OPAS emite alerta epidemiológico para coqueluche nas Américas; conheça os sintomas

Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo têm registrado um aumento nos casos de coqueluche, também conhecida como tosse convulsa. Em São Paulo, só em 2024, de janeiro a julho, já foram notificados 466 casos suspeitos, sendo 165 confirmados até 3 de julho, segundo boletim epidemiológico, publicado no dia 11 deste mês.

De acordo com o alerta epidemiológico da OPAS, publicado em 22 de julho de 2024, no Brasil, da semana epidemiológica (SE) 1 à 26 de 2024, foram notificados 973 casos suspeitos de coqueluche, enquanto 1.465 casos suspeitos foram notificados ao longo de 2023. Os estados que concentraram o maior número de casos em 2024 foram São Paulo, com 157 casos, Paraná, com 26 casos, Minas Gerais, com 15 casos, e Rio Grande do Sul, com 12 casos de coqueluche.

Dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, apesar da imunização ser uma das intervenções de saúde pública mais bem-sucedidas, a cobertura vacinal global ainda não retornou aos níveis pré-pandemia de COVID-19.

SOBRE A COQUELUCHE

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda, de alta transmissão respiratória, de distribuição universal, imunoprevenível e de notificação compulsória. Apesar da coqueluche ser uma doença imunoprevenível, sendo o homem o único reservatório natural, ainda representa um problema de saúde pública, especialmente em lactentes, onde pode levar a complicações graves e até mesmo à morte.

SINTOMAS

O contágio ocorre por meio das gotículas de saliva expelidas na tosse, espirro ou até mesmo na fala, com o contato direto da pessoa infectada com um indivíduo não vacinado. Os sintomas da coqueluche podem variar conforme a idade do paciente e a gravidade da infecção. Em geral, a enfermidade apresenta três estágios:

– Estágio catarral: assemelha-se a um resfriado comum, com coriza, febre baixa, espirros e uma tosse leve e ocasional.

– Estágio paroxístico: caracterizado por episódios de tosse intensa e incontrolável, seguidos por um som agudo ao inspirar. Esses episódios podem ser tão severos que causam vômito, exaustão e até mesmo morte súbita em crianças menores de 1 ano.

– Estágio de convalescença: a tosse gradualmente diminui em frequência e intensidade.

A importância do check-up ocular para prevenir doenças silenciosas

Na primeira semana de vida, os recém-nascidos passam pelo teste do olhinho, exame responsável por diagnosticar doenças oculares, seja estrabismo, glaucoma ou até, em alguns casos, o retinoblastoma, câncer ocular raro que compromete a retina. O problema é que, após a primeira infância, as consultas com um oftalmologista passam a ser menos frequentes, o que facilita o desenvolvimento de problemas silenciosos que acometem a visão.

“As doenças silenciosas são tão ou mais graves do que um problema aparente. Quando um paciente, que desde adolescente não faz consulta regular, procura o oftalmologista alegando um desconforto ocular, na maioria das vezes trata-se de uma doença em progressão, sendo mais difícil o tratamento. Existem algumas doenças que, em grande parte dos casos, começam silenciosas, como glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade e retinopatia diabética, que podem levar à cegueira”, explica o médico Dr. Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos – Hospital de Olhos, em Santa Catarina. 

O médico detalha, a seguir, alguns sintomas aos quais é preciso se atentar e buscar ajuda oftalmológica:

Sensibilidade à luz

Geralmente associado ao astigmatismo, a luz se espalha pela retina, levando ao embaçamento da visão. Em grande parte dos casos, esse sintoma está associado ao uso de aparelhos eletrônicos, como celular, PC e TV.

Olhos semicerrados

Quando a leitura de frases ou legendas que antes era fácil e, aos poucos, torna-se difícil, é um sinal que é preciso buscar ajuda de um oftalmologista.

Visão dupla

Conhecida como diplopia, que é caracterizada pela duplicidade ou visão borrada, essa condição ocorre quando a visão não está sendo coordenada naturalmente. Os sintomas manifestam-se pela formação de um novo objeto a partir de uma imagem visualizada.

Dor de cabeça

Como os olhos estão localizados próximo à região frontal do rosto, algumas doenças tendem a ser acompanhadas pela dor de cabeça, especialmente na testa.

Pressão nos olhos

Quando existe uma sensação de pressão nos olhos, o recomendado é procurar imediatamente um oftalmologista, pois geralmente esse sintoma está associado a doenças graves, capazes de levar à cegueira.

A consulta com um oftalmologista vai além de sintomas. É necessário se habituar a realizar check-ups regulares, especialmente em hospitais especializados em saúde ocular. Na dúvida, procure orientação médica.

Temperos comuns encontrados na cozinha podem reduzir o risco de Alzheimer; entenda

Estudos apontam que alguns temperos encontrados na cozinha podem melhorar a saúde cerebral e reduzir o risco de Alzheimer. Suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias desempenham um papel crucial na proteção contra o estresse oxidativo e a inflamação, fatores chave no desenvolvimento dessa doença neurodegenerativa.

GENGIBRE

Além de suas propriedades digestivas, o gengibre contém compostos como gingerol e zingerone, que ajudam a proteger o cérebro contra danos causados pelo estresse oxidativo e inflamação, ambos associados ao Alzheimer.

CÚRCUMA

A cúrcuma, conhecida por seu componente ativo curcumina, é reconhecida por suas propriedades neuroprotetoras. A curcumina atua como um antioxidante poderoso, neutralizando radicais livres e protegendo as células cerebrais. Populações que consomem cúrcuma regularmente apresentam menores incidências de doenças neurodegenerativas, incluindo o Alzheimer.

CANELA

Rica em antioxidantes, a canela ajuda a inibir o acúmulo de proteínas no cérebro associadas a doenças como Alzheimer e Parkinson. Além disso, apoia a aprendizagem e a formação da memória, promovendo a criação de novas conexões neurais.

PIMENTA PRETA

A pimenta preta contém piperina, um composto com elevado poder antioxidante. Esses antioxidantes ajudam a proteger as células cerebrais contra danos e melhoram a função cognitiva e a memória, ativando vias químicas no cérebro.

COMO OCORRE O ALZHEIMER?

O Alzheimer é uma doença progressiva que afeta o cérebro, geralmente em idosos, resultante de uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Causa alterações cerebrais ao longo do tempo, incluindo o acúmulo de placas de proteína beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares, que interferem na comunicação celular e causam danos aos neurônios.

SINTOMAS DO ALZHEIMER

Os sintomas incluem perda de memória recente, dificuldade em realizar tarefas conhecidas, problemas na resolução de problemas, mudanças de humor, afastamento social, dificuldades de comunicação, confusão sobre locais, pessoas e eventos, e alterações visuais. É essencial buscar avaliação médica ao identificar esses sinais, pois familiares e amigos geralmente os notam antes da própria pessoa afetada.

Adotar hábitos alimentares saudáveis, incluindo o uso regular desses temperos, pode ser uma medida preventiva eficaz contra o Alzheimer, ajudando a manter a saúde cerebral ao longo da vida.

Anvisa emite alerta sobre ‘pílula do câncer’

Na última terça-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou um comunicado alertando sobre a fosfoetanolamina, popularmente conhecida como ‘pílula do câncer’. A Anvisa reforçou que este produto não possui autorização ou registro para ser utilizado como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil.

A comercialização da fosfoetanolamina só é permitida com a devida aprovação da Anvisa, conforme exigências da legislação brasileira e padrões internacionais, afirmou o órgão regulador.

RISCOS E RECOMENDAÇÕES

O uso de produtos não registrados para tratamento do câncer apresenta riscos significativos, podendo interferir negativamente nos tratamentos convencionais e até mesmo conter contaminantes. A Anvisa alerta que é crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para optar por terapias não autorizadas, como a fosfoetanolamina, cuja eficácia não foi comprovada.

A importância das pesquisas clínicas é destacada pela Anvisa, que salienta que sem dados científicos adequados e registro formal, a segurança e eficácia da fosfoetanolamina no tratamento do câncer não podem ser garantidas.

PUBLICIDADE IRREGULAR

A Anvisa também destacou que propagandas em redes sociais que atribuem à fosfoetanolamina propriedades terapêuticas ou de saúde são consideradas irregulares e enganosas.

A Anvisa reafirma seu compromisso com a saúde pública e segue práticas internacionais para garantir um ambiente regulatório seguro. Desde sua criação pela Lei 9.782 em 1999, a Agência tem focado na proteção da saúde da população brasileira.

