A medida ocorre dias depois de Trump ter suspenso o financiamento dos EUA à Organização Mundial da Saúde, ligada à ONU.
A Argentina anunciou, nesta quarta-feira (5), que se retirará da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi comunicada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, e ocorre poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar uma ordem executiva determinando a saída dos EUA da mesma organização.
A medida da Argentina segue o movimento de Trump, que durante sua posse, em janeiro, assinou a ordem para retirar os Estados Unidos da OMS. Os EUA, antes da decisão, eram os principais financiadores do organismo internacional, vinculado à ONU.
De acordo com o jornal argentino “La Nación”, a saída será formalizada por meio de um decreto a ser assinado pelo presidente Javier Milei. Essa decisão marca a primeira ação significativa do novo governo de Milei, que, conforme fontes citadas pelo jornal, pretende continuar com a retirada da Argentina de outros organismos internacionais nos próximos dias.
O governo argentino justificou a retirada com o alto custo da participação na OMS, que chega a aproximadamente US$ 10 milhões por ano, cerca de R$ 58 milhões. Além disso, o governo citou os gastos adicionais com salários, diárias e assessores do representante argentino na organização.
Desde que assumiu a presidência em dezembro de 2023, Milei tem adotado uma postura mais alinhada com o governo de Trump. Ambos compartilham uma ideologia conservadora, e essa decisão reflete a crescente aproximação entre os dois países.