Um estudo recente conduzido pela Universidade Harvard trouxe à tona as profissões que mais causam infelicidade entre os trabalhadores. Realizado em 2017, o estudo revelou que mais de 40% das pessoas se sentem insatisfeitas com seus empregos, destacando áreas como técnico de farmácia, engenheiro de projetos, professor e assistente administrativo como as mais afetadas.
Além das descobertas de Harvard, o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, em seu livro “Sociedade do Cansaço”, discute os impactos do ritmo exaustivo de trabalho na saúde mental. Han enfatiza a importância de equilibrar o ritmo biológico com a produtividade e questiona até que ponto as relações laborais contribuem para esses problemas.
“Se a saúde mental realmente se tornou uma prioridade para as corporações, seria importante refletir até que ponto as relações com o trabalho não estão na origem do problema”, afirmou o psiquiatra Jairo Bouer, em coluna publicada no portal UOL. “Assim, repensar as condições do emprego [como a carga horária], além das proteções e benefícios ao colaborador, poderiam ter um papel central na prevenção dos transtornos mentais.”
Abaixo está a lista das profissões identificadas pela pesquisa de Harvard como as mais propensas a causar insatisfação:
- Técnico de farmácia
- Engenheiro de projetos
- Professor
- Assistente administrativo
- Caixa
- Diretor-geral
- Analista de dados
- Representante de atendimento ao cliente
- Vendedor de varejo
- Gerente de contas de vendas
- Entregador
- Caminhoneiro
- Guarda de segurança
- Trabalhador noturno
Os principais motivos citados incluem falta de oportunidades de crescimento, salários baixos, tarefas repetitivas, jornadas longas, pressão constante, isolamento social e exposição a condições climáticas adversas, entre outros desafios enfrentados por esses profissionais no ambiente de trabalho.