Israel segue EUA e deixa conselho de Direitos Humanos da ONU

Após os EUA, Israel anunciou sua saída do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta quinta (6).

Nesta quinta-feira (6), Israel anunciou sua retirada do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, apenas dois dias após os Estados Unidos tomarem a mesma decisão. A medida foi classificada como “extremamente grave” pelo relator da ONU para a Palestina, mas, de acordo com especialistas, terá mais impacto político do que prático, já que as resoluções do CDH não são obrigatórias para os países membros.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU, criado em 2006, é responsável por investigar e emitir relatórios sobre violações dos direitos humanos ao redor do mundo. Embora suas resoluções não sejam vinculativas, elas funcionam como um posicionamento da comunidade internacional. A retirada de um país do conselho significa que ele não será mais obrigado a fornecer informações em investigações ou a participar de discussões sobre casos de direitos humanos.

O CDH, composto por 47 países-membros eleitos para mandatos bienais, tem um papel crucial na supervisão global dos direitos humanos. O Brasil, que integra o conselho até 2026, realiza reuniões trimestrais em Genebra, na Suíça, para tratar de violações e soluções. O secretário-geral da ONU, António Guterres, ressaltou a importância do conselho como um pilar na busca pela paz global.

Os EUA já haviam se retirado do CDH em 2018, mas retornaram posteriormente. A decisão de Israel, que foi criticada por diversos especialistas, ocorre em meio a acusações de genocídio e a situação tensa entre Israel e os palestinos, especialmente na Faixa de Gaza e Cisjordânia. A relatora especial da ONU, Francesca Albanese, comentou que a retirada de Israel do conselho demonstra uma falta de reconhecimento por suas ações, além de temer que a situação no território palestino se agrave.

A decisão de Trump de retirar os EUA do CDH também gerou controvérsia, especialmente após suas declarações sobre o futuro de Gaza, que foram amplamente criticadas pela comunidade internacional. Em um evento com o primeiro-ministro israelense, Netanyahu, Trump sugeriu que os palestinos deixem a região, um comentário considerado por muitos analistas como uma proposta de limpeza étnica.

Hamas aceita proposta de cessar-fogo com Israel na Faixa de Gaza

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) informou, nesta quarta-feira (15), que aceitou a proposta de cessar-fogo com Israel para suspender o conflito na Faixa de Gaza que dura mais de 15 meses e matou mais de 45 mil pessoas.

Em nota, o grupo palestino disse que entregou a resposta aos mediadores do Catar e do Egito após reunião de emergência para discutir o assunto.

“O movimento afirma que respondeu de forma responsável e positiva à proposta, guiado por seu compromisso com nosso povo firme na Faixa de Gaza para deter a agressão sionista e acabar com os massacres e a guerra genocida em andamento à qual estão sendo submetidos”, diz o comunicado do Hamas.

Em evento realizado nessa terça-feira (14) no Atlantic Council, nos Estados Unidos (EUA), o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que o acordo estava apenas dependendo da resposta do Hamas.

O acordo, ainda não anunciado oficialmente, determina uma fase inicial de seis semanas de cessar-fogo com a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a libertação de reféns mantidos pelo Hamas em troca de palestinos presos por Israel.

Em uma rede social, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo foi resultado de sua eleição.

“[Meu governo continuará a] trabalhar em estreita colaboração com Israel e nossos Aliados para garantir que Gaza NUNCA mais se torne um refúgio seguro para terroristas. Continuaremos promovendo a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA em toda a região, à medida que construímos o ímpeto deste cessar-fogo para expandir ainda mais os Acordos Históricos de Abraão”, escreveu Trump.

Os acordos de Abraão são os documentos firmados entre Israel e países árabes da região para normalizar as relações com Tel Aviv e que são apontados como um dos motivos que levaram o Hamas a atacar Israel no dia 7 de outubro de 2023, dando início à atual fase do conflito israel-palestino iniciado em 1948.

