Morre Fantick, ex-lateral do Comercial, aos 69 anos

Francisco de Assis dos Santos, conhecido como Fantick, faleceu na manhã desta sexta-feira (01) em Araraquara (SP), aos 69 anos, após ser diagnosticado com câncer no pâncreas.

Nascido em 16 de outubro de 1955, em São Luís (MA), ele se destacou como atleta profissional no Botafogo-PB durante a década de 1970, onde jogou por cinco anos e meio.

Em 1978, após seu sucesso no Nordeste, Fantick foi contratado pelo Comercial, onde integrou o famoso time que disputou o Campeonato Brasileiro em 1978 e 1979, sua última temporada na primeira passagem pelo clube.

No ano seguinte, ele se transferiu para a Portuguesa, uma das principais equipes do estado de São Paulo, onde jogou até 1982. Fantick também atuou por Avaí e Catuense-BA antes de retornar ao Comercial em 1985. Sua terceira e última passagem pelo clube ocorreu em 1987, após jogar pelo Taquaritinga.

Durante a década de 90, ele defendeu as camisas de Fernandópolis, Matonense, São Bento e São Caetano, onde se aposentou dos gramados em 1994. Nos últimos anos, Fantick dedicou-se a uma escolinha de futebol que leva seu nome, com o objetivo de revelar novos talentos. Ele também coordenou e treinou categorias de base da Matonense no ano passado.

A Escolinha de Futebol Fantick prestou uma homenagem nas redes sociais:

“Perdemos não apenas um grande profissional, mas também uma pessoa dedicada e querida por todos nós, sempre inspirando e cuidando de nossos jovens com tanto carinho e paixão pelo que fazia. Sabemos que o professor Fantick tocou profundamente a vida de cada um de nossos filhos, transmitindo valores que vão além do esporte. Ele deixa um legado de compromisso, amizade e amor ao futebol que sempre será lembrado em nossos corações.”

Ainda não foram divulgados os detalhes sobre o velório e o sepultamento do ex-jogador.

Zé Carlos, ex-lateral do São Paulo e jogador da Copa do Mundo de 1998, morre aos 55 anos

O ex-lateral Zé Carlos, de 56 anos, faleceu na manhã desta sexta-feira (25) em Osasco. Ele jogou pelo São Paulo e integrou a seleção brasileira na Copa do Mundo de 1998.

Natural de Presidente Bernardes, Zé Carlos estava na casa de uma sobrinha em Osasco nos últimos dias. A família estranhou sua demora em acordar e acionou o Corpo de Bombeiros, suspeitando de uma parada cardiorrespiratória. Ele foi levado ao Pronto Socorro do bairro Santo Antônio, onde foi confirmado o falecimento.

CARREIRA

Ele teve uma trajetória no futebol que, embora tardia, foi bastante rápida. Depois de passar por clubes como São José, Nacional, São Caetano e Marília, o lateral-direito se destacou na Matonense em 1997, contribuindo para o acesso do clube à Série A1 do Paulistão.

Em 1998, foi contratado pelo São Paulo como um desconhecido, mas rapidamente se tornou titular e ajudou a conquistar o título paulista. Sua atuação chamou a atenção e resultou em uma convocação inesperada para a seleção na Copa do Mundo da França. Zé Carlos atuou como reserva de Cafu, mas entrou em campo na semifinal contra a Holanda devido à suspensão do titular.

Após a Copa, Zé Carlos não foi mais convocado para a seleção, continuou no São Paulo até 2000 e depois passou por clubes como Grêmio, Ponte Preta e Joinville, encerrando sua carreira no Noroeste em 2005.

Maguila, ícone do boxe brasileiro, morre aos 66 anos

José Adilson Rodrigues dos Santos, conhecido como Maguila, faleceu nesta quinta-feira (24), em São Paulo, aos 66 anos. Ele lutava contra a encefalopatia traumática crônica, conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013. A notícia foi confirmada por sua esposa, Irani Pinheiro, em entrevista ao canal de TV “Record”.

