Concurso da Polícia Federal tem inscrições prorrogadas até 17 de junho

Certame oferece 1.000 vagas com salários de até R$ 26,8 mil; provas serão aplicadas em julho

A Polícia Federal estendeu o prazo de inscrições para seu concurso público, que agora vai até as 18h da próxima terça-feira, 17 de junho. A prorrogação foi publicada no Diário Oficial da União. Os interessados devem se inscrever pelo site do Cebraspe, banca organizadora do certame.

Confira abaixo os principais detalhes do concurso:


📌 Vagas e salários

CargoVagasSalário
Agente de Polícia Federal630R$ 14.164,81
Escrivão de Polícia Federal160R$ 14.164,81
Delegado de Polícia Federal120R$ 26.800,00
Perito – Informática Forense24R$ 26.800,00
Papiloscopista Policial Federal21R$ 14.164,81
Perito – Contábil-Financeira16R$ 26.800,00
Perito – Meio Ambiente14R$ 26.800,00
Perito – Geologia Forense5R$ 26.800,00
Perito – Engenharia Civil2R$ 26.800,00
Perito – Engenharia Elétrica/Eletrônica1R$ 26.800,00
Perito – Engenharia Cartográfica1R$ 26.800,00
Perito – Medicina Legal1R$ 26.800,00
Perito – Física Forense1R$ 26.800,00
Perito – Engenharia de Minas1R$ 26.800,00
Perito – Genética Forense1R$ 26.800,00
Perito – Engenharia Ambiental1R$ 26.800,00
Perito – Antropologia Forense1R$ 26.800,00

Requisitos e cotas

  • Para escrivão, agente e papiloscopista: nível superior em qualquer área.
  • Para delegado e perito: formação superior específica conforme a função.
  • Cotas:
    • 20% das vagas para candidatos negros e indígenas
    • 5% para pessoas com deficiência
  • Carga horária: 40 horas semanais para todos os cargos.

💲 Taxas de inscrição

  • Delegado e perito criminal: R$ 250
  • Demais cargos: R$ 180

🗓️ Cronograma

Validade do concurso: 6 meses a partir da homologação, podendo ser prorrogado por mais 6 meses.

Inscrições: até 17 de junho de 2025

Pagamento da taxa: até 20 de junho de 2025

Locais de prova: divulgados em 14 de julho de 2025

Provas: 27 de julho de 2025

Presença de drones interrompe operações no Aeroporto de Guarulhos por quase uma hora

Pousos e decolagens foram suspensos por 46 minutos; seis voos foram cancelados e dezenas sofreram atrasos ou mudanças

O Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, precisou suspender pousos e decolagens por cerca de 46 minutos na noite desta quarta-feira (11) devido à presença de drones nas proximidades da pista. A operação foi normalizada por volta das 23h40, mas ao menos seis voos foram cancelados e 35 acabaram afetados, segundo a GRU Airport, concessionária que administra o terminal.

A ocorrência está ligada a uma tentativa de tráfico de drogas. De acordo com a Polícia Federal, traficantes usaram drones para monitorar a movimentação das viaturas durante uma perseguição. Eles tentavam transportar três pacotes de cocaína — totalizando 165 kg — do entorno da favela vizinha ao aeroporto até uma área restrita. Os criminosos conseguiram fugir, mas a droga foi apreendida e um inquérito foi aberto.

Drones no radar

A primeira comunicação sobre os drones foi feita pela torre de controle às 22h42, com um voo da Latam. Um vídeo divulgado pelo canal “Aviação Guarulhos JPD” mostra o momento em que os controladores pedem que os pilotos aguardem devido à presença de drones. O helicóptero Águia da Polícia Militar chegou ao local, mas não confirmou a visualização dos equipamentos na pista. Ainda assim, a situação forçou uma paralisação por segurança.

