Projeto inclui extensão de avenida e criação de complexo hospitalar moderno com mais de 200 novos leitos
A construção da nova Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto está diretamente ligada a mudanças na mobilidade urbana da zona Sul da cidade. Parte do projeto prevê o prolongamento da avenida Lygia Latuf Salomão, que dará acesso a quatro das futuras entradas da unidade hospitalar. Além disso, a avenida Independência também será uma das vias de chegada ao novo complexo, cujas obras começaram em fevereiro deste ano.
O prolongamento da Lygia Latuf Salomão ligará a rotatória da praça Nadir Freitas Monteiro da Silva até a avenida Adelmo Perdizza, recentemente duplicada. Segundo a Secretaria de Planejamento, o projeto de engenharia da extensão está em fase avançada de desenvolvimento. O estudo de impacto da nova unidade hospitalar foi concluído no fim de maio, reforçando a viabilidade da obra viária para dar suporte ao novo fluxo urbano e hospitalar na região.
Avaliada em R$ 526,3 milhões, a nova unidade ocupará uma área de quase 58 mil metros quadrados em um terreno adquirido pela USP. A obra será executada em duas etapas, com a primeira fase recebendo R$ 64 milhões — parte desses recursos vem do Tesouro Estadual e o restante de emendas parlamentares. O novo hospital vai ampliar significativamente a capacidade de atendimento do atual HC, adicionando 217 leitos aos 183 já existentes.
A nova estrutura oferecerá atendimento em diversas especialidades, como medicina de emergência, neurologia, traumatologia ortopédica, neurocirurgia, pediatria, entre outras. Além dos setores de urgência e emergência, a unidade contará com centros cirúrgicos, leitos de CTI adulto e infantil, área para queimados e espaços voltados à saúde mental, incluindo apoio psicológico e assistência social.
Além da unidade principal, o projeto prevê a criação de um grande complexo de saúde e serviços públicos. O Conselho Universitário da USP vota nesta terça-feira (3) a aquisição definitiva da área de 795 mil metros quadrados. O espaço também deverá abrigar escritórios jurídicos, laboratórios, uma farmácia universitária, museu, e promover a integração do Hospital Estadual de Ribeirão Preto. O antigo Hospital Santa Tereza será transformado em centro especializado em saúde mental.