Pesquisador da USP de Ribeirão vence prêmio por estudo sobre células contra o câncer

O pesquisador Alison Felipe Bordini Biggi, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, conquistou o prêmio Top Scoring Emerging Economy Abstract Award pelo seu estudo sobre uma célula que pode combater o câncer. A pesquisa foi realizada no Hemocentro de Ribeirão Preto e faz parte do Centro de Terapia Celular (CTC). Esta é a segunda vez consecutiva que um estudo do grupo é reconhecido pela International Society for Cell & Gene Therapy, conforme informou a Agência Fapesp.

A pesquisa premiada, intitulada “IL-27 in a Fourth Generation CAR Enhances CAR-NK Cell Effector Function,” foca nas células exterminadoras naturais (NK), fundamentais na resposta precoce contra células tumorais e infecções virais. Em um vídeo divulgado pelo Hemocentro de Ribeirão Preto, Biggi explicou que a citocina IL-27 acelera a proliferação das células CAR-NK, potencialmente reduzindo o tempo necessário para a produção dessa terapia. Alison Biggi receberá o prêmio no encontro anual da International Society for Cell & Gene Therapy, que será realizado em Vancouver, no Canadá, de 29 de maio a 1º de junho.

Exercício simples ajuda a controlar nível de açúcar no sangue

Uma pesquisa publicada na revista Sports Medicine destaca que uma breve caminhada de apenas 15 minutos após as refeições pode ter um impacto significativo na redução da glicose no sangue. A análise de sete estudos revelou que caminhar, mesmo que por apenas dois a cinco minutos, já promove uma redução considerável nos níveis de glicose. O ideal é fazer essa atividade a cada 20 a 30 minutos ao longo do dia.

Os benefícios se estendem a todos, tanto a indivíduos com diabetes tipo 2 ou pré-diabetes quanto àqueles sem essas condições. Permanecer de pé após as refeições também mostra benefícios, embora em menor escala. Segundo Aidan Buffey, estudante da Universidade de Limerick, na Irlanda, a atividade muscular durante a caminhada ajuda a consumir glicose, contribuindo para a regulação dos níveis de açúcar no sangue, especialmente importante para pessoas com diabetes.

Estudos analisam a tolerância térmica de animais

Um estudo recente liderado por Agustín Camacho, da Universidade de Madri, revela as conexões vitais entre a tolerância térmica e a migração de animais em todo o mundo, em meio às preocupações crescentes sobre as mudanças climáticas. A pesquisa, que contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Biociências da USP, identificou uma variável crucial, denominada Temperatura Voluntária Máxima (Tmáx), que indica os níveis de calor suportáveis pelos animais. Essas descobertas têm implicações significativas para a compreensão do impacto das mudanças climáticas na sobrevivência das espécies.

Ao analisar dados sobre a distribuição geográfica das espécies e suas tolerâncias térmicas, os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre a Tmáx e os limites geográficos das espécies. O estudo destacou a importância da adaptação das espécies às mudanças climáticas e ressaltou a necessidade de medidas de conservação para proteger as populações vulneráveis. Os resultados foram publicados na revista Science of the Total Environment e oferecem insights valiosos para a preservação da biodiversidade em face das alterações climáticas iminentes.

*Com informações de Jornal da USP

Partícula semelhante ao Gráviton é encontrada em material quântico

Um artigo recentemente publicado na revista Nature pode representar um avanço significativo na busca pela comprovação experimental dos grávitons, as partículas elementares teoricamente responsáveis pela transmissão da força da gravidade. O estudo, liderado pelo professor de física Lingjie Du da Universidade de Nanjing, China, focou em excitações coletivas chamadas modos grávitons quirais (CGMs), realizando testes em um material semicondutor.

Os CGMs, partículas similares aos grávitons, foram observados em uma espécie de matéria condensada conhecida como líquido de efeito Hall quântico fracionário (FQHE), composto por sistemas de elétrons bidimensionais sob condições extremas. A equipe utilizou luz circularmente polarizada para interagir com essas partículas, observando mudanças no spin dos fótons que sugerem a existência dos CGMs.

