Mercado eleva para 3,49% projeção de expansão da economia em 2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2024 subiu de 3,42% para 3,49%, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC). O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no terceiro trimestre, acumulando alta de 3,3% no ano até setembro. Para 2025, espera-se um crescimento de 2,02%.

A cotação do dólar é projetada em R$ 6 no fim de 2024 e R$ 5,90 em 2025. Já a inflação, medida pelo IPCA, deve ficar em 4,91% em 2024, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional. Para 2025, a estimativa subiu para 4,84%.

A taxa Selic, atualmente em 12,25% ao ano, deve subir para 14,75% até o fim de 2025, segundo o BC. A medida visa conter a inflação, mas pode desacelerar a economia ao encarecer o crédito.

Entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a Selic permaneceu em 13,75%, com cortes graduais até atingir 10,5% em julho deste ano. No entanto, as incertezas globais e a alta do dólar levaram o BC a retomar aumentos na taxa.

O Boletim Focus reflete as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos, destacando o desafio de equilibrar o controle inflacionário com o crescimento sustentável da economia.

Fonte: Agência Brasil

Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

O mercado financeiro trabalha com expectativas de alta em todos os índices que compõem o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. No caso do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil), a previsão é de que a economia do país crescerá 3,39% em 2024.

Para os anos subsequentes (2025 e 2026), a expectativa é de crescimento de 2%. No boletim da semana passada, o mercado previa que o PIB brasileiro fecharia o ano corrente com um crescimento de 3,22%. Há quatro semanas, a previsão era de que o país cresceria 3,1%.

No segundo trimestre do ano, o PIB surpreendeu, subindo 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta ficou em 3,3%.

IPCA, dólar e Selic

Expectativas de alta também para a inflação, para a Selic e para a cotação do dólar. Para o mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do país) deve fechar 2024 em 4,84%, percentual acima da previsão divulgada na semana passada (4,71%) e há quatro semanas (4,62%). Para 2025 e 2026, e expectativa é de que a inflação do país fique em 4,59% e 4%, respectivamente.

Já a taxa básica de juros apresentou alta de 0,25 ponto percentual nas expectativas do mercado, passando de 11,75% para 12%. Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

No entanto, os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Com relação à moeda norte-americana, as projeções do mercado financeiro para a cotação ao final do ano passaram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95. Há quatro semanas, o mercado trabalhava com a expectativa de o dólar fechar o ano a R$ 5,55. Para 2025, o mercado projeta que a moeda feche o ano valendo R$ 5,77; e para 2026, as projeções são de que o dólar fique cotado a R$ 5,73.

Por Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil