Mercado eleva para 2,96% projeção de expansão da economia em 2024

O mercado financeiro elevou sua previsão de crescimento da economia brasileira para 2024, passando de 2,68% para 2,96%. Essa revisão ocorre após a divulgação dos resultados do PIB do segundo trimestre, que apresentou um aumento inesperado e positivo de 1,4% em relação ao primeiro trimestre. A estimativa foi divulgada no Boletim Focus desta segunda-feira (16), pesquisa semanal realizada pelo Banco Central.

A expectativa é que a taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano, suba para 11,25% até o final de 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a Selic na última reunião, mas o mercado financeiro prevê um aumento para 10,75% ao ano na próxima reunião, marcada para esta terça-feira (17) e quarta-feira (18). A previsão para o final do próximo ano é que a Selic atinja 11,25%.

Além disso, a previsão para a inflação também foi revisada. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 passou de 4,3% para 4,35%, ficando acima da meta de 3% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de inflação será ajustada para um sistema contínuo a partir de 2025, com um centro de meta de 3% e uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A cotação do dólar também foi atualizada, com a previsão de que a moeda americana atinja R$ 5,40 no final de 2024. Para o final de 2025, a estimativa é que o dólar se estabilize em R$ 5,35. Essas projeções refletem a expectativa de um ambiente econômico global volátil e incertezas internas.

Para 2025, a expectativa de crescimento do PIB permanece em 1,9%. A taxa Selic deve cair para 10,5% ao ano no próximo ano e continuar a reduzir-se em 2026 e 2027, com previsões de 9,5% e 9% ao ano, respectivamente. Essas reduções são esperadas para estimular a economia e controlar a inflação.

Fonte: Ag.Brasil

Impactos no mercado de criptomoedas

A Bitfinex, uma das principais exchanges de criptomoedas, registrou uma saída de capital de US$ 55 bilhões em agosto. Essa drenagem de recursos teve um impacto significativo, não apenas no mercado de criptomoedas, mas também no mercado tradicional e seus investidores.

De acordo com especialistas, essa drenagem afetou a liquidez de várias criptomoedas, levando a uma queda nos preços. Além disso, a volatilidade resultante desses movimentos pode criar instabilidade nos mercados financeiros tradicionais, pois muitos investidores possuem posições em ambos os mercados. Quando os preços das criptomoedas caem, alguns investidores podem vender seus ativos tanto em ações quanto em criptomoedas para compensar as perdas. Isso, por sua vez, pode levar a uma realocação para ativos tradicionais mais seguros, como ouro e títulos do governo, impactando seus preços. Além disso, a psicologia do mercado pode ser afetada, uma vez que mudanças significativas nos preços podem influenciar o sentimento dos investidores, levando a comportamentos de euforia ou aversão ao risco.

A diversificação dos ativos também pode ser impactada, já que os operadores podem repensar seus investimentos para evitar perdas financeiras, afetando a alocação de recursos. O Brasil, que tem visto um aumento notável no número de investidores em criptomoedas, liderado pelo bitcoin, também está sujeito a essas dinâmicas de mercado. No entanto, é importante lembrar que o mercado de criptomoedas é altamente volátil, e os investidores devem estar cientes dos riscos envolvidos ao negociar esses ativos. As flutuações nos preços podem ser desencadeadas por vários fatores, incluindo notícias, eventos econômicos, mudanças na regulamentação e tecnologia, tornando esses investimentos de alto risco.

*Informações do Jornal da USP

Mercado reduz previsão da inflação de 4,95% para 4,9% este ano


A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,95% para 4,9% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta terça-feira (25), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,9%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 era de 61%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em junho, houve deflação no país, ou seja, um recuo nos preços na comparação com maio. O IPCA ficou negativo em 0,08%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o quarto mês seguido em que a inflação perdeu força. Em maio, o IPCA foi de 0,23%.

No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores e seguindo a tendência de queda apresentada desde junho de 2022, quando o índice estava em 11,89%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é a maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,63% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,24%, mesma do boletim da semana passada.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,3%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

A previsão para a cotação do dólar está em R$ 4,97 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.

Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília