Corte de 84% na verba da política nacional de Cultura gera críticas no setor

A Lei Orçamentária aprovada na última quinta-feira (20) pelo Congresso reduziu em 84% a verba destinada à política nacional de Cultura, com recursos para a Lei Aldir Blanc caindo de R$ 3 bilhões para R$ 478 milhões em 2025

O Congresso aprovou na quinta-feira (20) a Lei Orçamentária para 2025, que trouxe um corte drástico de 84% no orçamento destinado à política nacional de Cultura. Os recursos para a Lei Aldir Blanc, que originalmente estavam previstos para atingir R$ 3 bilhões, agora serão de apenas R$ 478 milhões no próximo ano.

A redução afeta diretamente pequenas produções culturais, grupos artísticos e artistas de todo o país. Segundo o Ministério da Cultura, os recursos da Lei Aldir Blanc são fundamentais para apoiar iniciativas culturais em 97% dos municípios brasileiros. Esse financiamento tem sido um pilar para muitos trabalhadores da cultura em diversas regiões do país.

A medida provocou forte reação de entidades do setor cultural. O Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura manifestou grande preocupação com o corte, classificando-o como “estarrecedor” e um retrocesso no apoio à cultura como instrumento de desenvolvimento. Luisa Cela, secretária-geral do fórum, destacou que a decisão pegou o setor de surpresa e enfraquece um programa que garante acesso à cultura e dignidade aos profissionais da área.

Membros do fórum, que representa os gestores estaduais, devem se reunir em Brasília na próxima semana com parlamentares e autoridades do governo para discutir o impacto do corte e buscar alternativas. Em resposta à situação, o Ministério da Cultura e a Casa Civil publicaram uma nota afirmando que continuarão a investir na Política Nacional de Cultura.

Em entrevista à Globonews, o secretário executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, explicou que a pasta irá avaliar a execução dos recursos até julho. Tavares garantiu que, caso seja necessário, o governo buscará complementar os valores para garantir a aplicação plena da Lei Aldir Blanc, mantendo seu papel crucial no apoio à cultura no país.

Governo lança novo empréstimo consignado para trabalhadores do setor privado

Novidade facilita acesso ao crédito com uso do FGTS como garantia para celetistas

O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (21), a liberação de uma nova linha de crédito consignado voltada para trabalhadores do setor privado com carteira assinada. Agora, esses trabalhadores poderão utilizar parte do saldo de seu Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) como garantia para obter empréstimos, com parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento. A novidade promete tornar o crédito mais acessível e com taxas de juros mais baixas, já que a utilização do FGTS reduz o risco das instituições financeiras.

A modalidade permitirá que os trabalhadores utilizem até 10% do saldo de seu FGTS, além de 100% da multa rescisória no caso de demissão sem justa causa, como forma de garantia. Essa medida deve beneficiar um grande número de trabalhadores formais, incluindo empregados rurais, domésticos e microempreendedores individuais (MEIs), que anteriormente estavam excluídos dessa forma de crédito. O empréstimo pode ser solicitado por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, com a promessa de facilitar a análise e concessão de crédito.

A redução das taxas de juros é uma das principais vantagens dessa modalidade de crédito. Segundo o governo, a expectativa é de uma redução de cerca de 40% nas taxas, se comparadas aos empréstimos tradicionais. Com isso, os trabalhadores poderão obter condições mais vantajosas em relação a linhas de crédito mais caras, como o cheque especial e o crédito pessoal. Além disso, quem já possui um empréstimo consignado ativo poderá migrar para essa nova linha a partir do dia 25 de abril.

O processo de adesão ao novo crédito será simplificado, permitindo que o trabalhador compare as ofertas de diversas instituições financeiras em um prazo de até 24 horas após a solicitação. A plataforma estará disponível a partir de hoje, e os bancos começarão a operar com a nova modalidade imediatamente. No entanto, é importante destacar que a regulamentação formal, incluindo a aprovação do Conselho Curador do FGTS, está prevista para ocorrer até 15 de junho deste ano, embora o governo trabalhe para antecipar esse prazo.

A medida traz benefícios significativos para os trabalhadores que buscam crédito mais acessível, mas também levanta questões sobre a adaptação dos sistemas bancários. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) destacou que, embora o processo de contratação do novo crédito seja mais fluido, os primeiros dias de operação podem ser desafiadores devido à adaptação dos processos. Contudo, acredita-se que a medida ajudará a expandir o acesso ao crédito para milhões de trabalhadores.