Para que a fosfoetanolamina possa ser comercializada no Brasil, é essencial que seus fabricantes solicitem o registro do produto, submetendo-o a testes de qualidade, segurança e eficácia para análise pela Anvisa.

A fosfoetanolamina está na lista de busca do Epinet (Exclusão de Produtos Irregulares da Internet), onde, desde sua criação em 2021, foram registrados 57 incidentes, com uma taxa de sucesso de 97,73% na remoção desses produtos da internet.”

O Pistache é uma poderosa fonte contra o colesterol alto; entenda

Com a crescente busca por uma dieta equilibrada, os antioxidantes presentes nos alimentos estão ganhando cada vez mais destaque.

Os antioxidantes são substâncias que ajudam a proteger as células do corpo contra danos causados pelos radicais livres. Eles são encontrados em uma variedade de alimentos como frutas, vegetais e grãos, e desempenham um papel crucial na redução da inflamação crônica, melhorando a saúde cardiovascular e metabólica, e promovendo uma maior longevidade, de acordo com especialistas da Universidade Pompeu Fabra, em Barcelona.

Entre os alimentos conhecidos por sua alta concentração de antioxidantes estão mirtilos, frutas vermelhas e beterraba. No entanto, um estudo recente da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, publicado na revista Nutrients, revelou que o pistache supera muitos desses alimentos em termos de capacidade antioxidante.

Originário das regiões montanhosas da Síria, Turquia, Irã e oeste do Afeganistão, o pistache é uma pequena árvore conhecida por suas notáveis propriedades nutricionais. Apesar de ter baixo teor de gorduras, é rico em proteínas vegetais, fibras dietéticas e minerais como potássio. Estudos também demonstram que o consumo regular de pistache pode ajudar a reduzir o colesterol ruim e proteger contra danos causados pelos radicais livres.

Pesquisas realizadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA, lideradas pela nutricionista Sarah Gebauer, destacaram o papel dos fitoesteróis presentes no pistache na redução do colesterol LDL e na prevenção de doenças cardiovasculares. Em um estudo, participantes que incorporaram pelo menos 42 gramas de pistache por dia em suas dietas experimentaram benefícios significativos à saúde cardíaca em apenas quatro semanas.

O pistache pode ser consumido de diversas formas, desde petiscos simples até integrado em pratos salgados e doces. Além de seus antioxidantes, o pistache também é uma fonte importante de betacaroteno, vitamina E e luteína, nutrientes que contribuem para a saúde ocular e geral.

Portanto, considerar o pistache como parte da dieta pode ser uma excelente escolha para melhorar a saúde e prevenir doenças, beneficiando-se de suas propriedades antioxidantes e nutricionais.

Com que frequência você deve se pesar?

A frequência ideal para se pesar tem sido objeto de intenso debate na comunidade de saúde. Enquanto alguns especialistas defendem a autoavaliação diária para manter o controle do peso, especialmente durante dietas ou programas de exercício, outros recomendam evitar a pesagem diária devido aos potenciais impactos negativos psicológicos e comportamentais.

Um estudo revisou 12 pesquisas e concluiu que pesar-se semanalmente pode ser mais benéfico do que fazê-lo diariamente. Os participantes que adotaram essa prática durante meses perderam de 1 a 3 unidades de IMC e recuperaram menos peso em comparação àqueles que pesavam-se diariamente.

A autoavaliação do peso é crucial à medida que envelhecemos, já que é comum ganhar peso gradualmente até a meia idade. Controlar o peso semanalmente ajuda a evitar o acúmulo desnecessário de gordura corporal e pode sinalizar problemas de saúde precocemente, como desequilíbrios hormonais, problemas digestivos e diabetes.

Além disso, a pesagem semanal considera as flutuações naturais do peso corporal ao longo da semana, que podem ocorrer por diversas razões, como variações na ingestão de alimentos, exercícios físicos, alterações hormonais e movimentos intestinais. Essas flutuações são normais e não refletem mudanças significativas na composição corporal.

É importante notar que a obsessão com a balança pode levar a comportamentos prejudiciais, como dietas extremas e estresse desnecessário. Estudos indicam que pessoas que frequentemente fazem dietas para perder peso têm maior probabilidade de ganhar peso ao longo do tempo.

