Seleção brasileira vai usar uniforme preto no amistoso contra Guiné em ação contra o racismo

A seleção brasileira vai deixar de lado o tradicional verde-amarelo para utilizar um uniforme inteiramente preto no amistoso do próximo dia 17, contra Guiné, no Estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha. Trata-se de mais uma ação da CBF contra o racismo após os seguidos insultos racistas contra Vinícius Júnior, do Real Madrid, no futebol espanhol. A informação foi divulgada originalmente pelo Uol e confirmada pelo Estadão.

A uniforme que será usado pelos jogadores de linha é o mesmo que a Nike, patrocinadora da seleção, produziu para os goleiros na atual coleção. Será a a primeira vez na história que a o Brasil vai entrar em campo usando camisas, shorts e meiões pretos. Em sua origem, a seleção adotava a cor branca como predominante no uniforme.

Segundo apurado pelo Estadão, o Brasil jogará de preto somente o primeiro tempo, voltando para a etapa final com a camisa amarela. O anúncio oficial da ação ocorrerá na próxima semana, quando a seleção desembarca em Barcelona. Além de Guiné, a seleção enfrenta Senegal, em Portugal, no dia 20. Sem treinador desde a saída de Tite, em janeiro, o combinado brasileiro será novamente comandado pelo interino Ramon Menezes, treinador do sub-20

A CBF adotou uma postura mais combativa depois que Vini Jr. foi vítima de um novo ataque racista, durante a derrota por 1 a 0 do Real Madrid para o Valencia, dia 21 de maio. As cobranças públicas do atleta fizeram até a LaLiga, associação responsável pela organização do Campeonato Espanhol, se movimentar para pedir a mudança de uma lei para ter mais autonomia na punição para racismo. O governo brasileiro, inclusive, chegou a questionar o assunto com a embaixada espanhola.

Na segunda-feira, a CBF anunciou que a seleção brasileira fará um amistoso com a Espanha em março de 2024 para promover uma campanha contra o racismo no futebol. A partida será em um estádio espanhol, durante a Data Fifa entre 18 e 26 de março do ano que vem, mas ainda sem definição exata de data e local. O amistoso marcará o reencontro das seleções em uma partida de futebol masculino após mais de dez anos. A última vez que as duas equipes se enfrentaram foi na final da Copa das Confederações de 2013, quando a seleção brasileira, então comandada por Felipão, venceu os espanhóis por 3 a 0, com dois gols de Fred e um de Neymar.

VIA FUTEBOL INTERIOR

Foto – Lucas Figueiredo/CBF

Rodada do Brasileirão é marcada por campanha de combate ao racismo

Jogadores e treinadores dos 20 clubes do Brasileirão participaram, no sábado (27) e domingo (28), da campanha de combate ao racismo promovida pela CBF na oitava rodada da competição. Vários deles entraram em campo vestindo a camisa com a frase “com o racismo não tem jogo”. Em seguida, sentaram no gramado logo após o apito inicial em apoio à campanha – gesto copiado pelas equipes de arbitragem.

As faixas dos capitães, as moedas utilizadas pela arbitragem e as bolas dos jogos da rodada também tiveram a frase “com o racismo não tem jogo” gravadas.

Um vídeo com a participação de artistas e atletas se posicionando contra o racismo foi exibido nos telões dos estádios. A frase criada pela CBF também pôde ser vista nas placas de publicidade ao redor do campo. 

A iniciativa foi tomada após os mais recentes casos de racismo envolvendo jogadores brasileiros, não só no país como no exterior. 

“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade em mais de 100 anos de história.

A CBF é a primeira entidade esportiva do futebol a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023, em fevereiro. 

Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.

VIA CBF

Foto – Daniel Ramalho/Vasco

CBF promove campanha de combate ao racismo na rodada do Brasileirão

A CBF vai promover nas dez partidas da nona rodada do Brasileirão uma campanha de combate ao racismo com a participação dos árbitros e dos atletas dos 20 times que disputam a competição. A frase “com o racismo não tem jogo” será estampada nos estádios.

Os jogadores vestirão camisas com a mensagem, que também estará nas faixas dos capitães, nas moedas utilizadas pela arbitragem a nas bolas dos jogos.

PROTESTO DOS ATLETAS

O registro constará ainda nas placas de publicidade ao redor do campo. Uma das ações prevê manifestação dos atletas assim que o árbitro autorizar o início da partida. Eles vão sentar no gramado por 30 segundos em apoio à campanha.