Outro ponto importante é a possibilidade de portabilidade do empréstimo entre os bancos, que começará em 6 de junho. Isso permitirá que os trabalhadores possam transferir suas dívidas para instituições financeiras que ofereçam melhores condições, se desejado. Em caso de mudança de emprego, o desconto continuará sendo feito diretamente na folha de pagamento do novo empregador, garantindo a continuidade do pagamento das parcelas.

Em suma, a nova linha de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada representa uma grande oportunidade para milhões de brasileiros acessarem crédito com juros mais baixos e prazos mais acessíveis. Com a garantia do FGTS, a modalidade se torna uma alternativa interessante para aqueles que precisam de um impulso financeiro, com condições bem mais vantajosas em comparação com outras linhas de crédito disponíveis no mercado.

Déficit zero, R$ 50 Bilhões em emendas e falta de recursos para o Pé-de-Meia: O orçamento de 2025

Congresso vota hoje as principais diretrizes para o destino dos recursos públicos, com ênfase em ajustes fiscais e sociais

Após meses de adiamento, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional deve votar nesta quinta-feira (20) o projeto de Orçamento para 2025. O texto, que deveria ter sido aprovado ainda em 2024, sofreu atrasos devido a uma disputa jurídica sobre as regras de transparência para as emendas parlamentares. Se aprovado pela CMO, o orçamento será levado à sessão conjunta do Congresso, onde a votação final pode ocorrer na sexta-feira (21).

O relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento, mantém a meta fiscal de déficit zero nas contas públicas para 2025, com uma projeção de superávit de R$ 15 bilhões, maior que os R$ 3,7 bilhões inicialmente previstos pelo governo. A proposta também contempla ajustes nas emendas parlamentares, com R$ 50,3 bilhões destinados a essas emendas, dos quais R$ 39 bilhões são impositivos. No entanto, o Orçamento também prevê um corte significativo em algumas áreas, como o programa Bolsa Família, que sofrerá redução de R$ 7,7 bilhões.

Entre os desafios destacados no relatório está a falta de recursos para o programa Pé-de-Meia, com apenas R$ 1 bilhão alocado, muito abaixo dos R$ 13 bilhões necessários. Embora o governo tenha a intenção de buscar recursos adicionais por meio de projetos de crédito suplementar, a situação gerou críticas, especialmente após uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) para que o programa fosse incluído no Orçamento. Por outro lado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o programa não corre risco de ser descontinuado.

O relatório também apresenta a previsão de reajustes salariais para servidores públicos, com um orçamento de R$ 27,9 bilhões para garantir o cumprimento dos aumentos retroativos de 2024 e 2025. Além disso, a proposta prevê novos concursos públicos, com o orçamento permitindo a realização de uma nova edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). O impacto dessas medidas será acompanhado de perto, dado o cenário fiscal desafiador e as metas de austeridade fiscal.

O Orçamento de 2025 também detalha os principais gastos por ministério, com destaque para o Ministério da Saúde, que receberá R$ 246 bilhões, e o Ministério da Educação, com R$ 197 bilhões. O Bolsa Família, por sua vez, terá R$ 159 bilhões alocados, uma redução significativa em relação ao valor proposto pelo Executivo. Esses ajustes são necessários para garantir o equilíbrio fiscal do governo e a execução de outros programas sociais, como o Auxílio Gás, que contará com R$ 3 bilhões em 2025.

Com um total de R$ 5,7 trilhões previstos para o Orçamento de 2025, sendo R$ 1,5 trilhão destinados ao refinanciamento da dívida pública, o governo terá que conciliar suas prioridades fiscais com as demandas sociais, especialmente em um cenário de arrecadação variável e de crescente pressão sobre as finanças públicas.

Haddad defende alta da Selic e afirma que BC não pode dar “Cavalo de Pau”

Ministro da Fazenda destaca que aumento dos juros estava previsto e reforça a necessidade de continuidade nas políticas econômicas do Banco Central

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, procurou suavizar a reação ao aumento da taxa Selic, anunciado nesta quarta-feira (19) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A decisão elevou a taxa de juros para 14,25%, igualando o nível máximo registrado em 2016, durante a crise do governo Dilma Rousseff. O principal objetivo desse ajuste é conter a inflação e “esfriar” a economia, como parte da política monetária do Banco Central.