As companhias aéreas relataram impactos significativos nas operações. Confira os números:

  • Latam: mais de 20 voos com origem ou destino em Guarulhos impactados
  • Gol: 2 voos cancelados e 10 alternados para outros aeroportos
  • Azul: 2 voos alternados, um para Ribeirão Preto e outro para Viracopos

Diversos passageiros passaram a madrugada no terminal tentando remarcar suas viagens ou aguardando novo embarque. Um passageiro com destino a Vitória, por exemplo, relatou que foi transferido para um voo com saída em Congonhas, às 6h30, e acomodado em um hotel em Mogi das Cruzes durante a espera.

A GRU Airport reforçou que o uso de drones nas imediações do aeroporto representa grave risco à segurança aérea e à integridade das pessoas. As companhias aéreas envolvidas informaram que prestaram assistência aos passageiros, conforme determina a Resolução 400 da Anac, e destacaram que a segurança foi prioridade em todas as medidas tomadas durante o incidente.

INSS cria sistema para que aposentados possam contestar descontos indevidos em benefícios

Nova medida busca proteger aposentados e pensionistas de cobranças não autorizadas por entidades associativas

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta terça-feira (13) uma nova normativa que institui um mecanismo para que aposentados e pensionistas possam verificar e contestar descontos de mensalidades associativas feitas sem autorização em seus benefícios. A principal novidade é a funcionalidade “Consultar desconto de entidades associativas”, que será disponibilizada no aplicativo “Meu INSS”. Também será possível utilizar a central telefônica 135 para esse tipo de consulta e contestação.

Apenas o titular do benefício ou um representante legal poderá acessar o sistema. Além disso, foi criado o Portal de Desconto de Mensalidades Associativas (PDMA), voltado para as entidades e sindicatos que realizaram descontos nos benefícios. Todas as instituições que mantiveram acordos com o INSS e efetuaram cobranças entre março de 2020 e março de 2025 precisarão se cadastrar na nova plataforma para receber e responder notificações de contestação.

Quando um beneficiário indicar que não autorizou determinado desconto, a entidade responsável será automaticamente notificada e terá um prazo de até 15 dias úteis para apresentar documentos que justifiquem a cobrança. Entre os documentos exigidos estão a identidade do associado, o termo de filiação e uma autorização específica para o desconto em folha. Caso não haja resposta dentro do prazo, a entidade será obrigada a restituir os valores por meio de uma Guia de Recolhimento da União (GRU) gerada pelo INSS.

Após o envio da documentação pela entidade, o INSS informará o beneficiário, que poderá decidir entre aceitar a justificativa ou manter a contestação, apresentando novas evidências. Se a instituição não cumprir os prazos ou se recusar a prestar esclarecimentos, o desconto será considerado irregular, e a Procuradoria-Geral Federal poderá ser acionada para tomar providências legais contra a entidade ou seus dirigentes.

Essa medida foi tomada em meio à repercussão da Operação Sem Desconto, deflagrada no fim de abril pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União. A investigação revelou um esquema que teria desviado aproximadamente R$ 6 bilhões de aposentadorias e pensões entre 2019 e 2024, por meio de descontos não autorizados. Como consequência da operação, cinco servidores do INSS e um policial federal foram afastados, e tanto o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, quanto o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, deixaram seus cargos.

INSS bloqueia novos descontos de empréstimos consignados para aposentados e pensionistas

Medida atende determinação do TCU e tenta conter fraudes em benefícios previdenciários

O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, determinou nesta quinta-feira (8) o bloqueio de novos descontos de empréstimos consignados em todos os benefícios pagos a aposentados e pensionistas. A decisão vale para todos os segurados, independentemente de quando o benefício foi concedido, e só poderá ser revertida mediante solicitação expressa do próprio beneficiário.

Segundo Waller, a medida busca proteger os segurados diante de indícios de irregularidades envolvendo descontos não autorizados. O despacho afirma que os bloqueios podem ser desfeitos a critério do aposentado ou pensionista, utilizando os canais oficiais do INSS. A decisão ocorre após ações conjuntas da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF) revelarem um esquema bilionário de fraudes envolvendo associações e sindicatos.

