Com 100% dos votos do colégio eleitoral, presidente da CBF celebra reeleição e reafirma compromisso com o futebol brasileiro
Na manhã de segunda-feira (24), Ednaldo Rodrigues foi reeleito por aclamação presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com a chapa “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”. Sua reeleição foi formalizada na Assembleia Geral da entidade, que aconteceu véspera do jogo entre Argentina e Brasil pelas Eliminatórias da Copa de 2026. O novo mandato de Ednaldo começa em março de 2026 e vai até março de 2030.
Esta é a primeira reeleição de Ednaldo Rodrigues, que assumiu o cargo provisoriamente em junho de 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, acusado de assédio sexual e moral. Apesar de ter declarado anteriormente que não seria candidato à reeleição, ele recebeu apoio de todas as 27 federações estaduais, de todos os clubes da Série A e da Série B, totalizando 100% dos votos do colégio eleitoral. Com isso, Ednaldo poderá continuar no cargo até 2034, já que tem direito a mais uma reeleição.
Em seu discurso de agradecimento, Ednaldo destacou a importância da reeleição para o fortalecimento do futebol brasileiro e ressaltou os desafios enfrentados nos últimos anos. “Celebramos o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo desses anos, enfrentamos preconceitos e perseguições, mas resistimos e vencemos. Agradeço a todos que confiaram em mim, especialmente à Fifa, Conmebol, federações e clubes”, declarou.
A chapa de Ednaldo para a gestão da CBF inclui diversos vice-presidentes, entre eles: Ricardo Nonato Macedo de Lima, Reinaldo Rocha Carneiro Bastos, Gustavo Oliveira Vieira, Gustavo Dias Henrique, Ednailson Leite Rozenha, Antônio Roberto Rodrigues Góes da Silva, Leomar de Melo Quintanilha e Rubens Renato Angelotti. Para a reeleição, a chapa contou com o apoio de 27 federações e 13 clubes das Séries A e B, que assinaram a candidatura.
Embora a eleição da CBF não tenha concorrência desde 1989, quando Ricardo Teixeira foi reeleito em disputa com Nabi Abi Chedid, a candidatura de Ronaldo Fenômeno ao cargo de presidente foi cogitada em dezembro de 2024. No entanto, o ex-jogador desistiu da disputa na semana passada devido à falta de apoio das federações, já que para lançar uma candidatura é necessário o apoio de pelo menos quatro federações e quatro clubes das Séries A e B.
A CBF, fundada como CBD em 1914 e rebatizada em 1979, tem um histórico de poucos presidentes em sua história. Com a reeleição de Ednaldo Rodrigues, ele se junta ao seleto grupo de presidentes que lideraram a CBF, com um mandato agora garantido até 2030, podendo estender-se até 2034.
Veja o que falou Ednaldo Rodrigues em seu discurso;
“Hoje, celebramos não apenas a confirmação do nosso trabalho pela reeleição, mas o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das organizações esportivas. Ao longo dos últimos anos, enfrentamos muitos desafios. Sofremos todo tipo de preconceito e perseguições. Tentaram até um golpe. Resistimos e vencemos! Agradeço a Deus por tudo, à minha família pelo apoio incondicional e a todos que trabalham incansavelmente todos os dias para fortalecer e purificar o futebol brasileiro, em especial à Fifa, a Conmebol e a cada um de vocês, representantes de federações e clubes, pela confiança e parceria ao longo desses anos”.
“A CBF voltou a ter representatividade internacional. O português foi reconhecido como língua oficial da Fifa e Conmebol. Criamos a União das Federações de Futebol da Língua Portuguesa. Estabelecemos um Escritório de Projetos da CBF na Fifa, resultando no maior investimento que o Brasil recebeu da Fifa em toda sua história e posicionando a CBF como referência para o mundo inteiro em diversas áreas”.
“Fomos pioneiros na liderança global do combate ao racismo, implementando medidas como a parceria com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, a reforma do RGC com sanções esportivas e a campanha #ComRacismoNãoTemJogo, vencedora do prêmio Fifa The Best. Também nos tornamos referência global em inclusão, apoiando iniciativas como a Seleção de Futsal Down, Futsal Nanismo e as Olimpíadas Especiais”.
“Batemos recordes sucessivos de faturamento e superávit, reinvestindo mais de 70% no desenvolvimento e fomento do futebol brasileiro. O maior investimento da história! Intensificamos os esforços para implementar o Fundo de Legado da Copa do Mundo, construindo Centros de Desenvolvimento do Futebol em estados que não sediaram jogos e melhorando a infraestrutura dos estádios em todo o país. Aprimoramos os torneios existentes e criamos novos, como o Campeonato Sub-15 masculino com 32 clubes, campeonato brasileiro masculino sub-20 da série B com 20 clubes, Copa do Nordeste masculino sub-20 com 24 clubes e Copa do Brasil feminina com 64 clubes. Garantindo oportunidades para jovens talentos de todas as regiões do Brasil”.
“Vamos continuar construindo um futebol que orgulha o país, gera empregos, promove o desenvolvimento e, acima de tudo, faz a alegria de milhões de torcedores”.