Nascido em 11 de julho de 1958 em Aracaju, Maguila teve uma carreira de 17 anos no boxe, acumulando 77 vitórias (61 por nocaute) em 85 lutas. Seu carisma e entrevistas memoráveis conquistaram o público, e ele enfrentou grandes nomes como Evander Holyfield e George Foreman.

O interesse de Maguila pelo boxe começou na infância, assistindo lutas de Éder Jofre e Muhammad Ali. Em 2013, ele foi diagnosticado com demência pugilística, uma condição neurodegenerativa causada por repetidos golpes na cabeça, afetando também outros grandes atletas.

Os primeiros sintomas foram esquecimentos comuns, mas logo se tornaram mais graves, levando sua esposa a buscar ajuda médica. Em 2010, foi inicialmente diagnosticado com Mal de Alzheimer, mas o diagnóstico correto veio em 2013.

Após a autorização da família, Maguila decidiu doar seu cérebro para pesquisa após sua morte, com estudos a serem realizados na Universidade de São Paulo sobre os efeitos de impactos na cabeça em esportes.

Nos últimos anos, ele viveu no Centro Terapêutico Anjos de Deus, em Itu, mantendo uma rotina estruturada com fisioterapia e recordações de suas lutas.

Funcionário do Leão por 35 anos, ‘Seu Tomires’ falece aos 79 anos

O Comercial informou na tarde desta quinta-feira (24) a morte de Antônio Carlos Milano, o “Seu Tomires”, aos 79 anos.

Tomires foi goleiro do Leão na década de 60, e por 35 anos foi funcionário do Comercial. Trabalhou por 22 anos (1988 a 2010) na parte administrativa do antigo poliesportivo do clube, e por 13 anos (2010 a 2023) no estádio Palma Travassos.

“É uma pessoa muito querida no clube. Não era um ídolo no futebol, mas uma pessoa muito comercialina e muito do dia a dia. Muito triste essa perda”, declarou Mario Baio, comentarista da WSports e também torcedor alvinegro.

O clube declarou luto oficial de três dias em nota publicada na tarde desta quinta-feira:

“É com imenso pesar que o Comercial Futebol Clube informa a morte do ex-goleiro e ex-funcionário do clube, Tomires, aos 79 anos de idade, no fim da manhã desta quinta-feira (24).

Tomires é figura lendária do Leão do Norte e trabalhava na recepção do estádio Palma Travassos até dezembro do ano passado, quando se aposentou oficialmente.

Totalmente devastados, a família comercialiana, seus torcedores, funcionários, amigos e parentes estão em luto e o clube declara luto oficial de três dias.

Maiores informações sobre velório e sepultamento da nossa lenda serão informados em breve pela família de Tomires e também pelo Comercial.

Obrigado por tudo Seu Tomires. A saudade será eterna.”

Poeta e letrista Antonio Cicero morre na Suíça, aos 79 anos

Antonio Cicero, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), faleceu na Suíça na manhã desta quarta-feira (23). Ele lutava contra o Alzheimer e decidiu optar pela morte assistida. O crítico literário e filósofo deixou uma carta explicando sua escolha.

“Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade”, afirma Antonio Cicero em um trecho.

Natural do Rio de Janeiro, Cicero tinha 79 anos e ocupava a cadeira 27 da ABL desde agosto de 2017. Recentemente, ele viajou para Paris com seu parceiro, Marcelo Pies, antes de seguir para Zurique. Marcelo revelou a amigos que Cicero havia planejado a viagem à Suíça por um tempo, mantendo em sigilo os preparativos.

“Passamos alguns dias em Paris para ele se despedir da cidade que tanto admirava”, comentou Marcelo, que também compartilhou a carta de despedida com amigos.

