Léo Batista, jornalista, apresentador e locutor, foi um dos maiores ícones do jornalismo esportivo brasileiro.
Neste domingo (19), faleceu o jornalista esportivo Léo Batista, no hospital Rio D’or, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Conhecido como “A Voz Marcante”, ele estava internado desde sexta-feira (17), após ser diagnosticado com câncer no pâncreas.
Léo Batista, um dos maiores nomes da comunicação brasileira, faleceu aos 92 anos, deixando uma marca indelével na história do jornalismo e do esporte no país. Nascido em 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, Léo iniciou sua carreira ainda jovem, com a voz que o tornaria um ícone das décadas seguintes. Ao longo de quase 80 anos de trajetória, ele esteve presente em momentos cruciais da história brasileira, como a cobertura do suicídio de Getúlio Vargas e, mais tarde, o trágico anúncio da morte de Ayrton Senna, em 1994.
Sua carreira de mais de 50 anos na TV Globo o consagrou como um dos principais nomes do jornalismo esportivo do Brasil. Léo cobriu eventos históricos como Copas do Mundo, Olimpíadas e corridas de Fórmula 1, sempre com uma voz inconfundível e um estilo único. Também se destacou em programas populares da emissora, incluindo o “Fantástico”, onde sua parceria com uma zebrinha para anunciar os resultados da loteria esportiva virou uma marca registrada.
A trajetória de Léo Batista começou de maneira improvisada, quando ainda criança em Cordeirópolis, utilizando uma latinha de tomate como microfone. Com o tempo, foi se aperfeiçoando e aos 15 anos já estava trabalhando em rádios locais, transmitindo jogos de futebol. Sua carreira foi marcada pela busca constante pela perfeição, o que o levou a conquistar a confiança e o respeito de grandes nomes da mídia e do público.
Após se mudar para o Rio de Janeiro, Léo passou por uma importante transformação profissional, adotando o nome artístico “Léo Batista” por sugestão de Luiz Mendes, que o incentivou a simplificar seu nome para a televisão. A mudança de nome foi apenas o início de uma jornada que o levaria a se tornar um dos pioneiros dos programas esportivos da Globo, com destaque para o “Esporte Espetacular” e o “Copa Brasil”, que mais tarde deram origem ao “Globo Esporte”.
Apesar de sua aposentadoria ter sido discutida várias vezes ao longo dos anos, Léo Batista sempre deixou claro que só pararia de trabalhar quando não tivesse mais condições de exercer seu ofício. Seu legado, porém, vai muito além das telas da televisão. Homenageado em vida com uma série documental e a nomeação de uma cabine de imprensa no Estádio Nilton Santos, ele continua sendo lembrado como uma figura essencial para a comunicação brasileira, alguém que combinou talento, paixão e dedicação de forma única, conquistando um lugar especial no coração dos brasileiros.