Desde a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, o governo tem pressionado por uma redução dos juros para impulsionar o crescimento econômico. No entanto, desde janeiro deste ano, o Banco Central passou a ser comandado por Gabriel Galípolo, economista escolhido pelo próprio governo. A mudança gerou expectativas de uma abordagem mais alinhada com a agenda econômica de Lula, mas a elevação da Selic foi uma resposta do Copom às pressões inflacionárias.

Haddad afirmou que o aumento dos juros já estava “contratado” desde a reunião do Copom no final de 2022. Na ocasião, sob a presidência do ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o Comitê havia sinalizado a necessidade de três aumentos significativos da Selic. O ministro ressaltou que, após a troca de comando no Banco Central, não seria adequado realizar mudanças abruptas na política monetária, uma vez que o novo presidente e diretores precisariam lidar com uma “herança” de decisões anteriores.

O ministro também enfatizou que tanto o governo quanto o Banco Central têm metas a cumprir, com o Executivo focado no cumprimento das metas fiscais e o Banco Central no controle da inflação. “Os técnicos do BC são qualificados e buscam o melhor para o país, assim como o Executivo tem suas responsabilidades”, afirmou Haddad. Ele reconheceu a complexidade das metas, mas reforçou a importância de cada área trabalhar de forma coordenada para alcançar os resultados desejados.

Essa posição de Haddad se alinha com a postura do presidente Lula, que também minimizou o impacto do aumento da Selic em janeiro deste ano. Na ocasião, Lula afirmou que a alta dos juros já estava prevista devido à gestão anterior do Banco Central e que Galípolo seguiu a orientação que julgou necessária. As declarações tanto de Haddad quanto de Lula indicam uma postura de respeito pela independência do Banco Central, mas também a insistência em um caminho mais favorável ao crescimento econômico.

Com a taxa Selic em 14,25%, muitos analistas indicam que a inflação pode levar os juros a alcançar 15% ao ano em 2025, o que coloca pressão sobre o governo para equilibrar suas políticas fiscais com os desafios de uma economia ainda em recuperação. A expectativa é que o Banco Central continue tomando medidas para controlar a inflação enquanto o governo busca soluções para estimular o crescimento.

Novo Shopping recebe evento “Leva Tudo Interlar” com descontos imperdíveis em móveis e decoração

De 19 a 23 de março, o Novo Shopping oferece preços especiais e condições facilitadas para quem deseja renovar a mobília da casa

O Novo Shopping está prestes a promover uma ação imperdível para quem deseja renovar a mobília de casa. Entre os dias 19 e 23 de março, o evento “Leva Tudo Interlar” volta com uma grande seleção de móveis e itens de decoração, oferecendo descontos irresistíveis. Durante o evento, os corredores do shopping serão transformados em um showroom, com ampla visibilidade para todos os clientes.

Durante esses cinco dias, os visitantes terão acesso a preços especiais e condições de pagamento facilitadas, tornando possível renovar a decoração da casa sem comprometer o orçamento. As ofertas são as melhores da região, criando uma oportunidade única para quem deseja modernizar o ambiente.

Este evento é ideal para quem busca decorar, renovar ou suprir qualquer necessidade específica de mobiliário. Não perca as promoções e as condições especiais do “Leva Tudo Interlar.”

Márcio Almeida, gerente de marketing do Novo Shopping, destaca a relevância do evento: “Este é um momento muito aguardado pelos nossos clientes. O Leva Tudo Interlar traz condições especiais para quem deseja trocar seus móveis ou atualizar a decoração da casa, proporcionando um toque diferenciado no ambiente. Convidamos todos a visitarem-nos nos próximos dias!”

Serviço:
Evento: Leva Tudo Interlar
Datas: 19 a 23 de março

Banco Central deve aumentar a Selic para 14,25% em reunião do Copom

Expectativa é de quinto aumento consecutivo da taxa básica de juros, com objetivo de controlar a inflação e desacelerar a economia

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (18) para decidir sobre a taxa básica de juros, com a expectativa de um novo aumento, elevando a Selic de 13,25% para 14,25% ao ano. Essa medida vem como resposta a pressões inflacionárias e é aguardada com grande atenção pelos economistas, que consideram que a alta ajudará a controlar a inflação num cenário de economia aquecida. Se confirmada, a nova taxa será a mais alta desde 2006, quando os juros atingiram 14,75% ao ano.