O cessar-fogo

Na primeira fase do cessar-fogo, alguns prisioneiros seriam liberados tanto do lado do Hamas quanto do lado de Israel, priorizando mulheres, crianças, homens acima dos 50 anos, feridos ou doentes. Na segunda fase, após 16 dias de cessar-fogo, seriam liberados os demais dos prisioneiros, todos homens e soldados.

A última fase do acordo prevê a discussão de um governo alternativo em Gaza e planos para reconstruir a região. De acordo com o secretário Blinken, que participou das negociações junto com representantes do Catar e Egito, os princípios do acordo consideram que o Hamas deve ficar de fora do novo poder em Gaza.

“Ninguém deve esperar que Israel aceite um Estado palestino que seja liderado pelo Hamas ou outros extremistas; que seja militarizado ou tenha milícia armada independente”, afirmou o secretário para assuntos externos do governo de Joe Biden.

Parte do governo de Israel vem pressionando para que o acordo não seja firmado. O ministro da Segurança Nacional do país, Itamar Bem-Gvir, disse que o acordo seria “terrível”.

“Apelo ao meu amigo, o Ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, para que se junte a mim numa cooperação total contra o terrível acordo que está a ser forjado e para que informemos juntos, de forma clara e decisiva, que, se o acordo for aprovado, nós nos retiraremos do governo juntos”, informou em uma rede social.

Por Agência Brasil

Cessar-fogo entre Israel e Hezbollah entra em vigor com trégua de 60 dias

O acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos e França, entrou em vigor às 23h, no horário de Brasília, desta terça-feira (26). O presidente dos EUA, Joe Biden, confirmou que a trégua começaria às 4h, no horário local de Israel. O gabinete de segurança de Israel aprovou a proposta, e o premiê Benjamin Netanyahu declarou que o país está pronto para implementar o acordo, com a advertência de que responderá severamente caso o Hezbollah viole qualquer um dos termos.

Em um discurso na Casa Branca, Biden reafirmou o direito de Israel de se defender caso o grupo libanês descumpra a trégua. A cessação das hostilidades está prevista para durar 60 dias e foi estabelecida com base na Resolução 1701 da ONU, que visa alcançar uma paz mais duradoura. A Casa Branca também espera que a trégua entre Israel e o Hezbollah ajude a pressionar o fim da violência na Faixa de Gaza.

A escalada no Líbano começou no final de setembro, com ataques aéreos e terrestres de Israel contra o Hezbollah. O grupo libanês, assim como o Hamas e a Jihad Islâmica, é apoiado pelo Irã e é considerado inimigo de Israel. O aumento dos bombardeios no Líbano causou grandes destruições e forçou mais de um milhão de pessoas a deixar suas casas.

Enquanto isso, o conflito continua na Faixa de Gaza, onde as forças israelenses seguem combatendo o Hamas e buscando reféns sequestrados no ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou em mais de 1.200 mortes e 250 pessoas sequestradas. Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram na ofensiva israelense, que devastou grande parte da infraestrutura de Gaza.

Israel também trocou ataques com o Irã, que, apesar de intensificar a tensão, não resultaram em uma guerra total. Além disso, o Exército israelense tem bombardeado alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iémen e no Iraque.

Irã lança cerca de 120 mísseis contra Israel

Na tarde desta terça-feira (1º), o Irã lançou aproximadamente 120 mísseis balísticos em direção a Israel, conforme confirmado pelas Forças Armadas israelenses e pela própria Teerã. O ataque ocorreu em meio a um aumento das tensões entre Israel e o Hezbollah nas últimas semanas.

A maioria dos mísseis atingiu Tel Aviv, onde várias explosões foram registradas. A população local se refugiou em bunkers, enquanto Israel fechou seu espaço aéreo e todos os aeroportos suspenderam as operações.

