Secretarias de Agricultura e Meio Ambiente assinam resolução por energia renovável durante Agrishow

Nesta quinta-feira, 2, às 14h, durante a Agrishow, as secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA) e de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) assinam uma resolução conjunta para estimular a energia renovável.

A proposta é uma medida necessária e adequada, pois contribui com o planejamento e a implementação de empreendimentos relativos a biogás e a biometano no estado de São Paulo, gerando desenvolvimento, emprego e renda; o aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética paulista.

O biogás é uma fonte de energia renovável que pode ser usada para gerar eletricidade e produzir biometano, combustível renovável fungível com gás natural em qualquer proporção.

O biometano, por sua vez, pode ser utilizado como combustível veicular, com elevado potencial de descarbonização do setor de transportes, especialmente em substituição ao óleo diesel em em veículos pesados, bem como da indústria, em substituição ao óleo combustível. O biometano pode ser transportado por gasodutos ou caminhões.

SP amplia seguro rural para R$ 100 milhões com intuito de proteger lavouras

Diante do aumento significativo de eventos climáticos adversos, o Governo do Estado de São Paulo anunciou durante a 29ª edição da Agrishow um investimento recorde de R$ 100 milhões em subvenção ao seguro rural. A iniciativa, realizada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), visa garantir a produtividade das lavouras paulistas em um cenário global de desafios climáticos.

Por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), a subvenção será oferecida em parceria com 15 seguradoras credenciadas, cobrindo de 25% a 30% dos custos do seguro, dependendo da cultura agrícola. Cada produtor rural poderá acessar até R$ 25 mil reais de crédito, proporcionando uma rede de segurança financeira em caso de perdas de produção.

O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, ressaltou a importância do seguro rural diante do aumento das ondas de calor e outras intempéries. O objetivo principal é minimizar os impactos das perdas de produção, especialmente em culturas como milho, soja e amendoim, que enfrentam prejuízos significativos estimados em até 30%, segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA).

Agricultura de SP abre inscrições para o programa de Bolsas de Iniciação Científica

Despertar vocação científica e incentivar novos talentos entre estudantes de graduação estimular uma maior articulação entre graduação e pós-graduação em instituições de pesquisa científica agropecuária. Com este foco a APTA Regional, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, divulga, por meio de edital público, a abertura de inscrições do Processo Seletivo para a seleção de candidatos ao Programa de Bolsas de Curta Duração de Iniciação Científica da APTA Regional, conforme prevista em Lei Estadual e regulamentada em Portaria APTA de 2023. O prazo de inscrições é até dia 21 de agosto.

Podem se inscrever no Processo Seletivo os estudantes que estejam frequentando os cursos de Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, Economia, Biologia, Agroecologia e Engenharia Ambiental.

Serão concedidas 25 bolsas de curta duração de Iniciação Científica da APTA Regional, vinculadas a 25 Projetos de Pesquisa.

A duração das Bolsas será de três meses, ininterruptos e não prorrogáveis, com carga horária de 30 horas semanais, dentro do horário oficial de funcionamento institucional [das 07 às 18 horas].

As 12 unidades de pesquisas da Apta Regional que receberão os alunos são de Andradina, Assis, Bauru, Colina, Itapetininga, Marília, Pariquera-Açú, Pindamonhangaba, Pindorama, Piracicaba, Presidente Prudente, Tietê.

O Programa de Iniciação Científica busca contribuir para a formação e inserção de estudantes em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação; estimular pesquisadores produtivos a envolverem alunos de graduação nas atividades científica, tecnológica e produtiva; proporcionar ao bolsista [orientado por Pesquisador Científico qualificado] a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa, além estimular o desenvolvimento do pensar cientificamente e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa; e ampliar o acesso e a integração do estudante à cultura científica.

Segundo o diretor geral, Daniel Gomes, outro fator muito importante, é que os projetos de pesquisa aos quais os alunos serão atrelados, fazem parte de demandas e contextos socioeconômicos agrícolas regionais, “fortalecendo assim cadeias produtivas, as demandas regionais de mão de obra especializada e induzindo também a interação com a pesquisa científica em regiões onde essa possibilidade é mais escassa”.

Informações publicadas no Diário Oficial, podem ser acessadas no link http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v6/index.asp?c=33633&e=20230802&p=1

Apta Regional

A APTA Regional, Instituição de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo – ICTESP que tem a missão de alavancar o desenvolvimento tecnológico do agronegócio, atuando em parcerias público-privadas, é uma das sete instituições de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA).

São 18 Unidades Regionais de Pesquisa e Desenvolvimento no estado de São Paulo. Com visão multidisciplinar nas áreas de agronomia, zootecnia, pesca continental, sanidade vegetal e animal, e agregação de valor em produtos de origem animal e vegetal.

As tecnologias geradas ao longo de anos, nas unidades de pesquisa (várias centenárias), possibilitam à Instituição seguir como alicerce para a agricultura paulista, sendo referência em diversos setores da agropecuária.

Além de agregar valor socioeconômico com ações interinstitucionais em função das demandas regionais do setor, as tecnologias geram oportunidades de negócios, trabalho e renda ao produtor rural e atendem demandas de consumo da população, que busca por uma cadeia produtiva mais sustentável e pela saudabilidade dos alimentos.

Cacau: agricultores de SP aumentam produção visando chocolate com maior valor agregado

A produção de cacau no estado de São Paulo vem passando por um processo de fortalecimento e valorização. E com o objetivo de alavancar esse cultivo, o governo paulista, por meio da Secretaria da Agricultura e Abastecimento, realizou nesta semana o Seminário Sobre a Cultura Cacaueira. 

O evento inédito é uma ação do Programa Cacau SP e fruto do trabalho conjunto da pesquisa agropecuária e da extensão rural paulistas, através da Apta Regional, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), do Instituto Agronômico (IAC) e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgãos ligados à pasta.

O diretor da Apta Regional, Daniel Gomes, afirmou que diversas regiões paulistas têm demandado o desenvolvimento da produção do cacau, o que tem feito com que a secretaria trabalhe com um olhar diferenciado sobre essa cultura. 

“Estamos levando em conta não só o histórico e o potencial da produção cacaueira, mas também a evolução de outras cadeias. O café, por exemplo, deixou de ser commodity e vem se despontando ao longo dos últimos anos por meio do fortalecimento da produção nacional de cafés especiais. E para o cacau temos o mesmo olhar”, afirmou Gomes na abertura do seminário.

O diretor ainda lembrou que a junção com outras culturas “tem sido uma importante frente de ação, como a cultura do látex no oeste paulista”.

Foram temas das palestras e debates as variedades do cacau, as tecnologias para efetividade e produtividade em cacauicultura e o pós-colheita do cacau. Também foram discutidos os sistemas Cacau Cabruca, a qualidade da amêndoa e o processamento do chocolate.

A pesquisadora da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Neyde Alice Bello Marques, explicou que, para a verticalização do cacau, é necessário ter amêndoas de qualidade para a fabricação de chocolates diferenciados com alto teor de cacau. “O produtor de cacau precisa buscar conhecimento para produzir variedades produtivas, resistentes ou tolerantes a doenças e pragas, e com sabor e aroma efetivo”, disse. 

Ela ainda afirmou que o perfil do consumidor brasileiro está mudando, com a busca de produtos mais saudáveis e o chocolate com alto teor de cacau. “O Brasil tem a oferecer chocolates diferenciados intensos, conhecidos como ‘bean to bar’ (da amêndoa à barra), proporcionando um alimento nutritivo”, completou. Atualmente, o país é o 4º maior consumidor de chocolate no mundo.

O seminário foi realizado na última quarta-feira (26) no Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital/Apta), sob coordenação da Apta Regional e do Ital, órgãos da Secretaria, e da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).

 O evento contou com a parceria da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), da Bahia, segundo maior produtor de cacau do Brasil, atrás somente do Pará, de acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2021.

Além do pesquisador Valdecir Luccas, do Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate (Cereal Chocotec) do Ital, fizeram apresentações e tiraram dúvidas especialistas da Bahia: Milton José da Conceição, extensionista da Ceplac, Dan Eric Lobão, pesquisador da Ceplac e professor da UESC, George Andrade Sodré, docente da UESC, e Neyde Alice Bello Marques, pesquisadora da Ceplac. Participaram da abertura do evento a diretora geral do Ital, Eloísa Garcia, e o diretor presidente da Fundepag, Alvaro Duarte

Do Portal do Governo