6 hábitos simples que podem acrescentar 20 anos à sua vida, segundo estudos

Pequenas mudanças no cotidiano podem ter um impacto significativo na longevidade. De acordo com pesquisas recentes, incorporar hábitos simples, como caminhar regularmente ou explorar a criatividade, pode aumentar sua expectativa de vida.

Aqui estão alguns hábitos recomendados pela ciência que podem prolongar sua vida e promover um bem-estar geral:

  1. Caminhar Diariamente
    Estudos sugerem que uma caminhada de apenas 10 minutos por dia pode adicionar até um ano à sua vida. Caminhar 30 minutos diários pode resultar em um aumento de até 2,5 anos na expectativa de vida para homens e 1,4 anos para mulheres, de acordo com pesquisadores da Universidade de Leicester. A prática regular de exercícios, mesmo que moderada, melhora a saúde cardiovascular e o bem-estar geral.
  2. Manter uma Atitude Otimista
    Ser otimista pode ter um efeito comparável ao exercício físico na longevidade. Pesquisa com mais de 150.000 mulheres revelou que aquelas com uma visão mais positiva da vida viveram cerca de 4,5 anos a mais. O bem-estar emocional é crucial para uma vida mais longa e saudável.
  3. Participar de Atividades Criativas
    Envolver-se em atividades criativas como pintura, desenho ou tocar um instrumento pode adicionar até 10 anos à sua vida. Estudos mostram que a prática de atividades artísticas reduz o estresse e melhora a saúde mental, independentemente do nível de habilidade.
  4. Socializar Regularmente
    Manter amizades e uma rede social sólida é essencial para uma vida longa. Pesquisas indicam que ter um círculo social ativo pode contribuir para uma expectativa de vida maior, mesmo se a pessoa não seguir um estilo de vida perfeitamente saudável. Laços afetivos são fundamentais para o bem-estar físico e emocional.
  5. Ler Com Frequência
    A leitura regular pode aumentar a longevidade, especialmente para pessoas com mais de 50 anos. Um estudo de 2016 publicado na revista Social Science & Medicine revelou que leitores frequentes têm uma expectativa de vida média de dois anos a mais em comparação com não leitores. A leitura não apenas oferece relaxamento, mas também estimula o cérebro e melhora a saúde cognitiva.
  6. Buscar Educação Contínua
    Investir em educação pode prolongar a vida. De acordo com uma pesquisa publicada na revista The Lancet, a cada ano adicional de estudo, o risco de morte diminui em 2%. A educação promove comportamentos saudáveis e capacita a tomada de decisões informadas sobre a própria saúde.

Esses hábitos simples podem ser facilmente incorporados ao dia a dia e têm o potencial de não só aumentar a sua longevidade, mas também melhorar a qualidade de vida ao longo dos anos.

Fonte: catracalivre

Intersexo: entenda condição de atleta que compete nas Olimpíadas

Imane Khelif, atleta da Argélia que participou dos Jogos Olímpicos de Paris e venceu a italiana Angela Carini no boxe, é uma pessoa intersexo. No entanto, vem sendo alvo de desinformação nas redes, com posts que alegam que é, na verdade, transgênero.

O QUE É SER INTERSEXO?

Intersexo é uma condição em que a pessoa possui órgãos genitais femininos e cromossomos sexuais masculinos (XY).

A condição intersexo é diferente de ser transgênero. Enquanto uma pessoa transgênero não se identifica com o sexo atribuído ao nascimento, Imane Khelif nasceu com órgãos femininos, mas com cromossomos e níveis hormonais típicos do corpo masculino.

Segundo a Abrai e o Escritório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), pessoas intersexo possuem características sexuais inatas que podem não corresponder aos padrões médicos ou sociais esperados para o sexo masculino ou feminino.

Essas características podem incluir variações nos cromossomos, órgãos genitais e níveis hormonais. Algumas pessoas intersexo apresentam essas características desde o nascimento, enquanto outras só as revelam na puberdade ou em estágios mais avançados da vida. Estima-se que entre 0,05% e 1,7% da população mundial seja intersexo, o que representa até 3,5 milhões de pessoas no Brasil.

Essas pessoas podem ter alterações hormonais, genitais ambíguos e diferenças anatômicas, ou mesmo um código genético diferente do padrão típico. Por exemplo, uma pessoa pode ter um corpo fisicamente feminino, mas um código genético XY, o que pode impactar o desenvolvimento e a produção hormonal.

