Na manhã desta sexta-feira (19), uma falha na atualização de uma ferramenta da CrowdStrike, responsável por detectar invasões hackers, resultou em uma interrupção global. Especialistas apontam que o problema afetou diversos países, incluindo a Microsoft, cujos serviços foram comprometidos. A Falcon, ferramenta em questão da CrowdStrike, enfrentou dificuldades após uma atualização de software mal sucedida.
Clientes da Microsoft, que utiliza a Falcon em sua plataforma de computação, reportaram travamentos ao ligar seus computadores, conhecidos como “tela azul”.
A Microsoft comunicou a resolução do problema por volta das 8h10 (horário de Brasília), porém alertou sobre possíveis questões residuais. O site Downdetector registrou reclamações desde a noite de quinta-feira (18), afetando diversos aplicativos da empresa.
Hiago Kin, presidente da Associação Brasileira de Segurança Cibernética, destacou a importância de rigorosos testes e validações em atualizações de software, especialmente em produtos de segurança cibernética com uso global.
“Faltou Implementar testes exaustivos em ambientes de pré-produção que simulem cenários reais antes de liberar atualizações, garantindo que novas atualizações não causem regressões, testando todas as funcionalidades existentes“, destacou Hiago.
Autoridades suíças e o site The Verge apontaram a CrowdStrike como responsável pela interrupção tecnológica internacional. Companhias aéreas nos EUA, como American Airlines, United e Delta, suspenderam voos devido ao incidente, enquanto no Brasil, usuários enfrentaram problemas com aplicativos bancários fora do ar.
A CrowdStrike expressou desculpas pelo incidente técnico durante uma entrevista ao canal de televisão norte-americano NBC, porém não confirmou diretamente a relação entre a falha da Falcon e o apagão global desta manhã.