Desafios no controle do bicudo da cana-de-açúcar

O cultivo da cana-de-açúcar é uma atividade de grande importância econômica em mais de 100 países ao redor do mundo. No entanto, é no Brasil que esse setor se destaca, sendo o maior produtor global, com uma movimentação financeira que ultrapassa os R$ 100 bilhões anualmente.

Para garantir uma produtividade satisfatória nesse cultivo, é crucial enfrentar desafios como o bicudo da cana (Sphenophorus levis), uma das pragas mais prejudiciais ao canavial. Estima-se que essa praga possa reduzir a produção em até 25 toneladas de cana por hectare por safra, ou seja, a cada 1% de toco atacado, os danos chegam a 1,6 toneladas de cana por hectare.

Maurício Oliveira, gerente de marketing regional da FMC, ressalta que os prejuízos causados pelo bicudo vão além da quantidade de cana perdida. Essa praga diminui a população de plantas e a longevidade do canavial, afetando diretamente a receita do produtor. Em áreas com alta infestação, o número de colheitas pode ser reduzido pela metade.

A disseminação do bicudo ocorre principalmente por meio das cargas de cana destinadas às mudas, colhedoras mal higienizadas e implementos agrícolas sujos. Essa praga já ultrapassou as fronteiras de São Paulo, principal região produtora do país, e pode ser encontrada também em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Uma característica preocupante do bicudo é sua ocorrência ao longo de todo o ano, com picos de atividade durante períodos específicos. Por isso, é essencial que os agricultores adotem um manejo adequado para interromper o ciclo da praga em diferentes épocas do ano.

Fenasucro & Agrocana sustentável: a feira será 100% abastecida com energia limpa

Em busca de iniciativas que fortaleçam o compromisso com uma conduta sustentável, toda a energia elétrica consumida durante a realização da Fenasucro & Agrocana será proveniente de fonte limpa, 100% renovável e certificada. A iniciativa é uma parceria com a Toniello Energia, comercializadora de energia do Grupo Viralcool e vai ao encontro com a missão da RX Brasil, organizadora e promotora da feira juntamente com o CEISE Br, de se tornar cada vez mais ecológica. Além de ser realizada com energia totalmente limpa, a feira também contará com cinco estações de recarga para carros elétricos e híbridos com custo zero aos usuários.

Segundo o empresário Antônio Eduardo Tonielo Filho, diretor da Tonielo Energia, a energia consumida nos quatro dias de evento – a feira acontece de 15 a 18 de agosto de 2023, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP) – terá como fonte a biomassa da cana-de-açúcar, o que favorece a baixa nas emissões de gás carbônico e a redução significativa nos custos, que pode ser de mais de 30%.

“Há 20 anos fazemos venda de energia para o Brasil. Como a Fenasucro & Agrocana trabalha na defesa do setor bioenergético, nada mais justo do que ela ser suprida por energia limpa, não poluente e mais barata. Essa é uma parceria importante para toda a cadeia”, destaca Tonielo.

Promoção da cadeia bioenergética

Ao adotar 100% de energia limpa para a realização da feira, a Fenasucro & Agrocana ainda confirma e impulsiona o Brasil como referência global na produção de bioeletricidade e promove toda a cadeia bioenergética.

“A ideia é mostrar o fechamento do ciclo, os equipamentos, serviços e soluções comercializados na Fenasucro & Agrocana para cogeração de energia elétrica e que, por sua vez, produzem energia limpa para parte destes mesmos consumidores livres de energia (que podem negociar a compra de energia). Inclusive, com a abertura do mercado livre de energia a partir de 2024, mais de 90% dos expositores da feira serão atendidos por fonte de energia limpa”, explica o executivo de energia do Grupo Tonielo, Eduardo Peres.

Neste ano, estão confirmadas mais de 800 marcas, que apresentarão equipamentos, serviços, soluções, novas tecnologias e tendências para o setor. A previsão é receber mais de 42 mil visitantes, vindos de todo o Brasil e de mais 47 países, além de 100% das usinas brasileiras.

Outras ações sustentáveis

Dentro das ações em prol da sustentabilidade, a feira também terá em sua programação a entrega de certificados Selo Energia Verde pela UNICA (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), com a missão de incentivar e ampliar a participação da bioeletricidade na matriz energética brasileira. O selo é emitido para as usinas que atendem critérios de eficiência energética, além das boas práticas agrícolas e industriais de sustentabilidade.

Ademais, haverá a instalação de cinco pontos, espalhados pela feira, para o recarregamento de carros elétricos ou híbridos representando uma alternativa limpa aos veículos movidos a combustíveis de origem natural não renovável, como petróleo, gás e carvão.

Para o diretor da Fenasucro & Agrocana, Paulo Montabone, a feira tem esse papel de ativar e lançar tendências, novos produtos e tecnologias ao mercado, além de promover a cadeia bioenergética. “Com esse projeto de ser suprida 100% com energia limpa, seremos uma feira de bioenergia usando bioenergia para funcionar. O que a Fenasucro & Agrocana coloca como tendência acaba se comprovando”, ressaltou Montabone.

Credenciamento

A 29ª edição da Fenasucro & Agrocana está com o credenciamento disponível. Basta fazer o cadastro on-line e gratuito nos respectivos links de visitante, imprensa e assessorias.