O grupo Abra, que controla a Gol e a Avianca, e a Azul assinaram um memorando de entendimento para explorar a viabilidade de unir seus negócios no Brasil. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (15) e marca o início de um processo de negociação.
Segundo comunicado da Gol aos investidores, a união das empresas, caso concretizada, não alterará suas marcas ou certificados operacionais, que continuarão funcionando de forma independente.
“O acordo não tem impacto na estratégia, na condução dos negócios ou nas operações rotineiras da Gol”, destacou a empresa.
A Gol, que entrou com pedido de reestruturação nos Estados Unidos sob o “Chapter 11” em janeiro de 2024, segue focada em concluir seu processo de reorganização financeira. O objetivo é fortalecer sua estrutura de capital e garantir sustentabilidade no longo prazo. Na ocasião do pedido, as dívidas da companhia eram estimadas em R$ 20 bilhões.
A concretização da união entre Azul e Gol depende do sucesso do plano de reorganização da Gol no âmbito do Chapter 11, além de outras condições e aprovações que ainda serão negociadas.
Em nota, a Azul destacou que o principal objetivo da combinação de negócios é expandir a conectividade e os serviços oferecidos aos consumidores, ampliando a oferta de voos domésticos e internacionais. A companhia ressaltou que as rotas das duas empresas são em grande parte complementares, o que beneficia os passageiros e fortalece a aviação brasileira.
“As duas empresas têm aproximadamente 90% de rotas complementares e não sobrepostas. (…) A intenção de materializar sinergias entre as malhas aéreas e o uso das frotas da Azul e da Gol resulta em benefícios para o consumidor, como mais opções e produtos; e para o Brasil, com o aumento de novos destinos atendidos pela aviação brasileira”, concluiu a Azul.