A medida também responde a uma deliberação recente do Tribunal de Contas da União (TCU), que manteve a proibição de novos descontos ligados a entidades associativas nos benefícios previdenciários. A Corte rejeitou recursos do INSS e de associações envolvidas, consolidando a decisão tomada em junho de 2024. O relator do caso, ministro Aroldo Cedraz, foi criticado por colegas por adiar diversas vezes o julgamento dos recursos — foram seis retiradas de pauta ao longo de um ano.

A pressão aumentou após a deflagração da Operação Sem Desconto, no fim de abril, que expôs um esquema que pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões dos cofres públicos entre 2019 e 2024. Segundo a investigação, milhares de aposentados tiveram valores descontados de suas aposentadorias sem autorização, em favor de sindicatos e associações. Como resultado da operação, cinco servidores do INSS e um agente da Polícia Federal foram afastados por decisão judicial.

Com a nova orientação do INSS, qualquer novo desconto relacionado a empréstimos só poderá ser autorizado diretamente pelo beneficiário, por meio das plataformas oficiais do órgão. A medida é considerada uma tentativa de frear o avanço de fraudes e garantir maior controle sobre os recursos dos aposentados, que vêm sendo alvo recorrente de golpes e abusos institucionais.

PF desmonta esquema que fraudava o INSS há 20 anos em Minas Gerais

Esquema criou pessoas fictícias para obter benefícios; prejuízo ultrapassa R$ 11 milhões

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (6), a Operação Egrégora para desmontar uma quadrilha especializada em fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo as investigações, o grupo atuava há pelo menos duas décadas e causou um prejuízo estimado de mais de R$ 11 milhões aos cofres públicos.

Três pessoas foram presas preventivamente, dois homens de 53 e 52 anos e uma mulher de 50. Durante a ação, os agentes também apreenderam um carro, diversos cartões bancários, celulares e uma arma de fogo. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim, em Minas Gerais, conforme determinação da Justiça Federal.

De acordo com a PF, o esquema consistia na criação de identidades falsas a partir da falsificação de certidões de nascimento, documentos de identidade e comprovantes de residência. Com esses dados forjados, o grupo solicitava benefícios assistenciais, principalmente voltados a idosos de baixa renda, explorando brechas no sistema do INSS.

As investigações revelaram que ao menos dez integrantes da organização criminosa utilizaram nomes de cerca de 40 pessoas fictícias para aplicar os golpes. Os envolvidos poderão responder por estelionato qualificado e associação criminosa, crimes que, somados, preveem penas de até 14 anos de prisão.

A PF informou ainda que a operação conseguiu evitar um prejuízo adicional de R$ 5 milhões, interrompendo a continuidade das fraudes. A investigação segue em andamento para identificar outros envolvidos e possíveis servidores públicos que tenham facilitado o esquema.

Ainda em 2024 CGU havia alertado INSS sobre fraude e falha em empréstimos

Auditoria revelou falhas graves no controle de contratos e envolvimento de altos servidores em esquema bilionário

A Controladoria-Geral da União (CGU) emitiu um alerta ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recomendando mudanças urgentes nas regras e no monitoramento dos empréstimos consignados destinados a aposentados e pensionistas. Segundo relatório obtido pela GloboNews, um em cada quatro contratos analisados apresentava problemas — muitos deles relacionados a fraudes, como averbações sem autorização dos beneficiários. A CGU também criticou a qualidade das informações registradas no sistema, apontando que as falhas comprometem a fiscalização das operações.

Os auditores destacaram que 26,8% das reclamações finalizadas envolviam justamente empréstimos que os beneficiários alegam nunca ter solicitado. Além disso, inconsistências nos dados — como valores incorretos e juros fora dos limites legais — dificultam o controle do INSS sobre os contratos. “Conclui-se que os controles implementados não são suficientes para assegurar a qualidade das informações sobre as contratações de empréstimo pessoal consignado”, aponta o relatório. A CGU e a Polícia Federal também investigam o papel da Dataprev, empresa que administra os sistemas e é remunerada por essas concessões.