O governo israelense informou que duas pessoas sofreram ferimentos leves, e não havia relatos adicionais de vítimas até a última atualização, embora um atentado nas proximidades de Tel Aviv tenha deixado oito mortos.

Este é o primeiro ataque do Irã desde o aumento dos conflitos com o Hezbollah, um grupo extremista atuante no Líbano e financiado pelo regime iraniano. Os mísseis foram lançados por volta das 18h30 (horário local), levando apenas 12 minutos para atingir Israel.

Cerca de 20 minutos após a primeira onda, uma segunda leva de mísseis foi disparada, de acordo com a agência estatal iraniana, mas não havia confirmação de que eles haviam atingido Israel até a última atualização.

Imagens mostraram mísseis cruzando o céu de Tel Aviv, com alguns sendo interceptados pelo sistema antimísseis Domo de Ferro. A agência iraniana Irna afirmou que alguns mísseis atingiram áreas sob controle israelense na Cisjordânia, levando Jordânia e Iraque a fecharem suas fronteiras.

O governo iraniano declarou que o ataque era uma retaliação pelo assassinato de líderes do Hezbollah e do Hamas e pela invasão israelense ao Líbano na segunda-feira (31). Teerã advertiu que responderá a qualquer novo ataque israelense.

O porta-voz do Exército israelense descreveu o ataque como “sério” e que haverá “consequências”.

Brasil condena Israel por “sistemática violação aos direitos humanos”

O governo brasileiro voltou a condenar as ações de Israel na Faixa de Gaza. Nesta terça-feira (27), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou nota criticando a “contínua ação das forças armadas israelenses contra áreas de concentração da população civil de Gaza”. No comunicado, o Itamaraty também condenou a retomada de lançamento de foguetes do Hamas contra o território israelense.

“O governo brasileiro tomou conhecimento, com profunda consternação e perplexidade, das notícias sobre ataques conduzidos por Israel, um dos quais contra campo de refugiados nas imediações da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza”, diz a nota.

Para o MRE, as ações militares de Israel nas regiões densamente povoadas de Gaza “constitui sistemática violação aos Direitos Humanos e ao Direito Humanitário Internacional, assim como flagrante desrespeito às medidas provisórias reafirmadas, há poucos dias, pela Corte Internacional de Justiça [CIJ]”. 

Na sexta-feira (24), a CIJ exigiu que Israel suspendesse os ataques em Rafah. A cidade que fica próxima à fronteira com o Egito, se transformou no principal refúgio da população civil de Gaza desde que começou a atual fase do conflito no Oriente Médio. Estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam vivendo no local, a maioria em tendas improvisadas.

Israel tem ampliado os ataques contra a cidade, provocando, ao menos, dezenas de mortes e a condenação internacional. O primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, alegou que um desses ataques foi um “acidente terrível”. 

Segundo a agência de notícias Reuterstanques israelenses teriam chegado ao centro de Rafah pela primeira vez nesta terça-feira (28).

O Itamaraty afirma que qualquer ação militar de Israel em Rafah terá efeitos devastadores, “conforme manifestações e apelos unânimes da comunidade internacional, e diante dos deslocamentos forçados por Israel, que concentraram centenas de milhares de refugiados, em condições de absoluta precariedade”.

O governo brasileiro afirmou ainda que “deplora também a retomada, pelo Hamas, de lançamentos de foguetes de Gaza contra o território israelense, ocorrida no final de semana”. Além disso, expressou solidariedade às vítimas em Rafah e condenou “toda e qualquer ação militar contra alvos civis”.

Por último, a nota do Itamaraty pede que a comunidade internacional exerça máxima pressão diplomática “a fim de alcançar o imediato cessar-fogo, a libertação dos reféns e o urgente provimento da assistência humanitária adequada à população de Gaza”.

Brasileiros em Gaza aguardam evacuação em meio a incertezas e bombardeios

A situação dos 34 brasileiros presos na região sul da Faixa de Gaza permanece incerta, enquanto as expectativas de saída pelo Egito foram adiadas novamente. Embora a diplomacia brasileira tenha informado sobre a possível evacuação nesta quinta-feira (9), o Itamaraty e a Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia ocupada, não confirmaram a precisão da informação.

Incialmente prevista para quarta-feira (8), a evacuação dos brasileiros não se concretizou, pois eles não foram incluídos na sexta lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino divulgada na quarta-feira. A declaração do chanceler brasileiro Mauro Vieira sobre a garantia de evacuação dada pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, não se concretizou até o momento.

As negociações para a saída dos brasileiros continuam em andamento, conduzidas pelas embaixadas brasileiras no Cairo, Egito, em Tel Aviv, Israel, e em Ramala, na Cisjordânia, junto às autoridades envolvidas. Contudo, a lista divulgada pela Representação do Brasil em Ramala na quarta-feira incluiu 601 estrangeiros autorizados a deixar Gaza, mas nenhum brasileiro.

Além disso, os brasileiros enfrentam desafios diante da situação de tensão na região, registrando novos bombardeios nas proximidades das áreas onde se encontram, como em Khan Yunis, onde um dos brasileiros registrou em vídeo os impactos dos ataques.

Enquanto aguardam a evacuação, os brasileiros enfrentam um contexto de incerteza, com relatos de constantes bombardeios próximos a suas localidades em meio a um clima de tensão na região. As esperanças permanecem ligadas às negociações entre as autoridades envolvidas, enquanto as incertezas e a ansiedade marcam o aguardo pela saída dos cidadãos brasileiros.

Operação Voltando em Paz: Brasileiros com vidas em Israel

O Governo Federal realizou mais uma etapa da “Operação Voltando em Paz”, um esforço extraordinário para repatriar brasileiros que se encontravam em meio a conflitos armados em Israel, inclusive a atleta ribeirão-pretana Beatriz Palmieri. Quando a aeronave KC-30 decolou na sexta-feira, 13 de outubro, às 18h45 no horário israelense (12h45 no Brasil), a missão já havia garantido o retorno seguro de 701 brasileiros em menos de uma semana.

O Airbus 330 200 da Força Aérea Brasileira transportou nesta sexta-feira, 13, 207 passageiros, além de dois cachorros e dois gatos, totalizando o quarto voo desde o início da ação. O destino final desses brasileiros abrange 18 cidades no Brasil, com a maioria (118 passageiros) retornando a São Paulo, seguidos por 31 para o Rio de Janeiro, 13 para Porto Alegre, dez para Florianópolis, e grupos menores para outras cidades como Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia, Natal, Manaus, Fortaleza, Recife, Ribeirão Preto, Salvador, Vitória, Porto Seguro, João Pessoa e Belém.

O resgate da população brasileira começou no dia 7 de outubro, após os atentados terroristas em Israel que desencadearam um conflito armado. Desde então, embaixadas do Brasil em Tel Aviv (Israel), Cairo (Egito) e o Escritório de Representação em Ramala (na Palestina) entraram em ação. Um formulário online ajudou a identificar os brasileiros em situação de dificuldade, com mais de 2.700 manifestando interesse em retornar. Foram adotados requisitos de prioridade, favorecendo gestantes, idosos, mulheres e crianças, além de brasileiros sem passagens e não residentes.

Um dos destaques dessa operação é o esforço conjunto de diversas entidades e autoridades, incluindo o Ministério da Agricultura, que facilitou o embarque de animais de estimação em condições especiais. Além disso, políticos como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiveram envolvidos, buscando soluções diplomáticas e humanitárias.

Os voos de repatriação contam com equipes de médicos, enfermeiros e psicólogos para garantir o bem-estar físico e mental de todos os passageiros, especialmente diante de situações de tensão comuns em conflitos armados.

