6 superalimentos que podem reduzir o risco de ataque cardíaco

Infartos são uma das principais causas de morte globalmente, e a alimentação tem um papel crucial na prevenção dessas doenças cardíacas. Dietas ricas em gorduras trans e colesterol aumentam o risco de ataque cardíaco, enquanto alimentos repletos de fibras, ácidos graxos ômega-3, vitaminas e antioxidantes podem promover uma melhor saúde cardíaca.

O que são superalimentos?
Superalimentos são alimentos densos em nutrientes, como vitaminas, minerais, antioxidantes e fibras. Esses alimentos oferecem diversos benefícios para a saúde e são especialmente eficazes na prevenção de doenças crônicas, como as doenças cardíacas.

Superalimentos para o coração:

Abacate
O abacate é uma excelente opção para cuidar do coração. Esta fruta é rica em gorduras saudáveis, especialmente as monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o colesterol ruim e diminuem a formação de placas nas artérias e a pressão arterial.

Semente de Chia
As sementes de chia são outro superalimento que beneficia a saúde cardiovascular. Elas contêm fibras, antioxidantes, minerais e ácidos graxos ômega-3, que ajudam a baixar o colesterol ruim e os triglicerídeos, além de aumentar o colesterol bom.

Uva
As uvas são ricas em potássio, o que pode ajudar a reduzir a pressão arterial. Elas também são uma fonte de antioxidantes como polifenóis, incluindo quercetina e resveratrol, que oferecem proteção ao coração. O óleo de semente de uva contém ácido linoleico, que também previne problemas cardíacos. Estudos indicam que o suco de uva pode beneficiar tanto pessoas saudáveis quanto aquelas com condições crônicas.

Nozes
Incluir um punhado de nozes diariamente pode reduzir o risco de ataque cardíaco e derrames em 20 a 25%, de acordo com uma revisão de 60 estudos. As nozes ajudam a melhorar os níveis de colesterol no sangue, prevenindo o acúmulo de gordura nas artérias.

Azeite de Oliva
O azeite de oliva extra virgem é rico em antioxidantes e gorduras monoinsaturadas. Seu consumo regular está associado a uma redução no risco de doenças cardíacas e infartos.

Salmão
O salmão é uma excelente fonte de ácidos graxos ômega-3, que ajudam a reduzir a inflamação e a diminuir os níveis de triglicerídeos no sangue. Estudos demonstram que a ingestão regular de salmão pode diminuir significativamente o risco de doenças cardíacas.

Informações: catracalivre

O frio do inverno pode aumentar os riscos de infarto e AVC; Entenda

SOBRE O INFARTO

O ataque cardíaco, também conhecido como infarto do miocárdio, é uma condição séria que ocorre quando o fluxo de sangue oxigenado para uma parte do coração é bloqueado. Este impedimento é geralmente causado por um acúmulo de gordura, colesterol e outras substâncias nas artérias coronárias, formando placas que podem romper e formar coágulos. A obstrução bloqueia o fluxo de sangue, causando a morte do tecido do coração. Sem tratamento rápido, isso pode causar danos permanentes ao coração ou até mesmo levar à morte.

De acordo com Dr. Carlos Alberto Pastore, diretor médico da Unidade Clínica de Eletrocardiografia do InCor, Instituto do Coração, o sintoma mais característico de um infarto é uma dor intensa no centro do peito, descrita como uma sensação de aperto ou pressão. Esta dor pode irradiar para o braço esquerdo, costas, pescoço, mandíbula ou estômago, e é frequentemente acompanhada de suor frio, náusea e palidez.

O especialista esclarece também que outros sintomas são comuns e indicam sinais de infarto:

  • Dormência ou formigamento no braço esquerdo
  • Dor estomacal sem relação com alimentação
  • Dor nas costas
  • Tosse seca
  • Mal-estar
  • Falta de ar ou respiração ofegante
  • Enjoo
  • Fadiga e sonolência
  • Tontura, desmaio ou vertigem
  • Palpitações
  • Dificuldade para dormir
  • Sensação de ansiedade


Em idosos, os sintomas podem ser menos intensos devido à circulação colateral, que é mais desenvolvido e protege o músculo cardíaco. Já nas mulheres, os sinais podem ser mais sutis, como queimação, agulhadas no peito e falta de ar sem dor. Nos jovens, apesar dos sintomas serem semelhantes aos dos adultos, há um risco maior de infarto fulminante, que pode ser fatal.

INFARTO E AVC NO INVERNO

O frio do inverno também é um fator muito importante que aumenta significativamente os riscos de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). A cada queda de 5°C na temperatura, o risco de morte por doenças cardíacas sobe cerca de 5%, um perigo que pode durar semanas. O Estudo Global, incluindo o Brasil, revela que o frio eleva em 33% o risco de infarto, 32% para AVC e 37% para insuficiência cardíaca. Para se proteger, é vital manter uma alimentação saudável e realizar atividades físicas com cautela. Embora as baixas temperaturas tragam consigo o prazer clima mais ameno, é vital adotar medidas preventivas para proteger o coração e garantir um inverno saudável.

Segundo Dr. Pastore, a prevenção é a melhor forma de combate ao infarto. “Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, além de realizar check-ups periódicos com um especialista, são medidas essenciais para reduzir os riscos”, avalia o médico.

Sobre o InCor

O Instituto do Coração HCFMUSP é um hospital de alta complexidade, especializado em cardiologia, pneumologia e cirurgias cardíacas e torácicas. Reconhecido pela sua excelência, o Instituto oferece atendimento para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), convênio e particular. Além de ser um polo de assistência – desde a prevenção até o tratamento, se destaca também como um grande centro de pesquisa, ensino e inovação. Integra o Hospital das Clínicas e é afiliado à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). O Instituto recebe suporte financeiro da Fundação Zerbini, uma entidade privada sem fins lucrativos. Sua equipe é composta por médicos e especialistas multiprofissionais de renome nacional e internacional. Equipado com tecnologia de ponta, o InCor oferece os mais modernos e avançados equipamentos de diagnóstico cardiopneumológico da América Latina.

