Pressão arterial: saiba quais os níveis ideais entre os 60 e 70 anos

Você está ciente da importância da sua pressão arterial para uma vida saudável na maturidade? A pressão arterial é um indicador crucial da saúde do coração, especialmente para quem tem entre 60 e 70 anos. Manter seus níveis adequados ajuda a evitar doenças graves, como infartos, derrames e falha renal.

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A determinação da pressão arterial ideal para pessoas com mais de sessenta ou setenta anos leva em consideração diversos fatores. É imprescindível avaliar doenças já existentes e o histórico clínico individual, a fim de obter uma análise precisa e segura, garantindo o cuidado mais adequado para cada caso.

A atenção com os níveis de pressão em idosos se estende tanto à prevenção de problemas cardíacos quanto à necessidade de evitar condições causadas por níveis excessivamente baixos. É fundamental encontrar um equilíbrio para proteger o sistema cardiovascular e promover o bem-estar geral.

Pressão ideal

Quando você mede a pressão, surgem dois números. O primeiro é a pressão sistólica, que indica a força máxima do sangue contra as artérias quando o coração bombeia. O segundo é a diastólica, representando a pressão mínima quando o coração está em repouso, entre os batimentos.

Para pessoas que seguem uma alimentação mais natural e praticam exercícios físicos, a pressão sanguínea tende a permanecer estável, mesmo na fase adulta mais avançada. Nesses casos, medições ao redor de 120 por 80 mmHg são tidas como ideais para uma boa saúde.

Por outro lado, em centros urbanos, onde o sódio é consumido em grande quantidade e a falta de atividade física é comum, a pressão arterial geralmente sobe com a idade. Para idosos sem condições médicas sérias, a sistólica deve ser inferior a 140 mmHg, e a diastólica, entre 70 e 80 mmHg.

Priorize sua alimentação

Cuide do seu coração através da comida. Reduza sal, alimentos processados e ricos em gordura saturada, que elevam a pressão. Dê preferência a frutas, vegetais, leguminosas, grãos integrais e itens ricos em potássio, que são vitais para a saúde cardiovascular.

Adicione movimento ao dia

Faça exercícios regularmente para um coração forte. Atividades como caminhar, nadar ou fazer alongamentos são excelentes para controlar a pressão arterial e impulsionar o bem-estar geral. Manter-se ativo é crucial para a saúde circulatória e para uma melhor qualidade de vida.

Mantenha o peso e fuja do sofá

Alcançar e manter um peso saudável é essencial, pois isso diminui o esforço sobre seu sistema cardiovascular e minimiza o risco de hipertensão. Evite o sedentarismo: inclua movimentos simples no dia a dia para ajudar na circulação e no controle da pressão.

Diga não ao álcool e ao cigarro

Para uma vida mais saudável, diminua o consumo de álcool e pare de fumar. Esses hábitos aumentam o risco de hipertensão, prejudicando significativamente a saúde do seu coração e todo o sistema circulatório. Sua decisão faz uma grande diferença.

Gerencie o estresse e visite seu médico

O estresse pode elevar a pressão; utilize relaxamento, meditação ou hobbies para controlá-lo. Além disso, mantenha consultas médicas frequentes para verificar a pressão e ajustar medicamentos, se necessário. O acompanhamento profissional é indispensável para sua saúde.

Hospital São Paulo conquista o mais alto nível de acreditação em saúde no Brasil

O Hospital São Paulo, administrado pela Unimed Ribeirão Preto, acaba de alcançar um marco significativo em sua trajetória: a certificação ONA 3 – Nível Excelência, o mais alto reconhecimento da Organização Nacional de Acreditação (ONA) para instituições de saúde no país que avalia os critérios de segurança, gestão integrada dos processos e excelência em gestão.

O selo foi concedido após uma visita de manutenção da acreditação anterior, na qual o hospital avançou do Nível 2 (Acreditado Pleno) para o Nível 3 (Excelência). Essa conquista consagra a maturidade institucional e a consolidação de práticas internas. “A ONA 3 confirma que estamos no caminho certo ao priorizar três pilares estratégicos: a experiência do cliente, a humanização do cuidado e uma gestão por eficiência”, afirma Rodrigo Monesi, gerente hospitalar do Hospital São Paulo.

