O primeiro fim de semana do festival The Town passou, e ficou marcado por shows icônicos, contratempos, presença de celebridades, chuva intensa e talentos brasileiros se destacando.
Transporte Problemático
O início do festival foi marcado por problemas no transporte público de São Paulo. Apesar da organização ter recomendado o uso do metrô e trem para o festival, a linha 9-esmeralda enfrentou longos atrasos desde a manhã do sábado, 2. O estudante de fisioterapia, Matheus França, descreveu o caos no metrô, com superlotação e problemas técnicos que causaram atrasos para chegar no evento. “Peguei o metrô na estação Vila Olímpia. Tinha muitos policiais nas estações e sinalização pro show, assim como para qual lado do metrô deveria pegar. Estava muito lotado, bem apertado e calor no metrô, teve uma hora que ficou um bom tempo parado, pois um vagão quebrou. Com o calor, pessoas começaram a passar mal dentro dos vagões”, disse.
Desorganização na Entrada
Relatos de desorganização, “vendedores” de lugares na fila e atrasos na revista de segurança à medida que o público chegava ao Autódromo de Interlagos foram comuns. Matheus também mencionou a demora na fila para entrar no evento devido à revista de segurança. Embora tenha elogiado a organização em relação à segurança, ele destacou a dificuldade de entrar no evento. “Um festival grande desse deveria ter mais de uma entrada. Dificultou demais para entrar no festival, pois a fila era gigante pra entrar”, afirmou.
Condições Climáticas Adversas
São Paulo, conhecida pela garoa, não decepcionou seu apelido. Por volta das 18h, uma chuva intensa caiu sobre o autódromo, atrapalhando os planos do público presente.
A praça de alimentação, um dos poucos espaços cobertos do festival, atingiu sua capacidade máxima de 2 mil pessoas após o início da chuva, resultando no fechamento das portas. A entrada era permitida apenas quando outros clientes deixavam o local. No entanto, do lado de fora, onde muitos esperavam sob a chuva, sem abrigo, ocorreram tumultos, e seguranças precisaram intervir para conter tentativas de forçar a entrada.
França disse que a chuva afetou a organização do evento e mencionou que, ao contrário de outros festivais, o show não foi interrompido durante os fortes temporais, o que levantou questões sobre a segurança dos participantes.
Os vendedores de capas de chuva tiveram um dia de vendas aquecido, com cada capa sendo negociada por R$ 20. Apesar disso, qualquer espaço com algum teto ou proteção virou ponto de encontro para se abrigar da chuva.
Diversidade Musical
O dia de abertura do The Town contou com uma mistura de gêneros musicais, incluindo shows relativamente curtos e uma fusão inusitada de estilos. Demi Lovato se destacou com uma performance de heavy metal em meio a um cenário de funk e hip-hop. Os artistas brasileiros, como Criolo, Planet Hemp, trouxeram emoção e diversidade à cena musical local. Os Racionais Mc’s fizeram um show digno de sua história, debaixo de muita chuva, o grupo performou “Jesus Chorou”, fazendo todos os espectadores ficarem de boca aberta com sua apresentação.
Demi Lovato impressionou com versões roqueiras de seus hits e dividiu o palco com Luísa Sonza em um esperado dueto em “Penhasco2”.
Segundo dia de evento
O segundo dia de festival ficou marcado pela apresentação icônica de Bruno Mars, que cantou “Evidências”, de Chitãozinho e Chororó, e deu aula de dança no palco. Com seu repertório musical rico e variado, o cantor foi o ponto alto da noite do festival.
A chuva não esteve presente no segundo dia, portanto a organização do show e de transportes foram melhores do que no primeiro dia. Por conta da apresentação de Bruno Mars, a saída do festival ficou congestionada.
Os artistas que se apresentaram no domingo, 3, foram Alok, Luísa Sonza e Bebe Rexha.