Cresol encerra Plano Safra 24/25 com R$ 13 bi e projeta novo recorde de crédito rural

Cresol, instituição financeira cooperativa que nasceu de uma iniciativa de agricultores familiares, no Sudoeste do Paraná, encerrou o Plano Safra 24/25 com o maior volume de recursos operacionalizado nos seus 30 anos: foram R$ 13 bilhões repassados para produtores rurais em todas as regiões do Brasil.

Desde sua origem, em 1995, a Cresol é parceira dos agricultores, oferecendo suporte financeiro e operacional que permite o desenvolvimento sustentável no campo. No Plano Safra 24/25, o ticket médio foi de R$ 93,6 mil, em aproximadamente 140 mil operações, destacando o acesso ao crédito para micro e pequenos produtores.

“No início do ano agrícola, estávamos enfrentando uma crise de seca em algumas regiões, em outras havia muita chuva, cenários que causavam uma indecisão dos produtores. Mas, iniciado o primeiro semestre de 2025, o agricultor passou a procurar e investir mais. Também fizemos um volume significativo de antecipação de recursos em junho. Sinal de que o crédito rural está sendo processado com bastante velocidade e essa atração para a safra 25/26 deve continuar forte”, analisa o vice-presidente da Cresol Confederação, Adriano Michelon.

Dos R$ 13 bilhões operacionalizados pela Cresol, R$ 8,7 bi foram para custeio (84 mil operações) e R$ 3,8 bi para investimento (28,8 mil operações). Entre as linhas mais acessadas estão o Pronaf, com R$ 6,7 bilhões em 86,5 mil operações, e o Pronamp, com 2,6 bilhões em 12,3 mil operações.

Projeção para a safra 25/26

No dia 30 de junho, o Governo Federal lançou o pacote de recursos e taxas para o novo ano agrícola. Foram anunciados R$ 89 bilhões para a agricultura familiar — desse total, R$ 78,2 bilhões são exclusivos para repasses do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O presidente da Cresol Confederação, Cledir Magri, destaca o papel participativo da cooperativa nas negociações do plano e avalia o cenário: “A Cresol, historicamente, tem uma estratégia de acompanhar as tratativas da estruturação do Plano Safra, apresentando sempre um conjunto de sugestões e proposições que possam melhorar e qualificar esse crédito. Observamos um aumento do volume de recursos disponível para a agricultura familiar e identificamos uma manutenção na maioria das taxas de juros, o que é positivo, se considerarmos os valores atuais da Selic e o cenário econômico nacional e internacional”. 

O objetivo da Cresol para o Plano Safra 25/26 é um novo recorde de operações, chegando aos R$ 15 bilhões. As operações de crédito rural são oferecidas com recursos próprios e também por meio de parcerias com outras instituições privadas e públicas, como o BNDES. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social é um parceiro de mais de 25 anos, do qual a Cresol é um dos principais agentes financeiros.

Histórico forte

Em 2025, a Cresol celebra 30 anos como uma das maiores cooperativas de crédito do país. Cada nova safra traz desafios diferentes, seja com variações do mercado ou alterações climáticas, mas também milhares de conquistas, recordes de produção e sonhos concretizados.

Nestes 30 anos, a cooperativa, que iniciou suas atividades com apenas R$ 720, alcança números expressivos, com destaque para os mais de 1 milhão de cooperados. E o crédito rural foi e continua sendo uma das principais ferramentas para o desenvolvimento social e econômico das comunidades onde atua, por meio de 952 agências em 19 estados brasileiros.

Os R$ 13 bilhões de recursos liberados no Plano Safra 24/25 são um reflexo desse crescimento. No total, desde 1995, a Cresol soma R$ 48,9 bilhões em crédito rural repassado, com mais de 1.196.000 contratos. As operações de custeio chegam a R$ 34,3 bilhões, enquanto o crédito para investimentos totaliza R$ 14,4 bilhões. Somente em linhas do Pronaf, os repasses foram de R$ 31,3 bilhões. 

“O Plano Safra tem esse olhar na produção de alimentos, na sustentabilidade, na inclusão digital, pontos importantes e estratégicos. E a Cresol, com seu histórico de participação, de criar soluções, está absolutamente preparada para fazer mais um grande Plano Safra junto ao nosso quadro social, considerando as diferentes modalidades da agricultura familiar e da agricultura empresarial”, reforça o presidente Cledir Magri.

