Ribeirão Preto enfrenta uma grave epidemia de dengue, com 40.229 casos confirmados em 227 dias deste ano, estabelecendo um novo recorde histórico. Além disso, há 55.245 casos sob investigação e o número de mortes já chega a dez. Esses dados foram atualizados pela Secretaria Municipal da Saúde na quarta-feira, dia 7 de agosto.
A cidade está lidando com um aumento significativo no número de infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti, responsável também por transmitir o vírus zika e a febre chikungunya.
O volume de casos deste ano já supera em 14,8% o recorde anterior de 35.043 casos registrados em 2016. A quantidade de ocorrências aumentou em 5.186 desde o início do ano, e há um crescimento alarmante de 227% em comparação com os 12.302 casos do ano passado. Embora os números tenham mostrado uma queda em relação aos meses anteriores devido à chegada do inverno, a semana atual trouxe um novo aumento de 1,92% nos casos.
A situação é preocupante, pois já foram registradas dez mortes relacionadas à dengue em 2024, superando o total de nove óbitos registrados em todo o ano passado. O número de mortes continua aumentando, com outros 15 casos fatais ainda sob investigação. Desde o início de 2024, a cidade já contabilizou 33 óbitos devido à dengue, com uma média diária de 177 novos casos.
Neste ano, a faixa etária mais afetada inclui pessoas entre 20 e 39 anos, seguidas por aquelas de 40 a 59 anos. As áreas mais impactadas são a Zona Leste e a Zona Oeste, que juntas concentram a maioria dos casos. Em relação às doenças relacionadas ao Aedes aegypti, 2024 também apresenta 224 casos de febre chikungunya.
Para combater a proliferação do mosquito, a Secretaria Municipal da Saúde recomenda medidas preventivas, como eliminar água parada, descartar pneus usados, tampar ralos e manter o vaso sanitário fechado. Durante mutirões, foram recolhidas mais de 100 toneladas de materiais inservíveis em pouco mais de seis meses. A população deve continuar vigilante e adotar práticas para prevenir novos criadouros do mosquito.