Funcionários da embaixada de Israel são mortos a tiros próximo a museu em Washington

Ataque aconteceu na saída do Museu Judaico; autoridades americanas investigam o caso

Dois funcionários da embaixada de Israel em Washington, nos Estados Unidos, foram assassinados a tiros na noite de quarta-feira (21), nas proximidades do Museu Judaico. As vítimas foram identificadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel como Sarah Lynn Milgrim e Yaron Lischinsky.

Foto: Divulgação/Embaixada de Israel nos EUA

De acordo com informações oficiais, os dois estavam deixando o museu quando foram atingidos por disparos. O ataque aconteceu em uma área próxima ao escritório da agência de campo do governo israelense na capital americana. Ainda não há confirmação sobre a motivação do crime.

As procuradoras Pam Bondi, dos Estados Unidos, e Jeanine Pirro, do Distrito de Columbia, compareceram ao local após o tiroteio. As investigações estão em andamento e envolvem autoridades locais e federais, além da colaboração com representantes diplomáticos de Israel.

O governo israelense condenou o ataque e exigiu uma apuração rigorosa. Até o momento, não há informações sobre suspeitos detidos. A área ao redor do museu segue isolada para a coleta de provas e análise de câmeras de segurança.

Julgamento dos assassinos de Marielle Franco é retomado no Rio de Janeiro

O julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, confessos dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018, recomeçou na manhã desta quinta-feira (31) no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. O processo, iniciado na quarta-feira (30), contou com os depoimentos de nove testemunhas e dos réus.

Marielle foi morta em 14 de março de 2018, após um evento na Lapa, quando seu carro foi alvejado com treze tiros. Apenas sua assessora, Fernanda Chaves, sobreviveu ao ataque. Lessa e Queiroz estão presos desde 2019 e participaram do julgamento por videoconferência de suas respectivas unidades prisionais.

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, acusados de serem os mandantes dos crimes, e o delegado Rivaldo Barbosa, que teria prejudicado as investigações, também estão detidos desde março de 2023. Há um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo esses réus.

Durante o interrogatório, Ronnie Lessa revelou que recebeu a proposta para assassinar Marielle devido a interesses fundiários, afirmando que ela era vista como um obstáculo para um loteamento ligado a milicianos. Élcio Queiroz, por sua vez, contou que foi convidado para participar do crime no dia do assassinato, sem inicialmente saber do que se tratava.

O Ministério Público pedirá a condenação máxima para os réus, que pode chegar a 84 anos de prisão. O júri é composto por sete homens e presidido pela juíza Lucia Glioche.

Fonte: Rafael Cardoso e Vitor Abdala – Repórteres da Agência Brasil