meio ambiente. No Estado de São Paulo, as queixas relacionadas aos crimes ambientais são registradas – e monitoradas – por um sistema integrado das Secretarias do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), e Segurança Pública (SSP).

Para fazer uma denúncia, é necessário fornecer dados pessoais, como nome, telefone, e-mail e endereço. A identidade do denunciante é mantida em sigilo pelo Estado. As queixas podem ser formalizadas por meio dos seguintes canais:  Pelo celular: Aplicativo Denúncia Ambiente, disponível para  Android e IOS; pelo site: http://denuncia.sigam.sp.gov.br/ ou diretamente à Polícia Militar Ambiental ou Corpo de Bombeiros pelos telefones 190 e 193.

SP Sem Fogo

Operação SP Sem Fogo visa, entre outras ações, diminuir os riscos associados aos focos de incêndio no Estado, principalmente durante o período mais seco do ano, de junho a outubro na região Sudeste do país.

Neste ano, o Governo de SP investe mais de R$ 97 milhões em aquisição de equipamentos anti-incêndio, veículos, limpeza de áreas marginais de rodovias e ampliação do uso de tecnologia de boletins meteorológicos e monitoramento via satélite.

A operação é uma parceria entre as Secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), Segurança Pública e Defesa Civil do Estado. Além disso, conta também com ações e investimentos do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fundação Florestal (FF), Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA).

Programa de plantio do governo de SP impulsiona regeneração e multiplica florestas

O exemplo vem de casa. Um dos motivos pelos quais o Estado de São Paulo registra atualmente mais áreas de floresta em regeneração do que regiões desmatadas, segundo dados do Painel Verde, é o intenso programa de plantio compensatório levado a cabo por órgãos como o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), ambos vinculados à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). De 2020 até os dias atuais, já foram plantados quase 760 hectares.

Adotado como política de estado, o plantio compensatório devolve com sobras a eventual supressão de árvores em decorrência das atividades de cada órgão ou por força de recomposição compulsória decorrente de destruição por parte de agentes privados. Segundo o Painel Verde, em 2023, as áreas com restauração e reparação já somam 2.398,99 hectares, enquanto as áreas com intervenção irregular, cerca de 2.137,8 hectares.

No caso do DER, todas as intervenções do departamento nos 13 mil quilômetros de estradas sob sua administração estão sendo convertidas em árvores plantadas em locais selecionados. É o que ocorre com a restauração ecológica de 250 hectares programada para o Parque Estadual Rio do Peixe. Criada em 2022, a unidade de conservação abrange os municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi, também no noroeste paulista, e está recebendo um investimento de R$17,2 milhões para a ação. O plantio compensatório é um procedimento aprovado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para unificação de diversos Termos de Compromisso de Recuperação Ambiental (TCRA) relativos às intervenções do DER na malha rodoviária que administra.

“Essa é uma forma moderna e inteligente de ampliar o espaço de floresta e, consequentemente, o potencial de carbono que o Estado dispõe sem abrir mão das atividades necessárias para a melhoria logística”, afirma a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende. “Além disso, a população recebe de volta o verde como um bem permanente e que será transmitido de geração em geração”, acrescenta.

O programa no Parque Rio do Peixe é uma nova etapa dentro da política de plantio compensatório permanente no DER. Anteriormente, o departamento atuou na regeneração de 450 hectares de mata no noroeste do estado. Cerca de 900 mil mudas de árvores nativas e frutíferas como ipês, angicos, aroeiras, ingás e jatobás, foram plantadas entre 2020 e 2022 no Parque Estadual Aguapeí. Criada em 1998, a unidade abrange os municípios de Castilho, São João do Pau d’Alho, Nova Independência, Monte Castelo, Guaraçaí e Junqueirópolis.

Já o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE) concluiu o plantio do projeto de restauração e enriquecimento florestal do Parque Natural Municipal da Cultura Negra – Sítio da Candinha, em Guarulhos. No local, em um hectare foram plantadas 2.065 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, entre elas Dedaleiro, Paineira, Canudo-de-Pito, Cedro Rosa, Pau Viola, Tarumã, Ingá, Tingui, Angico do Morro, Sangra d’Água, Aroeira Pimenteira, Jacarandá da Bahia, Capixingui, Aldrogo, Candeia Branca, Laranja de Macaco, Monjoleiro, Guapuru (ou Jabuticaba) e Guarupuruvu.

A restauração ecológica em área cedida pela Prefeitura é uma das contrapartidas pela canalização de 20 quilômetros de leito do rio Baquirivu–Guaçu, um importante afluente do Rio Tietê, O projeto prevê o plantio compensatório também em outras áreas. É o caso de 27,69 hectares de mata no Parque Estadual do Rio Turvo, no Vale do Ribeira, de 21,16 hectares na Estação Ecológica de Mogi-Guaçu, e de 5,6 hectares no Parque Estadual Itaberaba.

Mais 12 milhões de árvores 

O Estado de São Paulo vem acelerando também o programa de plantio associado à iniciativa privada. Recentemente, a gigante farmacêutica Astrazeneca assinou termo de compromisso para o plantio de 12 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica. As mudas servirão para a regeneração de uma região no Pontal do Paranapanema, em um investimento privado de R$ 350 milhões alinhado com o que prevê o Plano Estadual do Meio Ambiente. As mudas serão plantadas em áreas particulares que somam mais de 6 mil hectares, o equivalente a 36 Parques do Ibirapuera ou 6 mil campos de futebol.

Via Governo do Estado de São Paulo