Embora não seja uma confirmação direta dos grávitons, o estudo representa um importante passo na compreensão da física de altas energias e da física da matéria condensada, podendo eventualmente contribuir para a unificação das teorias da mecânica quântica e da relatividade geral de Einstein.

Crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas, revela estudo

Uma pesquisa conduzida por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London, revelou que as crianças brasileiras estão crescendo em altura, mas também estão enfrentando um aumento preocupante na obesidade.

Os resultados do estudo, baseados na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras entre 2001 e 2014, mostraram que a estatura média infantil aumentou em cerca de 1 centímetro nesse período. No entanto, houve um considerável aumento na prevalência de excesso de peso e obesidade entre os grupos analisados, com a taxa de obesidade aumentando em até cerca de 3%.

Publicado na revista The Lancet Regional Health – America, o estudo ressalta que o Brasil, assim como outros países, ainda está longe de alcançar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de deter o aumento da obesidade até 2030. A obesidade infantil é especialmente preocupante devido aos riscos que representa para a saúde, aumentando as chances de desenvolver doenças como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.

A pesquisa analisou dados de mais de 5.750.000 crianças entre 3 e 10 anos, coletados de três sistemas administrativos. Os resultados mostraram um aumento na prevalência de excesso de peso e obesidade em ambos os sexos, assim como um aumento na altura média das crianças. No entanto, a pesquisadora Carolina Vieira ressalta que, apesar do crescimento em altura estar associado a melhores condições de vida, o aumento da obesidade é alarmante e reflete a necessidade de ações coordenadas para enfrentar esse problema de saúde pública.

Além do aumento da obesidade, o Brasil também enfrenta o desafio da fome, com cerca de 20 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar grave. Essa situação representa uma dupla carga de má nutrição, com prevalência tanto de crianças desnutridas quanto de crianças com obesidade. Para Carolina Vieira, é essencial abordar esses dois extremos simultaneamente para garantir a saúde e o bem-estar das crianças brasileiras.

*Com informações de Agência Brasil

Cloro é eficaz no combate à dengue, aponta estudo

Com mais de dois milhões de casos de dengue registrados e diversas capitais em estado de emergência, a busca por soluções para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti tornou-se urgente. Uma pesquisa conduzida pelo professor Valter Arthur, do Laboratório de Radiobiologia e Ambiente do Cena-USP, encomendada pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), testou a eficácia do cloro no combate às larvas do mosquito.

A pesquisa, que reavaliou a efetividade do cloro após estudos anteriores realizados em 2008 e 2012, buscou determinar a concentração adequada do produto para eliminar as larvas. Após testes realizados em laboratório, concluiu-se que a aplicação de 10 miligramas de cloro por litro de água parada é capaz de prevenir a proliferação das larvas, oferecendo uma alternativa viável no combate à doença.

Além do cloro, outros métodos de combate ao mosquito estão sendo desenvolvidos no Cena-USP, incluindo abordagens biológicas que visam reduzir a população do Aedes aegypti sem prejudicar o meio ambiente. No entanto, o professor Arthur destaca a importância de investimentos contínuos e abrangentes para a implementação efetiva desses métodos em todo o país.

*Com informações de Jornal da USP

Setor agrícola utiliza metade da água consumida no Brasil

Segundo dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), o Brasil consome em média 2,83 milhões de litros de água a cada segundo. De acordo com o Relatório da Conjuntura de Recursos Hídricos da ANA, o setor agrícola lidera o consumo, representando 50,5% do volume total, principalmente devido à irrigação. A professora Tamara Maria Gomes, do Departamento de Engenharia de Biossistemas da USP em Pirassununga, destaca que essa prática visa complementar o regime de chuvas na produção agrícola, sendo fundamental para atender à crescente demanda global por alimentos.

Entretanto, diante do desafio de conciliar o aumento da produtividade com a disponibilidade hídrica, Tamara ressalta a importância de adotar tecnologias que promovam a eficiência, considerando fatores como solo, clima e demanda hídrica das plantas. Além disso, destaca a necessidade de qualificar a mão de obra e implementar métodos que reduzam as perdas, como a fertirrigação e sistemas que aplicam água diretamente na raiz das plantas.

