O brasileiro Vinicius Junior venceu o Prêmio Sócrates nesta segunda-feira (30) durante a festa da Bola de Ouro, no Théâtre du Châtelet, em Paris. O atleta do Real Madrid e da Seleção venceu o troféu pelas ações solidárias que realiza no Instituto Vinicius Junior em São Gonçalo, sua cidade natal, no Rio de Janeiro.
“A verdade é que estou muito feliz de ganhar esse prêmio, ajudar tantas pessoas no meu país, o Brasil, do meu bairro, da favela. É um sonho muito especial para mim estar aqui com todos vocês”, afirmou Vinicius Junior.
A premiação é concedida a futebolistas envolvidos com ações solidárias e projetos sociais.
“Parabéns ao Vinicius Junior por sua luta pela inclusão social ter sido reconhecida pela France Football nesta segunda-feira com a conquista do Prêmio Sócrates. A CBF se orgulha de contar com você como nosso parceiro na luta antirracista e por um mundo melhor também fora do futebol”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
Na cerimônia, ele foi elogiado pelo ex-jogador e apresentador do evento, Didier Drogba, por sua luta contra o racismo no futebol.
“É chato sempre ter que falar sobre racismo, mas estou preparado para isso. Sempre poder falar quando for necessário. Vou lutar pelas crianças, e que todos os jogadores possam nos ajudar. É muito triste ter que sempre falar sobre racismo, eu gosto de falar sobre futebol. É muito triste. Eu peço força para vocês para seguirmos na luta. E que as crianças do futuro venham a sofrer menos”, comentou o atacante sobre o racismo.
No ano passado, o senegalês Sadio Mané venceu o prêmio. Em 2019, ele inaugurou uma escola na mesma província onde nasceu e no ano seguinte fez uma doação de 40 mil libras ao governo senegalês para atuar no combate ao coronavírus.
Vinicius Júnior em ação pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF
A Revista France Football anunciou no ano passado a criação do Prêmio Sócrates, homenagem ao ex-jogador do Corinthians e da Seleção, morto em 2011.
O nome de Sócrates foi escolhido pela publicação francesa por causa do envolvimento do volante brasileiro na famosa e romântica “Democracia Corintiana”, movimento ocorrido no início da década de 1980, que teve a luta pelo fim da ditadura militar no Brasil como uma das principais bandeiras.
Iniciativas em prol da integração social, desenvolvimento ambiental ou ajuda a populações em grande precariedade ou vítimas de conflitos serão recompensadas com o prêmio.
No ano passado, o senegalês Sadio Mané venceu o prêmio. Em 2019, ele inaugurou uma escola na mesma província onde nasceu e no ano seguinte fez uma doação de 40 mil libras ao governo senegalês para atuar no combate ao coronavírus.