Ator Emiliano Queiroz, ícone em novelas, morre aos 88 anos

O ator Emiliano Queiroz faleceu nesta sexta-feira (04), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Conhecido por seu papel icônico como Dirceu Borboleta na novela “O Bem-Amado” (1973), ele acumulou mais de 40 novelas em sua carreira, além de participações em seriados e minisséries.

Queiroz estava internado na Clínica São Vicente da Gávea por 10 dias após a colocação de três stents no coração. Ele teve alta na quinta-feira (03), mas na manhã seguinte, passou mal e foi levado novamente ao hospital, onde sofreu uma parada cardíaca. Embora tenha sido reanimado, não sobreviveu.

Natural de Aracati, no Ceará, Emiliano descobriu sua vocação ainda criança, quando começou a encenar peças para adultos. Sua paixão pela dramaturgia foi consolidada após assistir à peça “O Mártir do Gólgota”, que o motivou a se dedicar ao teatro escolar e, posteriormente, a integrar o Teatro Experimental de Arte em Fortaleza.

Casado há 51 anos com a advogada e atriz Maria Letícia, Emiliano deixou um legado familiar, incluindo 14 filhos, 8 netos e 3 bisnetos. O local e horário do velório e da cremação ainda não foram definidos.

Além de seu personagem marcante em “O Bem-Amado”, Queiroz fez sucesso em diversas outras produções, como “Cambalacho” (1986) e “Alma Gêmea” (2005). Sua carreira na TV Globo começou em 1965 e, nos últimos anos, ele participou de novelas como “Além da Ilusão” (2022) e “Éramos Seis” (2020).

Com uma trajetória impressionante, Emiliano Queiroz deixou sua marca na televisão brasileira, sendo lembrado por seu talento e carisma.

Morre, aos 90 anos, a atriz Léa Garcia

A atriz Léa Garcia, de 90 anos, morreu nesta terça-feira (15), na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, onde seria homenageada hoje com o troféu Oscarito, a mais tradicional honraria concedida, desde 1990, pelo Festival de Cinema da cidade. A morte foi divulgada na conta oficial da atriz no Instagram, que não informou a causa da morte.

Léa Garcia tem uma história antiga com Gramado, conquistando Kikitos com Filhas do VentoHoje tem Ragu e Acalanto. A artista tinha no currículo mais de 100 produções, incluindo cinema, teatro e televisão.

Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira. 

Premiações

- Morre em Gramado (RS) a atriz Léo Garcia, aos 90 anos. - Léa Garcia em Paris (1960). Foto: Wikipedia/Arquivo Nacional

– Morre em Gramado (RS) a atriz Léo Garcia, aos 90 anos. – Léa Garcia em Paris (1960). Foto: Wikipedia/Arquivo Nacional – Wikipedia/Arquivo Nacional

Com uma célebre trajetória nas artes, foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes em 1957 por sua atuação no filme Orfeu Negro que, em 1960, ganharia o Oscar de melhor filme estrangeiro, representando a França.

No teatro, uma das peças de destaque que fez no início de sua trajetória foi Orfeu da Conceição (1956), de Vinicius de Moraes. 

A estreia em televisão se deu no Grande Teatro da TV Tupi, na década de 1950. Na mesma emissora, participou também do programa Vendem-se Terrenos no Céu, em 1963. O convite para trabalhar na Rede Globo ocorreu em 1970, quando ela integrou o elenco de Assim na Terra como no Céu, de Dias Gomes. O maior sucesso da carreira ocorreu na novela Escrava Isaura (1976), um fenômeno de audiência no Brasil e no exterior.

Edição: Kleber Sampaio

Foto Instagram Léa Garcia