Dono da posição mais ingrata do futebol, sempre sujeito a situações extremas – transita entre a glória de defesas impossíveis e a fatalidade de uma falha decisiva -, o goleiro tem um dia especial para ser reverenciado: 26 de abril. É assim desde 1976, por iniciativa de dois ex-professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, os oficiais Raul Carlesso e Reginaldo Pontes Bielinski.
Um dos pioneiros no trabalho específico para goleiros no Brasil, Carlesso foi o primeiro preparador de goleiros a integrar a comissão técnica da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo (durante o Mundial da Alemanha, em 1974). O sucesso da iniciativa o motivou a criar o Dia do Goleiro, celebrado inicialmente em 14 de abril de 1975. A data seria alterada no ano seguinte e segue assim até hoje, extensiva também às mulheres que atuam na posição.
A mudança teve um propósito, o de homenagear o goleiro Haílton Corrêa Arruda, conhecido como Manga, que na época ostentava o título de campeão brasileiro pelo Internacional. Hoje com 86 anos e vivendo no Retiro dos Artistas, no Rio, Manga orgulha-se de seu currículo vencedor: fez carreira no Sport, Botafogo, Grêmio e Coritiba, além do Internacional. Ele nasceu em 26 de abril de 1937.
Manga faz parte de uma extensa lista de grandes goleiros do futebol brasileiro ao longo de décadas. Só para citar exemplos de vários deles que brilharam e ainda brilham nos gramados: Joel, Germano, Batatais, Barbosa, Castilho, Gylmar, Félix, Leão, Waldir Peres, Carlos, Taffarel, Marcos, Dida, Júlio César e Alisson, entre tantos outros.
Pelas mulheres, figuram também no pedestal os nomes de Meg, Andreia e Bárbara – as três fizeram história com a camisa da Seleção Brasileira.
Foto – Divulgação/CBF