Expectativa de vida no Brasil cai pós-pandemia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, 29, a Tábua de Mortalidade 2022, oferecendo insights sobre a expectativa de vida no Brasil e seu impacto no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Em 2022, a expectativa média de vida ao nascer era de 75,5 anos, representando uma diminuição em relação aos anos anteriores. Para homens, a média era de 72,0 anos, enquanto para mulheres, era de 79,0 anos. Essa queda, de 76,2 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021, é atribuída ao aumento das mortes relacionadas à pandemia de COVID-19.

A taxa de mortalidade infantil, que mede a probabilidade de um recém-nascido não completar o primeiro ano de vida, foi de 12,9 por mil nascimentos em 2022, com diferenças entre gêneros (13,9 para homens e 11,7 para mulheres).

A Tábua de Mortalidade também revela que, aos 60 anos, a expectativa de vida em 2022 era de 21,9 anos para o total da população. Para homens, era de 20,0 anos, enquanto para mulheres, alcançava 23,5 anos.

A análise histórica da expectativa de vida desde 1940 mostra um aumento significativo, passando de 45,5 anos naquele ano para os atuais 75,5 anos. O diferencial entre os sexos, que era de 5,4 anos em 1940, diminuiu para 7,0 anos em 2022.

O aumento nos óbitos ao longo da última década, com uma aceleração notável em 2020 e 2021 devido à pandemia, resultou em um cenário desafiador. Em 2022, apesar de uma redução nos óbitos em comparação com os anos anteriores, o país ainda enfrenta níveis elevados de mortalidade.

A queda na expectativa de vida é um fenômeno temporário, influenciado principalmente pela crise sanitária, mas as projeções futuras indicam um possível aumento na expectativa de vida. Prevê-se que, nos próximos anos, ocorrerá um aumento nos óbitos relacionados ao envelhecimento da população, mas também uma redução nos óbitos entre os idosos devido ao arrefecimento da pandemia de COVID-19.

Diferença salarial no Brasil entre homens e mulheres continua a aumentar

O relatório People at Work 2023, produzido pelo ADP Research Institute, revela uma preocupante disparidade salarial entre gêneros que continua a crescer. O estudo, que entrevistou mais de 32 mil trabalhadores em 17 países, aponta que as mulheres estão enfrentando dificuldades em acompanhar os aumentos salariais recebidos pelos homens. No Brasil, por exemplo, os homens relatam ter obtido aumentos salariais de 6,9% em 2022, enquanto as mulheres receberam um aumento médio de 6,6%. A discrepância se reflete na média global, onde os aumentos salariais para homens atingiram 6,7%, enquanto as mulheres receberam apenas 6%. As projeções para o próximo ano também são desfavoráveis, com homens prevendo aumentos salariais de 8,5%, enquanto as mulheres esperam, em média, apenas 8%.

Além das diferenças salariais de gênero, a pesquisa também abordou questões relacionadas à idade. Tanto trabalhadores mais jovens quanto mais velhos expressaram preocupações sobre suas perspectivas de aumento salarial e recebimento de bônus. Por exemplo, apenas metade dos trabalhadores da Geração Z (18 a 24 anos) e daqueles com 55 anos ou mais acreditam que receberão um aumento salarial em suas atuais empresas nos próximos 12 meses. Isso contrasta com aproximadamente dois terços dos trabalhadores em outras faixas etárias que antecipam um aumento salarial. Essas preocupações com aumento salarial também se estendem ao recebimento de bônus, com uma proporção significativamente menor de trabalhadores mais jovens e mais velhos acreditando que são elegíveis para esse benefício em comparação com seus colegas de outras faixas etárias.

O estudo destaca não apenas as disparidades salariais, mas também a percepção dos trabalhadores sobre suas perspectivas no mundo do trabalho. Para mais informações detalhadas sobre a pesquisa, você pode acessar o link. Esses resultados chamam a atenção para a necessidade contínua de promover igualdade de gênero e garantir oportunidades justas de avanço profissional para todas as faixas etárias.

Informações de RPMA Comunicações