Professores protestam contra o uso de plataformas digitais em escolas de SP

Professores da rede pública estadual de São Paulo iniciaram nesta segunda-feira, 13, um movimento de protesto contra o uso de plataformas digitais nas escolas. A chamada “greve dos aplicativos”, organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), tem previsão de durar até o dia 19 de maio, com o objetivo de reivindicar maior autonomia para os educadores.

Segundo a Apeoesp, o uso dessas ferramentas tecnológicas pelo governo estadual interfere na liberdade dos professores em escolher métodos de ensino adequados e ter acesso a materiais didáticos de qualidade. Além disso, a entidade denuncia a substituição dos livros físicos por conteúdo digital com erros graves de informação.

Uma medida controversa anunciada pela Secretaria Estadual de Educação foi o uso do ChatGPT, uma inteligência artificial, na criação de material didático. Essa decisão gerou críticas dos professores, que agora são responsáveis por revisar os conteúdos gerados pela IA. A Apeoesp destaca a importância de preservar a liberdade de ensino dos docentes e o direito de escolha sobre os recursos pedagógicos mais adequados para cada situação.

ChatGPT será implementado na produção de materiais escolares

O governo do Estado de São Paulo planeja incorporar o ChatGPT, uma ferramenta de inteligência artificial, na produção de material didático para as aulas digitais das escolas estaduais, conforme relatado pela Folha de S.Paulo. A IA será encarregada de criar a primeira versão dos conteúdos com base nos temas definidos pela Secretaria de Educação, enquanto os professores farão a revisão para garantir a adequação pedagógica.

Com a implementação do ChatGPT, a Secretaria de Educação pretende otimizar a produção de materiais para cerca de 3,5 milhões de estudantes, começando pelos alunos do ensino fundamental II e médio a partir do terceiro bimestre. A decisão de utilizar essa tecnologia foi tomada pelo secretário de educação, Renato Feder, como parte dos esforços para melhorar a qualidade do ensino e acompanhar os avanços digitais na educação.

Escola estadual é condenada a pagar indenização de R$ 10 mil a estudante de Ribeirão Preto

A Justiça determinou que o Estado indenize em R$ 10 mil a família de um estudante de Ribeirão Preto, após ele relatar ter sido agredido por uma professora da rede estadual Dr. Edgardo Cajado, localizada na zona Norte da cidade.

O incidente ocorreu em agosto de 2022 e foi capturado por uma câmera de segurança. As imagens mostram o momento em que a professora se aproxima do aluno e toca a ponta de uma caneta nele. Em seguida, ela coloca a mão bruscamente em sua testa.

Na época, o jovem, com 13 anos, informou à família que foi agredido e repreendido com um palavrão pela professora. Ele relatou que, ao retornar do intervalo, estava com enxaqueca e inclinado na cadeira. A professora o questionou sobre por que ele não estava realizando as atividades, cutucou-o com uma caneta, simulou verificar sua temperatura e deu um tapa em sua cabeça.

A decisão foi emitida na terça-feira (19) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que considerou que o Estado falhou em impedir a agressão física e verbal sofrida pelo adolescente. Além da indenização, o Estado deve arcar com todas as despesas do processo. A quantia estipulada tem o intuito de desencorajar situações semelhantes.

O promotor Carlos Cezar Barbosa espera que a punição sirva como exemplo para evitar a ocorrência de casos similares. “Situações dessa natureza são típicas de produção de danos morais. Esse é um dos grandes objetivos do instituto da moral. Desestimular condutas similares, condutas da mesma natureza que também podem causar danos morais”, destacou o promotor.

O advogado Eduardo Schiavoni, representante do aluno e da mãe na ação, considerou a decisão importante para reforçar a responsabilidade do Estado em relação aos cuidados com os alunos. “A rede de ensino tem o dever de cuidar dos alunos e é responsável pelo que ocorre dentro de suas paredes, principalmente quando o autor da agressão é o professor”, ressaltou o advogado.

A Secretaria Estadual da Educação informou que a professora está afastada do cargo, sem receber salário, desde 2022, e enfrenta um processo administrativo interno.

Escola Prof.ª Dra. Eneida Pereira dos Santos Aguiar é inaugurada no Jardim Cristo Redentor

A Prefeitura de Ribeirão Preto, por meio da Secretaria da Educação, inaugurou no último sábado, dia 20, a 16ª escola, do plano de expansão, que prevê entregar vinte e cinco até o final de 2024. A EMEF Professora Doutora Eneida Pereira dos Santos Aguiar, localizada no bairro Jardim Cristo Redentor, vai atender 800 estudantes do 1º ao 5º ano. O investimento total da construção é de R$ 10.331.033,40. A solenidade contou com a presença de diversas autoridades e a população do bairro.

“Hoje é um dia muito especial. Inaugurar uma escola é sempre motivo de muito orgulho, principalmente nesta região, onde eu pude acompanhar todo o progresso, desde o nascimento”, pontuou o prefeito, Duarte Nogueira.

Ainda de acordo com Nogueira, “Educação é prioridade no meu governo, por isso continuamos com as construções de novas unidades escolares em todas as regiões da cidade, gerando mais de 8 mil novas vagas. Tudo isso para entregar uma educação de qualidade para todos”.

A escola conta com uma área de 3.200 m2, uma quadra coberta e uma descoberta, 14 salas de aula, refeitório, cozinha, sala dos professores, secretaria, sala de recursos, laboratórios de informática, matemática e ciências, copa, almoxarifado, sala da gestão escolar, coordenação, pátio coberto e descoberto.

“Educação é investimento, e é exatamente isso que esse governo fez e faz. São novas escolas, reformas, novos uniformes, inclusive pela 1ª vez na história, entregamos uniforme de inverno, novos brinquedos, computadores, kits multimídias, climatização de todas as salas de aulas, verdejamento, programas voltados à recuperação da aprendizagem, reestruturação da Língua Inglesa e inserção do Inglês para a educação infantil, chamamento de professores, abertura de concurso público, enfim, trabalhamos para deixar um legado para a nossa cidade”, completou o secretário da educação, Felipe Elias Miguel.