Amazônia corre risco de entrar em colapso em 2050, diz artigo

Um estudo liderado por cientistas brasileiros e publicado na revista científica Nature revelou uma preocupante perspectiva para o futuro da Floresta Amazônica. De acordo com a pesquisa, se medidas urgentes não forem tomadas, o ano de 2050 pode marcar o início de uma redução significativa na cobertura florestal da região.

A pesquisa, que reuniu 24 cientistas de todo o mundo, sendo 14 deles brasileiros, destaca a importância de combater o desmatamento como uma medida crucial para evitar um possível colapso parcial da floresta. A cientista Marina Hirota, uma das coordenadoras do estudo e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ressalta a necessidade de restauração ecológica e governança eficiente para proteger esse ecossistema vital.

Além disso, o estudo aponta para a urgência de lidar com as mudanças climáticas, que já afetam drasticamente a região amazônica. O aumento das temperaturas, secas extremas e o desmatamento são fatores de estresse que podem levar a um colapso irreversível da floresta. Os pesquisadores estabeleceram limites críticos, como o aumento da temperatura global e o volume de chuvas abaixo de determinados valores, que, se ultrapassados, podem acelerar esse processo de colapso.

Diante desses alertas, a pesquisa destaca a necessidade de ações imediatas para preservar não apenas a floresta, mas também as comunidades que dependem dela para sua sobrevivência. A mensagem é clara: é preciso agir agora para garantir um futuro sustentável para a Amazônia e para o planeta como um todo.

*Com informações de Agência Brasil

Partes de Santos e Rio de Janeiro podem ser engolidas por mar até 2050

Um recente estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) traz um alerta preocupante: parte da cidade de Santos, no litoral de São Paulo, corre o risco de ser “engolida” pelo mar até o ano de 2050, devido às consequências das mudanças climáticas. O fenômeno, que deve impactar significativamente a vida de milhares de pessoas, é resultado do reflexo dessas mudanças nas inundações costeiras, conforme apontado na pesquisa apresentada nesta terça-feira (28).

O estudo, preparado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e pelo Climate Impact Lab (CIL), destaca que, até 2050, diversas cidades costeiras altamente populosas, incluindo Santos, no Brasil, estarão sob risco iminente de inundação. Essa situação, que afetará terras habitadas por cerca de 5% da população dessas cidades, ressalta a urgência de ações diante das mudanças climáticas. A América Latina, o Caribe, o Pacífico e os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento são apontados como as regiões mais vulneráveis, enfrentando a possibilidade de perdas significativas de terras e infraestrutura devido a inundações permanentes. O estudo vem à tona às vésperas da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP28), ressaltando a necessidade de medidas concretas para conter as emissões de gases de efeito estufa e mitigar os impactos crescentes nas regiões costeiras.