Plano Safra em destaque

Para celebrar o agro e fortalecer o posicionamento de parceira do produtor rural, a Cresol lançou, em junho e julho, duas campanhas que dão protagonismo à vida e ao trabalho no campo.

material institucional ilustra os desafios presentes no começo de uma nova atividade ou projeto. Já na campanha para o Plano Safra, ganham destaque as linhas exclusivas para o agro e soluções que fortalecem a produção. O modelo cooperativista também é valorizado, por suas características de parceria e proximidade com o produtor rural.

Com soja em alta, agropecuária avança 12,2% e impulsiona crescimento do PIB no 1º trimestre de 2025, entenda sobre;

Safra recorde da oleaginosa lidera desempenho do setor, que responde por um quarto da expansão econômica no período

A agropecuária foi o grande destaque da economia brasileira no primeiro trimestre de 2025, com um crescimento expressivo de 12,2% em comparação ao último trimestre de 2024. O desempenho impulsionou o avanço de 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no período, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com o primeiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 2,9%, sendo que cerca de 25% desse resultado veio do setor agropecuário, de acordo com o instituto.

O IBGE considera que o agro representa cerca de 6,5% do PIB, ao contabilizar apenas as atividades primárias como cultivo e criação de animais. No entanto, quando se incluem os ramos ligados ao setor — como insumos, logística e exportações —, esse percentual sobe para 23%, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a consultoria Cogo Inteligência em Agronegócio. “Esse crescimento se espalha para a cadeia toda: sementes, fertilizantes, defensivos, máquinas, exportação, transporte e armazenagem”, explicou Carlos Cogo, diretor da consultoria.

O principal motor do agro no trimestre foi a soja, que deve registrar safra recorde de 168 milhões de toneladas em 2024/25, conforme a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). A colheita, que acontece entre janeiro e maio, já estava 97,7% concluída na primeira semana de maio. Outras culturas também contribuíram: milho (11,8%), arroz (12,2%) e fumo (25,2%) tiveram projeções de crescimento expressivo na produção.

Especialistas, no entanto, alertam que a forte influência da soja no início do ano tende a diminuir ao longo dos próximos trimestres. “É um número concentrado no primeiro trimestre e parte do segundo, o que torna difícil sustentar esse ritmo até o fim do ano”, avalia Juliana Trece, da FGV.

Apesar disso, as perspectivas seguem positivas para o campo. De acordo com Carlos Cogo, o clima tem favorecido outras safras, como algodão, café, cana-de-açúcar e feijão. “Mesmo com perdas causadas por incêndios, a produção de açúcar deve ser recorde. E o café, embora menor do que o esperado, tem um alto valor de mercado neste ano”, comentou. A colheita do café ocorre até setembro, e a da cana segue até novembro no Centro-Sul.

Tragédia na Agrishow: trabalhador morre após acidente com maquinário em Ribeirão Preto

Vítima estava operando equipamento durante desmontagem de expositor; feira lamenta falecimento

Um trabalhador que se feriu gravemente na manhã de quarta-feira (7), enquanto participava da desmontagem de equipamentos de um estande na feira Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), morreu nesta quinta-feira (8). A confirmação foi feita pela assessoria da feira, que lamentou o ocorrido e prestou condolências aos familiares.

O acidente aconteceu por volta das 11h, quando o funcionário atuava na movimentação de um maquinário pesado dentro da área do evento. Equipes de emergência prestaram os primeiros socorros no local e, em seguida, ele foi levado a um hospital particular da cidade. Seu estado de saúde era considerado crítico, e o trabalhador permaneceu internado sob cuidados intensivos até não resistir aos ferimentos.

A direção da Agrishow, considerada uma das maiores exposições agroindustriais da América Latina, afirmou estar prestando apoio à família e colaborando com as autoridades na investigação do caso. A organização reforçou seu compromisso com a segurança de montadores, expositores, visitantes e demais profissionais envolvidos na realização da feira.

Este é o segundo acidente fatal registrado na edição deste ano do evento. Na última segunda-feira (5), Márcio Sabino Silva, de 27 anos, morreu após ser atingido por uma estrutura metálica que caiu durante um incidente envolvendo um helicóptero. As suspeitas iniciais apontam que o vento gerado pelas hélices da aeronave pode ter causado o colapso da estrutura. A Agrishow também manifestou pesar por essa tragédia e está acompanhando o processo investigativo.