Essa será a quinta vez consecutiva que o Banco Central opta por aumentar a Selic, uma estratégia para controlar a demanda por crédito e esfriar a atividade econômica. A última vez que os juros estiveram em 14,25% foi entre 2015 e 2016, durante a crise econômica do governo Dilma Rousseff. O aumento reflete a preocupação do BC em conter a inflação, que, embora tenha mostrado sinais de desaceleração, ainda se mantém acima das metas estabelecidas.

Em fevereiro de 2024, a inflação oficial alcançou 1,31%, o maior valor para o mês de fevereiro em 22 anos, e no acumulado dos últimos 12 meses, a taxa subiu para 5,06%. Esse aumento de preços tem um impacto direto sobre a população, especialmente a mais vulnerável, o que motiva o Banco Central a adotar medidas mais rigorosas para tentar controlar o avanço da inflação.

O Copom também está atento ao desempenho da economia, que apresentou um crescimento de 3,4% em 2023, mas com sinais de desaceleração já captados pelos dados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. A ideia do aumento da Selic é desacelerar a atividade econômica, o que ajudaria a controlar os preços e a trazer a inflação de volta para a meta estabelecida pelo Banco Central, que é de 3%, com uma margem de variação de 1,5% a 4,5%.

Porém, essa estratégia tem sido alvo de críticas, principalmente por parte do governo federal. Autoridades, como o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, argumentam que aumentar os juros para tentar conter a inflação pode ser prejudicial ao crescimento econômico, o que pode resultar em uma desaceleração ainda maior da economia. Essa desaceleração pode impactar negativamente a geração de empregos e o aumento da renda, agravando as dificuldades para a população.

O impacto dessa medida se reflete também nas finanças públicas e nos investimentos. A alta dos juros tende a aumentar os custos do crédito, tanto para consumidores quanto para empresas, e pode resultar em uma desaceleração maior no consumo e nos investimentos. Além disso, o aumento da taxa de juros eleva os custos da dívida pública, o que pode agravar ainda mais as finanças do governo. Por outro lado, investimentos em renda fixa, como o Tesouro Direto, podem se tornar mais atrativos, embora isso também possa diminuir o interesse pelo mercado de ações.

Governo envia projeto de isenção de IR para rendas de até R$ 5 Mil

Nova lei pode entrar em vigor já em 2026, caso seja aprovada. Além disso, haverá um aumento na tributação para pessoas com renda mensal superior a R$ 50 mil

Título: Governo Envia ao Congresso Projeto de Isenção do Imposto de Renda para Rendas de Até R$ 5 Mil

Subtítulo: Se aprovado, o projeto promete beneficiar milhões de brasileiros, reduzindo impostos para a classe média e aumentando a tributação sobre os super-ricos a partir de 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta terça-feira (18) ao Congresso Nacional um projeto de lei que propõe isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil por mês e descontos parciais para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil mensais. As mudanças, se aprovadas, começarão a valer em 2026, proporcionando alívio fiscal para grande parte da população.

Além das mudanças para 2026, o governo também prevê um aumento imediato na faixa de isenção do IR, que atualmente está em R$ 2.824. A proposta é que esse limite suba para R$ 3.036, o equivalente a dois salários mínimos, ainda neste ano. Essa medida também precisa da aprovação do Congresso para ser implementada.

Com a nova proposta, cerca de 10 milhões de pessoas poderiam deixar de pagar o Imposto de Renda a partir de 2026. Para quem recebe até R$ 5 mil, a isenção seria total, e para rendas mais altas, entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, haveria uma redução gradual nos valores a pagar. Por exemplo, quem ganha R$ 5,5 mil teria um desconto de 75%, pagando R$ 203,13 ao invés de R$ 436,79. Já quem ganha R$ 7 mil não teria direito a nenhum desconto e pagaria o valor integral do imposto, de aproximadamente R$ 849,29.

Para os brasileiros com rendimentos superiores a R$ 7 mil, a proposta mantém a tabela atual do Imposto de Renda. No entanto, a novidade está na tributação de grandes rendimentos, com o governo propondo taxas progressivas para quem recebe mais de R$ 50 mil mensais. A alíquota poderá variar até 10%, para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano.

A proposta de aumentar a carga tributária para os mais ricos tem gerado controvérsias no Congresso. A ideia é compensar a perda de arrecadação com a isenção das faixas mais baixas de rendimento, estimada em R$ 27 bilhões em 2026. A alíquota progressiva sobre grandes rendimentos pode gerar resistência entre parlamentares, mas o governo espera que a medida traga maior justiça fiscal, beneficiando especialmente a classe média.

A proposta é vista pelo governo como uma forma de aumentar a popularidade de Lula, especialmente entre a classe média, após a queda de popularidade do presidente. O projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, e, se tudo ocorrer conforme o planejado, as novas regras estarão em vigor em 2026

Prazo para entrega da declaração do imposto de renda 2025 começa hoje

Contribuintes devem se atentar às mudanças no processo de declaração e prazos para evitar multas e garantir restituições mais rápidas.

O período para a entrega da Declaração do Imposto de Renda 2025 começa em 17 de março e vai até o dia 30 de maio. Caso o contribuinte perca esse prazo, uma multa será aplicada, com valores variando de R$ 165,74 até 20% do imposto devido. Assim, é importante se atentar ao calendário para evitar custos adicionais.

Este ano, a Receita Federal implementou mudanças significativas no processo de declaração. Uma das principais alterações é a priorização dos contribuintes que optarem pela declaração pré-preenchida e pela devolução via PIX. Anteriormente, a preferência era concedida apenas para aqueles que escolhiam uma dessas duas opções. Outra modificação importante é que o aplicativo “Meu Imposto de Renda”, que estava disponível até 2024, foi descontinuado. Agora, os usuários precisarão baixar o novo aplicativo da Receita Federal para fazer a declaração pelo celular.

Além disso, a Receita Federal prioriza o envio das restituições conforme a ordem de envio das declarações. Ou seja, quem enviar a declaração primeiro tende a receber a restituição mais rápido. Contudo, se houver erros ou omissões no preenchimento, o contribuinte será colocado no final da fila, independentemente da data de envio.

É importante destacar que, mesmo com as mudanças, a Receita mantém a preferência para determinados grupos. Pessoas com mais de 80 anos, idosos entre 60 e 79 anos, deficientes, docentes, e aqueles que escolherem a declaração pré-preenchida com PIX terão prioridade na devolução da restituição. Essa organização visa beneficiar quem mais necessita de recursos de forma ágil.

Para quem precisa declarar, a obrigação se aplica a quem obteve rendimentos superiores a R$ 33.888,00 em 2024, além de casos específicos, como ganhos de capital ou operações em bolsas de valores, entre outros. A declaração também é obrigatória para quem teve receita superior a R$ 169.440,00 com atividade rural ou possuía bens acima de R$ 800 mil em 2024.

Em relação à tabela de Imposto de Renda de 2025, ainda não houve alterações significativas, mas o governo já estuda mudanças para 2026, como ampliar a faixa de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais. Caso a tabela permaneça a mesma, as alíquotas seguem a progressão estabelecida, começando em 0% para rendimentos até R$ 2.259,20, com uma alíquota máxima de 27,5% para rendimentos acima de R$ 4.664,68.

Por fim, para realizar a declaração, é essencial reunir todos os documentos necessários, como informes de rendimentos, extratos bancários, recibos de despesas médicas, educacionais e outras deduções permitidas. Certifique-se de ter todos os dados sobre bens, dívidas e rendimentos, principalmente se envolverem operações no exterior ou ganhos de capital.

Páscoa 2025 terá menos chocolate e ovos mais caros dos últimos anos

Valor da amêndoa subiu 190% em dois anos na Bolsa de Nova York, enquanto o setor enfrentou seu terceiro ano consecutivo de déficit na produção global em 2024.

A Páscoa de 2025 pode ser marcada por uma realidade com menos chocolate e ovos mais caros, devido à alta nos preços do cacau, que atingiram um pico histórico no final de 2024. O preço da tonelada de cacau na Bolsa de Nova York chegou a US$ 11.040, o que representa um aumento de 163% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse cenário preocupante é reflexo dos problemas climáticos nas principais regiões produtoras do mundo, localizadas na África, que representam cerca de 70% da oferta global da amêndoa.

A principal responsável por esse aumento é a queda na produção em países como a Costa do Marfim, que sozinha responde por 45% do cacau mundial. O clima severo, como a estiagem e as chuvas fora de época, além de pragas e doenças, tem afetado diretamente as lavouras. Esse problema é agravado pela falta de renovação das plantações, já que muitas árvores de cacau estão envelhecidas e menos produtivas. Essas condições impactam diretamente os preços, já que o cacau é uma commodity e seu valor é determinado no mercado internacional.

Para o mercado brasileiro, que é o sexto maior produtor mundial de cacau, a situação também não é favorável. O país sofre com uma produção insuficiente para atender à demanda interna, o que leva à necessidade de importação do produto. O impacto é especialmente sentido na indústria de chocolate, com o aumento do preço das amêndoas e a diminuição da produção interna, que já havia enfrentado dificuldades devido a doenças e pragas, como a podridão parda, que afetou lavouras na Bahia.

Com a alta no preço do cacau, muitos produtores de chocolates buscaram alternativas no ano passado para minimizar o impacto sobre os consumidores, como reduzir o tamanho das embalagens e diversificar os produtos oferecidos. No entanto, com o estoque de cacau comprado no final de 2024, quando os preços estavam no auge, será mais difícil evitar repassar esses custos aos consumidores na Páscoa deste ano. Além disso, a produção de ovos de chocolate será menor, com uma previsão de 45 milhões de unidades fabricadas, uma queda de 22,4% em relação a 2024.

O impacto desse aumento no preço do cacau é visível nos produtos de chocolate que já subiram de preço ao longo do ano passado. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do chocolate em barra e bombons subiu 16,53%, enquanto o chocolate em pó e achocolatados tiveram um aumento de 12,49%. A indústria de chocolate tem tentado driblar esses custos, oferecendo opções de produtos com diferentes tamanhos e combinações, como chocolates com frutas e amendoins, para atrair os consumidores.

Apesar do cenário de alta nos preços e da menor produção de ovos, as expectativas para o mercado em 2025 ainda são incertas. Especialistas esperam que a produção de cacau melhore na safra mundial, especialmente na África, o que pode levar a uma redução nos preços. No entanto, o clima e as condições nas lavouras continuam sendo fatores-chave que determinarão a trajetória dos preços nos próximos anos. O mercado brasileiro, por sua vez, busca alternativas para aumentar a produção, mas ainda levará anos até que o setor se recupere plenamente.

Governo de São Paulo anuncia R$ 11,5 mi em investimentos para municípios da região de Ribeirão Preto

Investimentos serão voltados a infraestrutura e mobilidade 

Nesta quinta-feira (13), o Governo de São Paulo formalizou, no Palácio dos Bandeirantes, parcerias com municípios da região de Ribeirão Preto para o desenvolvimento de 12 projetos de infraestrutura e mobilidade. O investimento total será de R$ 11,5 milhões, com recursos provenientes do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos (FID). Em contrapartida, as prefeituras comprometem-se a investir R$ 3,2 milhões nas iniciativas.

Os projetos contemplarão obras em diversas cidades da região, incluindo Sertãozinho, Cravinhos, Guatapará, Cajuru, Santa Rosa do Viterbo, Guariba, Santa Cruz da Esperança, Serrana, Cássia dos Coqueiros, São Simão, Santo Antônio da Alegria e Pradópolis. Os recursos serão aplicados em melhorias urbanas, revitalizações e construções de espaços públicos.

Algumas das principais ações incluem a criação da Trilha Ecológica e Ciclovia do Tirisco, em Santa Rosa do Viterbo, e a revitalização da Praça Alcides Alves da Silva, em Cajuru. Em Guatapará, será criado um novo espaço público para lazer e esportes, enquanto em Guariba está prevista a recomposição do lago local. Além disso, outros projetos como a ampliação do Parque Ecológico Dr. Renato & Armando Pagano em Cravinhos e a construção de uma nova praça em Pradópolis também fazem parte do pacote de investimentos.

Os projetos visam a melhoria da qualidade de vida nas regiões envolvidas, oferecendo mais áreas de lazer, infraestrutura moderna e opções de mobilidade para os cidadãos. A construção de espaços públicos, como praças e parques, também busca incentivar a convivência comunitária e o turismo local.

O Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, gerido pela Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo, tem como objetivo financiar ações que beneficiem coletivamente as populações, promovendo a reparação de danos em áreas como meio ambiente, patrimônio histórico e direitos dos consumidores.