Um dos personagens centrais da investigação é Virgílio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador do INSS, que segundo a Polícia Federal, enriqueceu quase R$ 18 milhões com o esquema. Ele chegou a recorrer ao Tribunal de Contas da União (TCU) para tentar evitar o bloqueio dos consignados, alegando que a suspensão do sistema online obrigaria “idosos e pessoas de baixa instrução” a buscar atendimento presencial, sobrecarregando as agências. Mas foi justamente esse sistema digital o mais criticado pela CGU, por não garantir segurança contra fraudes.

Os golpes não se limitaram aos empréstimos. Beneficiários também descobriram descontos indevidos em suas folhas de pagamento vinculados a sindicatos e entidades aos quais jamais se filiaram. Um aposentado chegou a vencer uma ação judicial contra um empréstimo fraudulento, apenas para perceber que era vítima de uma segunda fraude — a associação involuntária a uma entidade sindical, com novos descontos mensais. Casos como esse motivaram operações conjuntas da CGU e da Polícia Federal que levaram à queda da cúpula do INSS.

Segundo a PF, o esquema de fraudes se estende desde 2019, passando pelo governo de Jair Bolsonaro e se aprofundando na atual gestão de Carlos Lupi, no Ministério da Previdência. Investigadores apontam que uma medida provisória editada na gestão anterior facilitou a permanência de aposentados em entidades fraudulentas ao ampliar de um para três anos o prazo de revalidação da filiação. A mudança foi decisiva para o avanço dos golpes, que movimentaram milhões de reais à custa de beneficiários vulneráveis.

Esquema bilionário de fraudes no INSS envolvia propina, associações falsas e milhares de aposentados

Investigações da Polícia Federal apontam que ao menos R$ 6,3 bilhões foram desviados com falsos descontos em aposentadorias entre 2019 e 2024

A Polícia Federal revelou um dos maiores esquemas de fraudes já registrados contra aposentados no Brasil. Segundo o inquérito, associações de fachada descontavam mensalidades indevidas diretamente dos benefícios pagos pelo INSS, usando assinaturas falsas e aliciando servidores públicos com propina. A estimativa é que os prejuízos possam ter alcançado R$ 6,3 bilhões em cinco anos. A operação, batizada de “Sem Desconto”, levou à prisão de seis suspeitos e ao afastamento de servidores, incluindo o agora ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

De acordo com a investigação, o esquema era composto por entidades criadas apenas para desviar recursos, muitas vezes presididas por idosos ou pessoas sem vínculo direto com os beneficiários. As associações conseguiam acessar dados de aposentados e pensionistas com a ajuda de servidores, cadastrando-os sem autorização para descontos mensais. Em alguns casos, aposentados foram registrados em mais de uma entidade no mesmo dia, com erros idênticos nas fichas — o que reforça a tese de fraude em massa.

A Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que só no primeiro semestre de 2024 houve mais de 742 mil pedidos de cancelamento de descontos não autorizados. Em 95,6% dos casos, os próprios aposentados afirmaram não reconhecer o vínculo com as entidades. A CGU também apontou que a liberação de descontos em lotes, sem autorização individual, contribuiu para o crescimento explosivo do problema. Os valores descontados cresceram rapidamente:

  • 1º semestre de 2023: R$ 639 milhões
  • 2º semestre de 2023: R$ 1 bilhão
  • 1º semestre de 2024: R$ 1,63 bilhão

Entre os investigados, está Antonio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”. Ele seria o articulador financeiro do grupo, movimentando mais de R$ 24 milhões em apenas cinco meses e controlando associações fraudulentas por meio de procurações com plenos poderes. A PF também investiga o repasse de valores a familiares de servidores da cúpula do INSS, incluindo esposas e filhos de procuradores e diretores da autarquia.

