Rússia anuncia vacina contra o câncer para 2025

O governo da Rússia revelou nesta semana que desenvolveu uma vacina contra o câncer, com previsão de distribuição gratuita aos pacientes a partir de 2025. A vacina foi criada em parceria com diversos centros de pesquisa e, segundo estudos pré-clínicos, demonstrou eficácia em inibir o crescimento de tumores e a formação de metástases.

O Centro Nacional de Pesquisa Médica do Ministério da Saúde da Rússia afirmou que está trabalhando em duas abordagens diferentes para vacinas oncológicas. A primeira delas utiliza tecnologia mRNA, similar à usada nas vacinas contra a covid-19, e é personalizada para cada paciente.

A vacina é criada a partir da análise genética do tumor, com o objetivo de treinar o sistema imunológico a identificar e combater as células cancerígenas.

A segunda vacina, chamada Enteromix, é baseada em uma combinação de quatro vírus não-patogênicos, capazes de destruir células malignas enquanto estimulam a resposta imunológica contra o câncer. Essa pesquisa é considerada um avanço significativo no tratamento oncológico.

Sinais de Alzheimer podem ser detectados por meio da fala

Um avanço significativo na detecção precoce da doença de Alzheimer foi alcançado por pesquisadores da Universidade de Boston (BU), nos Estados Unidos. Eles desenvolveram um novo método que utiliza algoritmos de Inteligência Artificial (IA) para analisar como as pessoas conversam como um indicador potencial de demência.

Ao contrário de abordagens tradicionais que se concentram em características superficiais da fala, como velocidade, o novo método avalia o conteúdo e a estrutura das palavras usadas nas conversas. Publicado na revista Alzheimer’s & Dementia, o estudo revela que a IA alcançou uma precisão de 78,5% em identificar o risco de uma pessoa desenvolver Alzheimer ao longo de seis anos, baseando-se em gravações de indivíduos com comprometimento cognitivo leve.

A pesquisa utilizou 166 gravações de indivíduos entre 63 e 97 anos, dos quais 90 desenvolveram demência após seis anos, enquanto 76 permaneceram estáveis. O aprendizado da máquina foi empregado para identificar padrões na fala que estavam associados à progressão da doença.

O professor Ioannis Paschalidis, autor do estudo e especialista em Ciências da Computação e Engenharia, destaca que a pontuação gerada pela IA funciona como uma medida preditiva do risco de demência.

“Você pode pensar na pontuação como uma probabilidade. A probabilidade de que alguém permanecerá estável ou evoluíra para um quadro de demência [nos próximos anos]”, explica Ioannis Paschalidis, professor de Ciências da Computação e Engenharia na BU e autor do estudo, em nota. 

O próximo passo é adaptar essa tecnologia para um aplicativo de celular acessível, permitindo o monitoramento contínuo de pacientes com alto risco para Alzheimer.

Este avanço não é o único utilizando IA para diagnóstico de Alzheimer, com outros estudos explorando diferentes técnicas, como análise de padrões de glicose no cérebro, todos em fases de validação.

Fonte: Alzheimer’s & Dementia, Universidade de Boston