Antonio Cicero era irmão da cantora e compositora Marina Lima, e suas poesias se tornaram famosas na voz dela. Entre suas composições estão “Fullgás”, “Para Começar” e “À Francesa”. Ele também coescreveu “O Último Romântico”, sucesso interpretado por Lulu Santos, e colaborou com artistas como Waly Salomão, João Bosco, Orlando Morais e Adriana Calcanhotto.

Carta de Antonio Cicero:

“Queridos amigos,
Encontro-me na Suíça, prestes a praticar eutanásia. O que ocorre é que minha vida se tornou insuportável. Estou sofrendo de Alzheimer.
Assim, não me lembro sequer de algumas coisas que ocorreram não apenas no passado remoto, mas mesmo de coisas que ocorreram ontem.
Exceto os amigos mais íntimos, como vocês, não mais reconheço muitas pessoas que encontro na rua e com as quais já convivi.
Não consigo mais escrever bons poemas nem bons ensaios de filosofia.
Não consigo me concentrar nem mesmo para ler, que era a coisa de que eu mais gostava no mundo.
Apesar de tudo isso, ainda estou lúcido bastante para reconhecer minha terrível situação.
A convivência com vocês, meus amigos, era uma das coisas – senão a coisa – mais importante da minha vida. Hoje, do jeito em que me encontro, fico até com vergonha de reencontrá-los.
Pois bem, como sou ateu desde a adolescência, tenho consciência de que quem decide se minha vida vale a pena ou não sou eu mesmo.
Espero ter vivido com dignidade e espero morrer com dignidade.
Eu os amo muito e lhes envio muitos beijos e abraços!”

Ídolo do Palmeiras, Tonhão morre aos 55 anos

O ex-zagueiro Antônio Carlos da Costa Gonçalves, conhecido como Tonhão, faleceu nesta terça-feira (22) aos 55 anos. Ele estava internado, e a notícia foi confirmada por um de seus filhos nas redes sociais. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Tonhão teve uma carreira marcante, passando por clubes como Goiás, Internacional, Inter de Limeira, América-SP e Nacional-SP, mas foi no Palmeiras que alcançou grande sucesso. Durante suas duas passagens pelo Verdão, entre 1988 e 1996, ele conquistou cinco títulos.

Formado pelo Palmeiras, Tonhão atuou em 161 partidas com a camisa alviverde e foi titular na conquista do Campeonato Paulista de 1993. Ele também ganhou o estadual novamente em 1994, além de conquistar o bicampeonato brasileiro nos anos de 1993 e 1994 e o Torneio Rio-São Paulo em 1994.

A Sociedade Esportiva Palmeiras expressou seu profundo pesar pela perda do ídolo, destacando a garra e o amor que ele sempre demonstrou pelo clube.

A Sociedade Esportiva Palmeiras lamenta profundamente a morte do ídolo Tonhão, aos 55 anos.

Bicampeão paulista e brasileiro em 1993 e 1994, Tonhão será sempre lembrado pela garra exibida dentro de campo e pelo amor dedicado à camisa alviverde, com a qual disputou 161 jogos e fez quatro gols.

Prestamos nossas condolências aos familiares e amigos do ex-zagueiro, com quem nos solidarizamos neste momento de imensa tristeza e saudade.

Paulo Di’Anno, ex-vocalista do Iron Maiden, morre aos 66 anos

Paul Di’Anno, conhecido como o ex-vocalista do Iron Maiden, faleceu aos 66 anos, conforme confirmado pela família do músico nesta segunda-feira (21). Ele morreu em sua residência em Salisburia, Inglaterra, mas a causa da morte não foi divulgada.

Di’Anno, cujo nome verdadeiro era Paul Andrews, foi o vocalista original da icônica banda de heavy metal entre 1978 e 1981, período em que lançou os álbuns “Iron Maiden” (1980) e “Killers” (1981). Após sua saída, Bruce Dickinson assumiu o vocal. Di’Anno vendeu os direitos de suas gravações por 50 mil libras, algo que lamentou posteriormente.

