Medicamento mais popular da atualidade reduz gordura no fígado, diz estudo

Um estudo clínico envolvendo a semaglutida, princípio ativo do medicamento Wegovy, mostrou resultados animadores no combate à gordura no fígado e à fibrose hepática. Essas condições, se não tratadas, podem evoluir para cirrose e até câncer.

A pesquisa, conduzida pela farmacêutica Novo Nordisk, destaca o potencial da droga em oferecer uma nova abordagem para o tratamento dessas doenças.

Resultados promissores em pesquisa

O estudo avaliou 800 pacientes ao longo de 72 semanas, comparando os efeitos da semaglutida em doses de 2,4 mg com um placebo. Durante o período, todos os participantes foram orientados a adotar hábitos mais saudáveis, como dieta equilibrada e prática de exercícios físicos.

Os resultados indicaram que 63% dos pacientes tratados com o medicamento apresentaram redução significativa da inflamação no fígado, enquanto 37% mostraram avanços na fibrose hepática. Além disso, houve uma diminuição de até 40% nos níveis das enzimas ALT, AST e GGT, que indicam a saúde do fígado.

Riscos associados à gordura no fígado

O acúmulo excessivo de gordura no fígado, acima de 5%, pode desencadear inflamações graves, aumentando os riscos de cirrose e câncer. De acordo com o Ministério da Saúde, o sobrepeso é responsável por cerca de 60% dos casos dessa condição no Brasil. Atualmente, o tratamento disponível baseia-se em mudanças no estilo de vida e no controle de doenças relacionadas, pois ainda não existem medicamentos aprovados para tratar diretamente o problema.

Caminho para aprovação

Com os dados preliminares positivos, a Novo Nordisk planeja solicitar a aprovação da semaglutida para tratar gordura no fígado junto à Anvisa e outras agências reguladoras internacionais. O estudo, intitulado Essence, abrange 39 países, incluindo o Brasil, e envolve mais de 1,2 mil pacientes. Resultados completos estão previstos para 2029.

Impacto na saúde pública

Martin Holst Lange, vice-presidente da Novo Nordisk, destacou que a gordura no fígado em estágio avançado afeta uma em cada três pessoas com sobrepeso ou obesidade, representando um desafio significativo para a saúde pública. A semaglutida, ao abordar de forma eficaz essa condição, pode preencher uma lacuna importante nos tratamentos atuais.

Outros aliados para a saúde hepática

Além do medicamento, pesquisas sugerem que o consumo moderado de café pode reduzir a gordura no fígado em até 75%, contribuindo para a diminuição da inflamação e proteção da saúde hepática. Essas descobertas reforçam a importância de explorar múltiplas estratégias no combate a problemas hepáticos.

Fonte: catracalivre

Coceira, dor de cabeça e outros sinais de atenção com a saúde do fígado

Não são tempos fáceis para o fígado. Alimentos ultraprocessados, agrotóxicos, microplásticos… A alimentação contemporânea predominante contribui com a sobrecarga desse órgão vital que todo dia administra a ingestão de químicos, gorduras, corantes, conservantes e aromatizantes, entre outras substâncias e toxinas que dependem das funções hepáticas para serem direcionadas e/ou eliminadas.

Também é do fígado a tarefa de metabolizar e armazenar nutrientes, ou seja, as partes boas da alimentação também passam por esse “portão”, para ficarem prontas para serem absorvidas e utilizadas pelo corpo.

A Dra. Patricia Almeida, Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o próprio organismo trabalha para eliminar naturalmente as toxinas, usando veículos como a transpiração, a respiração, as fezes e a urina. Porém, quando há um exagero, o corpo pode sofrer os efeitos e sinalizar que existe um desequilíbrio no fígado, que passa a trabalhar com uma carga maior para filtrar as impurezas do sangue”, pondera a especialista.

É por essa razão que se torna importante saber “ouvir” o fígado, pois, quando fica difícil para ele, o corpo todo pode ficar comprometido. “E na maioria das vezes, os problemas hepáticos são silenciosos. A pessoa demora a apresentar sinais clínicos e sintomas”, explica a Dra. Patricia, ao elencar importantes pontos de alerta do fígado, que exigirão cuidados:

1. COCEIRA NA PELE

A coceira na pele pode ser um sintoma de doenças hepáticas. Quando o fígado não está saudável, substâncias tóxicas podem se acumular no sangue e causar irritação na pele.


2. HEMATOMAS APÓS PANCADAS LEVES

O paciente com doença hepática pode apresentar uma maior facilidade em desenvolver equimoses (manchas roxas na pele) e sangramentos após traumas de pequena intensidade. Isto ocorre porque o fígado é responsável pela produção de proteínas que participam do sistema de coagulação do sangue.

3. URINA COM COR MUITO ESCURA OU CHEIRO FORTE

Embora também possam indicar infecções urinárias ou intestinais, mudanças devem ser observadas com cuidado: urina escura, num tom parecido com o da Coca-Cola, pode apontar um problema hepático devido ao acúmulo de gordura no fígado. Em geral, a tonalidade saudável da urina é amarelo-pálido.

4. DOR DE CABEÇA FREQUENTE

É comum que os pacientes com suspeita de doença hepática também sofram com tonturas e enjoos, além de dor de cabeça frequente.

5. FALTA DE APETITE

Fraqueza, falta de apetite, letargia e baixo rendimento físico e mental podem apontar disfunções no fígado. Como o órgão trabalha no armazenamento de vitaminas A, D, E e K, essenciais para manter bons níveis de energia, seu comprometimento por acúmulo de toxinas dificulta a filtragem do sangue e a oxigenação das células. O resultado é pouco pique, falta de apetite e um cansaço constante.