Segundo ele, a certificação ONA 3 atesta que o hospital não apenas cumpre rigorosos critérios de segurança do paciente e gestão integrada, mas também demonstra ciclos consistentes de melhoria 1 contínua. A avaliação foi conduzida por uma Instituição Acreditadora Credenciada (IAC), com equipe habilitada pela ONA, que analisou mais de 1,7 mil requisitos em áreas como qualidade assistencial, processos de gestão e ambiente organizacional.

Excelência em prática

A evolução do Hospital São Paulo na certificação ONA é resultado de um trabalho progressivo iniciado em 2016, quando obteve a primeira acreditação (Nível 1 – Acreditado). Em 2018, alcançou o Nível 2 – Acreditado Pleno. Agora, em 2025, atinge o Nível 3 – Excelência, consolidando sua posição entre as instituições de saúde mais bem avaliadas do país.

Entre os pontos fortes destacados na recente avaliação estão as ações voltadas para a experiência do paciente, como atividades com contadores de histórias, apresentações musicais ao vivo e acolhimento espiritual, que reforçam o cuidado humanizado. Somam-se a isso as reformas estruturais e melhorias no ambiente hospitalar, os investimentos contínuos na capacitação das equipes e os programas que promovem a cultura de segurança. Também foram valorizadas as comemorações em datas especiais, que fortalecem o vínculo com os colaboradores, além das iniciativas de comunicação interna e gestão participativa.

A atuação ativa das comissões de resíduos e de fornecedores, a implementação de melhorias a partir das manifestações dos clientes e o uso de um sistema que monitora e estimula boas práticas institucionais, completam o conjunto de diferenciais reconhecidos na certificação. 

“Esse resultado reflete o trabalho consistente de toda a equipe do Hospital São Paulo e comprova nosso compromisso com um modelo de assistência centrado nas pessoas, com qualidade, segurança e sustentabilidade”, destaca Julio Cesar Paim, diretor-geral CEO da Unimed Ribeirão Preto.

O selo ONA 3 – Excelência obtido pelo Hospital São Paulo terá validade de dois anos, período durante o qual serão realizadas visitas periódicas de manutenção, com o objetivo de acompanhar e estimular a continuidade das boas práticas.

Referência nacional e internacional

A ONA é uma entidade privada, sem fins lucrativos, criada em 1999 para coordenar o Sistema Brasileiro de Acreditação. Mais de 2.500 certificações já foram homologadas pela instituição, que é reconhecida internacionalmente por meio da ISQua (International Society for Quality in Health Care), ao lado de organizações de países como Estados Unidos, França, Reino Unido e Canadá.

Pesquisa aponta proteína que pode reduzir o risco de doenças cardíacas

Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou que consumir proteína vegetal pode diminuir em até 27% o risco de doenças cardíacas. A pesquisa, que acompanhou mais de 200 mil pessoas ao longo de 30 anos, mostrou os benefícios dessa mudança alimentar para a saúde do coração, especialmente no combate às doenças arteriais coronarianas (DAC) e cardiovasculares (DCV).

Resultados do estudo
A pesquisa analisou indivíduos sem histórico de doenças cardíacas ou câncer, com dados alimentares coletados por meio de questionários a cada dois ou quatro anos. Os resultados indicaram que aqueles que incluíam uma maior quantidade de proteínas vegetais em suas dietas apresentaram:

  • Redução de 27% no risco de doenças arteriais coronarianas
  • Diminuição de 19% no risco de doenças cardiovasculares

Embora o estudo também tenha considerado as proteínas de origem animal, os pesquisadores destacaram que as fontes vegetais foram mais eficazes na proteção do coração. No entanto, a pesquisa não encontrou benefícios significativos no que diz respeito à prevenção de derrames.

Durante o estudo, foram registrados 16.118 casos de doenças cardiovasculares, 10.187 de doenças coronarianas e 6.137 de derrames.

Por que as proteínas vegetais são benéficas?

As proteínas vegetais são ricas em nutrientes como fibras, vitaminas e antioxidantes, e contêm menos gorduras saturadas e colesterol do que as proteínas animais. Esses fatores ajudam a manter os vasos sanguíneos saudáveis, prevenindo o acúmulo de placas nas artérias e favorecendo uma boa circulação sanguínea.

Alimentos como leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico), oleaginosas (castanhas, nozes) e cereais integrais são ótimas fontes de proteínas vegetais que podem ser facilmente incluídas na dieta.