A CBF publicará em suas redes sociais um vídeo com a participação de artistas e atletas se posicionando contra o racismo – as imagens serão exibidas também nos telões dos estádios.

A iniciativa partiu após os mais recentes casos de racismo envolvendo jogadores brasileiros, não só no país como no exterior. 

“Essa é a mensagem potente que queremos passar para toda a sociedade. Com racismo, não tem jogo. Contamos com o apoio de cada torcedor. Racismo é um crime brutal e deve ser banido dos estádios. Basta de preconceito”, afirmou o Presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, primeiro negro e nordestino a comandar a entidade em mais de 100 anos de história.

A CBF é a primeira do mundo a adotar no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023 em fevereiro. 

Desde o ano passado, a CBF faz uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em agosto, a entidade realizou o primeiro Seminário de Combate ao Racismo no Futebol e conta com um Grupo de Trabalho que discute de forma permanente o assunto.

A rodada do Brasileirão Assaí começará nesse sábado (27), com a realização de cinco jogos: Athletico-PR x Grêmio, às 16 horas, na Arena da Baixada; Fortaleza x Vasco, às 16 horas, no Castelão; Flamengo x Cruzeiro, às 18h30, no Maracanã; Cuiabá x Coritiba, às 18h30, na Arena Pantanal; e São Paulo x Goiás, às 21 horas, no Morumbi.

As outras cinco partidas serão disputadas no domingo (28): Corinthians x Fluminense, às 16 horas, na Neo Química Arena; Internacional x Bahia, às 16 horas, no Beira-Rio; Red Bull Bragantino x Santos, às 18h30, no Nabi Abi Chedid; Atlético-MG x Palmeiras, às 18h30, no Mineirão; e Botafogo x América-MG, às 19 horas, no Nilton Santos.

VIA CBF

Foto – Lucas Figueiredo/CBF

Presidente da CBF discute com Federação Espanhola ações contra racismo

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, se reuniu nesta terça-feira (23) com o dirigente máximo da Federação Espanhola, Luis Rubiales. O tema da discussão foi a falta de punições contra o racismo no futebol. Indignado com mais um episódio racista contra o atacante Vinicius Junior, Ednaldo Rodrigues cobrou da FIFA e das entidades esportivas uma punição e o banimento dos criminosos no esporte.

A insatisfação do dirigente da CBF foi compartilhada por Rubiales, que enviou uma carta na segunda-feira (22) após o caso de racismo no fim de semana. O espanhol convidou o brasileiro para um encontro pessoalmente na Europa ou no Brasil para a erradicação da violência, do racismo, da xenofobia e da intolerância no futebol.

No documento enviado e no encontro com o presidente da CBF, Rubiales também se comprometeu no combate ao racismo e declarou ter “absoluta rejeição” sobre os crimes de racismo no domingo, na partida entre Valencia e Real Madrid.

O caso de racismo contra Vinicius Junior não foi o primeiro na Espanha. Combativo contra o preconceito no futebol, Ednaldo Rodrigues espera medidas eficazes para que os crimes não se repitam.

“Reiteramos hoje ao presidente da Fifa que a Fifa seja contundente na aplicação de penas desportivas para os que a praticam. O presidente da La Liga foi um inconsequente ao atacar a vítima. Basta. Não temos mais tempo para ficar discutindo a punição para casos de racismo”, declarou.

VIA CBF

Foto – Lucas Figueiredo/CBF

Polícia espanhola prende sete pessoas por ataques contra Vinicius Jr. 

Sete pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (23), na Espanha, por ataques contra Vinícius Júnior. O episódio do fim de semana recebeu uma repercussão mundial, com o repúdio de outros jogadores de futebol de várias equipes e diversas personalidades de outros segmentos. 

Quatro eram suspeitos de pendurar um boneco representando o jogador enforcado em uma ponte rodoviária em Madri, em janeiro. 

Mais tarde, três torcedores do Valencia foram detidos acusados de terem proferido palavras racistas contra o atacante no jogo de domingo, entre o Real Madrid e o time da casa.

As autoridades locais não deram detalhes sobre as prisões, apenas divulgaram imagens sem exibir seus rostos da detenção do trio. De acordo com os jornais espanhóis, a polícia segue investigando o caso. 

Foto – Instagram Oficial Vini Jr.