Dor no canto superior da barriga e cansaço extremo podem ser sintomas de doença grave no fígado; entenda

A esteatose hepática, ou doença hepática gordurosa, é uma condição que pode ter graves consequências para a saúde. Às vezes, sintomas aparentemente pequenos perto do fígado podem sinalizar um problema mais sério. Conhecer os sinais dessa doença é essencial para garantir uma detecção precoce e prevenir complicações.

A esteatose hepática é caracterizada pelo acúmulo de gordura nas células do fígado. Em seus estágios iniciais, essa condição pode não apresentar sintomas, tornando o monitoramento regular e um estilo de vida saudável fundamentais para a prevenção.

CINCO SINAIS QUE PODEM INDICAR DOENÇA GRAVE NO FÍGADO

Dor no canto superior direito da barriga;
Cansaço extremo;
Perda de peso e de apetite sem nenhum motivo aparente;
Fraqueza;
Aumento do fígado.

Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, por isso é crucial buscar orientação médica e realizar exames apropriados ao suspeitar de problemas no fígado.

Nos estágios mais avançados da esteato-hepatite, podem surgir sintomas adicionais como ascite (acúmulo de líquido no abdômen), encefalopatia (alterações no cérebro e confusão mental), hemorragias, queda no número de plaquetas no sangue e icterícia (amarelecimento da pele e olhos).

O tratamento inicial pode incluir mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e exercícios regulares. Em casos mais graves, medicamentos, cirurgia bariátrica ou até um transplante de fígado podem ser necessários.

A prevenção da esteatose hepática é possível através de hábitos saudáveis. Evitar o excesso de álcool, manter uma dieta equilibrada, controlar o peso e praticar atividades físicas são medidas importantes. Estudos mostram que perder de 5% a 10% do peso corporal pode reverter a condição ou reduzir a fibrose hepática. Manter-se atento e proativo em relação ao peso e saúde hepática é essencial.

Cansaço e fraqueza podem ser sintomas de excesso de gordura no fígado

O excesso de gordura no fígado, conhecido como esteatose hepática, pode se desenvolver de forma silenciosa e só se manifestar com sintomas em estágios mais avançados. Essa condição, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado, geralmente não causa sinais imediatos, mas ao longo do tempo, pode comprometer a função hepática e levar ao surgimento de sintomas.

Conforme o Ministério da Saúde, é normal ter alguma quantidade de gordura no fígado. No entanto, quando esse nível atinge 5% ou mais, é crucial iniciar o tratamento o quanto antes. Caso não seja tratado adequadamente, a esteatose hepática pode evoluir para inflamações graves, como hepatite gordurosa, cirrose hepática e até câncer no fígado.

ESTEATOSE HEPÁTICA

A esteatose hepática ocorre quando há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado e pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Esteatose Hepática Não Alcoólica (EHNA): Relacionada a fatores como estilo de vida, dieta e condições metabólicas, como obesidade e diabetes.
  • Esteatose Hepática Alcoólica: Causada pelo consumo excessivo de álcool.

PRINCIPAIS SINTOMAS

Os sintomas podem variar e incluem:

  • Dor abdominal
  • Abdômen inchado
  • Aumento do fígado
  • Dor de cabeça frequente
  • Cansaço e fraqueza
  • Perda de apetite

Em casos mais avançados, podem ocorrer icterícia, inchaço nas pernas e pés e hemorragias.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da esteatose hepática pode envolver exames de sangue, ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) e biópsia hepática. Esses exames ajudam a determinar a quantidade de gordura acumulada e a extensão do dano ao fígado.

TRATAMENTO

O tratamento da gordura no fígado envolve mudanças no estilo de vida, ajustes na dieta e, em alguns casos, medicação.

Uma dieta equilibrada e nutritiva é essencial. Deve-se consumir uma variedade de alimentos saudáveis, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, e evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e carboidratos simples.

Reduzir o consumo de álcool também é crucial, pois o álcool pode agravar a condição. A prática regular de exercícios físicos, como caminhada, corrida, ciclismo ou natação, é fundamental para reduzir a gordura corporal total, incluindo a gordura no fígado.

Perder peso de forma gradual e sustentável é outra parte importante do tratamento. Estudos mostram que perder de 5% a 10% do peso corporal pode trazer melhorias significativas para a saúde do fígado.

Além disso, algumas pessoas podem precisar de medicação para tratar condições associadas à esteatose hepática, como diabetes tipo 2, hipertensão e colesterol elevado.

Sinais nos pés: Alerta para problemas no fígado

O fígado desempenha diversas funções cruciais para o bom funcionamento do organismo, incluindo o metabolismo de nutrientes, a desintoxicação do corpo e a produção de substâncias essenciais para a digestão. Quando há problemas no fígado, os pés podem apresentar sinais indicativos, como formigamento, ressecamento e inchaço.

O inchaço, por exemplo, pode ser um sinal de que o fígado não está conseguindo regular adequadamente os níveis de proteínas no sangue, o que pode resultar em vazamento de líquidos para os tecidos. Outros sintomas como náuseas frequentes, fadiga inexplicável e alterações na cor da pele e dos olhos também podem estar relacionados a problemas hepáticos.

É fundamental ficar atento a esses sinais e buscar ajuda médica caso eles se manifestem. Além disso, adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, pode ajudar a manter a saúde do fígado em dia. Prestar atenção ao seu corpo e responder aos sinais que ele emite é essencial para garantir o bem-estar geral.