Vacinação contra dengue começa a ser aplicada

Na quarta-feira, 3, a cidade de Dourados, no Mato Grosso do Sul, tornou-se pioneira ao iniciar o processo de vacinação em massa contra a dengue, estabelecendo uma parceria com a farmacêutica Takeda. O Brasil incorporará essa vacina ao calendário nacional somente em fevereiro, mas a expectativa é de que cerca de 3,1 milhões de pessoas sejam vacinadas no primeiro ano da campanha, com a Takeda entregando 6,2 milhões de doses em 2024.

A primeira dose foi administrada em Francisleine Costa, mãe do adolescente Julio Cesar da Costa, vítima de dengue em 2023. Ela expressou sua satisfação e destacou a importância da vacinação: “Estou contente por Dourados ser a primeira cidade a prestar esse serviço ao público.” A alta procura no primeiro dia de imunização evidenciou o interesse da população, com 90 mil doses inicialmente distribuídas do imunizante Qdenga, fornecido pela Takeda.

Essa iniciativa faz parte de um projeto da farmacêutica, em colaboração com o pesquisador Julio Croda, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O projeto visa avaliar a proteção conferida em condições reais, fora do laboratório, em uma população real. Julio Croda explicou que 300 mil doses disponíveis, com validade até agosto deste ano, serão usadas nesse estudo inédito mundialmente.

A Takeda afirmou que a iniciativa teve início antes mesmo da compra de doses pelo governo federal. O Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), liderou a incidência de casos de dengue em 2023, com mais de 2,9 milhões de registros. O aumento da prevalência da doença é atribuído à crise climática e às mudanças ambientais, permitindo a sobrevivência e reprodução do mosquito transmissor, o Aedes aegypti, em novas áreas.

O Ministério da Saúde do Brasil projeta um aumento de casos da doença em 2024 e, portanto, adotará a aplicação da vacina de forma geral, marcando um passo inédito no combate à dengue em todo o mundo. A OMS alerta para casos graves da doença, com 5 mil mortes registradas globalmente em 2023, sendo 1.474 no Brasil, relacionadas à versão hemorrágica da dengue.

Bonito (MS) recebe certificação de sustentabilidade reconhecida pela ONU

O Brasil recebeu duas certificações internacionais relacionadas a ações climáticas no turismo. Bonito (MS) foi reconhecido como o primeiro destino de ecoturismo carbono neutro (quando o sistema considerado absorve todo o carbono emitido nas atividades desenvolvidas) do mundo, antecipando e colaborando com a meta nacional de neutralizar as emissões líquidas, até o ano de 2050, conforme o Acordo de Paris.

Além da cidade, o atrativo turístico Estância Mimosa, localizado na capital sul-mato-grossense, recebeu a certificação de primeiro atrativo turístico “Climate Positive” (quando o sistema considerado absorve mais do que o carbono emitido das atividades desenvolvidas) do mundo, estabelecendo-se na vanguarda de inovação das práticas sustentáveis de empreendimentos turísticos. Ambos foram certificados pela empresa Green Initiative, acreditada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O trabalho dessa certificação também foi responsável pelo processo que reconheceu Machu Picchu como primeiro destino turístico carbono neutro do mundo.

A cerimônia de certificação da Estância Mimosa ocorreu durante o “Seminário de Ação Climática no Turismo: Desafios Globais e Oportunidades Locais para a Inovação”, realizado pela Prefeitura Municipal de Bonito, no Polo de Ecoturismo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), e contou com a participação de representantes da Prefeitura de Bonito, do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, do Ministério do Turismo (MTur), da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (EMBRATUR), além da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT).

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a certificação confirma o compromisso do setor com a sustentabilidade. “Esse esforço do município de Bonito é um exemplo inspirador, que não só protege os recursos naturais para as gerações futuras, mas também impulsiona uma indústria do turismo mais ética e comprometida com o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente”, disse.

Durante manifestação remota, Virginia Fernández-Trapa, Oficial de Programa do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Turismo da OMT, parabenizou o esforço do município e do setor privado local, na construção do caminho para um turismo mais sustentável. Pelo MTur, esteve presente o Coordenador de Sustentabilidade e Ações Climáticas no Turismo, Edson Barros, que realizou apresentação sobre as iniciativas do Ministério e destacou as perspectivas de realizações da Pasta, em torno da temática.

Os certificados permitem que o destino e o atrativo promovam ações que impulsionem a inovação de produtos e serviços inteligentes, sob o ponto de vista climático; implementem ações concretas para controlar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa; e trabalhem em incentivos para atrair e promover investimentos que procurem impactos positivos no clima e na biodiversidade.

Também auxiliam na quantificação de carbono produzidos pelas atividades turísticas e mostram como os ecossistemas atuam para absorver os gases que causam o aquecimento do planeta. Com isso, é possível estabelecer metas para reduzir as emissões, avaliar como estão progredindo e atrair incentivos para ajudar no combate às mudanças climáticas. No caso de Bonito, a iniciativa auxiliará a “Capital do Ecoturismo” a se tornar mais competitiva no cenário internacional e a ser exemplo de destino turístico sustentável.

SUSTENTABILIDADE – Com o olhar prioritário ao assunto, a partir do Decreto 11.416/2023, o Ministério do Turismo desenvolve a Política Nacional de Desenvolvimento do Turismo Sustentável, como área de sua competência, e contará, na sua estrutura, com a Secretaria Nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, para desenvolver políticas, programas e projetos de desenvolvimento do turismo sustentável em âmbito nacional.

Por Victor Maciel

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

MTur repassa R$ 23,6 milhões do Fungetur para apoiar empresas turísticas do Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país

Mais uma instituição financeira credenciada pelo Ministério do Turismo a operar financiamentos por meio do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) recebeu reforço de caixa para conceder crédito a empresas turísticas. Desta vez, o órgão do governo federal repassou R$ 23,6 milhões à Central Cresol Brasil, que poderá apoiar o segmento nos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Os recursos proporcionam iniciativas a exemplo de financiar a realização de obras, obter capital de giro e adquirir máquinas e equipamentos. Desde 05 de julho deste ano, uma portaria do MTur facilitou o acesso a financiamentos do Fungetur, como a ampliação, para até R$ 15 milhões, do valor de operações destinadas à compra de bens de capital e a capital de giro, e do prazo de carência à aquisição de bens de capital, que passou de 12 para 30 meses.

Uma das metas do ministro do Turismo, Celso Sabino, é estimular que empreendimentos de todo o país possam acessar recursos do Fungetur, operado atualmente por um total de 24 instituições financeiras credenciadas.

O ministro ressalta que a disponibilidade de crédito permite uma melhor estruturação do setor, além de contribuir com a geração de emprego e renda. “O desenvolvimento sustentável do turismo, com a consequente abertura de postos de trabalho, passa pelo apoio do poder público. O nosso objetivo é que empresários de todo o país, especialmente micro e pequenos empreendedores, tenham melhores opções de promover avanços nas suas atividades e favorecer a expansão do mercado nacional”, explica.

Ainda no início de julho, o MTur liberou outros R$ 56,4 milhões para a concessão de crédito do Fundo por meio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), da Agência de Fomento de Goiás e do Badesul, do Rio Grande do Sul. Já no último dia 18, a Pasta repassou R$ 4,9 milhões, com a mesma finalidade, ao Banco do Nordeste do Brasil (BNB), recursos estes destinados a empresas turísticas da região.

De janeiro a junho deste ano, o Ministério do Turismo registra a contratação de cerca de R$ 200,2 milhões em financiamentos do Fundo no país, com um total de 380 operações de crédito.

BENEFICIÁRIOS – Empreendimentos interessados em acessar recursos do Fundo, viabilizado a partir de verbas do MTur, devem estar inscritos no Cadastur, o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos. A lista de possíveis contemplados engloba segmentos como meios de hospedagem, agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos, acampamentos turísticos, restaurantes, cafeterias, bares e similares.

Por André Martins

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

HOSPEDAGEM SUSTENTÁVEL, EM BONITO: ZAGAIA ECO RESORT Sistema de Aquecimento de Água a biomassa

Impossível falar de Bonito, Mato Grosso do Sul, e não pensar em turismo sustentável. Existem vários fatores no sistema implementado no destino, para receber bem os turistas, que diminuem o impacto no meio ambiente. Como, por exemplo, a limitação no número de visitantes em cada passeio, por dia. Dessa forma, não há uma sobrecarga de pessoas num determinado cenário natural. O Zagaia Eco Resort, destaque na hotelaria da região, está inserido nesse contexto da sustentabilidade.

Sabendo que, hoje, ser um hotel sustentável pode ser ponto decisivo no momento da escolha da hospedagem de uma viagem, o Zagaia não para de inovar em ações ligadas a preservação da natureza. A partir de agora, nós vamos mostrar quais ações são essas, aqui, no Blog, e também em vídeos no perfil do resort no Instagram, @zagaiaecoresort. Para começar, um dos trabalhos desenvolvidos é o sistema de aquecimento de água a biomassa.

Esse sistema de aquecimento de água utiliza uma fonte renovável e sustentável de energia: lenha de eucalipto proveniente de reflorestamento. O eucalipto pode ser replantado, não é uma fonte finita como são os combustíveis fósseis. O sistema de aquecimento de água mais convencional, o a gás, tem como fonte combustível fóssil. Além disso, de acordo com Demian Topel, técnico comercial da Ecogetec, normalmente um sistema de aquecimento de água a biomassa é 85% mais econômico do que um sistema a gás. “Os sistemas Ecogetec, adquiridos pelo Zagaia, são produzidos visando maximizar a eficiência da queima da lenha, gerando assim o mínimo de fumaça possível, instalando filtros e lavadores de gases sempre que necessário”, diz. 

No Zagaia Eco Resort, o projeto teve início em 2021. Toda a instalação foi finalizada no ano seguinte. Hoje, as águas dos 150 apartamentos, piscinas e hidromassagens são todas aquecidas de maneira sustentável. Na Europa, sistemas similares são utilizados em aquecimento residencial, obedecendo as normas ambientais vigentes. 

Essa é apenas uma das ações feitas pelo Zagaia. Ainda vamos falar sobre energia solar, tratamento de esgoto e lixo zero. O único resort do estado não se destaca apenas na experiência de hospedagem singular na capital do ecoturismo. Se destaca também como empresa do trade do turismo brasileiro extremamente amiga do meio ambiente, trazendo conscientização para comunidade e escolhas inteligentes, sustentáveis.

Foto – Divulgação/Zagaia Eco Resort