Impactos no mercado de criptomoedas

A Bitfinex, uma das principais exchanges de criptomoedas, registrou uma saída de capital de US$ 55 bilhões em agosto. Essa drenagem de recursos teve um impacto significativo, não apenas no mercado de criptomoedas, mas também no mercado tradicional e seus investidores.

De acordo com especialistas, essa drenagem afetou a liquidez de várias criptomoedas, levando a uma queda nos preços. Além disso, a volatilidade resultante desses movimentos pode criar instabilidade nos mercados financeiros tradicionais, pois muitos investidores possuem posições em ambos os mercados. Quando os preços das criptomoedas caem, alguns investidores podem vender seus ativos tanto em ações quanto em criptomoedas para compensar as perdas. Isso, por sua vez, pode levar a uma realocação para ativos tradicionais mais seguros, como ouro e títulos do governo, impactando seus preços. Além disso, a psicologia do mercado pode ser afetada, uma vez que mudanças significativas nos preços podem influenciar o sentimento dos investidores, levando a comportamentos de euforia ou aversão ao risco.

A diversificação dos ativos também pode ser impactada, já que os operadores podem repensar seus investimentos para evitar perdas financeiras, afetando a alocação de recursos. O Brasil, que tem visto um aumento notável no número de investidores em criptomoedas, liderado pelo bitcoin, também está sujeito a essas dinâmicas de mercado. No entanto, é importante lembrar que o mercado de criptomoedas é altamente volátil, e os investidores devem estar cientes dos riscos envolvidos ao negociar esses ativos. As flutuações nos preços podem ser desencadeadas por vários fatores, incluindo notícias, eventos econômicos, mudanças na regulamentação e tecnologia, tornando esses investimentos de alto risco.

*Informações do Jornal da USP

Ronaldinho Gaúcho participa de sessão da CPI das Pirâmides Financeiras

O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho compareceu à reunião da CPI das Pirâmides Financeiras nesta quinta-feira, 31, em Brasília. Sua presença era aguardada depois de não ter comparecido à comissão mesmo após duas convocações, levando à solicitação de uma condução coercitiva.

A comissão o identifica como fundador e sócio-proprietário da 18K Ronaldinho, uma empresa relacionada à venda de criptomoedas, que prometia ganhos diários de até 2%. A empresa bloqueou contas e deixou de pagar investidores, tornando Ronaldinho réu em 2020 em uma ação que busca compensação de R$ 300 milhões para investidores prejudicados.

O ex-jogador esteve na CPI acompanhado de seu advogado e do irmão, Roberto Assis, que também é empresário de Ronaldinho e já foi ouvido pela comissão anteriormente.

“Eu, mais do que ninguém, quero que tudo isso seja solucionado. É o meu nome que está sendo prejudicado, é o meu nome que estão mencionando”, disse Ronaldinho.

Gaúcho afirmou estar disposto a cooperar com a CPI e negou ter recebido intimação para depor. Ronaldinho também negou qualquer envolvimento com a empresa citada pela comissão, alegando que sua defesa tentou marcar o depoimento, mas não recebeu resposta dos e-mails enviados à CPI.

Sobre sua associação com a empresa de criptomoedas, ele disse: “Não é verdade que sou fundador e sócio-proprietário da empresa. Eu nunca fui sócio da empresa. Os sócios utilizaram indevidamente o meu nome para criar a razão social dessa empresa.”

Embora tenha usado peças publicitárias da empresa em questão, Ronaldinho reiterou que o contrato era para licenciamento de imagem para uma empresa de relógios. Ele afirmou que não processou por uso indevido de imagem, mas planeja fazê-lo quando os sócios forem localizados.

Ronaldinho manteve silêncio em várias outras questões, amparado por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que lhe permite se resguardar em situações que possam incriminá-lo.

A CPI, que investiga esquemas de pirâmides financeiras com criptomoedas, tem conclusão prevista para 28 de setembro. Nesta quinta-feira, a comissão conduzirá uma audiência pública para discutir melhorias na legislação de criptomoedas.