A operação também resultou na apreensão de ao menos R$ 41 milhões em bens, como R$ 1,7 milhão em espécie, 61 carros de luxo avaliados em R$ 34,5 milhões, 141 joias e diversas obras de arte. Diante da gravidade do caso, o governo Lula suspendeu todos os descontos associativos e prometeu reembolsar os aposentados prejudicados. O ministro da Previdência, Carlos Lupi, admitiu que foi informado sobre a situação em 2023, mas só tomou providências um ano depois, o que gerou críticas e pressão por maior fiscalização do sistema.

PF descobre esquema bilionário de fraude em benefícios sociais com envolvimento de funcionários da Caixa

Golpe digital desviou mais de R$ 2 bilhões do FGTS e usava acesso interno ao sistema da Caixa Tem

A Polícia Federal descobriu um esquema de fraude que desviou mais de R$ 2 bilhões de beneficiários do FGTS, seguro-desemprego e outros programas sociais. De acordo com a investigação, o golpe envolvia um sofisticado sistema digital que permitia à quadrilha acessar e controlar contas de vítimas por meio do aplicativo Caixa Tem. Parte do sucesso do esquema se deu graças ao envolvimento de funcionários da própria Caixa Econômica Federal, que repassavam dados sigilosos e até realizavam saques presenciais a mando do grupo.

A operação criminosa começava com a obtenção de milhares de CPFs em sites ilegais. A quadrilha usava essas informações para verificar quais vítimas tinham benefícios ativos. Em seguida, funcionários da Caixa envolvidos na fraude alteravam os cadastros no Caixa Tem, substituindo os e-mails originais por outros controlados pelos criminosos, o que permitia o reset de senhas e o controle total das contas.

Com acesso às contas, os criminosos faziam transferências via PIX, pagavam boletos ou sacavam o dinheiro. Para automatizar o processo e ampliar o alcance dos ataques, a quadrilha usava um software que simulava diversos celulares, possibilitando o controle de várias contas simultaneamente. A repetição constante do golpe compensava os baixos valores individuais dos benefícios desviados.

Em resposta, a PF deflagrou uma nova operação em 14 cidades do Rio de Janeiro, apreendendo celulares e computadores. A investigação aponta que o golpe não é exclusivo do estado, sendo praticado em diferentes regiões do país. O delegado Pedro Bloomfield Gama Silva defendeu o fortalecimento dos setores antifraude dos bancos, destacando a importância da detecção online para conter esse tipo de crime.

A Caixa afirmou que os funcionários identificados como cúmplices foram desligados da instituição. Segundo Anderson Possa, vice-presidente de Logística e Segurança do banco, novas tecnologias de monitoramento, incluindo inteligência artificial e biometria, estão sendo implementadas para prever e evitar fraudes futuras.

Apesar do prejuízo bilionário e do impacto direto sobre pessoas em situação de vulnerabilidade, a maioria dos envolvidos responde ao processo em liberdade. A Polícia Federal segue investigando outras células do esquema em diferentes estados.

Bruno Henrique é indiciado pela PF por suspeita de manipulação de apostas esportivas

Jogador do Flamengo teria forçado cartão em partida do Brasileirão 2023 para favorecer apostas de familiares

A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, junto a outras nove pessoas, por suspeita de envolvimento em um esquema de manipulação de apostas esportivas. De acordo com a investigação, o jogador teria forçado a própria expulsão em uma partida contra o Santos, válida pelo Campeonato Brasileiro de 2023, com o objetivo de beneficiar parentes em apostas relacionadas a cartões.

Em novembro de 2024, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão em cidades do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre os alvos estão o irmão do jogador, a cunhada e dois amigos próximos. O Flamengo, na época, declarou confiar no atleta, que preferiu não comentar o caso. O indiciamento indica que a PF considera haver indícios suficientes para que o Ministério Público possa oferecer denúncia à Justiça.