Além de sua passagem pelo Iron Maiden, ele integrou outras bandas como Gogmagog, Di’Anno’s Battlezone e Rockfellas. Entre 2008 e 2010, o Rockfellas contou com Di’Anno e três músicos brasileiros: Jean Dolabella (ex-Sepultura), Marcão (ex-Charlie Brown Jr.) e Canisso (ex-Raimundos).

O cantor teve um período de afastamento dos palcos por sete anos devido a problemas de saúde. Em junho de 2022, passou por três cirurgias no joelho na Croácia. Na ocasião, ele havia iniciado uma vaquinha online, mas o Iron Maiden contribuiu com o valor necessário para seus tratamentos.

A gravadora Conquest Music expressou pesar pela morte de Paul Di’Anno, ressaltando que, apesar de enfrentar sérios problemas de saúde nos últimos anos, que o levaram a se apresentar em uma cadeira de rodas, ele ainda conseguiu realizar mais de 100 shows desde 2023, encantando seus fãs ao redor do mundo.

Quem foi Cid Moreira, um dos rostos mais icônicos da televisão brasileira

Faleceu nesta quinta-feira (03) o jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, um dos ícones da televisão brasileira, aos 97 anos.

Cid estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, desde o dia 4 de setembro, quando deu entrada devido a insuficiência renal crônica, após ter tratado uma pneumonia em casa. Seu estado se agravou, e ele faleceu por falência múltipla dos órgãos às 8h desta manhã.

VIDA E CARREIRA DE CID MOREIRA

Sua carreira começou no rádio em 1944, quando um amigo o incentivou a realizar um teste de locução na Rádio Difusora de Taubaté. Entre 1944 e 1949, ele narrou comerciais, depois se mudou para São Paulo, onde trabalhou na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade.

Em 1951, Cid se transferiu para o Rio de Janeiro e foi contratado pela Rádio Mayrink Veiga. Foi lá que, entre 1951 e 1956, teve suas primeiras experiências na televisão, apresentando comerciais ao vivo em programas como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala” na TV Rio.

Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, no “Jornal de Vanguarda”, na TV Rio, marcando o início de sua trajetória no jornalismo televisivo. Nos anos seguintes, ele trabalhou em várias emissoras, como Tupi, Globo, Excelsior e Continental, solidificando sua presença na TV. Em 1969, Cid retornou à Globo para substituir Luís Jatobá no “Jornal da Globo”, e no mesmo ano foi convidado para integrar a equipe do recém-criado “Jornal Nacional”, o primeiro telejornal transmitido em rede no Brasil. A estreia aconteceu em setembro de 1969, e Cid dividiu a bancada com Hilton Gomes.

Durante 26 anos, Cid foi o rosto principal do JN, tornando sua voz sinônimo de credibilidade e seu “boa-noite” um marco na televisão brasileira. De acordo com o Memória Globo, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional aproximadamente 8 mil vezes.

Em 1996, uma reformulação trouxe novos apresentadores, William Bonner e Lillian Witte Fibe, e Cid passou a se dedicar à leitura de editoriais. Ele também participou do “Fantástico” desde sua estreia em 1973, revezando com outros apresentadores.

Na década de 1990, Cid começou a gravar salmos bíblicos e, em 2011, conseguiu gravar a Bíblia completa, um projeto que fez muito sucesso.

Em 2010, sua biografia, “Boa Noite – Cid Moreira, a Grande Voz da Comunicação do Brasil”, escrita por sua esposa Fátima Sampaio Moreira, foi lançada. Durante a Copa do Mundo daquele ano, ele gravou a famosa vinheta “Jabulaaani!” para a cobertura do “Fantástico” e programas esportivos da Globo, acrescentando mais um capítulo à sua ilustre carreira.