Hipertensão arterial: Um inimigo silencioso e perigoso

Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial atinge cerca de 27,9% da população brasileira, de acordo com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2023. Ainda segundo o levantamento do Vigitel, a prevalência do diagnóstico médico é maior entre mulheres (29,3%) do que entre homens (26,4%) nas 27 capitais brasileiras. Entretanto, em ambos os sexos, a frequência aumentou com a idade e diminuiu com o nível de escolaridade. 

Com o objetivo de conscientizar a população brasileira sobre a importância do diagnóstico preventivo e tratamento adequado, a data 26 de abril ficou conhecida como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, instituído pela Lei 10.439/2002. 

A hipertensão arterial é uma condição crônica multifatorial, geralmente não associada a sintomas, caracterizada por elevação sustentada dos níveis de pressão (≥ 140 mmHg e/ou ≥ 90 mmHg). É considerada um dos fatores de risco metabólico que mais contribuem para todas as causas de óbito e para a morbidade e mortalidade por doença cardiovascular (DCV). Por se tratar de um mal silencioso, podem ou não ocorrer sintomas. Quando estes aparecem, os principais são: tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão.  

“A hipertensão arterial sistêmica é considerada uma doença crônica não transmissível, como também um fator de risco para a ocorrência de outras doenças cardiovasculares. Ações de prevenção e promoção da saúde, como práticas de atividades físicas, consumo de alimentos saudáveis, cessação do tabagismo, manejo do estresse, melhoria da qualidade do sono e redução do consumo de álcool, são estratégias essenciais para o bem-estar e a saúde integral das pessoas”, ressalta a substituta eventual da Coordenação-Geral de Prevenção às Condições Crônicas na Atenção Primárias à Saúde, Élem Sampaio. 

Alimentação adequada e saudável 

A hipertensão arterial não tem cura, mas pode ser evitada. O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Prevenção e Promoção à Saúde (Deppros), alerta para a importância da adoção de um estilo de vida saudável como fundamental para a prevenção de doenças crônicas como a pressão alta. 

De acordo com a nutricionista e consultora técnica da Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição, Gleyce Araújo, a alimentação é um dos fatores determinantes para a ocorrência de hipertensão. “É importante que a rotina alimentar contemple alimentos in natura e minimamente processados, conforme orienta o Guia Alimentar para a População Brasileira”, explica Gleyce. 

Evitar alimentos ultraprocessados e aumentar o consumo de frutas, verduras, legumes, carnes e cereais integrais, além da escolha por temperos naturais para reduzir o uso de sal de adição nas preparações culinárias, também são importantes para desenvolver uma alimentação saudável e adequada. 

Uma série de ações estratégicas é implementada pelo ministério por meio da Política Nacional de Alimentação (Pnan), mediante a promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis, a vigilância alimentar e nutricional, a prevenção e o cuidado integral dos agravos relacionados à alimentação e nutrição. 

Além disso, a pasta tem priorizado o apoio à implementação e ao monitoramento da nova rotulagem nutricional dos alimentos embalados (Resolução 429/2020 da Anvisa), que torna obrigatória a inclusão de um selo de advertência frontal (lupa) alertando sobre a presença de alto teor de sódio, açúcar e gordura saturada, considerados “nutrientes críticos” e cujo consumo em excesso pode levar ao desenvolvimento de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão e demais agravos crônicos. 

Saúde e movimento 

Além da alimentação adequada e saudável, a atividade física é uma aliada essencial na prevenção de doenças crônicas, como o diabetes, que podem aumentar a chance de desenvolvimento de pressão alta e doenças do coração. Também auxilia no controle do peso e diminui a chance de desenvolvimento de alguns tipos de cânceres. 

“A prática regular de atividades físicas é parte primordial das condutas não medicamentosas de prevenção e tratamento da hipertensão arterial. A prática regular de atividades físicas de lazer, principalmente vigorosas, reduz em aproximadamente 30% o risco de desenvolvimento da HA. O treinamento aeróbico reduz a pressão alta clínica sistólica/diastólica de hipertensos em cerca de 7/5 mmHg, além de diminuir a pressão alta de vigília e em situações de estresse físico e mental”, afirma a profissional de educação física e consultora técnica do Núcleo de Promoção da Atividade Física (Nupaf), Deisy Terumi. 

Além da prevenção, a atividade física também auxilia no tratamento de quem já apresenta um quadro de hipertensão arterial. “Segundo diretrizes nacionais e internacionais, todos os pacientes hipertensos devem fazer exercícios aeróbicos complementados pelos resistidos, como forma isolada ou complementar ao tratamento medicamentoso. Quanto mais cedo a atividade física é incentivada e se torna um hábito na vida, maiores os benefícios para a saúde”, complementa a consultora técnica do Nupaf. 

Ações estratégicas também são desenvolvidas em todo o território nacional pela pasta para criação de ambientes propícios para escolhas saudáveis e acessíveis, como os programa de Incentivo Financeiro de Atividade Física (IAF), da Academia da Saúde (PAS) e ferramentas tecnológicas para a comunicação e educação em saúde e atividade física. 

Além disso, o ministério disponibiliza o Guia de Atividade Física para a População Brasileira, publicado em 2021, com recomendações para estimular a redução do comportamento sedentário nos diferentes ciclos de vida, em gestantes e mulheres no pós-parto, em pessoas com deficiência e na educação física escolar.