De acordo com o comitê olímpico, ela está apta a competir na categoria feminina devido à sua identidade de gênero.

Cura da calvície? Estudo descobre gel que promove crescimento de cabelo

Pesquisadores da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e da COMSATS, no Paquistão, podem ter acidentalmente descoberto uma possível cura para a calvície. O estudo revelou que o gel de 2-desoxi-D-ribose, um açúcar natural, promoveu o crescimento de cabelo nas áreas onde foi aplicado. A descoberta foi feita enquanto os cientistas investigavam como o açúcar poderia auxiliar na cicatrização de feridas.

ESTUDO

Durante os experimentos com ratos, o gel foi aplicado para observar seus efeitos na recuperação de feridas. Os pesquisadores ficaram surpresos ao notar que o pelo dos animais cresceu nas áreas tratadas. Essa observação inesperada levou os cientistas a aprofundar os estudos sobre o potencial do gel para tratar a calvície.

A aplicação do gel estimulou a recuperação dos vasos sanguíneos nos locais de tratamento, promovendo o crescimento do cabelo. Sheila MacNeil, professora emérita de engenharia de tecidos na Universidade de Sheffield, explicou que o 2-desoxi-D-ribose melhora o fluxo sanguíneo para os folículos capilares, o que pode tornar o gel tão eficaz quanto o minoxidil, um tratamento comum para a calvície, mas sem os efeitos colaterais associados.

A perspectiva de um tratamento natural e não-invasivo é promissora e anima os cientistas, oferecendo uma nova esperança para aqueles que sofrem de perda de cabelo.

A calvície, que pode ser causada por fatores genéticos, hormonais ou condições de saúde, é um problema complexo. A calvície hereditária é a forma mais comum e está ligada a uma sensibilidade genética aos hormônios masculinos. Hormônios desequilibrados, condições de saúde e estresse também podem contribuir para a perda de cabelo.

Vacina contra Alzheimer? Entenda como a nova imunoterapia pode combater a doença

A AC Immune, uma startup suíça de biotecnologia, está desenvolvendo a ACI-24.060, uma imunoterapia projetada para retardar a progressão do Alzheimer. Essa terapia inovadora tem como alvo a proteína beta-amiloide, que se acumula no cérebro e é central no desenvolvimento da doença. Embora não seja uma vacina no sentido tradicional, a ACI-24.060 ensina o sistema imunológico a reconhecer e eliminar as formas tóxicas dessa proteína, funcionando de maneira semelhante a uma vacina.

Os testes da ACI-24.060 estão atualmente na fase 1a/2 ABATE, iniciados em 2022 e com previsão de conclusão em junho de 2026. Esta fase envolve múltiplas administrações intramusculares ao longo de 12 meses, com relatos preliminares de aplicação sem efeitos colaterais significativos, conforme mencionado por Andrea Pfeifer, cofundadora e presidente da AC Immune.

Os resultados dos primeiros seis meses dos testes são esperados para agosto, com expectativas elevadas para avanços significativos ao completar um ano de estudo.

Quanto à disponibilidade no Brasil, a fase 3 dos testes, conduzida pela biofarmacêutica Takeda, incluirá participantes brasileiros, entre outros países. Andrea Pfeifer indica que essa etapa poderá iniciar em 2026, dependendo dos resultados obtidos este ano.

A inclusão do Brasil é estratégica devido à sua vasta população e à experiência de seus centros de pesquisa em estudos clínicos de alta complexidade. Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamentos que mitigam sintomas do Alzheimer, mas sem evolução significativa nas últimas décadas. Portanto, se a ACI-24.060 obtiver sucesso e for aprovada no Brasil, representará um avanço substancial no tratamento dessa condição neurodegenerativa.

Informações da Folha de S. Paulo.

Harvard alerta sobre dois remédios que podem elevar o risco de cegueira

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Harvard nos Estados Unidos alertou para um maior risco de desenvolvimento de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (NOIA-NA) associado ao uso dos medicamentos Ozempic e Wegovy, indicados para tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

O estudo, conduzido pelos cientistas do Mass Eye and Ear, um hospital especializado em oftalmologia e otorrinolaringologia afiliado a Harvard, está publicado na revista científica JAMA Ophthalmology

O QUE É NOIA-NA E QUAIS SÃO SEUS EFEITOS?

