Bonito (MS) recebe certificação de sustentabilidade reconhecida pela ONU

O Brasil recebeu duas certificações internacionais relacionadas a ações climáticas no turismo. Bonito (MS) foi reconhecido como o primeiro destino de ecoturismo carbono neutro (quando o sistema considerado absorve todo o carbono emitido nas atividades desenvolvidas) do mundo, antecipando e colaborando com a meta nacional de neutralizar as emissões líquidas, até o ano de 2050, conforme o Acordo de Paris.

Além da cidade, o atrativo turístico Estância Mimosa, localizado na capital sul-mato-grossense, recebeu a certificação de primeiro atrativo turístico “Climate Positive” (quando o sistema considerado absorve mais do que o carbono emitido das atividades desenvolvidas) do mundo, estabelecendo-se na vanguarda de inovação das práticas sustentáveis de empreendimentos turísticos. Ambos foram certificados pela empresa Green Initiative, acreditada pela Organização das Nações Unidas (ONU). O trabalho dessa certificação também foi responsável pelo processo que reconheceu Machu Picchu como primeiro destino turístico carbono neutro do mundo.

A cerimônia de certificação da Estância Mimosa ocorreu durante o “Seminário de Ação Climática no Turismo: Desafios Globais e Oportunidades Locais para a Inovação”, realizado pela Prefeitura Municipal de Bonito, no Polo de Ecoturismo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), e contou com a participação de representantes da Prefeitura de Bonito, do Governo do Estado do Mato Grosso do Sul, do Ministério do Turismo (MTur), da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (EMBRATUR), além da Organização Mundial do Turismo das Nações Unidas (OMT).

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, a certificação confirma o compromisso do setor com a sustentabilidade. “Esse esforço do município de Bonito é um exemplo inspirador, que não só protege os recursos naturais para as gerações futuras, mas também impulsiona uma indústria do turismo mais ética e comprometida com o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a conservação do meio ambiente”, disse.

Durante manifestação remota, Virginia Fernández-Trapa, Oficial de Programa do Departamento de Desenvolvimento Sustentável do Turismo da OMT, parabenizou o esforço do município e do setor privado local, na construção do caminho para um turismo mais sustentável. Pelo MTur, esteve presente o Coordenador de Sustentabilidade e Ações Climáticas no Turismo, Edson Barros, que realizou apresentação sobre as iniciativas do Ministério e destacou as perspectivas de realizações da Pasta, em torno da temática.

Os certificados permitem que o destino e o atrativo promovam ações que impulsionem a inovação de produtos e serviços inteligentes, sob o ponto de vista climático; implementem ações concretas para controlar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa; e trabalhem em incentivos para atrair e promover investimentos que procurem impactos positivos no clima e na biodiversidade.

Também auxiliam na quantificação de carbono produzidos pelas atividades turísticas e mostram como os ecossistemas atuam para absorver os gases que causam o aquecimento do planeta. Com isso, é possível estabelecer metas para reduzir as emissões, avaliar como estão progredindo e atrair incentivos para ajudar no combate às mudanças climáticas. No caso de Bonito, a iniciativa auxiliará a “Capital do Ecoturismo” a se tornar mais competitiva no cenário internacional e a ser exemplo de destino turístico sustentável.

SUSTENTABILIDADE – Com o olhar prioritário ao assunto, a partir do Decreto 11.416/2023, o Ministério do Turismo desenvolve a Política Nacional de Desenvolvimento do Turismo Sustentável, como área de sua competência, e contará, na sua estrutura, com a Secretaria Nacional de Planejamento, Sustentabilidade e Competitividade no Turismo, para desenvolver políticas, programas e projetos de desenvolvimento do turismo sustentável em âmbito nacional.

Por Victor Maciel

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

OMS diz que medidas contra tabaco protegem 71% da população mundial

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou, nesta segunda-feira (31), relatório sobre a epidemia de tabaco: 5,6 bilhões de pessoas (ou 71% da população mundial) estão protegidos por algum tipo de medida de controle. O número é cinco vezes maior do que o registrado em 2007. A organização diz que a implementação de políticas específicas sobre o assunto levou o mundo a ter 300 milhões de fumantes a menos nos últimos 15 anos.

O relatório destaca que as Ilhas Maurício, na África, e os Países Baixos, na Europa, se juntaram ao Brasil e à Turquia como exemplos internacionais. O grupo segue os seis critérios principais de controle do tabaco, conhecidos pela sigla em inglês MPOWER: monitorar o uso e as políticas de prevenção, proteger as pessoas da fumaça, oferecer ajuda para quem deseja abandonar a prática, alertar sobre os perigos, criar barreiras contra publicidade e aumentar os impostos.

“Os dados mostram que, de forma lenta, mas segura, cada vez mais pessoas estão protegidas dos danos do tabaco por políticas de práticas ótimas baseadas em evidências”, disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Parabenizo as Ilhas Maurício, por serem o primeiro país da África, e os Países Baixos, por serem o primeiro da União Europeia, a introduzirem o plano completo de políticas de controle do tabaco da OMS no nível mais alto. A OMS está disposta a prestar apoio a todos que quiserem seguir o exemplo desses países e protegerem sua população contra um flagelo mortal.”

Oito países precisam cumprir apenas mais um dos critérios MPOWER para entrar no grupo de líderes em controle do tabaco: Espanha, Etiópia, Irã, Jordânia, Madagascar, México e Nova Zelândia. Por outro lado, existem 44 países que não adotam nenhum dos critérios e 53 países que sequer proíbem o fumo dentro de estabelecimentos de saúde. E apenas 50% de todos os países têm locais de trabalho e restaurantes que proíbem a prática.