Portanto, pesar-se semanalmente, de preferência no mesmo dia e horário, oferece uma visão mais precisa das tendências de peso ao longo do tempo. Utilizar balanças de qualidade, trocar baterias regularmente e verificar a precisão do equipamento são medidas recomendadas para garantir medições confiáveis.

Lembre-se de que o número na balança é apenas um indicador de saúde e não deve ser o único foco. É importante prestar atenção ao bem-estar físico e emocional, incluindo como nos sentimos e o ajuste de nossas roupas. Se a pesagem estiver causando ansiedade ou estresse, é aconselhável buscar orientação de um profissional de saúde para discutir estratégias adequadas.

Informações: site do The Conversation Brasil.

Vacina contra Alzheimer? Entenda como a nova imunoterapia pode combater a doença

A AC Immune, uma startup suíça de biotecnologia, está desenvolvendo a ACI-24.060, uma imunoterapia projetada para retardar a progressão do Alzheimer. Essa terapia inovadora tem como alvo a proteína beta-amiloide, que se acumula no cérebro e é central no desenvolvimento da doença. Embora não seja uma vacina no sentido tradicional, a ACI-24.060 ensina o sistema imunológico a reconhecer e eliminar as formas tóxicas dessa proteína, funcionando de maneira semelhante a uma vacina.

Os testes da ACI-24.060 estão atualmente na fase 1a/2 ABATE, iniciados em 2022 e com previsão de conclusão em junho de 2026. Esta fase envolve múltiplas administrações intramusculares ao longo de 12 meses, com relatos preliminares de aplicação sem efeitos colaterais significativos, conforme mencionado por Andrea Pfeifer, cofundadora e presidente da AC Immune.

Os resultados dos primeiros seis meses dos testes são esperados para agosto, com expectativas elevadas para avanços significativos ao completar um ano de estudo.

Quanto à disponibilidade no Brasil, a fase 3 dos testes, conduzida pela biofarmacêutica Takeda, incluirá participantes brasileiros, entre outros países. Andrea Pfeifer indica que essa etapa poderá iniciar em 2026, dependendo dos resultados obtidos este ano.

A inclusão do Brasil é estratégica devido à sua vasta população e à experiência de seus centros de pesquisa em estudos clínicos de alta complexidade. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamentos que mitigam sintomas do Alzheimer, mas sem evolução significativa nas últimas décadas. Portanto, se a ACI-24.060 obtiver sucesso e for aprovada no Brasil, representará um avanço substancial no tratamento dessa condição neurodegenerativa.

Informações da Folha de S. Paulo.

Veja como hábitos do dia a dia podem acarretar sintomas de olho seco

Muitas horas de exposição à telas, altos níveis de poluição nas cidades e uso de ar-condicionado constante. Essas são algumas condições que podem desencadear a chamada doença do olho seco, caracterizada pela diminuição da produção de lágrimas. A doença afeta cerca de 20 milhões de brasileiros, em sua maioria os jovens, e traz, dentre os sintomas, desconforto ocular, e pode ter a sua ocorrência ligada aos hábitos do dia a dia.

O mês de julho, conhecido como Julho Turquesa, marca a importância da conscientização desse problema. A dra. Mônica Alves, médica oftalmologista, comenta sobre o tema. “O olho seco não é uma doença de um sintoma só. Irritação, ardência, sensação de areia nos olhos, coceira, olhos vermelhos, lacrimejamento, sensação de secura, dentre muitos outros fazem parte dessa lista. Os sintomas podem mudar ao longo do dia e ter diferentes graus de incômodo. Cada paciente manifesta a doença de uma maneira diferente.”

COMO FUNCIONA A DOENÇA E COMO DIAGNOSTICAR

A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais, composta por água, sais minerais, proteínas e gordura, com a função de lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos. O Ministério da Saúde caracteriza a doença do olho seco como um problema na produção ou na qualidade da lágrima que provoca o ressecamento da superfície do olho, da córnea e da conjuntiva.

Para identificar o olho seco, o oftalmologista, além da análise clínica, também realiza um questionário para entender o grau e a intensidade dos sintomas e do incômodo vivido pelo paciente. Além disso, o especialista também deve considerar um teste que avalie qualquer alteração ocular”, complementa a médica.