Dica para cuidar do coração
Substituir uma refeição com carne por opções vegetais algumas vezes por semana pode ser um passo inicial para melhorar a saúde cardiovascular. Embora o estudo tenha demonstrado os benefícios das proteínas vegetais, ele não estabeleceu uma proporção exata entre proteínas vegetais e animais para obter a proteção ideal. Por isso, a orientação é buscar equilíbrio, dando preferência a alimentos de origem vegetal sempre que possível.

Fonte: catracalivre

Farmácias brasileiras iniciam venda de eletrocardiograma doméstico

O primeiro eletrocardiograma de uso doméstico já está disponível nas farmácias do Brasil. Nomeado Complete, o dispositivo foi desenvolvido pela multinacional japonesa Omron Healthcare e apresentado em congressos de cardiologia nos Estados Unidos e no Brasil. Nas redes de drogarias como Pague Menos, Sinete, Extrafarma, São Paulo e Pacheco, o aparelho é vendido por aproximadamente R$ 1.500.

O equipamento realiza eletrocardiogramas e mede a pressão arterial simultaneamente, sendo fácil de usar por qualquer pessoa. O resultado, que não substitui um laudo médico, é enviado ao médico em cerca de 30 segundos após a utilização, desde que o aplicativo adequado seja baixado.

A ideia para a criação do aparelho surgiu de uma recomendação da Sociedade Europeia de Cardiologia, que, em 2021, sugeriu a realização de eletrocardiogramas diários para pacientes acima de 65 anos, especialmente devido à fibrilação atrial, uma condição que afeta mais de 5 milhões de brasileiros.

Essa doença, caracterizada por batimentos cardíacos irregulares, eleva o risco de AVC em indivíduos não diagnosticados. Os principais sinais de alerta incluem arritmias, e entre 14% a 22% dos casos estão relacionados à hipertensão.

A fibrilação atrial é três vezes mais comum em pessoas com hipertensão, e estudos mostram que hipertensos com mais de 65 anos têm três vezes mais probabilidade de desenvolver essa condição em comparação aos que possuem pressão arterial normal. Além disso, esses pacientes têm cinco vezes mais chances de sofrer um AVC.

O que é fibrilação atrial, doença que afetou o técnico Tite

Batimentos acelerados e descompassados do coração podem ser sinais de uma doença comum que atinge cerca de 2 milhões de pessoas por ano no Brasil: a fibrilação atrial. Trata-se de um tipo muito comum de arritmia cardíaca, em que os átrios se contraem de maneira desordenada.

O técnico Tite, do Flamengo, sofreu recentemente um mal-estar causado pela doença durante um jogo da Libertadores em La Paz, Bolívia, cidade localizada a 3.600 metros acima do nível do mar. Foi internado e já está liberado para o tratamento em casa.

“Na maioria das vezes, o tratamento é clínico, com uso de anticoagulantes que impedem a formação de coágulos – trombos no coração -, diminuindo a chance de ter AVC. O controle da arritmia também pode ser tentado com remédios e até mesmo a cardioversão elétrica (choque), um procedimento bastante seguro de ser realizado”, afirma o Dr. Guy Prado, cardiologista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES).

SINTOMAS MAIS COMUNS

As palpitações (sensação de batimentos cardíacos rápidos) são os primeiros sinais, acompanhadas, muitas vezes, de dor ou desconforto no peito e de falta de ar.

Em casos de palpitações muito significativas (em que ocorrem batimentos cardíacos muito rápidos), pode ocorrer queda da pressão arterial e até mesmo desmaio.

“São menos comuns pacientes assintomáticos, ou seja, que não sentem nenhum desconforto. Nesses casos, é detectada a doença através de exames complementares”, explica o cardiologista do HES.

FATORES DE RISCO

A fibrilação atrial está associada a vários fatores de risco que podem contribuir para seu desenvolvimento. Entre os principais fatores estão a hipertensão arterial, que sobrecarrega o coração e pode levar a alterações estruturais nos átrios; doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, doenças valvares e doença arterial coronariana; e o diabetes.

Outros fatores incluem o consumo excessivo de álcool, que pode desencadear episódios de fibrilação atrial isoladamente, e o histórico de apneia do sono, uma condição que afeta a respiração e pode agravar problemas cardíacos.

Além disso, fatores genéticos e o avanço da idade também desempenham um papel significativo, uma vez que a probabilidade de desenvolver fibrilação atrial aumenta com a idade. Identificar e gerenciar esses fatores de risco são cruciais para prevenir a fibrilação atrial e reduzir a probabilidade de complicações associadas.

