Movimentações Suspeitas: Conta de Augusto Melo Recebeu Mais de R$ 152 Mil

Polícia Civil aponta depósitos fracionados e atípicos; presidente afastado do Corinthians se defende

A investigação da Polícia Civil revelou que Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, recebeu mais de R$ 152 mil em dinheiro vivo, em depósitos considerados fora do padrão. Os dados foram anexados ao processo de habeas corpus do dirigente, que tenta cancelar seu indiciamento no caso VaideBet, que abalou os bastidores do clube.

Segundo o relatório, as movimentações ocorreram entre dezembro de 2023 e abril de 2024, justamente no intervalo entre a eleição de Augusto e o início da crise pública no clube. A prática de realizar vários depósitos abaixo de R$ 2 mil levanta suspeitas de tentativa de “fragmentação” — estratégia para evitar a identificação dos responsáveis, burlando os sistemas de monitoramento bancário.

O relatório ainda cita que, além dos depósitos em espécie, frequentemente eram feitos pequenos PIX logo na sequência, em valores simbólicos, como forma de registrar quem estava por trás das quantias em dinheiro. Um dos nomes identificados foi Carlos Eduardo Melo Silva, conhecido como Kadu Melo, sobrinho do presidente e conselheiro do Corinthians, que aparece como autor de algumas dessas transferências de PIX.

Valores dos Depósitos Identificados:

  • Dezembro de 2023: R$ 41.750,00 (16 depósitos, incluindo um de R$ 31.850,00)
  • Janeiro de 2024: R$ 29.700,00 (17 depósitos, sendo R$ 6 mil em um e R$ 23.700,00 nos demais)
  • Fevereiro de 2024: R$ 18.250,00 (10 depósitos)
  • Março de 2024: R$ 30.700,00 (17 depósitos)
  • Abril de 2024: R$ 31.770,00 (17 depósitos)

Diante das acusações, Augusto Melo declarou, por meio de nota, que todas as movimentações são “legais, transparentes e devidamente registradas”, e reafirma que está colaborando com as investigações para esclarecer os fatos.

Polícia acredita em emboscada premeditada na morte de empresário em Cravinhos

Investigadores apontam que dedetização em empresa foi usada para atrair vítima; um dos suspeitos já se entregou

A Polícia Civil acredita que o assassinato do empresário Nelson Francisco Carreira Filho, desaparecido desde 16 de maio após uma reunião em Cravinhos (SP), tenha sido meticulosamente planejado. A suspeita é de que ele tenha sido morto com um disparo de arma de fogo e o corpo, posteriormente, jogado em um rio. O delegado Heitor Moreira Assis afirmou que o crime teria ocorrido nas dependências da empresa de Marlon Couto Paula Júnior, um dos investigados.

No dia do crime, todos os funcionários da empresa foram dispensados sob a justificativa de uma dedetização urgente no local. Para o delegado, isso pode ter sido parte de uma estratégia para isolar a vítima. “A Polícia Civil acredita que foi uma emboscada para Nelson. Foi solicitado um serviço de dedetização com urgência, justamente para naquele momento estarem só os três”, afirmou. O terceiro envolvido seria Tadeu Almeida Silva, suspeito de atrair Nelson ao local.

Ainda segundo a investigação, Tadeu teria agido diretamente para marcar a visita da vítima. “Acreditamos fielmente na participação dele para atrair o Nelson até o local para o Marlon efetuar o disparo”, disse o delegado. A motivação seria um desentendimento financeiro entre Marlon e Nelson, relacionado a um acordo comercial cujo valor teria sido alterado.

A Polícia Civil já pediu a prisão de três pessoas: Marlon, sua esposa Marcela Silva de Almeida, e Tadeu. Marlon está foragido, mas o advogado do casal, Nathan Castelo Branco, informou que ambos estão viajando e que irão se apresentar. “Ele nega qualquer envolvimento no caso. Está assustado com a repercussão”, afirmou. Já Tadeu se entregou à polícia na quinta-feira (29) e, anteriormente, havia prestado depoimento confirmando ter presenciado o crime. “Ele ouviu o disparo e viu a vítima caída”, disse seu ex-advogado, Renato Savério.

A investigação continua em andamento, e a Polícia busca agora localizar Marlon e Marcela para esclarecer completamente a dinâmica do crime e confirmar as versões já apresentadas por testemunhas e suspeitos.

Vestígios de sangue são encontrados em empresa onde empresário desapareceu após reunião

Polícia acredita que Nelson Francisco Carreira Filho tenha sido morto no local; três suspeitos estão presos temporariamente

A perícia da Polícia Civil encontrou evidências de sangue humano no interior da empresa em Cravinhos onde o empresário Nelson Francisco Carreira Filho, de 44 anos, foi visto pela última vez no dia 16 de maio. A informação foi confirmada nesta terça-feira (27) pelo delegado seccional Sebastião Picinato. Os peritos usaram luminol, uma substância que reage com vestígios de sangue e revela marcas invisíveis a olho nu, emitindo uma luz azulada. A perícia também contou com apoio da CPFL, que cortou a energia nas proximidades para facilitar o uso do reagente.

De acordo com a investigação, a suspeita é de que o empresário tenha sido assassinado dentro da própria empresa com a qual mantinha relações comerciais. A Justiça decretou a prisão temporária de três suspeitos: Marlon Couto Paula Junior, proprietário do local, Tadeu Almeida Silva, sócio da empresa, e Marcela Silva de Almeida, esposa de Marlon. As prisões valem inicialmente por 30 dias, enquanto a polícia aprofunda a apuração do caso.

Durante a perícia, foram encontrados traços de sangue em uma mangueira, em um rodo e também no ralo das instalações. O delegado afirmou ainda que o chão do estabelecimento foi recentemente pintado, o que levanta a hipótese de uma tentativa de encobrir vestígios do crime. A sequência de descobertas reforça a tese da polícia de que o local pode ter sido usado como cena do homicídio.

Nelson trabalhava com a revenda de suplementos alimentares por meio de plataformas online e costumava visitar Cravinhos regularmente para reuniões comerciais. Ele desapareceu após um desses encontros. Segundo sua esposa, ele havia prometido entrar em contato depois da reunião, mas não deu mais notícias. Preocupada, ela procurou a delegacia para registrar o desaparecimento.

Apesar das evidências levantadas até agora, o corpo do empresário ainda não foi localizado. A principal linha de investigação aponta que o corpo pode ter sido descartado em um rio da região, mas buscas seguem em andamento. A polícia continua reunindo provas e espera que os depoimentos dos suspeitos ajudem a esclarecer o que realmente aconteceu com Nelson.

Megaoperação da Polícia Civil desmantela quadrilha de golpes com venda de carros na internet

29 pessoas são presas em Ribeirão Preto e região; grupo aplicava fraude com anúncios falsos e movimentou R$ 1,8 milhão

A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta quinta-feira (22) a operação Broker Phantom, que resultou na prisão de 29 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de fraude com anúncios de venda de veículos em uma plataforma digital. A ação ocorreu em Ribeirão Preto, Cravinhos, Serrana e Luiz Antônio, além de cumprir mandados nos estados de São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina. No total, foram expedidos 70 mandados de prisão e busca e apreensão.

De acordo com as investigações, a quadrilha clonava anúncios reais de carros e os republicava com preços mais baixos para atrair compradores. Os criminosos se passavam por intermediários nas negociações e aplicavam golpes em vítimas de boa-fé. O esquema é conhecido como “golpe do falso intermediário” e já vinha sendo monitorado pela polícia desde 2021.

As autoridades apontam que os presos na região de Ribeirão Preto faziam parte do núcleo financeiro da organização. Eles abriam contas bancárias em nome de terceiros – os chamados “laranjas” – para movimentar os valores obtidos com os crimes. Estima-se que, apenas no último ano, o grupo tenha movimentado cerca de R$ 1,8 milhão.

Após a prisão, os suspeitos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) para exames de rotina e serão encaminhados para presídios da região. A operação representa um duro golpe contra fraudes digitais no setor de comércio eletrônico de veículos, cada vez mais visado por criminosos.

Homem é preso com estoque ilegal de medicamentos em Ribeirão Preto

Polícia encontrou remédios e anabolizantes sem nota fiscal em casa no Planalto Verde após denúncia anônima

Um homem de 56 anos foi detido pela Polícia Militar nesta quarta-feira (14) em Ribeirão Preto, após ser flagrado com uma grande quantidade de medicamentos armazenados irregularmente em uma residência no bairro Planalto Verde, na zona Oeste da cidade. Segundo o boletim de ocorrência, os remédios estavam sem nota fiscal e incluíam anabolizantes que exigem controle por receita especial.

A ação policial ocorreu na rua Elisa Alves de Jesus após uma denúncia anônima sobre a venda clandestina de medicamentos no local. Durante a averiguação, os agentes notaram um movimento constante de motociclistas que entravam e saíam da casa com sacolas, o que reforçou as suspeitas de comércio ilegal.

Ao ser abordado, o suspeito admitiu que os produtos eram de sua responsabilidade e confessou estar envolvido na comercialização dos medicamentos. A confissão foi registrada no boletim e os produtos apreendidos serão analisados pela perícia.

O caso foi encaminhado à Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto e será investigado como crime de falsificação, corrupção ou adulteração de produtos com finalidade terapêutica, conforme previsto na legislação penal. A Polícia Civil segue apurando a origem dos medicamentos e a possível existência de outros envolvidos na distribuição.

Advogado de Ribeirão Preto é preso por suspeita de ligação com PCC

Renan Bortoletto, advogado de Ribeirão Preto, foi preso nesta terça-feira (14) durante a operação “Scream Fake”, realizada pela Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). Além da prisão de Bortoletto, também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sua casa e escritório. Ele foi candidato a vereador em 2020, mas não se elegeu.

A operação teve como alvo advogados e líderes de uma ONG suspeita de envolvimento com o PCC. No total, foram cumpridos 12 mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em sete cidades de São Paulo, além de Londrina (PR). A ONG, que aparece no documentário “O Grito”, foi usada pela facção para promover ações ilegítimas e espalhar denúncias falsas.

As investigações começaram há três anos, quando cartões de memória e manuscritos apreendidos em visitas à Penitenciária II de Presidente Venceslau revelaram a estrutura criminosa do PCC. A facção é organizada em setores, e os advogados presos estavam ligados ao setor “gravatas”, responsável pela assistência jurídica dos membros da organização.

Além disso, a facção gerenciava a área “saúde”, recrutando médicos e dentistas para atender detentos, inclusive com procedimentos cirúrgicos e estéticos. Esses serviços eram pagos com dinheiro proveniente de atividades ilícitas, intermediadas pelo setor “financeiro”. A operação também descobriu que a ONG estava sendo usada como “voz” dos líderes do PCC, promovendo ações judiciais para desestabilizar o sistema.

A sede da ONG está localizada em São Bernardo do Campo e, por ordem judicial, seus serviços foram suspensos. As investigações apontam que a organização foi infiltrada pelo PCC para atuar politicamente em defesa de seus interesses criminosos.

Polícia Civil incinera mais de 900 quilos de drogas em Ribeirão Preto

Na tarde desta quinta-feira (29) a Polícia Civil de Ribeirão Preto promoveu a incineração de mais de 900 quilos de drogas. A operação, que ocorreu no final do dia, contou com a participação de representantes do Poder Judiciário, Ministério Público, Vigilância Sanitária, Setor de Criminalística e uma empresa especializada na destruição de entorpecentes.

A 2ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Entorpecentes (2ª DISE) foi responsável pela coordenação do evento, que representou a etapa final no processo de custódia das drogas. Durante a operação, foram destruídos 587 quilos de maconha, 251 quilos de cocaína, 7,8 quilos de crack e 64 quilos de outras substâncias.

Neste ano de 2024, a Polícia Civil já eliminou um total de 4,4 toneladas de drogas. As incinerações anteriores ocorreram em 2 de fevereiro e 27 de abril, com volumes de 2,5 toneladas e 94 quilos, respectivamente.

Corinthians é notificado pela Polícia Civil sobre contrato com VaideBet

O Corinthians recebeu uma notificação da Polícia Civil nesta terça-feira, 4, dirigida ao presidente Augusto Melo, solicitando esclarecimentos sobre a suposta utilização de um “laranja” na intermediação do contrato de patrocínio com a VaideBet, avaliado em R$ 360 milhões por três anos. O delegado Tiago Fernando Correia solicitou três itens essenciais para dar continuidade à investigação preliminar: o contrato com a VaideBet, informações sobre a possível intermediação da empresa Rede Social Media e Design, e qualquer documento que formalize essa empresa como intermediária no acordo.

Além do Corinthians, a Polícia Civil notificará Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, e Edna Oliveira dos Santos, residente em Peruíbe, que teve seu nome envolvido no caso sem seu conhecimento. A denúncia, inicialmente feita pelo “Blog do Juca Kfouri”, alega que a Rede Social Media Design repassou parte da comissão recebida a uma empresa “laranja” chamada Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda., registrada em nome de Edna Oliveira dos Santos.

Até agora, duas parcelas de R$ 700 mil foram transferidas pelo clube ao intermediário. A investigação, conduzida pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e pela terceira delegacia especializada em lavagem de dinheiro, ainda está em fase preliminar, com coleta de documentos e depoimentos, e deverá durar mais duas semanas antes de um possível inquérito ser instaurado.

Polícia investiga furto de equipamentos no AME de Ribeirão Preto; Prejuízo foi de R$ 180 mil

Um furto de equipamentos de informática está sendo investigado pela Polícia Civil em Ribeirão Preto, após causar um prejuízo estimado em R$ 180 mil ao Ambulatório Médico de Especialidades (AME). Segundo o Boletim de Ocorrência registrado, funcionários notaram a falta de 40 computadores, 19 monitores e três notebooks na última semana, o que levou à realização de um inventário para confirmar o desaparecimento dos itens.

Durante a investigação, câmeras de vigilância foram instaladas no local, registrando uma movimentação suspeita de um dos funcionários da área de informática. O indivíduo foi flagrado retirando equipamentos do AME fora do horário de trabalho, sem justificativa aparente. Embora confrontado pelos representantes da unidade, o funcionário alegou desconhecer a presença dos equipamentos em sua posse, apresentando versões conflitantes durante uma reunião realizada posteriormente pela direção do AME. As imagens foram entregues à Polícia Civil, que segue investigando o caso, sem detenções até o momento.

Polícia Civil encontra fábrica clandestina de cigarros em Ribeirão Preto

Na manhã desta sexta-feira, 16, a Polícia Civil de Ribeirão Preto desvendou uma operação clandestina de fabricação de cigarros, localizada na rua Ribeirão Preto, na Vila Carvalho, região Norte da cidade. O desmantelamento da fábrica ilegal teve início após uma denúncia anônima alertar sobre a presença de indivíduos armados nas imediações do barracão. Os agentes prontamente responderam à chamada e se dirigiram ao local indicado, onde se depararam com a fábrica abandonada.

Dentro do recinto, as autoridades encontraram um vasto conjunto de equipamentos destinados à produção e embalagem de cigarros, juntamente com diversos maços já praticamente finalizados, prontos para serem distribuídos. Além disso, descobriram também um alojamento improvisado, contendo camas, utensílios de cozinha e outros objetos, levantando suspeitas de possíveis atividades ilícitas no local. Em um achado preocupante, um cachorro da raça pitbull foi encontrado abandonado dentro do barracão, sem acesso a água e comida, suscitando uma investigação adicional sobre possíveis casos de maus-tratos aos animais.