A NOIA-NA é uma condição rara causada pela diminuição do fluxo sanguíneo para o nervo óptico, podendo resultar em danos irreversíveis e eventual cegueira. A condição é indolor e pode progredir ao longo de vários dias, sem opções de tratamento conhecidas para reverter os danos causados.

POR QUE O ESTUDO FOI INICIADO?

O estudo foi iniciado em meados de 2023, após três casos de perda de visão devido à NOIA-NA serem relatados em uma semana entre pacientes que utilizavam semaglutida, o princípio ativo tanto do Ozempic quanto do Wegovy. Apesar de rara, estima-se que ocorram cerca de 10 casos a cada 100 mil pessoas. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 17 mil pacientes tratados no Mass Eye and Ear ao longo de seis anos, identificando uma incidência significativamente maior de NOIA-NA entre os usuários desses medicamentos.

QUAIS FORAM OS RESULTADOS?

Entre os pacientes com diabetes tipo 2, 8,9% dos que utilizavam Ozempic desenvolveram NOIA-NA, comparado a 1,8% dos que utilizavam outros tratamentos, resultando em um risco ajustado 4,28 vezes maior. Entre os pacientes com obesidade tratados com Wegovy, 6,7% desenvolveram NOIA-NA, comparado a 0,8% dos que utilizavam outros medicamentos, apresentando um risco ajustado 7,64 vezes maior.

POSIÇÃO DOS FABRICANTES

A Novo Nordisk, empresa farmacêutica responsável pelos medicamentos, afirmou que a segurança dos pacientes é sua principal prioridade e que está comprometida em investigar todos os relatos de eventos adversos. A NOIA-NA não está atualmente listada como uma reação adversa conhecida dos medicamentos contendo semaglutida.

Tratamento contra tumores sólidos é desenvolvido por cientistas da USP e da Índia

Um avanço significativo na luta contra o câncer foi alcançado por cientistas da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) em colaboração com institutos de pesquisa da Índia. O tratamento inovador, considerado promissor, visa combater tumores sólidos, como os cânceres de próstata, mama, colo de útero, pulmão, intestino, estômago e pele.

Publicado no renomado Journal of Controlled Release, o estudo detalha a eficácia do tratamento contra tumores sólidos através da inibição do microambiente tumoral inflamatório, uma abordagem que pode representar uma alternativa promissora no combate a esses tipos de câncer.

Os tumores sólidos, por sua natureza, apresentam desafios consideráveis no tratamento, devido à dificuldade de penetração dos medicamentos. O microambiente tumoral inflamatório, onde os tumores se desenvolvem, contém células e substâncias que, em vez de combater o tumor, contribuem para seu crescimento, dificultando a ação das células de defesa do organismo.

O tratamento desenvolvido pelos cientistas consiste em nanomicelas, partículas minúsculas com dimensões entre 1 e 100 nanômetros, compostas por uma combinação de fosfolipídios, docetaxel e dexametasona. Essas substâncias, já utilizadas na produção de anti-inflamatórios e no combate às células tumorais, mostraram-se eficazes em estudos realizados em animais de laboratório, reduzindo significativamente o tamanho dos tumores e aumentando a sobrevida dos animais.

“A diminuição superior a cinco vezes no volume do tumor, em comparação com tumores não tratados no modelo de câncer de cólon, demonstra a eficácia do tratamento”, destaca Avinash Bajaj, chefe do Laboratório de Nanotecnologia e Química Biológica do Centro Regional de Biotecnologia de Faridabad, na Índia.

Embora os estudos tenham sido conduzidos em animais, os resultados promissores abrem caminho para pesquisas em humanos, pois as partículas são compostas por substâncias já aprovadas para uso humano. Essa descoberta representa um importante avanço na busca por novas terapias contra o câncer e oferece esperança para milhões de pacientes em todo o mundo.

Estudos analisam a tolerância térmica de animais

Um estudo recente liderado por Agustín Camacho, da Universidade de Madri, revela as conexões vitais entre a tolerância térmica e a migração de animais em todo o mundo, em meio às preocupações crescentes sobre as mudanças climáticas. A pesquisa, que contou com a participação de pesquisadores do Instituto de Biociências da USP, identificou uma variável crucial, denominada Temperatura Voluntária Máxima (Tmáx), que indica os níveis de calor suportáveis pelos animais. Essas descobertas têm implicações significativas para a compreensão do impacto das mudanças climáticas na sobrevivência das espécies.

