O vice-presidente Alckmin anunciou que as medidas para reduzir os preços dos alimentos começam a valer “em poucos dias”.
O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, nesta quinta-feira (6), uma série de medidas para tentar reduzir os preços dos alimentos no Brasil. Entre as ações, destaca-se a isenção de tarifas de importação para vários itens essenciais, como carne, café, açúcar, milho e azeite de oliva. As novas tarifas entram em vigor “em poucos dias”, segundo Alckmin, que afirmou que o governo está abrindo mão de impostos para facilitar a queda nos preços.
As medidas foram discutidas em uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros e empresários do setor de alimentos, no Palácio do Planalto. A inflação alimentar tem sido uma das principais preocupações do governo, pois afeta diretamente a percepção da população sobre a gestão. De acordo com especialistas, o aumento no custo dos alimentos tem contribuído para uma crise de popularidade de Lula.
Entre os itens que terão a tarifa de importação zerada estão carne, café, açúcar, milho, azeite e até produtos como sardinha, biscoitos e massas alimentícias. Alckmin explicou que, apesar de a redução das tarifas poder resultar em uma maior oferta de produtos importados, isso não prejudicará os produtores nacionais, que enfrentam variações de preços. “A ideia é complementar o mercado e beneficiar os consumidores”, afirmou.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, esclareceu que a quantidade de importação desses produtos é pequena, justamente devido às altas tarifas. O objetivo é aumentar a competitividade e reduzir os preços internos. Ele também destacou que, embora ainda não sejam conhecidos todos os impactos financeiros, as medidas devem beneficiar os consumidores.
Além da isenção das tarifas, o governo também anunciou outras ações, como a aceleração do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que visa aumentar a competitividade e reduzir custos no setor de proteína animal. Também será fortalecido o controle sobre estoques reguladores da Conab para garantir a oferta de alimentos básicos e estabilidade nos preços.
Por fim, o governo vai priorizar o financiamento de itens da cesta básica no Plano Safra, estimulando a produção voltada para o mercado interno. As medidas foram detalhadas após um dia de reuniões, onde o governo discutiu estratégias para enfrentar a inflação e melhorar a competitividade no setor alimentar.