A OMS reforça que criar espaços livres de fumo é importante para que as pessoas respirem um ar mais limpo e para que a população seja protegida dos efeitos mortais do tabaco. Ambientes assim também são importantes para estimular as pessoas a deixaram de fumar e evitar que outras sejam atraídas para a prática.

As estimativas são de que em torno de 1,3 milhão de pessoas morram todos os anos como fumantes passivos em todo o mundo. A exposição à fumaça do cigarro aumenta os riscos de ataques cardíacos, de acidente vascular cerebral (AVC), doenças respiratórias, diabetes do tipo 2 e diferentes tipos de câncer.

Desafios no Brasil

O Brasil alcançou o nível mais alto das medidas de controle do tabaco em 2019, mas isso não significa que o país esteja livre dos problemas relacionados ao produto. Os dados mais recentes, que são da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, mostram que o total de adultos fumantes no país é de 12,6%. E uma das principais causas de morte no país, o câncer de pulmão, é causado pelo tabagismo em 80% dos casos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

O diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, disse à Agência Brasil que o país precisa continuar investindo em políticas públicas para diminuir a circulação do tabaco e o número de fumantes.

“O Brasil é um exemplo pela política de controle do tabaco, mas é preciso ficar atento, não esmorecer e continuar nesse trabalho de combate. Nós precisamos intervir mais no preço do cigarro, que ainda é um dos mais baratos do mundo. E sabemos que umas medidas mais importantes para a redução do tabagismo é o aumento do preço e da taxação. Também seria fundamental aumentar o controle das divisas para coibir ao máximo o comércio ilegal”, disse Maltoni.

Uma das maiores preocupações, nesse sentido, é o consumo de cigarros eletrônicos, principalmente pelos mais jovens. Uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2009 proíbe a comercialização e propaganda relacionada ao produto, mas isso não impede que se tenha acesso por meios ilegais. Relatório divulgado em maio do ano passado pelo sistema Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, indica que um a cada cinco jovens de 18 a 24 anos usa cigarros eletrônicos no Brasil. 

“A indústria do tabaco vem tentando ampliar o número de dependentes, principalmente a população mais jovem, com esse apelo de que o cigarro eletrônico seria menos danoso, menos problemático. E a gente sabe que isso é mentira”, diz Luiz Augusto Maltoni. “Os países que permitiram o uso, como os Estados Unidos, têm tido um número crescente de dependentes, muitos com doenças graves, induzidas pelo cigarro eletrônico. Existe uma síndrome chamada Evali, uma inflamação nos pulmões pelo uso específico do cigarro eletrônico, que tem provocado insuficiência respiratória nos mais jovens. Além disso, existem substâncias tóxicas e cancerígenas, e o risco de explosões dos dispositivos, que causam queimaduras graves no corpo”, acrescentou o médico.

Por Rafael Cardoso – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro

Ministério da Saúde evita descarte de vacinas e poupa R$ 251,2 milhões

Ministério da Saúde está comprometido com a minimização das perdas de estoques de insumos estratégicos e, neste ano, evitou o desperdício de R$ 251,2 milhões em vacinas. O valor equivale a mais de 12,3 milhões de doses que, sem a adoção por parte da atual gestão de ações emergenciais e para ampliar a cobertura vacinal no país, poderiam ter sido descartadas.

Diante do risco de perda de inúmeras vacinas, logo no início do ano foi instituído um comitê permanente para monitorar a situação e adotar medidas para mitigar perdas. Esse trabalho foi organizado pela Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, em conjunto com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA). Além das ações emergenciais, já estão sendo adotados métodos para compra planejada e aperfeiçoamento da gestão dos estoques.

No caso das vacinas, somam-se a essas ações, a retomada das campanhas de vacinação e adoção de estratégia inovadora para ampliar cobertura vacinal no país, o microplanejamento. Também foi antecipada a campanha de multivacinação, voltada para crianças e adolescentes, em alguns estados.

“Com o microplanejamento, por exemplo, nós já fomos a três estados, Amazonas, Acre e Amapá, e fizemos uma grande campanha de multivacinação. Com essas ações e outras medidas de gestão, o Ministério conseguiu salvar R$ 251 milhões em vacinas. Isso é algo que temos que comemorar porque conseguimos vacinar nossa população, nossas crianças e adolescente e conseguimos economizar e atuar de forma responsável com o dinheiro público”, destaca a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

O microplanejamento para a vacinação leva em conta as particularidades de cada região com a participação das lideranças locais que, com o conhecimento que têm sobre sua comunidade e condições socioeconômicas, são capazes de adaptar as ações de saúde pública para a sua população. Equipes do Ministério da Saúde e dos municípios fazem reuniões técnicas para identificar os desafios naquela região e elaborar, conjuntamente, ações regionalizadas.

Desde que assumiu, a atual gestão do Ministério da Saúde tem buscado solucionar as questões críticas de estoque de vacinas e insumos estratégicos herdados da gestão anterior.

Comitê permanente para mitigar perdas de estoque

Entre as ações adotadas pelo Ministério da Saúde para evitar o desperdício de recursos públicos e em respeito à população, destacam-se:

– Pactuação junto aos estados e municípios para racionalizar a distribuição do estoque atual, dando prioridade aos itens de menor prazo de validade;

– Articulação via cooperação internacional para doações humanitárias;

– Retomada das campanhas de vacinação com adoção de nova estratégia, microplanejamento, e antecipação da multivacinação em estados do Norte do país.

Confira a fala da Secretária Ethel Maciel sobre o tema:

Assessoria de Imprensa

Ministério da Saúde