CAUSAS

Em 2023, a Tear Film & Ocular Surface Society (TFOS), sociedade americana dedicada a estudar e investigar questões ligadas ao filme lacrimal e da superfície ocular, publicou um consenso que avaliava a ocorrência de doenças da superfície ocular e estilo de vida. “Para isso, foram considerados uma série de fatores, como nutrição, exposição ambiental, fatores climáticos, exposição digital, dentre outros”, explica a médica. “O objetivo final era de entender o que no estilo de vida moderno pode causar doenças oculares, e todos esses itens têm correlação.”

“A ocorrência de olho seco foi um destaque nesse estudo”, comenta. Cidades grandes com altos níveis de poluição, muito tempo de exposição ao ar-condicionado ou a telas, o uso de cosméticos, questões de saúde mental, dentre outros fatores que causam o olho seco. E, de fato, hoje os estudos epidemiológicos comprovam o aumento da ocorrência da doença.”

TRATAMENTO

A Dra. Mônica conta que o tratamento ocorre a partir da aplicação de lágrimas artificiais, ou seja, de lubrificantes oculares, que muitas vezes se apresentam na forma de colírios. Dessa forma, o paciente consegue ter um alívio dos sintomas, mas as visitas ao oftalmologista não devem ser negligenciadas.

“É importante que os profissionais da saúde deem importância ao relato do paciente e que ele seja avaliado por um todo. Por outro lado, muitas vezes, o paciente tende a fazer uma automedicação, que pode piorar o problema”, adiciona a especialista.

“Pacientes que vivem com a doença em estágio moderado ou grave possuem um alto impacto na qualidade de vida. É uma pessoa que deixa de fazer coisas rotineiras, como ir a lugares com ar-condicionado. O olho seco não pode ser negligenciado, independente do grau e da intensidade dos sintomas”, finaliza Mônica.

Sobre a AbbVie em Oftalmologia

Na AbbVie, estamos comprometidos em fazer comque a visão dure uma vida toda. Com um legado de mais de 75 anos em saúde ocular, temos orgulho de oferecer 125 produtos para cuidados oftalmológicos que ajudam a preservar e proteger a visão de pacientes em todo o mundo. Tratamos doenças da parte frontal até a posterior do olho, incluindo glaucoma, doenças da superfície ocular e doenças da retina.

Estudo revela que chocolate amargo pode reduzir o risco de pressão alta

Um novo estudo, publicado na Nature Scientific Reports, sugere que o chocolate amargo pode ser um aliado na redução do risco de hipertensão essencial, uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial sem causa específica. O segredo está nos flavonoides, compostos antioxidantes encontrados no cacau, que desempenham um papel crucial na proteção cardiovascular.

A PESQUISA

A pesquisa focou em como o chocolate amargo pode impactar a saúde cardiovascular, analisando dados genômicos disponíveis publicamente. Os cientistas investigaram a relação entre o consumo de chocolate amargo e diversas condições cardiovasculares, como hipertensão arterial, doença coronariana, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), trombose e infarto.

Os resultados mostraram que o chocolate amargo pode efetivamente reduzir o risco de hipertensão essencial e possivelmente diminuir a probabilidade de tromboembolismo venoso, que é a formação de coágulos sanguíneos nas veias. Esses achados destacam o chocolate amargo como um possível auxiliar na prevenção de problemas cardiovasculares.

O QUE É HIPERTENSÃO ESSENCIAL E SEUS RISCOS?

A hipertensão essencial, também chamada de hipertensão primária, é a forma mais comum de pressão alta e não possui uma causa definida. Fatores como histórico familiar, falta de atividade física, dieta rica em sódio, tabagismo e idade avançada (acima dos 65 anos) podem contribuir para seu desenvolvimento. Caso não seja tratada, a hipertensão pode levar a sérias complicações, como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e AVC.

O tratamento geralmente inclui mudanças no estilo de vida, como uma dieta balanceada e exercícios físicos regulares, além de medicamentos prescritos por um médico.

VANTAGENS DO CHOCOLATE AMARGO

Para ser classificado como chocolate amargo, o produto deve conter pelo menos 50% de cacau. Esse ingrediente é rico em nutrientes e vitaminas essenciais. O chocolate amargo, especialmente com baixo teor de açúcar, pode oferecer vários benefícios à saúde. Além dos flavonoides, o cacau é uma boa fonte de fibras, ferro, magnésio, fósforo e zinco.