Dia Mundial do Coração; Confira cuidados para saúde

O Dia Mundial do Coração, celebrado hoje, 29, nos lembra da importância de cuidar da saúde cardiovascular. Manter o coração em bom funcionamento envolve a adoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada, controle de peso, redução do consumo de tabaco e álcool, e a gestão eficaz do estresse.

Segundo a Dra. Vanessa Pesciotto, cardiologista do Hospital Regional de Jundiaí, administrado pelo Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês (IRSSL), o coração é um órgão notável que trabalha incansavelmente para bombear cerca de sete litros de sangue em um indivíduo adulto de 70kg. Manter a saúde cardíaca é fundamental para garantir o bem-estar ao longo dos anos.

A Dra. Vanessa oferece dicas valiosas para promover a longevidade do coração. Os principais fatores prejudiciais incluem tabagismo, sedentarismo, obesidade, dieta rica em gorduras saturadas, sódio e açúcar, especialmente em pessoas com histórico familiar de doenças como diabetes, hipertensão e obesidade, além do estresse não gerenciado e doenças não tratadas, como a hipertensão e o diabetes.

Exercícios

No que diz respeito aos exercícios físicos, a recomendação é praticar pelo menos 150 minutos por semana de atividade aeróbica, como caminhada, dança, natação, ciclismo ou esteira, combinados com exercícios de resistência muscular, como pilates ou musculação. É importante destacar que, para aqueles com condições médicas crônicas ou sintomas de mal-estar, é crucial consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade física.

Dieta

Uma dieta saudável também desempenha um papel fundamental na saúde do coração. Alimentos como vegetais de folhas verdes escuras, frutas frescas, peixes ricos em ômega-3 e sementes são recomendados. O azeite extravirgem de baixa acidez é uma opção saudável para temperar saladas, mas evitar fritar com ele é essencial.

Além disso, o controle do estresse e a busca por qualidade de vida, sono adequado e momentos de lazer são essenciais para um coração mais saudável. Lembrar-se de que o estresse pode afetar a saúde cardíaca ressalta a importância de equilibrar o bem-estar físico e mental.

Faustão passa por exames de rotina no Hospital Albert Einstein

O renomado apresentador de televisão, Faustão, foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein na última segunda-feira (18) para a realização de exames de rotina após seu recente transplante cardíaco. De acordo com o boletim médico divulgado nessa quarta-feira (20), esses exames são parte do protocolo padrão para avaliar o funcionamento do coração e detectar possíveis sinais de rejeição.

No final de agosto, Faustão passou por um delicado procedimento de transplante de coração e, em 10 de setembro, recebeu alta hospitalar. Em um emocionante vídeo de agradecimento, o apresentador expressou sua gratidão pelas mensagens de apoio e solidariedade que recebeu durante sua jornada de saúde, além de fazer um comovente agradecimento à família do doador. Atualmente, Faustão está em fase de recuperação e planeja três meses de fisioterapia para sua completa reabilitação.

Este acompanhamento médico minucioso faz parte do processo de garantir que Faustão continue a progredir em sua recuperação pós-transplante.

Faustão aparece bem em vídeo após transplante de coração

O apresentador Fausto Silva, conhecido como Faustão, fez sua primeira declaração nas redes sociais nesta quinta-feira, 31, após passar por um transplante de coração. Ele afirmou: “Não sinto nada, nenhuma dor. Estou completamente recuperado.”

Faustão agradeceu as mensagens de carinho e desejos de melhora, relatando sua “recuperação fantástica”. Surpreendentemente, ele já está caminhando, apenas três dias após a cirurgia.

Em um relato emocionado, Faustão expressou sua gratidão à família do doador do órgão, um homem chamado Fábio, de 35 anos, descrito como atleta, surfista e jogador de futebol.

“Agradeço ao José, que teve uma grandiosidade incrível e generosidade absurda e proporcionou que eu continuasse vivo. Eternamente grato ao José Pereira da Silva. Um homem simples. Eu fico emocionado, porque ele deixou que eu vivesse de novo”, disse o apresentador.

Faustão expressou seu desejo de honrar a memória do filho do doador e incentivou a conscientização sobre a doação de órgãos no Brasil: “Agora é motivar todo mundo a fazer do país o primeiro doador de órgãos do mundo. Temos que conscientizar, não tem que ser obrigatório.”

