fbpx Skip to content

Explosão no consumo de tadalafila gera alerta entre especialistas, veja sobre;

Foto: Alex Machado
Foto: Alex Machado

Medicamento para disfunção erétil é usado indiscriminadamente, principalmente por homens sem diagnóstico

O consumo da tadalafila, medicamento indicado para tratar disfunção erétil, disparou no Brasil, chegando a 64 milhões de unidades vendidas só em 2024 — um recorde histórico. A popularização do remédio, especialmente entre homens jovens e sem qualquer diagnóstico, acendeu um sinal de alerta entre médicos, que destacam os riscos do uso sem acompanhamento profissional.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Luiz Otávio Torres, o maior perigo está no desenvolvimento de uma dependência psicológica. Segundo ele, muitos usuários passam a acreditar que só conseguem manter uma vida sexual satisfatória se fizerem uso constante do medicamento, mesmo sem apresentar disfunção erétil.

Apesar de não causar dependência química, o especialista explica que o uso indiscriminado do medicamento cria um ciclo mental prejudicial. “O homem toma, funciona, e ele passa a acreditar que, sem aquilo, não consegue mais. Isso gera uma dependência emocional e, consequentemente, aumento nas vendas”, detalha Torres. No Brasil, diferente de países como os Estados Unidos e nações da Europa, a venda é liberada sem necessidade de receita médica.

O acesso fácil ao remédio contribui diretamente para o crescimento expressivo no consumo nos últimos anos, muitas vezes por pessoas que não precisam. Além dos riscos psicológicos, o uso sem indicação médica pode provocar efeitos colaterais como dores de cabeça, congestão nasal, rubor, dores musculares e até queda brusca de pressão, especialmente quando combinado com medicamentos para problemas cardíacos, como os nitratos.

A tadalafila é indicada para três situações específicas: disfunção erétil, sintomas urinários causados pelo aumento benigno da próstata e hipertensão pulmonar — este último sob acompanhamento de um pneumologista. Fora dessas situações, o uso não é recomendado. “Não existe motivo para prescrever a quem tem ereção absolutamente normal. Isso não se faz”, reforça o urologista.

Para quem já faz uso do remédio sem orientação, o médico orienta interromper imediatamente, sem necessidade de redução gradual. No entanto, alerta que o impacto psicológico pode gerar dificuldades na vida sexual após a suspensão. Ele recomenda que, antes de buscar soluções rápidas, homens procurem urologistas, endocrinologistas ou nutricionistas, conforme seus objetivos. “Saúde não se brinca. Medicamento é para quem realmente precisa”, finaliza.

Tenha as principais notícias

de Ribeirão e Região em primeira mão!

Canal de transmissão no Whatsapp.

Sugira uma reportagem sobre a Ribeirão Preto e região

pelo WhatsApp: 16 99231-6276

Explosão no consumo de tadalafila gera alerta entre especialistas, veja sobre;

Foto: Alex Machado
Foto: Alex Machado

Medicamento para disfunção erétil é usado indiscriminadamente, principalmente por homens sem diagnóstico

O consumo da tadalafila, medicamento indicado para tratar disfunção erétil, disparou no Brasil, chegando a 64 milhões de unidades vendidas só em 2024 — um recorde histórico. A popularização do remédio, especialmente entre homens jovens e sem qualquer diagnóstico, acendeu um sinal de alerta entre médicos, que destacam os riscos do uso sem acompanhamento profissional.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), Dr. Luiz Otávio Torres, o maior perigo está no desenvolvimento de uma dependência psicológica. Segundo ele, muitos usuários passam a acreditar que só conseguem manter uma vida sexual satisfatória se fizerem uso constante do medicamento, mesmo sem apresentar disfunção erétil.

Apesar de não causar dependência química, o especialista explica que o uso indiscriminado do medicamento cria um ciclo mental prejudicial. “O homem toma, funciona, e ele passa a acreditar que, sem aquilo, não consegue mais. Isso gera uma dependência emocional e, consequentemente, aumento nas vendas”, detalha Torres. No Brasil, diferente de países como os Estados Unidos e nações da Europa, a venda é liberada sem necessidade de receita médica.

O acesso fácil ao remédio contribui diretamente para o crescimento expressivo no consumo nos últimos anos, muitas vezes por pessoas que não precisam. Além dos riscos psicológicos, o uso sem indicação médica pode provocar efeitos colaterais como dores de cabeça, congestão nasal, rubor, dores musculares e até queda brusca de pressão, especialmente quando combinado com medicamentos para problemas cardíacos, como os nitratos.

A tadalafila é indicada para três situações específicas: disfunção erétil, sintomas urinários causados pelo aumento benigno da próstata e hipertensão pulmonar — este último sob acompanhamento de um pneumologista. Fora dessas situações, o uso não é recomendado. “Não existe motivo para prescrever a quem tem ereção absolutamente normal. Isso não se faz”, reforça o urologista.

Para quem já faz uso do remédio sem orientação, o médico orienta interromper imediatamente, sem necessidade de redução gradual. No entanto, alerta que o impacto psicológico pode gerar dificuldades na vida sexual após a suspensão. Ele recomenda que, antes de buscar soluções rápidas, homens procurem urologistas, endocrinologistas ou nutricionistas, conforme seus objetivos. “Saúde não se brinca. Medicamento é para quem realmente precisa”, finaliza.

Tenha as principais notícias de Ribeirão e Região em primeira mão!

Canal de transmissão no Whatsapp.

Sugira uma reportagem sobre a Ribeirão Preto e região pelo WhatsApp: 16 99231-6276

+ Temas