Outro aspecto abordado é o reúso da água na agricultura, regulamentado por legislação específica. Na indústria sucroalcooleira, por exemplo, a vinhaça é um subproduto que pode ser reaproveitado na irrigação das plantações de cana-de-açúcar, representando aproximadamente 25% das áreas irrigadas no Brasil. Com as projeções de aumento na prática do reúso, a gestão hídrica na agricultura assume um papel crucial para garantir a sustentabilidade do setor frente aos desafios climáticos futuros.

*Com informações de Jornal da USP

Estudo revela conexão entre níveis de CO2 e pandemias do passado

Um estudo publicado na revista científica Nature Communications apresentou descobertas intrigantes sobre o nosso passado, revelando uma surpreendente ligação entre os níveis de dióxido de carbono atmosférico (CO2) e pandemias globais ocorridas ao longo da história. Cientistas analisaram núcleos de gelo coletados na Antártica, considerados como preciosos registros do passado do planeta, capazes de preservar bolhas de ar contendo amostras de gases atmosféricos de milhares ou até milhões de anos atrás.

Esses núcleos de gelo, extraídos do Law Done e do Manto de Gelo da Antártica Ocidental (WAIS), revelaram uma queda notável nos níveis de CO2 durante períodos de pandemias históricas, como a sífilis e a peste-negra. Os pesquisadores observaram que, à medida que a população humana diminuía devido a doenças, áreas anteriormente povoadas eram abandonadas, permitindo o crescimento da vegetação, que absorvia grandes quantidades de CO2 da atmosfera.

Embora algumas divergências tenham sido identificadas nos dados dos núcleos de gelo do WAIS, a análise de um terceiro núcleo confirmou a tendência de redução dos níveis de dióxido de carbono durante períodos de pandemias. Essas descobertas proporcionam uma visão fascinante das interações entre eventos históricos, o comportamento humano e os ciclos atmosféricos do nosso planeta.

Conselho do Botafogo F.C. aprova estudo financeiro sobre a SA

Na última segunda-feira, 26, durante a reunião do Conselho Deliberativo do Botafogo FC, foi aprovada a realização de estudos pela Diretoria Executiva sobre a situação financeira da Botafogo SA, empresa da qual o clube centenário é acionista majoritário.

O presidente Eduardo Esteves enfatizou a importância desses estudos detalhados, visando fornecer uma visão clara da situação aos conselheiros. “É crucial termos informações precisas. Vamos elaborar e apresentar um estudo para demonstrar os resultados significativos que o clube obteve após cinco anos de criação da Botafogo SA, especialmente no aspecto financeiro”, afirmou Esteves.

Essa análise será fundamental para os conselheiros tomarem decisões sobre os próximos passos a serem seguidos pelo Botafogo Futebol Clube. O presidente do Conselho Deliberativo, Daniel Pitta Marques, que assumiu o cargo em dezembro de 2023, destacou a importância da iniciativa da Diretoria Executiva em produzir conhecimento para embasar as decisões dos poderes do clube. “Informações de qualidade são essenciais para qualquer tomada de decisão, especialmente quando se trata dos rumos do Botafogo Futebol Clube. Acredito ser louvável a iniciativa da Diretoria Executiva em fornecer embasamento para as ações de nossos poderes”, afirmou Pitta Marques.

USP busca voluntários para pesquisa sobre obesidade e saúde renal

A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP) está em busca de voluntários para participar de um estudo sobre a deposição de gordura nos rins e suas possíveis complicações em pacientes com obesidade grau I. A pesquisa, coordenada pela doutoranda Giovana Azevedo, tem como objetivo comparar a quantidade de gordura renal em pacientes com peso normal e acima do peso, além de avaliar os impactos dessa condição na função renal e na microcirculação.

Os participantes do estudo devem ter entre 18 e 35 anos e um Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 34,4 kg/m². Os voluntários serão submetidos a uma série de exames, incluindo análises de sangue e urina, densitometria óssea, ressonância magnética abdominal e avaliação cardiovascular não invasiva. A pesquisa é supervisionada pelo professor José Francisco Albuquerque de Paula, da FMRP-USP.

Interessados em participar ou obter mais informações sobre o estudo podem entrar em contato com Giovana Azevedo pelo telefone (19) 99267-2741 ou pelo e-mail gi.dgazevedo@usp.br.