Prepare o bolso: incêndios no interior podem impactar preços do açúcar e etanol

José Guilherme Nogueira, CEO da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), informou que os incêndios em áreas rurais do interior de São Paulo devem causar alterações nos preços do açúcar e do etanol.

Em comunicado, ele detalhou que os incêndios atingiram tanto a cana-de-açúcar em colheita quanto as plantas em crescimento, resultando na queima da palhada. “Percebemos uma redução na produtividade na ordem de 50%, até por essa perda de biomassa que acabou sendo incendiada. Com isso, já temos impactos diretos nos preços do etanol e do açúcar e no canavial do próximo ciclo”, declarou Nogueira.

A Orplana também está colaborando com o gabinete de crise do governo estadual para evitar novos incêndios, especialmente considerando as previsões de clima seco e quente nos próximos dias. Apesar da recente frente fria que trouxe cerca de 15 milímetros de chuva ao interior paulista, a preocupação com novas queimadas permanece alta.

A organização não descarta a possibilidade de novos incêndios. “O tempo deve continuar seco e quente nos próximos dias, o que nos traz muita preocupação para que não ocorram mais incêndios. Porém, temos ciência de que as queimadas podem voltar a acontecer e os números e prejuízos podem aumentar”, acrescentou o CEO.

Segundo a Orplana, entre sexta-feira (23) e sábado (24) foram registrados mais de 2.100 focos de incêndio, destruindo aproximadamente 59 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar e áreas de rebrota, resultando em um prejuízo estimado em R$ 350 milhões.

Preços de hortaliças e frutas continuam a cair nos mercados brasileiros

Pelo segundo mês consecutivo, a maioria das hortaliças e frutas vendidas nos principais mercados atacadistas do Brasil viu uma queda nos preços. O último boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta sexta-feira (16) revela que a cenoura teve uma redução média de até 47,69% e o tomate, 43,96% em comparação com junho.

A redução nos preços da cenoura é atribuída ao aumento da oferta nos atacados. Em julho, a quantidade de cenouras nos centros de distribuição aumentou em 8,9% e não está concentrada apenas em Minas Gerais. Já a queda no preço do tomate é resultado de uma oferta 13% superior à de junho, o maior volume registrado em 2024.

No caso da batata, a entrada da safra de inverno provocou uma estabilização nos preços, que haviam subido nos meses anteriores. Apesar disso, os preços permaneceram elevados, com uma alta de 68% em relação ao ano passado, passando de R$ 3,46 para R$ 5,82 por quilo na Ceagesp de São Paulo. A cebola, por outro lado, viu uma redução de 11,14% nos preços devido ao aumento da oferta.

A alface teve uma variação mínima de preço, com uma alta de 1% em relação ao mês anterior, mas observou-se uma queda significativa em alguns mercados. Entre as frutas, bananas, maçãs, mamões e melancias apresentaram quedas de preços em julho. A redução nos preços do mamão foi particularmente acentuada, com uma queda de 19,57%, devido ao aumento da colheita e ao clima favorável.

A diminuição na demanda, influenciada pelas férias escolares, também contribuiu para a queda nos preços das frutas. No entanto, a laranja apresentou uma tendência oposta, com um aumento médio de 6,91% nos preços. Esse aumento é atribuído à alta demanda para a moagem da fruta e aos baixos estoques de suco, refletindo nas cotações no atacado e varejo.

Tarifas de pedágio na região de Ribeirão Preto sofrem aumento a partir de Julho; Veja os preços

Os preços das tarifas de pedágio na região de Ribeirão Preto serão elevados a partir de 6 de julho. O ajuste foi oficializado hoje, quinta-feira (27), através da publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

As praças afetadas pertencem à concessionária Entrevias e estão localizadas em Pitangueiras, Sertãozinho, Sales Oliveira e Ituverava.

VALORES ATUAIS E REAJUSTES PARA VEÍCULOS DE PASSEIO:

Pitangueiras – SP 322 (km 361+400)

  • Manual: de R$ 10,40 para R$ 10,90
  • Automático: de R$ 9,88 para R$ 10,35

Sertãozinho – SP 322 (km 327+500)

  • Manual: de R$ 8,10 para R$ 8,50
  • Automático: de R$ 7,69 para R$ 8,07

Sales Oliveira – SP 330 (km 350+100)

  • Manual: de R$ 12,80 para R$ 13,40
  • Automático: de R$ 12,16 para R$ 12,73

Ituverava SP 330 – (km 405+000) SP 330

  • Manual: de R$ 15,60 para R$ 16,30
  • Automático: de R$ 14,82 para R$ 15,48

Este aumento representa o reajuste anual previsto para essas localidades, conforme determinação do órgão competente.

Presidente Lula aprova taxação de compras internacionais; Veja como afetará os preços

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou hoje (27) o projeto de lei que impõe um imposto de importação de 20% para compras internacionais abaixo de US$ 50 (aproximadamente R$ 276 na cotação atual). Com essa medida, encerra-se a isenção anteriormente concedida pelo programa Remessa Conforme. A decisão foi tomada durante um evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o “Conselhão”.

Anteriormente, Lula havia expressado sua oposição à conhecida “taxa das blusinhas”, mas o projeto foi aprovado no Congresso após negociações entre o Legislativo e o Executivo.

“Agora, todas as compras abaixo de US$ 50 serão tributadas em 20% de imposto de importação, além de 17% de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias). Isso pode resultar em uma taxa total de cerca de 44%“, explicou o presidente. Essa mudança foi incluída como um complemento no Projeto Mover, que originalmente tratava de incentivos para a produção de carros elétricos no Brasil.

Compras acima de US$ 50 continuarão sendo taxadas em 60% de imposto de importação, mais 17% de ICMS, podendo resultar em uma carga tributária que ultrapassa os 90%.

A nova regulamentação visa eliminar uma brecha anteriormente utilizada por consumidores que realizavam compras em sites estrangeiros sem pagar impostos, o que gerava desconforto entre as varejistas nacionais.

  • Compras abaixo de US$ 50: serão taxadas em 20%, de imposto de importação, e 17%, de ICMS. A soma não resulta em 37% de impostos, já que o ICMS é considerado um “imposto por dentro”, ou seja, ele incide sobre ele mesmo. Por causa disso, a porcentagem total das taxas pode chegar a cerca de 44%. Neste sentido, uma compra de R$ 100 (18 dólares), poderá custar R$ 144 para o consumidor.
  • Compras acima de US$ 50: as regras não mudam. Estas compras continuam sendo taxadas em 60%, de imposto de importação, e 17%, de ICSM. Considerando a mesma regra do ICMS, que é praticamente cobrado duas vezes, a taxação pode ultrapassar 90%. Neste sentido, uma compra de R$ 1000 (180 dólares) chega a custar até R$ 1900.

Centro de Ribeirão Preto registra o maior preço da cesta básica em junho

O centro de Ribeirão Preto lidera como a área com o preço mais alto da cesta básica em junho, segundo pesquisa da Associação Comercial e Industrial local (Acirp). O custo médio dos alimentos essenciais na cidade teve uma queda de 0,55% em comparação a maio, totalizando em média R$ 686,73.

A pesquisa revela que o centro da cidade apresentou o valor mais elevado para a cesta básica, atingindo R$ 737,14, o que representa um aumento de 0,53% em relação ao mês anterior. Por outro lado, a zona Oeste registrou o menor preço, com R$ 655,02, marcando uma redução de 2,41%. A zona Norte teve o segundo menor custo, R$ 660,68, porém com um aumento significativo de 7,01%, o maior entre todas as regiões. Em seguida, aparecem a região Leste, com R$ 667,41 e queda de 1,36%, e a Sul, com R$ 718,95 e redução de 3,40%. Os dados foram obtidos em dez supermercados e hipermercados e quatro panificadoras, distribuídas pelas cinco regiões do município.

ALIMENTOS IMPACTADOS

A pesquisa destacou que, apesar da deflação média de 11,91% no preço do quilo da alcatra, as carnes continuam a representar a maior parte do orçamento da cesta básica (33,39%). Frutas e legumes respondem por 32,73%, seguidos por farináceos (19,7%), laticínios (6,91%), leguminosas (3,78%), cereais (2,72%) e óleos (0,76%).

Alguns alimentos tiveram variações significativas de preço, como o feijão (-10,55%), enquanto a farinha de trigo subiu 21,73% e a banana nanica, 18,93%.

COMPOSIÇÃO DA CESTA BÁSICA

A composição da cesta básica é baseada em treze itens essenciais, conforme o decreto nº 399/1938, que estabelece as quantidades mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um adulto por um mês. Confira:

  • Carne bovina (6 kg de alcatra)
  • Leite longa vida (7,5 litros)
  • Feijão carioca (4,5 kg)
  • Arroz branco tipo 1 (3 kg)
  • Farinha de trigo (1,5 kg)
  • Batata inglesa (6 kg)
  • Tomate italiano (9 kg)
  • Pão francês (6 kg)
  • Café em pó (0,6 kg)
  • Banana nanica (90 unidades)
  • Óleo de soja (0,8 litros)
  • Açúcar cristal (3 kg)
  • Margarina (0,75 kg)