Paralelamente à investigação criminal, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) também apurou o episódio, mas arquivou o caso em setembro de 2024. O tribunal alegou que o lance em questão poderia ser interpretado como normal e considerou o lucro obtido nas apostas como irrelevante financeiramente. Os valores variaram entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil, com lucro máximo de R$ 6,1 mil.

Veja os prints;

Em conversa, Bruno Henrique diz que levaria cartão contra o Santos – Foto: Reprodução

No relatório, o procurador do STJD ainda destacou que forçar cartões é uma prática comum no futebol brasileiro, especialmente quando um jogador está “pendurado”. O cartão teria sido estratégico para que Bruno Henrique cumprisse suspensão contra o Fortaleza, ficando liberado para enfrentar o Palmeiras na sequência — um adversário direto na disputa pelo título do Brasileirão.

A defesa do jogador adotou o mesmo argumento, afirmando que a informação sobre os cartões pendentes era pública, o que justificaria o aumento das apostas relacionadas à possibilidade de punição. Segundo os advogados, não houve qualquer manipulação por parte do atleta, apenas uma coincidência de fatores comuns no contexto do futebol profissional.

Apesar do arquivamento no STJD, o caso ainda pode ser reaberto se a Polícia Federal ou o Ministério Público Federal apresentarem provas contundentes da participação do jogador no esquema. A situação de Bruno Henrique, portanto, segue em aberto no campo criminal, mesmo após o encerramento da investigação esportiva.

Ainda em novembro de 2024, o Flamengo havia soltado uma nota quando Bruno Henrique e parentes foram alvo de buscas, confira;

O Clube de Regatas do Flamengo tomou conhecimento, nesta data, da existência de uma investigação, ainda em curso, versando sobre eventual prática de manipulação de resultados e apostas esportivas.

O Clube ainda não teve acesso aos autos do inquérito, uma vez que o caso corre em segredo de justiça, mas é importante registrar que, ao mesmo tempo em que apoiará as autoridades, dará total suporte ao atleta Bruno Henrique, que desfruta da nossa confiança e, como qualquer pessoa, goza de presunção de inocência.

O Flamengo esclarece, por fim, que houve uma investigação no âmbito desportivo, perante o STJD, a qual já foi arquivada, mas não tem como afirmar que se trata do mesmo caso e aguardará o desenrolar da investigação.

O atleta segue exercendo suas atividades profissionais normalmente. Treina e viaja com a delegação nesta terça-feira, para Belo Horizonte.

Polícia Federal detém homem por tráfico de cigarros eletrônicos em Ribeirão Preto

A operação Fumo Off, deflagrada nesta segunda-feira (24), resultou na apreensão de vapes na residência de um homem, que seria responsável pela venda dos dispositivos eletrônicos pela internet.

Na manhã desta segunda-feira (24), a Polícia Federal prendeu um homem em Ribeirão Preto, suspeito de contrabando de cigarros eletrônicos, conhecidos como vapes. A prisão foi realizada durante a operação Fumo Off, quando os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do acusado e encontraram uma grande quantidade do produto.

De acordo com a PF, o homem estaria comercializando vapes pela internet, o que configuraria a prática ilegal de venda desses dispositivos. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a importação, distribuição e venda de cigarros eletrônicos no Brasil, o que torna a atividade passível de punição, além de ser considerada uma infração grave.

O acusado foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal em Ribeirão Preto, onde foi autuado em flagrante. Ele responderá pelos crimes de contrabando e venda de produtos prejudiciais à saúde, podendo ser condenado a até oito anos de prisão, dependendo das circunstâncias do processo.

A operação Fumo Off é uma ação contínua da Polícia Federal para combater o contrabando e a comercialização ilegal de cigarros eletrônicos, que representam risco à saúde pública e não são regulamentados pelas autoridades sanitárias.