Harvard reconhece solução natural para retardar o envelhecimento

A Universidade de Harvard recentemente destacou a cúrcuma como um poderoso aliado natural no combate ao envelhecimento. Esta especiaria, conhecida por seu uso tanto na culinária quanto na medicina tradicional, tem se mostrado benéfica para a saúde devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias.

A cúrcuma contém curcumina, um composto polifenólico que combate os radicais livres responsáveis pelo dano celular e pelo envelhecimento precoce.

Segundo o site Harvard Health Publishing, do autor Robert H. Shmerling, o consumo diário de cúrcuma pode começar a mostrar efeitos benéficos após cerca de seis semanas. Harvard ressalta que a cúrcuma pode ajudar a prevenir a perda muscular, aliviar dores articulares e melhorar a memória, além de promover a saúde da pele como um cicatrizante e hidratante natural.

Uma combinação eficaz é a cúrcuma com suco de limão. Juntos, eles fornecem uma rica fonte de vitaminas e minerais, incluindo vitamina C, potássio, magnésio e zinco. Essa mistura ajuda a desintoxicar o organismo, melhorar a digestão e reduzir inchaços e gases. No entanto, ainda não há evidências científicas suficientes para confirmar que essa combinação contribui diretamente para a perda de peso.

A cúrcuma pode ser incorporada à dieta de várias maneiras: fresca, em pó, em cápsulas ou misturada em sucos e chás. Especialistas recomendam o consumo regular, mesmo em pequenas quantidades, para obter benefícios significativos. É importante seguir as orientações de um profissional de saúde para garantir um uso seguro e eficaz da cúrcuma.

Fonte: catracalivre.com

Envelhecimento da população vai demandar mais vacinas para idosos

O continente americano, juntamente com o Brasil, está envelhecendo a um ritmo mais rápido do que a média global, e a vacinação tornou-se uma ferramenta crucial para garantir uma velhice saudável e independente, de acordo com especialistas que participaram da Jornada Nacional de Imunizações. Além de adotar hábitos de vida saudáveis, estar adequadamente vacinado pode prevenir infecções que poderiam sobrecarregar o corpo e levar a problemas crônicos.

O Programa Nacional de Imunizações (PNI), que celebrou seu 50º aniversário neste mês, oferece um calendário específico de vacinação para a população idosa. Além das vacinas recomendadas desde a infância, como hepatite B e difteria e tétano, que podem ser administradas em todas as faixas etárias, os idosos acamados ou residentes em abrigos também devem receber a vacina pneumocócica 23-valente.

Pessoas com mais de 60 anos também devem ser avaliadas para receber vacinas como a tríplice viral e a febre amarela, que utilizam vírus vivos atenuados. Além disso, campanhas anuais de vacinação contra a gripe e a imunização contra a COVID-19 são consideradas prioritárias para essa faixa etária.

Para indivíduos idosos com condições de saúde específicas, como diabetes, podem ser necessárias recomendações adicionais de vacinação. Nesses casos, é importante procurar um médico que possa encaminhar o paciente para os Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (CRIE).

Lely Guzman, assessora de imunizações da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), destaca que a vacinação de idosos foi uma das principais preocupações da organização ao instituir a Década do Envelhecimento Saudável entre 2021 e 2030, pois no final desse período, uma em cada seis pessoas na América terá mais de 60 anos.

“Há uma baixa prioridade para o envelhecimento nas políticas públicas”, afirma Lely. “Os calendários de vacinação ainda são insuficientes diante do desafio e do potencial das vacinas para os idosos”.

As infecções respiratórias, como a influenza, o vírus sincicial respiratório e a COVID-19, representam algumas das maiores ameaças que podem ser prevenidas por meio da vacinação em idosos. A geriatra Maisa Kairalla, professora da Universidade Federal de São Paulo, alerta que essas doenças podem levar a hospitalizações prolongadas e reduzir significativamente a qualidade de vida e a autonomia dos idosos.

Apesar de ser prevenível por vacinação desde a década de 1990 no Brasil, a influenza ainda afeta gravemente os idosos, sendo responsável por 70% das mortes relacionadas a gripes nessa faixa etária. Além disso, a doença pode agravar condições crônicas como cardiopatias e diabetes, aumentando o risco de complicações graves.

O vírus sincicial respiratório, embora seja uma das principais causas de internações respiratórias em bebês, é mais fatal em idosos. Recentemente, foram desenvolvidas vacinas e anticorpos monoclonais contra esse vírus nos Estados Unidos, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está avaliando o registro da farmacêutica Pfizer no Brasil.

Outra ameaça à qualidade de vida dos idosos é o herpes zoster, uma doença causada pelo mesmo vírus da catapora, que pode reaparecer na forma de herpes zoster após a velhice. A incidência dessa doença é alta entre os idosos, atingindo até 50% daqueles com 85 anos ou mais. A vacinação contra o herpes zoster está disponível em clínicas privadas no Brasil e é recomendada para pessoas com mais de 50 anos ou com imunossupressão a partir dos 18 anos.

Além de dores intensas, o herpes zoster pode causar complicações graves, como cegueira, paralisia facial e dor crônica, que pode durar anos. A gravidade da doença aumenta com a idade do paciente.

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) também recomenda que todos os idosos busquem a vacinação contra os pneumococos, por meio das vacinas pneumocócicas valentes 13 e 15, que estão disponíveis em clínicas particulares. Essas bactérias podem causar não apenas pneumonia, mas também infecções nas meninges e casos de sepse.

A inclusão de vacinas disponíveis apenas em clínicas privadas no Programa Nacional de Imunizações depende de vários fatores, incluindo custo-benefício e garantia de disponibilidade contínua. O diretor do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, enfatiza a importância de avaliar cuidadosamente a incorporação de tecnologias vacinais devido aos altos custos envolvidos.

O desafio do envelhecimento rápido requer uma abordagem proativa e abrangente, garantindo que a população idosa tenha acesso às vacinas necessárias para manter uma vida saudável e ativa.

Fonte EBC