Agrishow intensfica movimento no aeroporto de Ribeirão Preto

Evento impulsiona aviação comercial e executiva, além de acelerar investimentos em modernização do terminal

Durante a semana da 30ª edição da Agrishow, realizada entre 28 de abril e 2 de maio, o Aeroporto Dr. Leite Lopes, em Ribeirão Preto, registrou um aumento expressivo no fluxo aéreo. Houve um crescimento de 46% no número de pousos e decolagens, reflexo direto da movimentação intensa gerada por uma das maiores feiras do agronegócio do país.

O terminal também contabilizou um aumento de 17% no volume de passageiros em voos comerciais durante o evento. A aviação executiva teve papel de destaque, sendo a principal responsável por um crescimento de 68% nas vendas de combustível aeronáutico. Para o CEO da Rede Voa, Marcel Moure, a Agrishow reforça o papel estratégico do aeroporto na economia regional. “Seus reflexos no Aeroporto de Ribeirão Preto são bastante expressivos”, afirmou.

Desde outubro de 2023, o aeroporto está passando por um processo de modernização, com previsão de investimento de R$ 15 milhões. A fase dois das obras deve ser concluída até o meio deste ano, enquanto a terceira está programada para 2026. O projeto inclui a criação de novas áreas comerciais, com ênfase em alimentação, varejo e serviços.

Entre os planos de expansão, está também a internacionalização do terminal e a construção do Cone, um condomínio de negócios voltado para empreendimentos de logística e indústria, consolidando o aeroporto como um polo de desenvolvimento para Ribeirão Preto e região.

Agrishow 2025 bate recorde com R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios

Feira também registrou número histórico de visitantes e destaque para soluções com inteligência artificial

A 30ª edição da Agrishow, realizada em Ribeirão Preto, terminou nesta sexta-feira (2) com resultados expressivos. Segundo a organização, o evento alcançou R$ 14,6 bilhões em intenções de negócios, um crescimento de 7% em relação a 2024, quando o total foi de R$ 13,6 bilhões. O montante representa um novo recorde, especialmente no segmento de máquinas e implementos agrícolas.

Além do desempenho comercial, a feira também registrou um recorde de público, com 197 mil visitantes ao longo dos cinco dias. A procura foi tão intensa que os ingressos se esgotaram antecipadamente na maioria das datas. A edição deste ano teve como diferencial a forte presença de tecnologias voltadas à inteligência artificial e o reforço da participação da agricultura familiar.

Apesar dos números positivos, o presidente da Agrishow, João Carlos Marchesan, alertou sobre os próximos passos:
“Só será possível a concretização desse volume de negócios com um plano Safra robusto e juros compatíveis à necessidade do setor”, afirmou.

A próxima edição da Agrishow já tem data marcada: acontecerá entre 27 de abril e 1º de maio de 2026, novamente em Ribeirão Preto.

Agrishow mira expansão para 2026 e modernização do agronegócio brasileiro

Feira em Ribeirão Preto deve crescer em área para atrair mais expositores estrangeiros a partir de 2026

O presidente da Agrishow, João Marchesan, anunciou planos para ampliar o espaço da feira agrícola realizada anualmente em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Com a crescente procura por estandes, especialmente por empresas estrangeiras interessadas em atuar no Brasil, a área da feira será expandida em 2026. A intenção é fortalecer a presença internacional do evento e criar novas oportunidades de negócios no setor agropecuário.

A Agrishow, que começou em 1994 com apenas 50 expositores e 15 mil visitantes, hoje conta com cerca de 800 empresas participantes e ocupa uma área de 520 mil metros quadrados. “Não temos mais espaço. O crescimento tem sido constante e precisamos acompanhar essa demanda”, declarou Marchesan. Para ele, a abertura para o mercado externo é estratégica para atrair novas tecnologias e investimentos ao país.

Durante a edição de 2025, os ingressos se esgotaram já no feriado de 1º de maio, e a expectativa era de encerrar os cinco dias de evento com aproximadamente 210 mil visitantes. Segundo o presidente da feira, a estrutura logística também é desafiadora: cerca de 100 mil veículos passam pelo local ao longo da semana, exigindo ampla infraestrutura em serviços como alimentação, energia, saneamento e segurança.

Mesmo diante da limitação no crédito rural com juros acessíveis, Marchesan destacou que os produtores seguem investindo com recursos próprios ou financiamentos privados, mesmo com taxas que chegam a 20% ao ano. Ele reforça que o crescimento da área plantada e da demanda global por alimentos exige constante modernização. “O produtor sabe que precisa investir para acompanhar o ritmo do mercado”, afirmou.

Marchesan também apontou o enorme potencial do país para crescer de forma sustentável. De acordo com ele, mais de 40 milhões de hectares degradados podem ser recuperados e inseridos na produção agrícola sem necessidade de desmatamento. A renovação da frota de máquinas, muitas delas com mais de uma década de uso, é vista como passo crucial para elevar a produtividade do campo.

Etanol ganha protagonismo na Agrishow 2025 como motor da transição energética no campo

Tratores, aviões e pulverizadores movidos ao biocombustível refletem avanço tecnológico brasileiro

A 30ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto, evidencia o papel cada vez mais relevante do etanol no agronegócio nacional. A feira apresenta diversas máquinas agrícolas — como tratores, pulverizadores e até aeronaves — que utilizam o biocombustível como fonte de energia. Essa tendência reforça o compromisso do setor com práticas sustentáveis e a redução de emissões na produção agroindustrial.

Segundo João Marchesan, presidente da Agrishow, o Brasil reúne condições únicas para liderar essa transição. “A cada edição da Agrishow, temos mais expositores apresentando equipamentos movidos a etanol e outras fontes renováveis. E o mais interessante é perceber que todo esse desenvolvimento acontece aqui no Brasil”, afirmou. Ele destaca que o país, como segundo maior produtor mundial de etanol, deve não apenas continuar exportando o combustível, mas também liderar na oferta de tecnologia agrícola sustentável.

Um exemplo do uso consolidado do etanol está na aviação agrícola, com a aeronave Ipanema 203, da Embraer, que funciona exclusivamente com o biocombustível. Com 180 unidades vendidas nos últimos três anos, o modelo está presente na feira como símbolo da inovação brasileira. A pesquisa sobre o uso do etanol vai além do campo: ele também é estudado como matéria-prima para o SAF (combustível sustentável de aviação), com potencial de descarbonizar o transporte aéreo.

A expansão do etanol no setor agrícola reforça o protagonismo do Brasil na agenda ambiental global e mostra que o biocombustível, além de ser uma alternativa limpa, já é realidade prática em diversas frentes do agronegócio. A Agrishow 2025 consolida esse movimento, abrindo espaço para novas tecnologias e soluções energéticas sustentáveis no campo.

Aquecimento global pode tornar o arroz tóxico, alertam cientistas

Pesquisas apontam que mudanças climáticas afetam a qualidade nutricional e aumentam a contaminação do grão

Cientistas têm emitido alertas sobre os impactos do aquecimento global na produção de alimentos, e um dos exemplos mais preocupantes envolve o arroz — alimento básico para mais da metade da população mundial. De acordo com estudos recentes, o aumento das temperaturas e a elevação dos níveis de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera podem tornar o arroz menos nutritivo e até tóxico em determinadas condições.

O principal risco está ligado à maior absorção de metais pesados, como o arsênio, que ocorre com mais facilidade em solos alagados e em temperaturas elevadas. Com o aumento das inundações e das ondas de calor, essas condições se tornam mais comuns, favorecendo a contaminação do grão. O arsênio é um elemento naturalmente presente no solo, mas em concentrações elevadas pode causar sérios danos à saúde humana, como problemas neurológicos, cardiovasculares e até câncer.

Além da contaminação por metais, o aumento do CO₂ também interfere diretamente na qualidade nutricional do arroz. Estudos mostram que, sob maior concentração de dióxido de carbono, as plantas crescem mais rapidamente, mas com menor acúmulo de nutrientes essenciais como zinco, ferro e proteínas. Isso pode agravar quadros de desnutrição em países que têm no arroz a base de sua alimentação diária, especialmente entre populações vulneráveis.

Outro fator preocupante é a liberação de compostos tóxicos durante o cultivo em ambientes com baixa oxigenação, típicos de plantações de arroz alagadas. Nessas condições, microrganismos presentes no solo passam a produzir metano e outras substâncias nocivas que podem ser absorvidas pelas raízes das plantas, contaminando os grãos ao longo de seu desenvolvimento.

As mudanças climáticas também alteram o ciclo de cultivo e aumentam a incidência de pragas e doenças, o que pode levar ao uso mais intenso de defensivos químicos. Esse cenário agrava ainda mais o risco de resíduos tóxicos no produto final, afetando diretamente a segurança alimentar e a saúde dos consumidores.

Diante desse panorama, pesquisadores reforçam a necessidade urgente de medidas para conter o avanço do aquecimento global, além de investimentos em tecnologias agrícolas que reduzam a contaminação e protejam a qualidade do arroz. O desafio é garantir a segurança alimentar de bilhões de pessoas em um mundo cada vez mais afetado pelas mudanças climáticas.

Agrishow destaca uso de IA para reduzir defensivos e aumentar a produtividade no campo

Pulverização seletiva com sensores inteligentes melhora o controle agrícola e promove sustentabilidade

Na 30ª edição da Agrishow, uma das principais feiras do agronegócio brasileiro, soluções com inteligência artificial se destacaram como ferramentas decisivas para uma agricultura mais eficiente e sustentável. Sensores de alta precisão e sistemas de análise em tempo real estão sendo utilizados para monitorar lavouras com grande nível de detalhe, facilitando a identificação de pragas, doenças e falhas no plantio de forma automatizada.

Um dos destaques foi o sistema Save Farm, da Irene Solutions, que utiliza câmeras e algoritmos para realizar a pulverização seletiva. Instaladas nas barras dos pulverizadores, essas câmeras identificam a presença exata de ervas daninhas e ativam apenas os bicos necessários para aplicar herbicidas. “Essas câmeras fazem o controle individual dos bicos de pulverização, usando algoritmos de inteligência artificial, que fazem a análise do solo e identificam a presença da erva daninha ou do alvo específico que está buscando para fazer o acionamento da pulverização”, explica Diógenes dos Santos Machado, diretor de produto da empresa.

Como funciona a tecnologia?

O sistema capta 30 imagens por segundo e analisa até 27 milhões de pixels por segundo por máquina, totalizando 3,3 milhões de imagens processadas por hora. Tudo isso acontece em tempo real e sem conexão com a internet, com capacidade de operação a até 25 km/h. Uma tela sensível ao toque, instalada na cabine do pulverizador, permite que o operador visualize diagnósticos, configure parâmetros e acompanhe toda a operação com precisão.

Além da eficiência operacional, a solução contribui fortemente para a sustentabilidade no campo. A Irene Solutions afirma que a tecnologia pode reduzir em até 95% o uso de defensivos agrícolas. A expectativa da empresa é alcançar 300 equipamentos em operação até o final de 2025 no Brasil e em outros países da América Latina, reforçando a Agrishow como palco para o avanço da agricultura digital.

Ribeirão Preto apresenta máquina inteligente de reciclagem na Agrishow

Equipamento transforma resíduos recicláveis em dinheiro ou doações e será instalado no Centro até maio

A Prefeitura de Ribeirão Preto lançou, na 30ª edição da Agrishow, uma máquina de coleta inteligente de recicláveis, desenvolvida em parceria com a Estre Ambiental e o Instituto Estre. A inovação tecnológica permite que os visitantes depositem materiais recicláveis e recebam um valor via PIX ou optem por doar à instituição GRAACC, que apoia crianças e adolescentes com câncer.

A novidade está em exibição no estande da Prefeitura na feira, onde os frequentadores podem conhecer o funcionamento do equipamento. Até o fim de maio, a máquina será instalada em pontos estratégicos da região central da cidade, como parte do Programa de Revitalização do Centro. O objetivo é estimular o descarte consciente e facilitar a adoção de práticas sustentáveis.

“O equipamento representa mais um passo em direção à modernização de Ribeirão Preto. Queremos uma cidade mais limpa e alinhada à economia circular. Além disso, a parceria com a Estre mostra nosso compromisso com a sustentabilidade”, declarou o prefeito Ricardo Silva.

A máquina é capaz de identificar automaticamente itens como latas, garrafas PET, aerossóis e embalagens longa vida. Ao utilizar a tela interativa, o cidadão escolhe entre acumular pontos ou doar. Cada item inserido gera créditos, que são revertidos em valor monetário ou doações. Todo o material recolhido será encaminhado à cooperativa local “Mãos Dadas”.

A iniciativa integra os esforços da Agrishow 2025 em promover inovação e sustentabilidade. O estande da Prefeitura está localizado na Rua E-13 do evento, que ocorre até 2 de maio em Ribeirão Preto e deve receber cerca de 195 mil pessoas.