Até o momento, o Brasil repatriou mais de 700 brasileiros e planeja realizar um total de 15 voos como parte da Operação Voltando em Paz. Além disso, as conversas e ações diplomáticas visam ajustar o cruzamento de fronteiras em segurança e o uso do espaço aéreo da região para garantir a proteção de todos os brasileiros que desejam deixar a área de conflito. O Brasil também busca a criação de um corredor humanitário para preservar a vida de civis, principalmente mulheres, crianças e adolescentes, e garantir suprimentos essenciais como água, luz, remédios e comida.

A operação “Voltando em Paz” continua sendo uma prioridade do governo brasileiro, demonstrando um esforço conjunto de várias entidades em prol da segurança e bem-estar dos brasileiros no exterior. A ação continua a ser monitorada atentamente para garantir o retorno seguro de todos os cidadãos brasileiros afetados pelos conflitos na região.

Atleta de Ribeirão Preto chega de Israel após ser resgatada

A jogadora de vôlei Beatriz Palmieri, natural de Ribeirão Preto, retornou ao Brasil nesta sexta-feira (13) em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) juntamente com outros 79 brasileiros repatriados em meio ao conflito em Israel, que envolve a ação militar israelense contra o grupo Hamas.

A aeronave KC-390 Millenium pousou às 6h07 em Recife (PE), onde cinco pessoas desembarcaram. O avião seguirá para a Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, com previsão de chegada por volta do meio-dia.

Beatriz Palmieri compartilhou uma foto em Cabo Verde, na África, durante sua viagem de retorno ao Brasil, demonstrando alívio e gratidão pela segurança até o momento. “Graças a Deus estamos bem e na segunda parada para abastecimento. Daqui seguiremos para Recife e depois Guarulhos! Que Deus nos guarde e proteja. Obrigada a todos pelas mensagens”, escreveu.

A operação “Voltando em Paz” já repatriou quase 500 brasileiros em três voos organizados pelo governo brasileiro até o momento. A jogadora Beatriz Palmieri estava em Israel, onde havia chegado duas semanas atrás para atuar pelo Maccabi.

Segunda aeronave com brasileiros em Israel está a caminho do Brasil

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou a segunda etapa da repatriação de cidadãos brasileiros resgatados de Tel Aviv, Israel, após os recentes conflitos na região. A segunda aeronave KC-30, um Airbus A330-200, partiu de Tel Aviv às 12h30 (horário de Brasília) nesta quarta-feira (11) com destino ao Rio de Janeiro, transportando a bordo 214 brasileiros. Este voo é notável, pois pela primeira vez incluiu animais, um cachorro e três gatos, durante o transporte.

Com uma duração prevista de 14 horas, o voo deve chegar à Base Aérea do Galeão às 3h desta quinta-feira (12). A repatriação é parte da “Operação Voltando em Paz”, uma iniciativa do governo federal desencadeada em resposta aos confrontos entre Israel e o Grupo Hamas no Oriente Médio, que ocorreram no último fim de semana.

O primeiro voo de resgate, que transportava 211 passageiros, pousou em Brasília por volta das 4h10 desta quarta-feira. Dos passageiros, 107 desembarcaram na capital federal, enquanto outros 104 seguiram para o Rio de Janeiro em duas aeronaves da FAB.

Um dos resgatados, Gleik Max, produtor de vídeo, compartilhou sua experiência e a sensação de alívio ao chegar ao Brasil após ficar abrigado em um bunker, uma estrutura fortificada construída subterraneamente, como medida de proteção contra projéteis de guerra, uma prática comum em construções israelenses, inclusive em hotéis para turistas.

Gleik enfatizou a importância de manter o contato com a família durante esse período, destacando sua decisão de não contar ao filho de 4 anos os detalhes da situação até seu retorno ao Brasil. Ele também compartilhou que se sentiu seguro na maior parte do tempo, mas descreveu o ambiente tenso no aeroporto, onde os voos para sair de Israel foram cancelados, gerando apreensão sobre a situação.

Edição: Denise Griesinger/Agência Brasil