Além dos benefícios cardiovasculares, o chocolate amargo pode ajudar na redução do desejo por cigarro em fumantes que estão tentando parar. Suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias também podem ajudar a aliviar o estresse e os sintomas de ansiedade e mudanças de humor, auxiliando no processo de cessação do tabagismo.

É importante consumir chocolate amargo com moderação e como parte de uma dieta equilibrada para maximizar seus benefícios à saúde.

Julho Amarelo: conheça as formas de prevenção às hepatites virais

Estima-se que apenas uma em cada 20 pessoas com hepatite viral sabe que está doente. A ausência de manifestações clínicas iniciais dificulta o diagnóstico precoce, levando à detecção muitas vezes quando a infecção já está em fase avançada, o que pode resultar em complicações adicionais. Por isso, a campanha Julho Amarelo tem o objetivo de alertar a população sobre a prevenção e o diagnóstico das hepatites virais.

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes vírus. Alguns tipos podem se tornar crônicos, levando a danos progressivos no fígado ao longo do tempo, o que aumenta o risco de cirrose e câncer hepático. As hepatites também podem causar uma série de complicações graves, incluindo insuficiência hepática aguda, que é potencialmente fatal.

CONHEÇA OS DIFERENTES TIPOS DE HEPATITE

Hepatite A

Transmitida principalmente através do consumo de água ou de alimentos contaminados, a hepatite A é geralmente uma doença aguda e autolimitada, durando algumas semanas e com menor risco ao paciente. A vacinação, incluída no calendário vacinal do governo federal, é uma medida eficaz de prevenção.

Hepatite B

Pode ser transmitida através do contato com sangue contaminado, uso compartilhado de agulhas, relação sexual desprotegida ou de mãe para filho durante o parto. Apresenta poucos ou nenhum sintoma inicial, dificultando o diagnóstico precoce. A vacinação também é uma forma de prevenção.

Hepatite C

Transmissível através do contato com sangue contaminado, a hepatite C não apresenta sintomas iniciais e é de difícil diagnóstico. Não há vacina disponível para esse tipo de hepatite. “Sempre se torna uma doença crônica, permanecendo no organismo enquanto não for tratada”, explica o hepatologista do Hospital Evangélico de Sorocaba.

Hepatite D

Mais comum no norte do Brasil e em outros países, a infecção pelo vírus D depende da presença do vírus da hepatite B. Ou seja, a pessoa só pode ser infectada pelo vírus D se já tiver contraído o vírus B. A hepatite D pode se tornar crônica se não tratada.

Hepatite E

Transmitida principalmente através da água contaminada, a hepatite E é comum em áreas com más condições de saneamento. Geralmente é uma doença aguda, podendo ser mais grave em mulheres grávidas.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO

Os sintomas das hepatites virais variam de acordo com o tipo de vírus, idade do paciente e condição de saúde.

“Os pacientes podem apresentar sintomas leves como fadiga, febre, perda de apetite, náusea, vômitos e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos), além de quadros mais graves com dores abdominais, fraqueza intensa e até coma”, exemplifica Dr. Hidalgo.

Qualquer sintoma que lembre uma infecção pelo vírus deve ser investigado por meio de avaliação médica detalhada e coleta de sangue para pesquisa do vírus. Após isso, em caso positivo, o médico poderá orientar sobre o tratamento indicado para cada tipo específico de hepatite.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

As medidas de prevenção variam conforme o tipo de hepatite. Para as hepatites A e E, cuja transmissão ocorre pelo consumo de água ou alimentos contaminados, recomenda-se a prática de hábitos saudáveis. “Higiene das mãos e alimentos, uso de água limpa e evitar o compartilhamento de copos e garrafas são medidas que podem reduzir o risco de contaminação”, orienta o médico.

Para as hepatites B, C e D, transmitidas pelo contato com sangue contaminado, é indicado evitar o uso compartilhado de agulhas e seringas, utilizar preservativos nas relações sexuais e ter cuidado com o compartilhamento de materiais em barbearias (lâminas e barbeadores) e salões de beleza (alicates e cortadores de unha), por exemplo.