Faustão, de 73 anos, recebeu o transplante de coração no domingo, 27, vindo de Santos, no litoral paulista, por helicóptero.

De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, após a disponibilidade do órgão, doze pacientes foram selecionados com base nos critérios de transplante, sendo que quatro tinham prioridade. Faustão estava na segunda posição e recebeu o órgão após o paciente que estava em primeiro lugar recusá-lo.

A esposa de Faustão, Luciana Cardoso, compartilhou uma carta de agradecimento após a cirurgia bem-sucedida, destacando a generosidade da família do doador que permitiu não apenas a recuperação de Faustão, mas também de outros receptores de órgãos.

A fila de transplantes no Brasil segue critérios como estado de saúde, compatibilidade sanguínea e gravidade, com monitoramento para evitar duplicações de inscrições e garantir respeito às normas legais.

Transplantes de coração no Brasil: espera pode levar menos de um mês

Após a notícia da insuficiência cardíaca de Fausto Silva e seu subsequente transplante cardíaco, o sistema brasileiro de transplantes de órgãos tem sido alvo de especulações e boatos falsos. Considerado o maior sistema público de transplantes no mundo, ele tem eficiência e rapidez como pilares, de acordo com o Ministério da Saúde.

Especialistas destacam que a eficiência e rapidez são vitais para salvar vidas. O Ministério afirma que um em cada quatro transplantes cardíacos ocorre em menos de 30 dias. Em 2023, foram realizados 262 transplantes de coração, 72 deles em menos de um mês. Mais da metade dos pacientes recebeu o novo órgão em até 90 dias. A Coordenadora do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), Daniela Salomão, ressalta que o tempo é imprevisível.

A fila única para transplantes de coração no Brasil tem atualmente 379 pessoas. As listas são gerenciadas pelas Centrais Estaduais de Transplantes e os órgãos não utilizados no estado de origem são direcionados à Central Nacional de Transplantes, que busca um receptor na lista única.

A lista segue critérios de ordem de chegada e, em seguida, critérios técnicos como tipo sanguíneo, compatibilidade genética e estado de saúde. A equipe médica pode recusar um órgão se o estado de saúde do primeiro da fila não for adequado.

No Brasil, foram realizados 262 transplantes de coração até agosto de 2023, 20% a mais que no mesmo período do ano anterior. O tempo de espera varia:

  • Menos de 30 dias: 72 pessoas (27,5%)
  • De 30 a 90 dias: 65 pessoas (24,8%)
  • De 3 a 6 meses: 39 pessoas (14,8%)
  • De 6 meses a 1 ano: 48 pessoas (18,3%)
  • Mais de 1 ano: 38 pessoas (14,5%)

O Sistema Nacional de Transplantes realiza uma variedade de transplantes de órgãos e tecidos, incluindo rins, coração, pulmão, fígado, intestino, córneas, ossos e outros. Órgãos como rins podem ser doados em vida, enquanto outros ocorrem após morte encefálica confirmada.

Para doações de rins, compatibilidade sanguínea e outros testes são realizados. Em 2022, mais de 4.500 transplantes renais foram feitos no Brasil, mas a fila ainda tem cerca de 30.000 pacientes. A médica Rubia Boaretto, especialista em transplantes renais, incentiva a doação como um meio crucial para agilizar o sistema.

Fonte: Brasil 61

Doação de órgãos: incentivo e conscientização da família são fundamentais para salvar vidas

No mês que vem, inicia-se o Setembro Verde, período de conscientização e incentivo à doação de órgãos. A campanha tem como objetivo enfatizar a importância da doação, considerando que um único doador pode salvar a vida de várias pessoas — já que é possível doar mais de um órgão e diferentes tecidos. 

Apesar da importância da ação, as filas de espera para receber um órgão ainda são longas no País e a taxa de recusa das famílias segue elevada — cerca de 44%. Débora Terrabuio, médica hepatologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), explica que o mês representa um período de conscientização, mas que a campanha é permanente. 

No Brasil, mais 380 pessoas aguardam transplante de coração, entre eles, o apresentador Fausto Silva, que está internado no hospital Albert Einsten em São Paulo com insuficiência cardíaca. Faustão está na UTI já em procedimento de diálise e necessitando de um transplante.

Jornal Usp