Ao analisar dados sobre a distribuição geográfica das espécies e suas tolerâncias térmicas, os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre a Tmáx e os limites geográficos das espécies. O estudo destacou a importância da adaptação das espécies às mudanças climáticas e ressaltou a necessidade de medidas de conservação para proteger as populações vulneráveis. Os resultados foram publicados na revista Science of the Total Environment e oferecem insights valiosos para a preservação da biodiversidade em face das alterações climáticas iminentes.

*Com informações de Jornal da USP

Eclipse total do Sol acontece nesta segunda-feira, 8

Enquanto o eclipse total do Sol de 2024 encanta espectadores na América do Norte e parte da Europa Ocidental, o Brasil ficará de fora deste espetáculo astronômico. O fenômeno, que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, projetando uma sombra sobre o planeta, será visível apenas no Canadá, Estados Unidos e México, com uma visão parcial em algumas regiões da América Central e Europa Ocidental.

Para os brasileiros interessados em acompanhar o evento, o Observatório Nacional, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, realizará uma transmissão ao vivo em seu canal no YouTube a partir das 12h30, mostrando as fases parciais do eclipse até o alinhamento total da Lua, Terra e Sol. No entanto, a visualização dependerá das condições climáticas em cada localidade.

O eclipse solar total deste ano terá início às 12h42, atingirá seu ápice às 15h17 e terminará às 17h52 no horário brasileiro. Os melhores lugares para observá-lo serão no norte do México, Texas, sul dos EUA e leste do Canadá.

Além disso, outros eventos astronômicos estão previstos para este ano, como a Super Lua Nova em abril e uma chuva de meteoros esperada entre os dias 21 e 22 de abril, dependendo da localização do observador.

Partícula semelhante ao Gráviton é encontrada em material quântico

Um artigo recentemente publicado na revista Nature pode representar um avanço significativo na busca pela comprovação experimental dos grávitons, as partículas elementares teoricamente responsáveis pela transmissão da força da gravidade. O estudo, liderado pelo professor de física Lingjie Du da Universidade de Nanjing, China, focou em excitações coletivas chamadas modos grávitons quirais (CGMs), realizando testes em um material semicondutor.

Os CGMs, partículas similares aos grávitons, foram observados em uma espécie de matéria condensada conhecida como líquido de efeito Hall quântico fracionário (FQHE), composto por sistemas de elétrons bidimensionais sob condições extremas. A equipe utilizou luz circularmente polarizada para interagir com essas partículas, observando mudanças no spin dos fótons que sugerem a existência dos CGMs.

Embora não seja uma confirmação direta dos grávitons, o estudo representa um importante passo na compreensão da física de altas energias e da física da matéria condensada, podendo eventualmente contribuir para a unificação das teorias da mecânica quântica e da relatividade geral de Einstein.

Mês de abril terá eclipse solar total e chuva de meteoros

Abril reserva dois espetáculos celestes imperdíveis para os amantes da astronomia ao redor do mundo. O ápice do mês acontece no dia 8, com a ocorrência de um eclipse solar total. Durante esse fenômeno, a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, projetando sua sombra sobre uma pequena região do nosso planeta. Os observadores situados no “caminho da totalidade”, que abrange partes dos Estados Unidos e do Canadá, terão a oportunidade de testemunhar a impressionante ocultação do Sol pela Lua, revelando a misteriosa coroa solar. Para aqueles que não puderem estar presentes no local do evento, a NASA transmitirá ao vivo pela internet.

Além do eclipse, o céu também nos presenteia com a chuva de meteoros Líridas, originada dos destroços deixados pelo cometa C/1861 G1 Thatcher. Este espetáculo anual, que costuma ocorrer entre os dias 16 e 25 de abril, atingirá seu auge na noite de 22 para 23. Embora seja mais visível no hemisfério norte, os brasileiros, especialmente os das regiões Norte e Nordeste, terão a oportunidade de apreciar o espetáculo, desde que em locais com pouca poluição luminosa. Prepare-se para contemplar até 18 meteoros por hora riscando o céu com suas trilhas luminosas.